Fragilidade em idosos no Brasil: identificação e análise de um instrumento de avaliação para ser utilizado na população do país

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santiago, Lívia Maria
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13927
Resumo: A fragilidade é uma condição que vem ganhando destaque na literatura mundial sobre o envelhecimento e está associada a elevado risco de desfechos adversos de saúde. Considera-se que seja resultante da diminuição da reserva fisiológica e da capacidade demanutenção da homeostase em indivíduos idosos, tornando-os mais vulneráveis às situações de estresse ambiental. Essa condição é ainda pouco estudada no Brasil e nenhum dos instrumentos de avaliação disponíveis foi validado para a população do país.Esta tese foi elaborada em forma de quatro artigos. No primeiro artigo foi realizada uma revisão sistemática da literatura, visando identificar os instrumentos utilizados paraavaliação da fragilidade, caracterizá-los quanto sua constituição e identificar o que melhor se adequava ao contexto sociocultural brasileiro. No segundo artigo, foram descritas as etapas iniciais do processo de adaptação transcultural do Tilburg Frailty Indicator (TFI),instrumento selecionado na revisão. Constatou-se que o constructo fragilidade adotado no país tinha a mesma concepção das demais culturas onde esta condição tem sidoinvestigada. Identificou-se alta equivalência semântica dos significados referencial e geral dos itens da versão brasileira e, no pré-teste, observou-se elevado percentual de entendimento e boa aceitação do instrumento por parte dos idosos. No artigo 3, avaliouseas propriedades psicométricas desta versão. Observou-se elevada concordância para todos os itens (63 por cento-100 por cento) e a confiabilidade teste-reteste foi considerada boa (escore total do TFI r=0,88; domínio físico r=0,88; domínio psicológico r=0,67; e domínio socialr=0,89). A consistência interna também se mostrou satisfatória (alpha de Cronbach= 0,78) e, com uma exceção, as relações entre os itens do instrumento e suas medidascorrespondentes foram consistentes, demonstrando validade de constructo convergente e divergente entre o TFI e seus itens. Cumpridas as etapas da adaptação transcultural doinstrumento, considerou-se que a versão brasileira se mostrava adequada para utilização na população idosa do país. Diante destes resultados, no último artigo foi realizado um estudo seccional, no qual o TFI foi utilizado para avaliar 442 indivíduos de 60 anos oumais residentes em instituições de longa permanência para idosos, em municípios das regiões sudeste e centro-oeste. Neste estudo foi estimada a prevalência de fragilidade e calculadas as médias de cada domínio e a média do escore total do instrumento. Também se utilizou a análise múltipla de regressão de Poisson para explorar as associaçõesobservadas, após ajuste para confundimento. A prevalência de fragilidade foi de 52,0 por cento. Amédia do escore total do TFI= 4,9 (2,5) pontos e as médias dos escores dos domínios físico, social e psicológico foram, respectivamente, 2,8 (1,7), 1,3 (0,9) e 0,8 (0,8). Foram observadas associações entre a fragilidade e a idade, analfabetismo, comorbidades epolifarmácia. No modelo multivariado, somente o analfabetismo (RP=1,28 IC95 por cento 1,07-1,54), as comorbidades (RP=1,48 IC95 por cento 1,21-1,81) e o tabagismo atual (RP=1,26 IC95 por cento 1,03-1,53) mantiveram sua significância estatística. Considerando que foram avaliados idosos institucionalizados, esperava-se encontrar uma prevalência mais elevada de fragilidade, sendo sugerido que há necessidade de reavaliar o papel dessa condição como variável preditora de institucionalização. As associações identificadas são corroboradas pela literatura científica. Considera-se que um instrumento multidimensional,baseado em um conceito integral da fragilidade é mais completo e sensível para avaliar a condição na população brasileira e acredita-se que seja importante a realização de estudos que avaliem a utilização do TFI em idosos residentes em comunidade, além dasua validade preditiva para desfechos adversos de saúde na população brasileira.
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No primeiro artigo foi realizada uma revisão sistemática da literatura, visando identificar os instrumentos utilizados paraavaliação da fragilidade, caracterizá-los quanto sua constituição e identificar o que melhor se adequava ao contexto sociocultural brasileiro. No segundo artigo, foram descritas as etapas iniciais do processo de adaptação transcultural do Tilburg Frailty Indicator (TFI),instrumento selecionado na revisão. Constatou-se que o constructo fragilidade adotado no país tinha a mesma concepção das demais culturas onde esta condição tem sidoinvestigada. Identificou-se alta equivalência semântica dos significados referencial e geral dos itens da versão brasileira e, no pré-teste, observou-se elevado percentual de entendimento e boa aceitação do instrumento por parte dos idosos. No artigo 3, avaliouseas propriedades psicométricas desta versão. 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This condition is considered a result of the reduction of the physiological reserve and of the ability to maintain the homeostasis in elderly people, making them more vulnerable to environmental stressful situations. There are few studies about this condition in Brazil and none of the available assessment tools was validated for the country’s population. This thesis has been prepared in the form of four papers. In the first paper we reported a systematic review of the literature, aiming to identify the instruments used to assessing frailty, describe the characteristics related to their constitution and select one that would best suit the Brazilian social and cultural context. In the second paper the initial steps of the cross cultural adaptation process of the Tilburg Frailty Indicator (TFI) were described. It was found that the construct of frailty adopted in Brazil had the same conceptualization as in other cultures where this condition has been investigated. High semantic equivalence was observed for the items of the Brazilian version, in relation to referential and general meaning, and a high percentage of understanding and good acceptance of the items by elderly individuals was observed in the pre-test. In the paper 3, the psychometric properties of this version were evaluated. High agreement was observed for all items (63% -100%) and test-retest reliability was considered good (total score TFI r =0.88; physical domain r=0.88, psychological domain r=0.67; and social domain r=0.89). Internal consistency was also satisfactory (Cronbach's alpha= 0.78) and, with one exception, the relationships between the items of the instrument and its corresponding measures were consistent, demonstrating convergent and divergent validity of construct for the TFI and its items. After completing the steps of cross cultural adaptation of the instrument, it was considered that the Brazilian version was suitable for use in the elderly population of the country. Given these results, in the last paper we performed a seccional study, using the TFI to assess 442 individual of 60 years or more living in long stay institutions for the elderly, in municipalities of Southeast and Middle West of Brazil. In this study the prevalence of frailty was estimated and the means of each domain and of the total score of TFI were calculated. We also used Poisson’s regression to explore the observed associations, after adjustment for confounding. The prevalence of frailty was 52.0%. TFI’s total score was 4.9 (2.5) points and the means of physical, psychological and social domains were, respectively, 2.8 (1.7), 1.3 (0.9) and 0.8 (0.8). The following variables were associated with frailty in institutionalized elders: age; illiteracy, comorbidity and polipharmacy. In the multivariate model, illiteracy (PR=1.28 CI95% 1.07-1.54), comorbidity (PR=1.48 CI95% 1.21-1.81) and current smoking (PR=1.26 CI95% 1.03-1.53), only, maintained statistical significance. Whereas institutionalized elders were evaluated, a higher prevalence of frailty was expected, as this condition is considered a predictor variable for institutionalization. This result suggests the need to reassess this role, at least in Brazil. The identified associations are corroborated by the scientific literature. A multidimensional instrument based on an integral concept of frailty is more complete and sensitive to evaluate this condition in the Brazilian population. It is important to conduct other studies to assess its use in elderly community resident and also its predictive validity for adverse health outcomes in the Brazilian population.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFragilidadeIdosoTilburg Frailty IndicatorPsicometriaBrasilFrailtyAgedTilburg Frailty IndicatorPsychometricsBrazilIdoso FragilizadoAvaliaçãoPsicometriaFragilidade em idosos no Brasil: identificação e análise de um instrumento de avaliação para ser utilizado na população do paísFrailty in elderly people in Brazil: identification and analysis of an assessment instrument to be used in the country's populationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_ Lívia_Maria_ENSP_2013.pdfapplication/pdf2696861https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13927/1/ve_%20L%c3%advia_Maria_ENSP_2013.pdf9f8dcceffcd5f486bc0c0c86abe85779MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13927/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT674.pdf.txt674.pdf.txtExtracted texttext/plain297251https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13927/3/674.pdf.txtfbcf7597b458f20700f3a714eb136194MD53ve_ Lívia_Maria_ENSP_2013.pdf.txtve_ Lívia_Maria_ENSP_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain297261https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13927/4/ve_%20L%c3%advia_Maria_ENSP_2013.pdf.txtd19b830699a99665dfa294758e8a8fccMD54icict/139272023-01-19 14:45:16.611oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13927Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:45:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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