Resistência a antimicrobianos e caracterização do biofilme de Acinetobacter baumannii
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54402 |
Resumo: | Acinetobacter baumannii é um patógeno comumente associado a infecções relacionadas à assistência à saúde, sendo englobado na sigla "ESKAPE", como um dos patógenos multirresistentes (MDR) mais comuns e graves, com prioridade crítica para a pesquisa e desenvolvimento de novos antimicrobianos. A resistência a antimicrobianos e a capacidade de sobreviver em superfícies estão entre os principais fatores responsáveis por sua persistência no ambiente hospitar. Este estudo teve como objetivos confirmar a identificação de 76 isolados coletados de 2 hospitais do Rio de Janeiro no período de 2014 e 2015, avaliar a diversidade clonal das cepas por meio da técnica de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) e Multilocus Sequence Typing (MLST). Além disso, determinar o perfil de suscetibilidade antimicrobiano, estudar a frequência de heterorresistência e a resistência adaptativa à polimixina B, pesquisar a presença dos genes codificadores de oxacilinases, da associação da sequência de inserção ISAba1 com o gene blaOXA-23 e do gene mcr-1 por meio da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento. Por fim, detectar a capacidade dessas cepas na formação de biofilme em poliestireno, avaliar a natureza química do biofilme, o efeito do etanol em sua formação e visualizar o biofilme por microscopia de varredura confocal à laser (MVCL). A análise da sequência do gene rpoB confirmou a identificação de 72 cepas como A. baumaunnii. O PFGE revelou a presença de 2 pulsotipos prevalentes (A e B) dentre os 15 detectados, já o MLST detectou complexos clonais (CC) já descritos no Brasil, pelo esquema Oxford, três (CC103, CC231 e CC235) e pelo esquema Pasteur, quatro (CC1, CC15, CC162, CC213). Foram determinados dois novos STs, um pelo esquema Oxford (ST2097) e um pelo esquema Pasteur (ST1439). Além disso, a maioria das cepas de A. baumannii foi classificada como MDR ou extensivamente resistente (XDR) (62% e 35%, respectivamente), sendo revelados altos níveis de resistência a maioria dos antimicrobianos clinicamente disponíveis para o tratamento dessas infecções. Em contrapartida, as cepas foram mais suscetíveis aos antimicrobianos amicacina, gentamicina, minociclina e polimixina B. A heterorresistência foi verificada em 21 cepas e a resistência adaptativa não foi detectada. Por PCR, foi verificado que todas as cepas estudadas possuíam o gene blaOXA-51 e o blaOXA-23, em uma cepa foi detectado o gene blaOXA-24. Não houve detecção dos outros genes de oxacilinases e do mcr-1, e associação de ISAba1 - blaOXA-23 foi detectada em 4% das cepas. No presente estudo, 82% das cepas foram capazes de formar biofilme. Além disso, podemos sugerir que o biofilme formado pelas cepas formadoras de biofilme forte é predominantemente de natureza protéica. O etanol na concentração de 2% possuiu um efeito positivo na formação de biofilme. A visualização do biofilme por MVCL mostrou resultados condizentes com as classificações realizadas no estudo, tratamentos realizados e os efeitos do etanol a 2% na formação do biofilme. Devido à prevalência de infecções e surtos causados por A. baumannii, a compreensão dos mecanismos de resistência e do potencial patogênico deste micro-organismo são necessários para o entendimento da persistência no ambiente hospitalar. Além disso, fornecer recursos para melhorar o tratamento das infecções graves e aprimorar as medidas de controle e prevenção dessas infecções |
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Genteluci, Gabrielle LimeiraVillas Boas, Maria Helena SimõesCarvalho, Karyne Rangel2022-08-04T11:54:31Z2022-08-04T11:54:31Z2020GENTELUCI, Gabrielle Limeira. Resistência a antimicrobianos e caracterização do biofilme de Acinetobacter baumannii. 2020. 131f. Tese, (Doutorado)-Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54402Acinetobacter baumannii é um patógeno comumente associado a infecções relacionadas à assistência à saúde, sendo englobado na sigla "ESKAPE", como um dos patógenos multirresistentes (MDR) mais comuns e graves, com prioridade crítica para a pesquisa e desenvolvimento de novos antimicrobianos. A resistência a antimicrobianos e a capacidade de sobreviver em superfícies estão entre os principais fatores responsáveis por sua persistência no ambiente hospitar. Este estudo teve como objetivos confirmar a identificação de 76 isolados coletados de 2 hospitais do Rio de Janeiro no período de 2014 e 2015, avaliar a diversidade clonal das cepas por meio da técnica de eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) e Multilocus Sequence Typing (MLST). Além disso, determinar o perfil de suscetibilidade antimicrobiano, estudar a frequência de heterorresistência e a resistência adaptativa à polimixina B, pesquisar a presença dos genes codificadores de oxacilinases, da associação da sequência de inserção ISAba1 com o gene blaOXA-23 e do gene mcr-1 por meio da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento. Por fim, detectar a capacidade dessas cepas na formação de biofilme em poliestireno, avaliar a natureza química do biofilme, o efeito do etanol em sua formação e visualizar o biofilme por microscopia de varredura confocal à laser (MVCL). A análise da sequência do gene rpoB confirmou a identificação de 72 cepas como A. baumaunnii. 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Não houve detecção dos outros genes de oxacilinases e do mcr-1, e associação de ISAba1 - blaOXA-23 foi detectada em 4% das cepas. No presente estudo, 82% das cepas foram capazes de formar biofilme. Além disso, podemos sugerir que o biofilme formado pelas cepas formadoras de biofilme forte é predominantemente de natureza protéica. O etanol na concentração de 2% possuiu um efeito positivo na formação de biofilme. A visualização do biofilme por MVCL mostrou resultados condizentes com as classificações realizadas no estudo, tratamentos realizados e os efeitos do etanol a 2% na formação do biofilme. Devido à prevalência de infecções e surtos causados por A. baumannii, a compreensão dos mecanismos de resistência e do potencial patogênico deste micro-organismo são necessários para o entendimento da persistência no ambiente hospitalar. Além disso, fornecer recursos para melhorar o tratamento das infecções graves e aprimorar as medidas de controle e prevenção dessas infecçõesFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porResistência a antimicrobianos e caracterização do biofilme de Acinetobacter baumanniiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2020Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Vigilância SanitáriaResistência a MedicamentosAnti-InfecciososAcinetobacter baumannii: efeitos dos fármacosBiofilmesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54402/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL2020_tese_gabrielle-genteluci.pdfapplication/pdf4896294https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54402/2/2020_tese_gabrielle-genteluci.pdfe37f3fbb9e79cd959eb8419d5deda1f9MD52icict/544022022-08-04 08:54:31.409oai:www.arca.fiocruz.br:icict/54402Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-08-04T11:54:31Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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