A institucionalização do alienismo nos periódicos médicos (Rio de Janeiro, 1832-1852)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24011 |
Resumo: | O alienismo, surgido na França entre o final do século XVIII e início do XIX, difundiu-se paulatinamente no continente europeu e também em países da América Latina, tornando-se hegemônico como primeira especialidade médica. O presente trabalho teve como objetivo analisar o modo que se deu a apropriação do alienismo no Brasil na primeira metade do XIX. Para investigar a circulação e apropriação do tema do alienismo após a criação das primeiras instituições de ensino de medicina(Salvador e Rio de Janeiro), optou-se por escolher o ano de 1832 para o início da pesquisa, quando por meio de uma reforma de ensino,as escolas médicas se transformaram em faculdade de medicina. A pesquisa terminou no ano de 1852, quando o primeiro asilo do país começou a funcionar na capital do Império. Para a análise, optou-se por investigar uma importante ferramenta de divulgação dos preceitos da medicina da época: os periódicos médicos que circulavam na cidade do Rio de Janeiro. A análise permitiu descrever quem eram os médicos da capital que produziam trabalhos sobre o alienismo; quais os temas sobre os quais se debruçavam; que autores eram mais citados por esses médicos; que classificações de doenças mentais eram utilizadas e como eram acomodadas à realidade local; e, finalmente, se ainda eram utilizadas interpretações setecentistas a respeito das doenças mentais. A dissertação apresenta, ainda, o debate médico sobre a importância da construção de uma instituição especial para alienados. |
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Oliveira, Pedro Henrique Ferreira DaneseFacchinetti, Cristiana2018-01-23T18:47:33Z2018-01-23T18:47:33Z2016OLIVEIRA, Pedro Henrique Ferreira Danese. A institucionalização do alienismo nos periódicos médicos (Rio de Janeiro, 1832-1852). 2016. 181 f. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) - Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24011O alienismo, surgido na França entre o final do século XVIII e início do XIX, difundiu-se paulatinamente no continente europeu e também em países da América Latina, tornando-se hegemônico como primeira especialidade médica. O presente trabalho teve como objetivo analisar o modo que se deu a apropriação do alienismo no Brasil na primeira metade do XIX. Para investigar a circulação e apropriação do tema do alienismo após a criação das primeiras instituições de ensino de medicina(Salvador e Rio de Janeiro), optou-se por escolher o ano de 1832 para o início da pesquisa, quando por meio de uma reforma de ensino,as escolas médicas se transformaram em faculdade de medicina. A pesquisa terminou no ano de 1852, quando o primeiro asilo do país começou a funcionar na capital do Império. Para a análise, optou-se por investigar uma importante ferramenta de divulgação dos preceitos da medicina da época: os periódicos médicos que circulavam na cidade do Rio de Janeiro. A análise permitiu descrever quem eram os médicos da capital que produziam trabalhos sobre o alienismo; quais os temas sobre os quais se debruçavam; que autores eram mais citados por esses médicos; que classificações de doenças mentais eram utilizadas e como eram acomodadas à realidade local; e, finalmente, se ainda eram utilizadas interpretações setecentistas a respeito das doenças mentais. A dissertação apresenta, ainda, o debate médico sobre a importância da construção de uma instituição especial para alienados.The alienism arised in France between the end of 18th century and begining of the 19th. It was spread on the European continente and also in Latin America, becoming the first medical speciality. This research intend to investigate how alienism was adapted in Brazil, through the first half of 19th century. To investigate the circulation of alienism topic after creation of first medical educacional institutions (in Salvador and Rio de Janeiro), it was choosed the year of 1832 for the research start, when medical schools became medical colleges, and 1852 is the final year for the analysis, as the first asylum was created in the Imperial capital city. It was analised also medical magazines published in Rio de Janeiro, as those periodical papers were importante news media. The investigation demonstrated that: the capital doctors who wrote papers about alienism; which topics the researchs were conducted; which authors were most quoted; which mental illness denominations were mentioned; and finally if it still remained interpretations from 18th century about mental illness. This research offer a medical debate about the importance of a special institution for lunatics, through this time period.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAlienismoPeriódicosNewspapersAlienismTranstornos Mentais/históriaPublicações PeriódicasHistória do Século XIXBrasilA institucionalização do alienismo nos periódicos médicos (Rio de Janeiro, 1832-1852)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2016Casa de Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24011/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdissertacao_pedro_henrique.pdfapplication/pdf2447696https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24011/2/dissertacao_pedro_henrique.pdf35002199e6ce0ded1481d4d621e99a78MD52TEXTdissertacao_pedro_henrique.pdf.txtdissertacao_pedro_henrique.pdf.txtExtracted texttext/plain462628https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24011/3/dissertacao_pedro_henrique.pdf.txt8a51cb6a29b62585cf794bff1a4f78f2MD53icict/240112023-01-05 14:25:16.61oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24011Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-05T17:25:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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