O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portela, Ana Paula de Carvalho
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33498
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar a territorialidade e a produção de redes de saúde em uma comunidade flutuante denominada Catalão, localizada no município de Iranduba, Amazonas. Trata-se de um lugar composto por 111 casas flutuantes nas quais os moradores produzem redes vivas e existenciais neste território líquido, adaptando-se aos períodos de cheia e seca dos rios. Esta pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, foi realizada em quatro etapas: mapeamento das casas-flutuante com o uso do GPS nos períodos de seca e cheia dos rios; identificação das famílias residentes na comunidade; entrevistas com moradores-chave; e entrevistas com profissionais de saúde que prestam assistência a esta população. Os moradores do Catalão vivenciam diariamente mudanças imposta pelo ciclo das águas, seguindo o fluxo dos rios e adaptando sua rotina aos movimentos constantes deste território líquido. Os períodos de seca afetam praticamente todos os aspectos da vida dos comunitários, sendo descrito como o que mais traz dificuldades, principalmente relacionadas à acomodação das casas-flutuante que precisam permanecer sobre as águas. O período de cheia permite que os moradores tenham facilidade quanto ao deslocamento dentro e fora da comunidade, uso da água e de atividades rotineiras. A comunidade é formada basicamente por pessoas com algum grau de parentesco que produzem redes de conexões que ultrapassam os laços consanguíneos, compondo vínculos que se estabelecem e se fortalecem nesta estreita malha de ligações que envolve trabalho, escola, religiosidade e lazer. Quanto à saúde, são atores que atuam na construção de suas próprias redes de cuidados, estabelecendo diferentes conexões que extrapolam os limites geográficos impostos. Embora estejam vinculados a uma equipe da Estratégia Saúde da Família pertencente a Iranduba, não têm recebido uma assistência contínua e resolutiva da equipe, por isso, recorrem à unidade de saúde mais próxima, em Manaus, buscando atender suas necessidades de saúde. A realidade vivenciada por esta comunidade é apenas uma pequena mostra da realidade do mundo ribeirinho e dos vários territórios líquidos que marcam a Amazônia. Nesse sentido, buscamos refletir como construir políticas públicas de saúde específicas para um território com as caraterísticas dessa comunidade flutuante. Estudos semelhantes a este podem ser ampliados e com proposição de estratégias de enfrentamento destes e outros desafios vivenciados por esta população.
id CRUZ_862ba64e72bab68887f4491c85bedc4d
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33498
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Portela, Ana Paula de CarvalhoFerla, Alcindo AntônioLima, Rodrigo Tobias Souza deSchweickardt, Júlio Cesar2019-06-13T14:53:53Z2019-06-13T14:53:53Z2017PORTELA, Ana Paula de Carvalho. O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas. 2017. 79 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Instituto Leônidas e Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz, Manaus, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33498Esta pesquisa teve como objetivo analisar a territorialidade e a produção de redes de saúde em uma comunidade flutuante denominada Catalão, localizada no município de Iranduba, Amazonas. Trata-se de um lugar composto por 111 casas flutuantes nas quais os moradores produzem redes vivas e existenciais neste território líquido, adaptando-se aos períodos de cheia e seca dos rios. Esta pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, foi realizada em quatro etapas: mapeamento das casas-flutuante com o uso do GPS nos períodos de seca e cheia dos rios; identificação das famílias residentes na comunidade; entrevistas com moradores-chave; e entrevistas com profissionais de saúde que prestam assistência a esta população. Os moradores do Catalão vivenciam diariamente mudanças imposta pelo ciclo das águas, seguindo o fluxo dos rios e adaptando sua rotina aos movimentos constantes deste território líquido. Os períodos de seca afetam praticamente todos os aspectos da vida dos comunitários, sendo descrito como o que mais traz dificuldades, principalmente relacionadas à acomodação das casas-flutuante que precisam permanecer sobre as águas. O período de cheia permite que os moradores tenham facilidade quanto ao deslocamento dentro e fora da comunidade, uso da água e de atividades rotineiras. A comunidade é formada basicamente por pessoas com algum grau de parentesco que produzem redes de conexões que ultrapassam os laços consanguíneos, compondo vínculos que se estabelecem e se fortalecem nesta estreita malha de ligações que envolve trabalho, escola, religiosidade e lazer. Quanto à saúde, são atores que atuam na construção de suas próprias redes de cuidados, estabelecendo diferentes conexões que extrapolam os limites geográficos impostos. Embora estejam vinculados a uma equipe da Estratégia Saúde da Família pertencente a Iranduba, não têm recebido uma assistência contínua e resolutiva da equipe, por isso, recorrem à unidade de saúde mais próxima, em Manaus, buscando atender suas necessidades de saúde. A realidade vivenciada por esta comunidade é apenas uma pequena mostra da realidade do mundo ribeirinho e dos vários territórios líquidos que marcam a Amazônia. Nesse sentido, buscamos refletir como construir políticas públicas de saúde específicas para um território com as caraterísticas dessa comunidade flutuante. Estudos semelhantes a este podem ser ampliados e com proposição de estratégias de enfrentamento destes e outros desafios vivenciados por esta população.This research had as objective to analyze the territoriality and the production of health networks in a floating community denominated Catalão, located in the municipality of Iranduba, Amazonas. It is a place composed of 111 floating houses in which the inhabitants produce living and existential networks in this liquid territory, adapting to the flood and dry periods of the rivers. This qualitative, descriptive and exploratory research was carried out in four stages: mapping of floating houses with the use of GPS during periods of drought and flooding of rivers; identification of families living in the community; interviews with key residents; and interviews with health professionals who provide assistance to this population. The residents of the Catalan experience daily changes imposed by the cycle of waters, following the flow of rivers and adapting their routine to the constant movements of this liquid territory. Drought periods affect practically all aspects of community life, being described as having the most difficulties, mainly related to the accommodation of floating houses that need to remain on the water. The flooding period allows residents to have ease of movement within and outside the community, use of water and routine activities. The community is basically made up of people with some degree of kinship who produce networks of connections that transcend consanguineous bonds, forming bonds that are established and strengthened in this close network of connections that involves work, school, religiousness and leisure. As for health, they are actors who work in the construction of their own care networks, establishing different connections that go beyond the geographical limits imposed. Although they are linked to a Family Health Strategy team belonging to Iranduba, they have not received continuous and resolute assistance from the team, so they turn to the nearest health unit in Manaus, seeking to meet their health needs. The reality experienced by this community is only a small sample of the reality of the riverside world and the various liquid territories that mark the Amazon. In this sense, we seek to reflect how to build specific public health policies for a territory with the characteristics of this floating community. Studies similar to this one can be extended and with the proposition of coping strategies of these and other challenges experienced by this population.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisas Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil.porRedes de SaúdeRibeirinhosHealth NetworksRiversideO território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017-11-30Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Leônidas e Maria DeaneMestrado AcadêmicoManaus, AMPrograma de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazôniainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33498/1/license.txt43cf57123dace9a28c9f6b2c996fa81bMD51ORIGINALDissertação Ana Paula Portela.pdfDissertação Ana Paula Portela.pdfapplication/pdf3447250https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33498/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ana%20Paula%20Portela.pdfd64dacc07e4f59f3eaeb7501fb4d7be9MD52TEXTDissertação Ana Paula Portela.pdf.txtDissertação Ana Paula Portela.pdf.txtExtracted texttext/plain121677https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33498/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ana%20Paula%20Portela.pdf.txt77d85a39c3a7b744758008b835aef633MD53icict/334982019-06-14 02:02:48.873oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33498Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUw0KDQpZY2FybyBTYW50b3MsIENQRjogMjc1LjA5OS41ODItNTMsIHZpbmN1bGFkbyBhIElMTUQgLSBJbnN0aXR1dG8gTGXDtG5pZGFzIGUgTWFyaWEgRGVhbmUKCkFvIGFjZWl0YXIgb3MgVEVSTU9TIGUgQ09OREnDh8OVRVMgZGVzdGEgQ0VTU8ODTywgbyBBVVRPUiBlL291IFRJVFVMQVIgZGUgZGlyZWl0b3MKYXV0b3JhaXMgc29icmUgYSBPQlJBIGRlIHF1ZSB0cmF0YSBlc3RlIGRvY3VtZW50bzoKCigxKSBDRURFIGUgVFJBTlNGRVJFLCB0b3RhbCBlIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiwgZW0KY2Fyw6F0ZXIgcGVybWFuZW50ZSwgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGUgTsODTyBFWENMVVNJVk8sIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIHBhdHJpbW9uaWFpcyBOw4NPCkNPTUVSQ0lBSVMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIGRhIE9CUkEgYXJ0w61zdGljYSBlL291IGNpZW50w61maWNhIGluZGljYWRhIGFjaW1hLCBpbmNsdXNpdmUgb3MgZGlyZWl0b3MKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0KcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKCigyKSBBQ0VJVEEgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyB0b3RhbCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2YSwgcGVybWFuZW50ZSBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMKcGF0cmltb25pYWlzIG7Do28gY29tZXJjaWFpcyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGluY2x1aSwgZXhlbXBsaWZpY2F0aXZhbWVudGUsCm9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyBlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gcMO6YmxpY2EgZGEgT0JSQSwgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywKaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywKZGVjbGFtYcOnw6NvLCByZWNpdGHDp8OjbywgZXhwb3Npw6fDo28sIGFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywKZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGR1YmxhZ2VtLCBsZWdlbmRhZ2VtLCBpbmNsdXPDo28gZW0gbm92YXMgb2JyYXMgb3UKY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUKdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwoKKDMpIFJFQ09OSEVDRSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIGFxdWkgZXNwZWNpZmljYWRhIGNvbmNlZGUgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETwpDUlVaIG8gZGlyZWl0byBkZSBhdXRvcml6YXIgcXVhbHF1ZXIgcGVzc29hIOKAkyBmw61zaWNhIG91IGp1csOtZGljYSwgcMO6YmxpY2Egb3UgcHJpdmFkYSwgbmFjaW9uYWwgb3UKZXN0cmFuZ2VpcmEg4oCTIGEgYWNlc3NhciBlIHV0aWxpemFyIGFtcGxhbWVudGUgYSBPQlJBLCBzZW0gZXhjbHVzaXZpZGFkZSwgcGFyYSBxdWFpc3F1ZXIKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwoKKDQpIERFQ0xBUkEgcXVlIGEgb2JyYSDDqSBjcmlhw6fDo28gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgw6kgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhcXVpIGNlZGlkb3MgZSBhdXRvcml6YWRvcywKcmVzcG9uc2FiaWxpemFuZG8tc2UgaW50ZWdyYWxtZW50ZSBwZWxvIGNvbnRlw7pkbyBlIG91dHJvcyBlbGVtZW50b3MgcXVlIGZhemVtIHBhcnRlIGRhIE9CUkEsCmluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBvYnJpZ2FuZG8tc2UgYSBpbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvcgpkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlCmV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgc3Vwb3J0YXIsIGVtIHJhesOjbyBkZSBxdWFscXVlciBvZmVuc2EgYSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBvdQpkaXJlaXRvcyBkZSB2b3ogb3UgaW1hZ2VtLCBwcmluY2lwYWxtZW50ZSBubyBxdWUgZGl6IHJlc3BlaXRvIGEgcGzDoWdpbyBlIHZpb2xhw6fDtWVzIGRlIGRpcmVpdG9zOwoKKDUpIEFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08KT1NXQUxETyBDUlVaIGUgYXMgZGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gZnVuY2lvbmFtZW50byBkbyByZXBvc2l0w7NyaW8gaW5zdGl0dWNpb25hbCBBUkNBLgoKQSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiByZXNlcnZhCmV4Y2x1c2l2YW1lbnRlIGFvIEFVVE9SIG9zIGRpcmVpdG9zIG1vcmFpcyBlIG9zIHVzb3MgY29tZXJjaWFpcyBzb2JyZSBhcyBvYnJhcyBkZSBzdWEgYXV0b3JpYQplL291IHRpdHVsYXJpZGFkZSwgc2VuZG8gb3MgdGVyY2Vpcm9zIHVzdcOhcmlvcyByZXNwb25zw6F2ZWlzIHBlbGEgYXRyaWJ1acOnw6NvIGRlIGF1dG9yaWEgZSBtYW51dGVuw6fDo28KZGEgaW50ZWdyaWRhZGUgZGEgT0JSQSBlbSBxdWFscXVlciB1dGlsaXphw6fDo28uCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaCnJlc3BlaXRhIG9zIGNvbnRyYXRvcyBlIGFjb3Jkb3MgcHJlZXhpc3RlbnRlcyBkb3MgQXV0b3JlcyBjb20gdGVyY2Vpcm9zLCBjYWJlbmRvIGFvcyBBdXRvcmVzCmluZm9ybWFyIMOgIEluc3RpdHVpw6fDo28gYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgZSBvdXRyYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzIGltcG9zdGFzIHBvciBlc3RlcyBpbnN0cnVtZW50b3MuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-06-14T05:02:48Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
title O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
spellingShingle O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
Portela, Ana Paula de Carvalho
Redes de Saúde
Ribeirinhos
Health Networks
Riverside
title_short O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
title_full O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
title_fullStr O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
title_full_unstemmed O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
title_sort O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas
author Portela, Ana Paula de Carvalho
author_facet Portela, Ana Paula de Carvalho
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Ferla, Alcindo Antônio
Lima, Rodrigo Tobias Souza de
dc.contributor.author.fl_str_mv Portela, Ana Paula de Carvalho
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Schweickardt, Júlio Cesar
contributor_str_mv Schweickardt, Júlio Cesar
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Redes de Saúde
Ribeirinhos
topic Redes de Saúde
Ribeirinhos
Health Networks
Riverside
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Health Networks
Riverside
description Esta pesquisa teve como objetivo analisar a territorialidade e a produção de redes de saúde em uma comunidade flutuante denominada Catalão, localizada no município de Iranduba, Amazonas. Trata-se de um lugar composto por 111 casas flutuantes nas quais os moradores produzem redes vivas e existenciais neste território líquido, adaptando-se aos períodos de cheia e seca dos rios. Esta pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, foi realizada em quatro etapas: mapeamento das casas-flutuante com o uso do GPS nos períodos de seca e cheia dos rios; identificação das famílias residentes na comunidade; entrevistas com moradores-chave; e entrevistas com profissionais de saúde que prestam assistência a esta população. Os moradores do Catalão vivenciam diariamente mudanças imposta pelo ciclo das águas, seguindo o fluxo dos rios e adaptando sua rotina aos movimentos constantes deste território líquido. Os períodos de seca afetam praticamente todos os aspectos da vida dos comunitários, sendo descrito como o que mais traz dificuldades, principalmente relacionadas à acomodação das casas-flutuante que precisam permanecer sobre as águas. O período de cheia permite que os moradores tenham facilidade quanto ao deslocamento dentro e fora da comunidade, uso da água e de atividades rotineiras. A comunidade é formada basicamente por pessoas com algum grau de parentesco que produzem redes de conexões que ultrapassam os laços consanguíneos, compondo vínculos que se estabelecem e se fortalecem nesta estreita malha de ligações que envolve trabalho, escola, religiosidade e lazer. Quanto à saúde, são atores que atuam na construção de suas próprias redes de cuidados, estabelecendo diferentes conexões que extrapolam os limites geográficos impostos. Embora estejam vinculados a uma equipe da Estratégia Saúde da Família pertencente a Iranduba, não têm recebido uma assistência contínua e resolutiva da equipe, por isso, recorrem à unidade de saúde mais próxima, em Manaus, buscando atender suas necessidades de saúde. A realidade vivenciada por esta comunidade é apenas uma pequena mostra da realidade do mundo ribeirinho e dos vários territórios líquidos que marcam a Amazônia. Nesse sentido, buscamos refletir como construir políticas públicas de saúde específicas para um território com as caraterísticas dessa comunidade flutuante. Estudos semelhantes a este podem ser ampliados e com proposição de estratégias de enfrentamento destes e outros desafios vivenciados por esta população.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-06-13T14:53:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-06-13T14:53:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv PORTELA, Ana Paula de Carvalho. O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas. 2017. 79 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Instituto Leônidas e Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz, Manaus, 2017.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33498
identifier_str_mv PORTELA, Ana Paula de Carvalho. O território e as Redes Vivas de Saúde em uma comunidade flutuante no Amazonas. 2017. 79 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Instituto Leônidas e Maria Deane, Fundação Oswaldo Cruz, Manaus, 2017.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33498
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33498/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33498/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ana%20Paula%20Portela.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33498/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ana%20Paula%20Portela.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 43cf57123dace9a28c9f6b2c996fa81b
d64dacc07e4f59f3eaeb7501fb4d7be9
77d85a39c3a7b744758008b835aef633
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324960271269888