Qualidade de vida da população em extrema pobreza de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: França, Viviane Helena de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15096
Resumo: A América Latina é uma região amplamente desigual, 15% da população vive em extrema pobreza. No Brasil, em 2010, foi identificada 8,5% da população em extrema pobreza. A região sudeste do país é a segunda mais desigual com o maior número de famílias nessa situação. O objetivo desse estudo foi caracterizar a qualidade de vida das famílias em extrema pobreza do município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte,a partir da percepção e conhecimentos de gestores e profissionais dos serviços públicos de saúde, assistência social e educação que atuam nesses territórios, e dos chefes de famílias apresentando esse perfil. Para refletir sobre essa realidade empregou-se a tese “Equidade das capacidades básicas” de Amartya Sen, que propõe avaliar as desigualdades sociais quanto ao potencial humano e a capacidade para se alcançar funções elementares, como boa saúde,adequada nutrição, auto respeito e realização, integração social, e autonomia. Foi realizada uma pesquisa exploratória empregando os “Métodos Mistos”, em três etapas, para integrar as pesquisas qualitativa e quantitativa, e compreender em profundidade a qualidade de vida nos territórios de extrema pobreza: 1ª) Documental com informes institucionais e dados do Cadastro Único Municipal da Assistência Social sobre as politicas públicas locais vinculadas ao Plano Brasil Sem Miséria; 2ª) Qualitativa entrevistando 27 gestores e profissionais que atuam no planejamento e execução de ações nesses territórios; 3ª) Elaboração de um instrumento estruturado quantitativo para investigar a qualidade de vida das famílias em extrema pobreza 4ª) Quantitativa aplicando 336 questionários em amostra representativa de chefes de família em extrema pobreza selecionados dentre o universo do CadÚnico municipal. 5ª) Discutir os principais problemas inerentes à qualidade de vida na extrema pobreza integrando os resultados qualitativos aos quantitativos. Cada uma dessas etapas foi realizada sequencialmente, respeitando-se o rigor metodológico referente à proposição dos respectivos objetivos. Os dados qualitativos foram coletados conforme o critério de saturação teórica para definição do número de entrevistados. O roteiro semiestruturado foi validado,e os dados foram trabalhados com a análise de conteúdo. O instrumento estruturado foi elaborado a partir da definição das principais temáticas sobre qualidade de vida tendo como referencial teórico a “Equidade das capacidades básicas”. Para coletar os dados quantitativos esse instrumento foi validado. Os 336 chefes de família em extrema pobreza foram entrevistados em seus respectivos domicílios. Esses dados foram analisados com a estatística descritiva. Na interpretação dos resultados pelos “Métodos Mistos” foram identificadas grandes dificuldades para recensear, acompanhar e incluir as famílias em extrema pobreza nas políticas públicas, universais e focalizadas, garantindo-lhes os acessos à saúde e aos demais direitos fundamentais para uma vida digna e cidadã em direção à melhorias na sua qualidade de vida. Verificou-se que 44,6% das famílias como beneficiárias do Programa Bolsa Família, entretanto muitos poucos conhecem o PBSM (13%). A maioria das famílias é desprovida de recursos financeiros, e residem em áreas de extrema pobreza precárias e distantes dos serviços públicos, o que contribui para a reprodução da falta de perspectiva de vida entre essas pessoas, mantendo-as restritas a uma cadeia de problemas. A falta de planejamento e implementação das políticas públicas respaldadas nas principais demandas vivenciadas por essas famílias, e sem contar com estratégias intersetoriais para lidar com os problemas nesses territórios de extrema pobreza, culmina com áreas descobertas em termos dos acessos aos serviços públicos, agravando mais as desvantagens sociais vivenciadas por essas pessoas no dia a dia, e mantendo-as aprisionadas a um contexto destituído de oportunidades de escolha. Essas desvantagens sociais quanto a falta de acessos, são, também, ainda mais agravadas devido ao precário transporte público e a ausência de infraestrutura urbana local. A qualidade de vida no município e nos bairros de moradia dessas famílias é percebida, respectivamente, por 49,4% e 41,4% como ruim e muito ruim. Para 44,1% os serviços públicos do município atendem a poucas de suas necessidades, fomentando outros problemas sociais como: Álcool e drogas por 68,8%; carência de atendimento em saúde por 60,7%; ausência de renda e emprego 47%, falta de áreas de lazer 58,6% e apoio social por 38,4%. Esse contexto contribui para acelerar os processos de degradação da saúde dessas pessoas, gerando elevado stress familiar e social. Persiste grande número de famílias “invisíveis aos olhos do poder publico” destituídas do atendimento às suas necessidades básicas, que são os requisitos mínimos, essenciais, para o desenvolvimento de suas capacidades.
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O objetivo desse estudo foi caracterizar a qualidade de vida das famílias em extrema pobreza do município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte,a partir da percepção e conhecimentos de gestores e profissionais dos serviços públicos de saúde, assistência social e educação que atuam nesses territórios, e dos chefes de famílias apresentando esse perfil. Para refletir sobre essa realidade empregou-se a tese “Equidade das capacidades básicas” de Amartya Sen, que propõe avaliar as desigualdades sociais quanto ao potencial humano e a capacidade para se alcançar funções elementares, como boa saúde,adequada nutrição, auto respeito e realização, integração social, e autonomia. Foi realizada uma pesquisa exploratória empregando os “Métodos Mistos”, em três etapas, para integrar as pesquisas qualitativa e quantitativa, e compreender em profundidade a qualidade de vida nos territórios de extrema pobreza: 1ª) Documental com informes institucionais e dados do Cadastro Único Municipal da Assistência Social sobre as politicas públicas locais vinculadas ao Plano Brasil Sem Miséria; 2ª) Qualitativa entrevistando 27 gestores e profissionais que atuam no planejamento e execução de ações nesses territórios; 3ª) Elaboração de um instrumento estruturado quantitativo para investigar a qualidade de vida das famílias em extrema pobreza 4ª) Quantitativa aplicando 336 questionários em amostra representativa de chefes de família em extrema pobreza selecionados dentre o universo do CadÚnico municipal. 5ª) Discutir os principais problemas inerentes à qualidade de vida na extrema pobreza integrando os resultados qualitativos aos quantitativos. Cada uma dessas etapas foi realizada sequencialmente, respeitando-se o rigor metodológico referente à proposição dos respectivos objetivos. Os dados qualitativos foram coletados conforme o critério de saturação teórica para definição do número de entrevistados. O roteiro semiestruturado foi validado,e os dados foram trabalhados com a análise de conteúdo. O instrumento estruturado foi elaborado a partir da definição das principais temáticas sobre qualidade de vida tendo como referencial teórico a “Equidade das capacidades básicas”. Para coletar os dados quantitativos esse instrumento foi validado. Os 336 chefes de família em extrema pobreza foram entrevistados em seus respectivos domicílios. Esses dados foram analisados com a estatística descritiva. 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A falta de planejamento e implementação das políticas públicas respaldadas nas principais demandas vivenciadas por essas famílias, e sem contar com estratégias intersetoriais para lidar com os problemas nesses territórios de extrema pobreza, culmina com áreas descobertas em termos dos acessos aos serviços públicos, agravando mais as desvantagens sociais vivenciadas por essas pessoas no dia a dia, e mantendo-as aprisionadas a um contexto destituído de oportunidades de escolha. Essas desvantagens sociais quanto a falta de acessos, são, também, ainda mais agravadas devido ao precário transporte público e a ausência de infraestrutura urbana local. A qualidade de vida no município e nos bairros de moradia dessas famílias é percebida, respectivamente, por 49,4% e 41,4% como ruim e muito ruim. Para 44,1% os serviços públicos do município atendem a poucas de suas necessidades, fomentando outros problemas sociais como: Álcool e drogas por 68,8%; carência de atendimento em saúde por 60,7%; ausência de renda e emprego 47%, falta de áreas de lazer 58,6% e apoio social por 38,4%. Esse contexto contribui para acelerar os processos de degradação da saúde dessas pessoas, gerando elevado stress familiar e social. Persiste grande número de famílias “invisíveis aos olhos do poder publico” destituídas do atendimento às suas necessidades básicas, que são os requisitos mínimos, essenciais, para o desenvolvimento de suas capacidades.Latina America has a high inequality rate and 15% of its population lives in extreme poverty; this rate in Brazil,in 2010, was 8.5%of the population.The Southestern region of Brazil has the second higher rate of extreme poverty in the country. The objective of this study was to characterize the quality of life of the families living in extreme poverty at the municipality of Ribeirão das Neves, in the Metropolitan area of Belo Horizonte, southeastern Brazil. This has been done using both the perception and knowledge of the managers and professionals from the local public services on education, health and social welfare and from the heads of the families in this situation. In order to discuss this reality Amartya Sen's thesis on "Equality of basic capacities" was used; this approach analyzes social inequalities in relation to the human potential as well as the capacity to attain basic needs such as good health, good nutrition, self respect, social achievements and integration and autonomy. An exploratory research was made using "Mixed Methods", in three steps, in order to integrate both qualitative and quantitative research and get a deeper understanding of the issue of Quality of Life in an area where the extreme poverty is prevalent. These steps were: 1) Documentary researchfrom institutional reports and data from the Municipal records of Social Assistance related to the public policies associated to the "Brazil without Misery" Program. 2) Qualitative research through interviewing 27 managers and professionals from the municipaliy, working in planning implementation of policies. 3)Development of a structured quantitative tool to assess the quality of life of families in extreme poverty. 4) Quantitative investigation on a sample of 336 heads of families registered at the CadÚnico, through the application of a questionnaire. 5) Discussion of the main factors associated with the quality of life through an integration of qualitative and quantitative findings. Each of these steps was conducted in chronological sequence, respecting the methods necessary for reaching the specific objectives. The qualitative methods were collected according to the criterion of “theoretical saturation” for the definition of the number of interviews. The semi-structured interview was validated previously and the data were analyzed with the “content analysis” approach. The structured tool was elaborated from a definition of the most important aspects related to the quality of life and having the “Equity of Basic Capacities” as a theoretical reference. For the collection of the quantitative data the tool was validated. The 336 heads of families were interviewed in their own homes. Data collected were subject to descriptive statistics. In the interpretation of the results with “Mixed methods” difficulties were detected in relation to the including and follow-up of the extremely poor families in the public policies targeted to health and improvement in the quality of their lives. Among the families which had benefits from the “Bolsa Familia” Program (44%) about 13% did not know the “Brazil without Misery” Program. Most of the families studied lack financial resources and live in areas not covered by basic public services a situation which contribute to a lack of perspectives, keeping them “trapped” in series of problems. The lack of planning and implementation of public policies targeted to the needs of these families, aggravates their social disadvantages and keeps them without access to opportunities to improve their lives. These disadvantages in terms of access to public services are aggravated by the poor public transportation network as well as the lack of an adequate urban infrastructure. The quality of life in the residential districts visited in the field research is perceived as “bad” by 49,4% of the persons interviewed and as “very bad“ by 41,4%. To 44,1% to the heads of families the available public services meet very few of their needs such as alcohol and drug abuse (pointed out by 68,8%); poor health care (60,7%); lack of employment and income (47%); lack of leisure options (58,6%) and poor social support (38,4%). This context contributes to an aggravation of their health status, causing high levels of social and family stress. A large number of families are still “invisible to the public eyes”, with poor attention to their basic needs. This is a prerequisite for the development of their capacities.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porQualidade de vidaPolíticas PúblicasPromoção da SaúdeAção IntersetoriaEquidade em SaúdeQualidade de vida da população em extrema pobreza de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2016Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZTEXTTESEeVivianeFrancaCPqRR2016.pdf.txtTESEeVivianeFrancaCPqRR2016.pdf.txtExtracted texttext/plain589977https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15096/4/TESEeVivianeFrancaCPqRR2016.pdf.txt6b34b5846a542cdc59d99d7c387ca282MD54ORIGINALTESEeVivianeFrancaCPqRR2016.pdfapplication/pdf4676497https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15096/2/TESEeVivianeFrancaCPqRR2016.pdfa671bbe088152e20b7ddf5b4aeb47e33MD52LICENSElicense.txttext/plain2991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15096/3/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD53icict/150962023-08-23 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description A América Latina é uma região amplamente desigual, 15% da população vive em extrema pobreza. No Brasil, em 2010, foi identificada 8,5% da população em extrema pobreza. A região sudeste do país é a segunda mais desigual com o maior número de famílias nessa situação. O objetivo desse estudo foi caracterizar a qualidade de vida das famílias em extrema pobreza do município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte,a partir da percepção e conhecimentos de gestores e profissionais dos serviços públicos de saúde, assistência social e educação que atuam nesses territórios, e dos chefes de famílias apresentando esse perfil. Para refletir sobre essa realidade empregou-se a tese “Equidade das capacidades básicas” de Amartya Sen, que propõe avaliar as desigualdades sociais quanto ao potencial humano e a capacidade para se alcançar funções elementares, como boa saúde,adequada nutrição, auto respeito e realização, integração social, e autonomia. Foi realizada uma pesquisa exploratória empregando os “Métodos Mistos”, em três etapas, para integrar as pesquisas qualitativa e quantitativa, e compreender em profundidade a qualidade de vida nos territórios de extrema pobreza: 1ª) Documental com informes institucionais e dados do Cadastro Único Municipal da Assistência Social sobre as politicas públicas locais vinculadas ao Plano Brasil Sem Miséria; 2ª) Qualitativa entrevistando 27 gestores e profissionais que atuam no planejamento e execução de ações nesses territórios; 3ª) Elaboração de um instrumento estruturado quantitativo para investigar a qualidade de vida das famílias em extrema pobreza 4ª) Quantitativa aplicando 336 questionários em amostra representativa de chefes de família em extrema pobreza selecionados dentre o universo do CadÚnico municipal. 5ª) Discutir os principais problemas inerentes à qualidade de vida na extrema pobreza integrando os resultados qualitativos aos quantitativos. Cada uma dessas etapas foi realizada sequencialmente, respeitando-se o rigor metodológico referente à proposição dos respectivos objetivos. Os dados qualitativos foram coletados conforme o critério de saturação teórica para definição do número de entrevistados. O roteiro semiestruturado foi validado,e os dados foram trabalhados com a análise de conteúdo. O instrumento estruturado foi elaborado a partir da definição das principais temáticas sobre qualidade de vida tendo como referencial teórico a “Equidade das capacidades básicas”. Para coletar os dados quantitativos esse instrumento foi validado. Os 336 chefes de família em extrema pobreza foram entrevistados em seus respectivos domicílios. Esses dados foram analisados com a estatística descritiva. Na interpretação dos resultados pelos “Métodos Mistos” foram identificadas grandes dificuldades para recensear, acompanhar e incluir as famílias em extrema pobreza nas políticas públicas, universais e focalizadas, garantindo-lhes os acessos à saúde e aos demais direitos fundamentais para uma vida digna e cidadã em direção à melhorias na sua qualidade de vida. Verificou-se que 44,6% das famílias como beneficiárias do Programa Bolsa Família, entretanto muitos poucos conhecem o PBSM (13%). A maioria das famílias é desprovida de recursos financeiros, e residem em áreas de extrema pobreza precárias e distantes dos serviços públicos, o que contribui para a reprodução da falta de perspectiva de vida entre essas pessoas, mantendo-as restritas a uma cadeia de problemas. A falta de planejamento e implementação das políticas públicas respaldadas nas principais demandas vivenciadas por essas famílias, e sem contar com estratégias intersetoriais para lidar com os problemas nesses territórios de extrema pobreza, culmina com áreas descobertas em termos dos acessos aos serviços públicos, agravando mais as desvantagens sociais vivenciadas por essas pessoas no dia a dia, e mantendo-as aprisionadas a um contexto destituído de oportunidades de escolha. Essas desvantagens sociais quanto a falta de acessos, são, também, ainda mais agravadas devido ao precário transporte público e a ausência de infraestrutura urbana local. A qualidade de vida no município e nos bairros de moradia dessas famílias é percebida, respectivamente, por 49,4% e 41,4% como ruim e muito ruim. Para 44,1% os serviços públicos do município atendem a poucas de suas necessidades, fomentando outros problemas sociais como: Álcool e drogas por 68,8%; carência de atendimento em saúde por 60,7%; ausência de renda e emprego 47%, falta de áreas de lazer 58,6% e apoio social por 38,4%. Esse contexto contribui para acelerar os processos de degradação da saúde dessas pessoas, gerando elevado stress familiar e social. Persiste grande número de famílias “invisíveis aos olhos do poder publico” destituídas do atendimento às suas necessidades básicas, que são os requisitos mínimos, essenciais, para o desenvolvimento de suas capacidades.
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