Tendência da mortalidade por HIV/Aids segundo raça/cor no Brasil e suas regiões entre 2000 e 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Ana Paula da
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Cruz, Marly Marques da, Pedroso, Marcel de Moraes
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38090
Resumo: Estima-se que ocorreram mais de 39 milhões de mortes pelo HIV/aids no mundo desde o início da epidemia, enquanto que no Brasil foram mais de 310.000 óbitos pela doença. O conhecimento da mortalidade pelo HIV/aids segundo raça ou cor pode contribuir para o delineamento de estratégias de prevenção e cuidado, principalmente no que se refere aos marcadores de desigualdade e heterogeneidade regional. Analisar a tendência da mortalidade por aids segundo raça /cor no Brasil e suas regiões no período entre 2000 e 2015. Este se caracteriza como um estudo ecológico de séries temporais das taxas de mortalidade por HIV/aids segundo raça/cor, com dados do SIM/DATASUS entre 2000 e 2015. As raças analisadas foram: branca, preta, parda e negra. A raça negra corresponde à agregação das raças preta e parda. O Brasil e suas cinco regiões foram as unidades de análise do estudo. Foi utilizado o modelo de análise linear generalizada de Prais-Winsten para estimação das taxas de variação anual e intervalos de confiança. As variáveis independentes foram os anos e as dependentes foram as taxas de mortalidade. O nível de significância foi de 5% e o processamento e análise de dados foram realizados no R Studio versão 3.4.3. No Brasil a tendência de mortalidade por HIV/aids foi decrescente entre a raça branca (-1; IC95% -1,37; -0,69), estacionária para a raça preta (-0,4; IC95% -0,87; 0,05) e crescente nas categoria parda (2,9; IC95% 2,9; 2.39) e negra (2,1; IC95% 1,71; 2,50). No Norte e Nordeste as tendências foram crescente para todas as raças, enquanto que no Sudeste e Sul as tendências foram decrescentes para todas as raças. Porém, observou-se que o Sul e Sudeste apresentaram as taxas de mortalidade mais elevadas quando comparadas às demais regiões. A região Centro-Oeste evidenciou tendência estacionária para as raças branca e preta, crescente para a raça parda e decrescente para a raça negra. No Brasil as tendências de mortalidade por raça foram crescentes entre pardos e negros, decrescentes entre brancos e estacionárias na raça preta. Há diferenças importantes entre as grandes regiões, destacando-se o Norte e Nordeste devido às tendências crescentes em todas as raças. Sendo assim, o estudo regionalizado da mortalidade por HIV/aids segundo raça/cor pode ser importante para a definição de estratégias de enfrentamento ao agravo.
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Este se caracteriza como um estudo ecológico de séries temporais das taxas de mortalidade por HIV/aids segundo raça/cor, com dados do SIM/DATASUS entre 2000 e 2015. As raças analisadas foram: branca, preta, parda e negra. A raça negra corresponde à agregação das raças preta e parda. O Brasil e suas cinco regiões foram as unidades de análise do estudo. Foi utilizado o modelo de análise linear generalizada de Prais-Winsten para estimação das taxas de variação anual e intervalos de confiança. As variáveis independentes foram os anos e as dependentes foram as taxas de mortalidade. O nível de significância foi de 5% e o processamento e análise de dados foram realizados no R Studio versão 3.4.3. No Brasil a tendência de mortalidade por HIV/aids foi decrescente entre a raça branca (-1; IC95% -1,37; -0,69), estacionária para a raça preta (-0,4; IC95% -0,87; 0,05) e crescente nas categoria parda (2,9; IC95% 2,9; 2.39) e negra (2,1; IC95% 1,71; 2,50). No Norte e Nordeste as tendências foram crescente para todas as raças, enquanto que no Sudeste e Sul as tendências foram decrescentes para todas as raças. Porém, observou-se que o Sul e Sudeste apresentaram as taxas de mortalidade mais elevadas quando comparadas às demais regiões. A região Centro-Oeste evidenciou tendência estacionária para as raças branca e preta, crescente para a raça parda e decrescente para a raça negra. No Brasil as tendências de mortalidade por raça foram crescentes entre pardos e negros, decrescentes entre brancos e estacionárias na raça preta. Há diferenças importantes entre as grandes regiões, destacando-se o Norte e Nordeste devido às tendências crescentes em todas as raças. Sendo assim, o estudo regionalizado da mortalidade por HIV/aids segundo raça/cor pode ser importante para a definição de estratégias de enfrentamento ao agravo.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. 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