Redes Vivas em região de fronteira: usos e percursos da saúde materna na Amazônia

• Autor(a) principal: Neves, Milene da Silva Morais das
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33763
• topic: Saúde Materno-infantil; Redes Vivas de Saúde; Maternal and child health; Live health networks

O acesso à saúde deve ser garantido pelo Estado uma vez que a saúde é um direito humano fundamental e assim está registrado na Constituição Brasileira. As ações realizadas para isto devem ser elaboradas e implementadas segundo os princípios da equidade em qualquer contexto sociocultural. As redes de atenção à saúde são ferramentas que auxiliam na condução e no acesso da população à saúde. Na fronteira o acesso se dá de formas variadas, uma vez que a população utiliza o território de acordo com suas necessidades, criando redes informais com conexões existenciais, o que denominamos de “Redes Vivas”. A Rede de Saúde Materno-Infantil apresenta indicadores que permitem a análise dos fenômenos e características da população de uma determinada região e atua como indicador social de desenvolvimento humano entre países. Com isto, esta pesquisa visa produzir conhecimento referente à estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) em região de fronteira na Amazônia nas ações voltadas à saúde materna. O objetivo desta pesquisa é compreender as redes produzidas pelos usuários na relação com a produção do cuidado e acesso à saúde materno-infantil na tríplice fronteira do Estado do Amazonas. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, com utilização da metodologia do Usuário Guia. A pesquisa foi realizada no município de Tabatinga, que apresenta um território com características de um município do interior do estado do Amazonas somados a localização na região de tríplice fronteira, entre Brasil, Colômbia e Peru. O município é referência para a rede de média densidade tecnológica da microrregião do Alto Rio Solimões. O acesso aos serviços de saúde pela população, seja ela de qualquer nacionalidade, ratifica os princípios da universalidade, da equidade e da integralidade do SUS. Esperamos que este estudo fortaleça a Rede de Saúde Materno Infantil através do entendimento das redes produzidas pelas usuárias no acesso à saúde em territórios específicos.