Impacto de um programa de exercícios físicos em reabilitação cardiopulmonar em pacientes com cardiopatia chagásica crônica : ensaio clínico randomizado (ESTUDO PEACH)
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37800 |
Resumo: | Introdução: O papel do exercício na prevenção secundária de eventos cardiovasculares é reconhecido e aceito por inúmeras organizações de saúde, sendo importante terapia não medicamentosa para diversos grupos de cardiopatias. Apesar dos reconhecidos benefícios do exercício, poucos estudos avaliaram os efeitos desse tipo de intervenção em pacientes com cardiopatia de chagásica crônica (CCC). Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento físico sobre a capacidade funcional, função cardíaca, força da musculatura respiratória, composição corporal e biomarcadores clínicos na cardiopatia chagásica crônica. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado de superioridade incluindo pacientes comCCC com disfunção sistólica ventricular isolada ou com insuficiência cardíaca, respectivamente estágios B2 e C de acordo com o Consenso Brasileiro de Doença de Chagas. O grupo de intervenção realizou a reabilitação cardíaca com treinamento físico três vezes por semana durante seis meses e foi comparado com o grupo controle sem exercício. Ambos os grupos receberam as mesmas orientações nutricionais e informações sobre o uso de medicamentos mensalmente, sendo mantidos em tratamento médico de acordo com o Consenso Brasileiro de doença de Chagas. O desfecho primário foi a modificação do consumo de oxigênio de pico durante o teste de exercício cardiopulmonar. Os desfechos secundários foram modificações em outras variáveis do teste de exercício cardiopulmonar, função cardíaca através do ecocardiograma, força muscular respiratória, composição corporal e biomarcadores clínicos, todos avaliados no início do estudo, com três e seis meses após a randomização. Trinta pacientes foramaleatoriamente designados para exercício ou controle, na proporção de 1:1 Resultados: Trinta pacientes (20 homens e 10 mulheres) foram incluídos no estudo sem nenhuma perda de seguimento durante seis meses de acompanhamento. A maioria das características clínicas foram similares entre os grupos na linha de base. O grupo submetido ao treinamento físico com exercícios demonstrou incremento no VO2 pico (\03B2=+4,56; p=0,004); MET (\03B2=+1,3; p=0,003), pulso de O2 (\03B2=+2,67; p=0,032), ventilação-minuto máxima (\03B2 =+13,89; p<0,0001), VO2 do limiar anaeróbio (\03B2=+3,73; p=0,049), nos níveis de HDL-colesterol (\03B2=+8,56; p=0,007) e LDLcolesterol (\03B2=+43,25; p=0,044) além de diminuição do déficit aeróbio funcional (\03B2=-14,99; p=0,006) após seis meses de intervenção. Houve aumento com três e seis meses de intervenção da velocidade do esforço máximo (3m: \03B2=+0,53; p=0,035 e 6m: \03B2=+0,70; p=0,005) e inclinação do esforço máximo (3m: \03B2=+2,05; p=0,007 e 6m: \03B2=+2,83; p<0,0001). Além disso, após três meses o mesmo grupo apresentou diminuição da pressão arterial sistólica máxima no TECP (\03B2=-13,36; p=0,035), diminuição da relação E/e' (\03B2=- 3,01; p=0,033), da pressão do átrio esquerdo (\03B2=-3,64; p=0,039). Conclusão: Demonstrouse o benefício do treinamento físico associado ao programa de reabilitação cardíaca em pacientes com CCC através do incremento objetivo da capacidade funcional de indivíduos com disfunção sistólica ou insuficiência cardíaca, reforçando a ideia de que centros de cuidado integral envolvendo exercício podem ser adotados como uma importante terapia adicional no tratamento de pacientes com CCC. |
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Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento físico sobre a capacidade funcional, função cardíaca, força da musculatura respiratória, composição corporal e biomarcadores clínicos na cardiopatia chagásica crônica. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado de superioridade incluindo pacientes comCCC com disfunção sistólica ventricular isolada ou com insuficiência cardíaca, respectivamente estágios B2 e C de acordo com o Consenso Brasileiro de Doença de Chagas. O grupo de intervenção realizou a reabilitação cardíaca com treinamento físico três vezes por semana durante seis meses e foi comparado com o grupo controle sem exercício. Ambos os grupos receberam as mesmas orientações nutricionais e informações sobre o uso de medicamentos mensalmente, sendo mantidos em tratamento médico de acordo com o Consenso Brasileiro de doença de Chagas. O desfecho primário foi a modificação do consumo de oxigênio de pico durante o teste de exercício cardiopulmonar. Os desfechos secundários foram modificações em outras variáveis do teste de exercício cardiopulmonar, função cardíaca através do ecocardiograma, força muscular respiratória, composição corporal e biomarcadores clínicos, todos avaliados no início do estudo, com três e seis meses após a randomização. Trinta pacientes foramaleatoriamente designados para exercício ou controle, na proporção de 1:1 Resultados: Trinta pacientes (20 homens e 10 mulheres) foram incluídos no estudo sem nenhuma perda de seguimento durante seis meses de acompanhamento. A maioria das características clínicas foram similares entre os grupos na linha de base. O grupo submetido ao treinamento físico com exercícios demonstrou incremento no VO2 pico (\03B2=+4,56; p=0,004); MET (\03B2=+1,3; p=0,003), pulso de O2 (\03B2=+2,67; p=0,032), ventilação-minuto máxima (\03B2 =+13,89; p<0,0001), VO2 do limiar anaeróbio (\03B2=+3,73; p=0,049), nos níveis de HDL-colesterol (\03B2=+8,56; p=0,007) e LDLcolesterol (\03B2=+43,25; p=0,044) além de diminuição do déficit aeróbio funcional (\03B2=-14,99; p=0,006) após seis meses de intervenção. Houve aumento com três e seis meses de intervenção da velocidade do esforço máximo (3m: \03B2=+0,53; p=0,035 e 6m: \03B2=+0,70; p=0,005) e inclinação do esforço máximo (3m: \03B2=+2,05; p=0,007 e 6m: \03B2=+2,83; p<0,0001). Além disso, após três meses o mesmo grupo apresentou diminuição da pressão arterial sistólica máxima no TECP (\03B2=-13,36; p=0,035), diminuição da relação E/e' (\03B2=- 3,01; p=0,033), da pressão do átrio esquerdo (\03B2=-3,64; p=0,039). Conclusão: Demonstrouse o benefício do treinamento físico associado ao programa de reabilitação cardíaca em pacientes com CCC através do incremento objetivo da capacidade funcional de indivíduos com disfunção sistólica ou insuficiência cardíaca, reforçando a ideia de que centros de cuidado integral envolvendo exercício podem ser adotados como uma importante terapia adicional no tratamento de pacientes com CCC.Introduction: The role of exercise in secondary prevention of cardiovascular events is recognized and accepted by many health organizations as an important non-drug therapy for several groups of cardiopathies. Despite the recognized benefits of exercise, few studies have evaluated the effects of this intervention in patients with chronic Chagas heart disease (CHD). Objective: To evaluate the effect of physical training on functional capacity, cardiac function, respiratory muscle strength, body composition and biomarkers in CHD. Methods: A superiority randomized clinical trial was performed including CHD patients with ventricular systolic dysfunction or with heart failure, respectively stages B2 and C according to the Brazilian Consensus on Chagas Disease. The intervention group underwent cardiac rehabilitation with physical training three times a week for six months and was compared with a control group without exercise. Both groups received monthly the same nutritional guidelines and information about the use of medicines according to the Brazilian Consensus of Chagas disease. The primary endpoint was the modification of peak oxygen consumption (peak VO2) during the cardiopulmonary exercise test. Secondary outcomes were changes in other variables of cardiopulmonary exercise test, cardiac function by echocardiogram, respiratorymuscle strength, body composition and biomarkers, all assessed at baseline, three and six months after randomization. Thirty patients were randomly assigned to exercise or control at the ratio of 1:1. Results: Thirty patients (20 men and 10 women) were included in the studywithout any loss of follow-up for six months. Most of the clinical characteristics were similar between baseline groups. The group submitted to physical exercise training showed an increase in peak VO2 (β =+4.56, p=0.0046); on O2 pulse (β=+2.67, p=0.032), on VO2 of the anaerobic threshold (β = +3.73, p=0.049), in the HDL-cholesterol levels (β=+8.56, p=0.007) and LDL cholesterol (β=+43.25, p=0.044) in addition to a decrease in the functional aerobic deficit (β=-14.99; p=0.006) after six months of intervention. There was an increase in three and six months of intervention of the maximum effort velocity (3m: β =+0.53, p=0.035 and 6m: β=+0.70, p=0.005) and incline of the maximum effort (3m: β =+2.05, p=0.007 and 6m: β=+ 2.83, p<0.0001). In addition, after three months, the same group presented a decrease in the maximum systolic blood pressure (β = -13.36, p = 0.035), on the E/e 'ratio (β=3.01, p=0.033) and of the left atrial pressure (β=-3.64, p=0.039) Conclusion: The benefit of physical training associated with the cardiac rehabilitation program in patients with CHF was demonstrated through the increase in the functional capacity of individuals with systolic dysfunction or heart failure, reinforcing the idea that integral care centers involving exercise should be adopted as an additional and important therapy in treatment of patients with CHD.2019-12-19Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porReabilitação cardíacaExercícioCardiopatia chagásica crônicaInsuficiência cardíacaReabilitação cardíacaAtividade motoraCardiopatia chagásicaInsuficiência cardíacaImpacto de um programa de exercícios físicos em reabilitação cardiopulmonar em pacientes com cardiopatia chagásica crônica : ensaio clínico randomizado (ESTUDO PEACH)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37800/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALfernanda_mendes_ini_dout_2018.pdffernanda_mendes_ini_dout_2018.pdfapplication/pdf3346205https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37800/2/fernanda_mendes_ini_dout_2018.pdf8c81cf7879bd4467ce1e3bf340ca981cMD52TEXTfernanda_mendes_ini_dout_2018.pdf.txtfernanda_mendes_ini_dout_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain200354https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37800/3/fernanda_mendes_ini_dout_2018.pdf.txtfc99d90e90da91fa0fb9f79b802204b0MD53icict/378002021-03-23 09:48:25.084oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37800Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-03-23T12:48:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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