Natureza e ciência na trajetória do botânico Paulo Campos Porto (1914-1939)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Casazza, Ingrid Fonseca
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53724
Resumo: Na década de 1930 a ideia de proteção à natureza passou a ser concretizada no Brasil. Isso ocorreu, em ampla medida, através de medidas governamentais apoiadas em um discurso estatal que as justificava devido às potencialidades dos recursos naturais brasileiros. A dimensão do potencial científico da natureza brasileira esteve presente numa série de leis protecionistas criadas durante o governo de Getúlio Vargas. Foram aprovadas pelo Governo Provisório as seguintes medidas normativas que controlavam a exploração do patrimônio natural: Código Florestal, Código de Caça e Pesca e Códigos de Águas e de Minas. Nesta lista, pode ser incluída também a Lei de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil e como medida de proteção à natureza, o decreto de criação do Parque Nacional de Itatiaia, primeiro parque nacional do país. Neste período, cientistas e intelectuais interessados em questões ambientais ocupavam muitos cargos da administração pública ou faziam parte de institutos científicos que foram acionados para a emissão de pareceres e elaboração das leis que visavam à defesa do patrimônio natural. Visando uma maior compreensão deste momento da história ambiental brasileira e da participação da ciência na valorização e proteção da natureza, analisarei a trajetória do botânico Paulo Campos Porto que foi exemplar neste sentido. Este botânico ocupou uma série de cargos e funções voltados à produção do conhecimento acerca da flora nacional e à proteção da natureza brasileira. Em 1914, com o cargo de naturalista viajante, passou a fazer parte dos quadros do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, instituição da qual viria a ser diretor por duas vezes (1933/1938 e 1951/1958). Além de ter estado à frente deste estabelecimento científico, foi também diretor do Instituto de Biologia Vegetal, propôs e presidiu o Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil e foi Secretário de Agricultura do Estado da Bahia, onde se envolveu na criação do Parque de Monte Pascoal. Participou ainda do Conselho Florestal Federal e da Comissão Organizadora do Parque Nacional de Itatiaia. Este trabalho tem como foco de análise a atuação de Campos Porto no Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil e na criação do Parque Nacional de Itatiaia pois estes órgãos carregaram as marcas da concepção da natureza enquanto patrimônio científico nacional, ideal amplamente compartilhado pelos naturalistas brasileiros deste período, incluindo Campos Porto. Este trabalho busca também lançar reflexões acerca das ideias de natureza concebidas socialmente nesta época e de que modo estas influenciaram na defesa de novas formas de regulamentação da relação entre homem e natureza no Brasil.
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Nesta lista, pode ser incluída também a Lei de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil e como medida de proteção à natureza, o decreto de criação do Parque Nacional de Itatiaia, primeiro parque nacional do país. Neste período, cientistas e intelectuais interessados em questões ambientais ocupavam muitos cargos da administração pública ou faziam parte de institutos científicos que foram acionados para a emissão de pareceres e elaboração das leis que visavam à defesa do patrimônio natural. Visando uma maior compreensão deste momento da história ambiental brasileira e da participação da ciência na valorização e proteção da natureza, analisarei a trajetória do botânico Paulo Campos Porto que foi exemplar neste sentido. Este botânico ocupou uma série de cargos e funções voltados à produção do conhecimento acerca da flora nacional e à proteção da natureza brasileira. Em 1914, com o cargo de naturalista viajante, passou a fazer parte dos quadros do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, instituição da qual viria a ser diretor por duas vezes (1933/1938 e 1951/1958). Além de ter estado à frente deste estabelecimento científico, foi também diretor do Instituto de Biologia Vegetal, propôs e presidiu o Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil e foi Secretário de Agricultura do Estado da Bahia, onde se envolveu na criação do Parque de Monte Pascoal. Participou ainda do Conselho Florestal Federal e da Comissão Organizadora do Parque Nacional de Itatiaia. Este trabalho tem como foco de análise a atuação de Campos Porto no Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil e na criação do Parque Nacional de Itatiaia pois estes órgãos carregaram as marcas da concepção da natureza enquanto patrimônio científico nacional, ideal amplamente compartilhado pelos naturalistas brasileiros deste período, incluindo Campos Porto. Este trabalho busca também lançar reflexões acerca das ideias de natureza concebidas socialmente nesta época e de que modo estas influenciaram na defesa de novas formas de regulamentação da relação entre homem e natureza no Brasil.In the 1930s, the idea of protecting nature began to be implemented in Brazil. This occurred, to a large extent, through government measures supported by a state discourse that justified them due to the potential of Brazilian natural resources. The dimension of the scientific potential of Brazilian nature was present in a series of protectionist laws created during the government of Getúlio Vargas. The following normative measures were approved by the Provisional Government that controlled the exploitation of natural heritage: Forest Code, Hunting and Fishing Code and Water and Mining Codes. In this list, the Law for the Inspection of Artistic and Scientific Expeditions in Brazil can also be included, and as a measure to protect nature, the decree creating the Itatiaia National Park, the first national park in the country. During this period, scientists and intellectuals interested in environmental issues held many public administration positions or were part of scientific institutes that were called upon to issue opinions and draft laws aimed at defending the natural heritage. Aiming at a greater understanding of this moment in Brazilian environmental history and the participation of science in the valorization and protection of nature, I will analyze the trajectory of the botanist Paulo Campos Porto, who was exemplary in this sense. This botanist held a series of positions and functions aimed at the production of knowledge about the national flora and the protection of Brazilian nature. In 1914, with the position of traveling naturalist, he became part of the staff of the Botanical Garden of Rio de Janeiro, an institution of which he would become director twice (1933/1938 and 1951/1958). In addition to having been at the head of this scientific establishment, he was also director of the Institute of Plant Biology, proposed and chaired the Supervisory Board of Artistic and Scientific Expeditions in Brazil and was Secretary of Agriculture of the State of Bahia, where he was involved in the creation of the Park from Monte Pascoal. He also participated in the Federal Forestry Council and in the Organizing Committee of the Itatiaia National Park. This work focuses on the analysis of Campos Porto's performance in the Supervisory Board of Artistic and Scientific Expeditions in Brazil and in the creation of the Itatiaia National Park, as these bodies carried the marks of the conception of nature as a national scientific heritage, an ideal widely shared by Brazilian naturalists of this period, including Campos Porto. This work also seeks to reflect on the ideas of nature socially conceived at this time and how they influenced the defense of new forms of regulation of the relationship between man and nature in Brazil.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAnpuhPaulo Campos PortoPatrimônio naturalJardim Botânico do Rio de JaneiroConselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no BrasilParques nacionaisPaulo Campos PortoNatural HeritageRio de Janeiro Botanical GardenSupervisory Board for Artistic and Scientific Expeditions in BrazilNational ParksConservação de Recursos NaturaisPolítica AmbientalParques RecreativosBiografias como AssuntoNatureza e ciência na trajetória do botânico Paulo Campos Porto (1914-1939)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83071https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/53724/1/license.txt9dfbbf08b06cfcdbc4fae54031265b0dMD51ORIGINALNatureza e ciência (1).pdfNatureza e ciência 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