Associação entre exposição a gatos e ocorrência de leishmaniose visceral em humanos e cães: revisão sistemática
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38171 |
Resumo: | O cão doméstico é considerado o principal reservatório da Leishmaniose Visceral (LV) em áreas urbanas, mas a identificação de gatos infectados por Leishmania sugerem a possibilidade desses animais também atuarem como reservatórios. Para a caracterização de uma espécie como reservatório há a necessidade de evidências epidemiológicas na coocorrência entre as espécies e a infecção em questão. Este estudo tem o objetivo de acessar evidências científicas existentes sobre a associação entre exposição a gatos e a ocorrência de Leishmaniose Visceral em humanos e cães. Uma revisão sistemática foi realizada segundo recomendações do PRISMA (The Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foram avaliados estudos publicados até 25 de outubro de 2017 nas bases PubMed/Medline, Scopus and LILACS (Latin American and Caribbean Health Sciences Literature), sem restrição de linguagem. Os critérios de elegibilidade para a leitura do texto na íntegra foram: i) Estudos epidemiológicos de desenhos: Transversal, coorte, caso-controle e ecológico; ii) Desfecho: Leishmaniose visceral em humanos ou cães; iii) Exposição: Presença ou interação com gatos domésticos. Os aspectos metodológicos dos estudos foram analisados segundo a iniciativa STROBE. Dentre os seis estudos abarcando LVC, um apresentou uma alta chance de ocorrência LVC na presença de gatos, um mostrou relação inversa entre a presença de gatos e LVC, e quatro foram inconclusivos. Entre os quatro estudos abordando LVH, três foram inconclusivos, e um apresentou associação positiva entre gatos e LVH em pacientes que realizaram transplante renal. A inconsistência dos resultados, associado à fragilidade metodológica dos estudos analisados não permite uma conclusão consistente de que existe coocorrência entre exposição a gatos e LV. Estudos com metodologia mais robusta devem ser realizados para elucidar sobre o papel dos gatos na transmissão de LV em humanos e cães. |
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Dalvi, Ana Paula RazalCarvalho, Thaiza Dutra Gomes deWerneck, Guilherme Loureiro2019-12-17T11:59:45Z2019-12-17T11:59:45Z2018DALVI, Ana Paula Razal; CARVALHO, Thaiza Dutra Gomes de; WERNECK, Guilherme Loureiro. Associação entre exposição a gatos e ocorrência de leishmaniose visceral em humanos e cães: revisão sistemática. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.978-85-85740-10-8https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38171O cão doméstico é considerado o principal reservatório da Leishmaniose Visceral (LV) em áreas urbanas, mas a identificação de gatos infectados por Leishmania sugerem a possibilidade desses animais também atuarem como reservatórios. Para a caracterização de uma espécie como reservatório há a necessidade de evidências epidemiológicas na coocorrência entre as espécies e a infecção em questão. Este estudo tem o objetivo de acessar evidências científicas existentes sobre a associação entre exposição a gatos e a ocorrência de Leishmaniose Visceral em humanos e cães. Uma revisão sistemática foi realizada segundo recomendações do PRISMA (The Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foram avaliados estudos publicados até 25 de outubro de 2017 nas bases PubMed/Medline, Scopus and LILACS (Latin American and Caribbean Health Sciences Literature), sem restrição de linguagem. Os critérios de elegibilidade para a leitura do texto na íntegra foram: i) Estudos epidemiológicos de desenhos: Transversal, coorte, caso-controle e ecológico; ii) Desfecho: Leishmaniose visceral em humanos ou cães; iii) Exposição: Presença ou interação com gatos domésticos. Os aspectos metodológicos dos estudos foram analisados segundo a iniciativa STROBE. Dentre os seis estudos abarcando LVC, um apresentou uma alta chance de ocorrência LVC na presença de gatos, um mostrou relação inversa entre a presença de gatos e LVC, e quatro foram inconclusivos. Entre os quatro estudos abordando LVH, três foram inconclusivos, e um apresentou associação positiva entre gatos e LVH em pacientes que realizaram transplante renal. A inconsistência dos resultados, associado à fragilidade metodológica dos estudos analisados não permite uma conclusão consistente de que existe coocorrência entre exposição a gatos e LV. Estudos com metodologia mais robusta devem ser realizados para elucidar sobre o papel dos gatos na transmissão de LV em humanos e cães.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal do Rio de Janeiro. 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