Comportamento de Biomphalaria glabrata, caramujo hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, em diferentes profundidades da água sob condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jurberg, Pedro
Data de Publicação: 1987
Outros Autores: Schall, Virgínia Torres, Barbosa, Júlio Vianna, Gatti, Mario Jorge de Araujo, Silveira, Marisa da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17925
Resumo: Investigamos a possibilidade de Biomphalaria glabrata deslocar-se para regiões profundas, em três colunas de diferentes profundidades (1,10 m, 8,40 m e 10,40 m). Na coluna de 1,10 m evidenciamos que os deslocamentos podem ser de duas maneiras: 1) Quando o pé está em contato com o substrato: (i) deslizar para baixo; (ii) deslizar para cima; (iii) arrastar para baixo; (iiii) arrastar para cima. 2) Quando o pé não está em contato com o substrato: (i) descida súbida sem saída de bolhas de ar; (ii) descida súbida com saída de bolhas de ar; (iii) subida súbita. Na coluna de 8,40 m em que havia alimento no fundo (grupo experimental) observamos que os caramujos permaneceram maior tempo nesta profundidade em relação ao grupo que não recebeu alimento (grupo de controle). Verificamos que o comportamento de deslizar é característico dos deslocamentos em torno de 0 a 1 m, tanto para subir como para descer. O comportamento de arrastar foi típico de subida dos caramujos que atingiram níveis mais profundos. Quando os caramujos arrastavam-se a concha ficava pendente como se estivesse mais pesada, o que pode estar relacionado à entrada de água na câmara pulmonar. Na coluna de 10,40m verificamos que os caramujos deslizavam para baixo até 4 m ou apresentavam descidas súbitas até o fundo. As subidas se davam pelo padrão comportamental denominado arrastar, do fundo até a superfície. Nas colunas de 8,40 e 10,40m verificamos cópula, alimentação e desova nos níveis mais profundos.
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Na coluna de 1,10 m evidenciamos que os deslocamentos podem ser de duas maneiras: 1) Quando o pé está em contato com o substrato: (i) deslizar para baixo; (ii) deslizar para cima; (iii) arrastar para baixo; (iiii) arrastar para cima. 2) Quando o pé não está em contato com o substrato: (i) descida súbida sem saída de bolhas de ar; (ii) descida súbida com saída de bolhas de ar; (iii) subida súbita. Na coluna de 8,40 m em que havia alimento no fundo (grupo experimental) observamos que os caramujos permaneceram maior tempo nesta profundidade em relação ao grupo que não recebeu alimento (grupo de controle). Verificamos que o comportamento de deslizar é característico dos deslocamentos em torno de 0 a 1 m, tanto para subir como para descer. O comportamento de arrastar foi típico de subida dos caramujos que atingiram níveis mais profundos. Quando os caramujos arrastavam-se a concha ficava pendente como se estivesse mais pesada, o que pode estar relacionado à entrada de água na câmara pulmonar. Na coluna de 10,40m verificamos que os caramujos deslizavam para baixo até 4 m ou apresentavam descidas súbitas até o fundo. As subidas se davam pelo padrão comportamental denominado arrastar, do fundo até a superfície. Nas colunas de 8,40 e 10,40m verificamos cópula, alimentação e desova nos níveis mais profundos.Using three columns of different depths (1.10m, 8.40m and 10.40m), we investigated the possibility of Biomphalaria glabrata moving towards deep regions. In the 1.10m column, we noted that locomotion can occur in two manners: 1) when the foot is in contact with the substrate: a) sliding descent; b) sliding ascent; c) creeping descent; d) creeping ascent, 2) when the foot is not in contact with the substrate: a) sudden descent without emission of air bules; b) sudden descent with emission of air bules; c) sudden ascent. In the 8.40m column containing food on the bottom (experimental group), the snails remained longer at this depth when compared to those of the group which received no food (control). The sliding behavior was characteristic of locomotion occurring at 0 to 1m both in upward and downward directions. Creeping behavior was typical for the ascent of the snails that reached deeper levels. When the snails were creeping, the shell remained hanging as if it were heavier, a fact that may have been due to water entering the pulmonary chamber. In the 10.40m column, the snails slid downward to a depth of 4m or descended suddenly all the way to the bottom. Ascent occurred by creeping from the bottom to the surface. In the 8.40m and 10.40m columns, copulation, feeding and oviposition occurred at the deepest levels.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Biologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Biologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Biologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Biologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Biologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.engInstituto Oswaldo Cruz, Ministério da SaúdeBiomphalaria glabrataEsquistosomoseComoportamentoBiomphalaria glabrataSchistosomiasisBehaviorCiências BiológicasComportamento de Biomphalaria glabrata, caramujo hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, em diferentes profundidades da água sob condições de laboratórioBehavior of Biomphalaria glabrata, the intermediate host snail of Schistosoma mansoni, at different depths in water in laboratory conditionsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17925/1/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD51ORIGINALve_Jurberg_Pedro_Behavior_CPqRR_1987.pdfve_Jurberg_Pedro_Behavior_CPqRR_1987.pdfapplication/pdf8913703https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17925/2/ve_Jurberg_Pedro_Behavior_CPqRR_1987.pdf87d6bc46ac084a0eec86207448821821MD52TEXTve_Jurberg_Pedro_Behavior_CPqRR_1987.pdf.txtve_Jurberg_Pedro_Behavior_CPqRR_1987.pdf.txtExtracted texttext/plain12https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17925/3/ve_Jurberg_Pedro_Behavior_CPqRR_1987.pdf.txt36c6f0b2061da514c400c0bc2749b5cfMD53icict/179252022-06-24 12:18:59.984oai:www.arca.fiocruz.br:icict/17925TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T15:18:59Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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