A Reação Intradérmica de Montenegro na clínica e na epidemiologia da Leishmaniose tegumentar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Aline Fagundes da
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8253
Resumo: A pesquisa consistiu da avaliação da Reação Intradérmica de Montenegro – IDRM – como instrumento para inquéritos epidemiológicos e diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar Americana - LTA, em duas populações, respectivamente, 400 adultos sadios (Estudo I) e 302 pacientes suspeitos de LTA (Estudo II). O Estudo I foi realizado em região considerada indene de LTA, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, e visou a comparação entre a resposta ao antígeno de Montenegro e aos preservativos timerosal e fenol, analisando, entre outros, parâmetros como inocuidade, especificidade e padronização clínica do preservativo, as respostas após 48 horas e em torno de 2 semanas após a aplicação e a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em casos positivos ao antígeno. O Estudo II, realizado no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas- IPEC/FIOCRUZ envolveu, entre outros aspectos, a comparação entre o comportamento da IDRM e os testes de diagnóstico para detecção de Leishmania, bem como o estabelecimento de protocolo de padronização clínica da técnica de aplicação do teste e leitura da reação. Os resultados mostraram que a utilização do timerosal como veículo do Teste de Montenegro em voluntários sadios foi responsável por 12% de falso positivos ao teste. No entanto, cerca de 29,5% dos 203 voluntários sadios testados foram IDRM- positivos e 1 dos 151 voluntários testados foi positivo `a PCR, evidenciando infecção subclínica por Leishmania na área do Estudo I. Foram evidenciadas reações tardias em 4,5% dos indivíduos sadios avaliados, mas nenhum dos pacientes apresentou tais reações. O Teste de Montenegro pode ser considerado confortável e seguro para indivíduos sadios e pacientes com LTA e suspeitos, não tendo sido verificadas reações adversas sistêmicas e tendo sido as reações locais discretas e presentes em 21,5% e 11,2% dos pacientes, respectivamente. Verificou-se que o método de leitura da IDRM por meio do decalque em papel deve ser usado como alternativa à leitura direta, desde que realizado por profissional obedecendo protocolo padronizado. Entre os métodos de diagnóstico da LTA avaliados no Estudo II, A PCR foi o mais sensível (92,3%), superando a cultura (78%), a histopatologia (40%) e o imprint (24%). A co-positividade IDRM - PCR foi de 71,4% e a acurácia de 81,3%. O conjunto dos resultados encontrados reforça a constatação de que a IDRM é o melhor instrumento para inquéritos de LTA, e, como método diagnóstico, apresenta sensibilidade de 89%, especificidade de 71,4%, valor preditivo positivo de 68,7% e valor preditivo negativo de 90,3%.
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O Estudo I foi realizado em região considerada indene de LTA, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, e visou a comparação entre a resposta ao antígeno de Montenegro e aos preservativos timerosal e fenol, analisando, entre outros, parâmetros como inocuidade, especificidade e padronização clínica do preservativo, as respostas após 48 horas e em torno de 2 semanas após a aplicação e a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em casos positivos ao antígeno. O Estudo II, realizado no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas- IPEC/FIOCRUZ envolveu, entre outros aspectos, a comparação entre o comportamento da IDRM e os testes de diagnóstico para detecção de Leishmania, bem como o estabelecimento de protocolo de padronização clínica da técnica de aplicação do teste e leitura da reação. Os resultados mostraram que a utilização do timerosal como veículo do Teste de Montenegro em voluntários sadios foi responsável por 12% de falso positivos ao teste. No entanto, cerca de 29,5% dos 203 voluntários sadios testados foram IDRM- positivos e 1 dos 151 voluntários testados foi positivo `a PCR, evidenciando infecção subclínica por Leishmania na área do Estudo I. Foram evidenciadas reações tardias em 4,5% dos indivíduos sadios avaliados, mas nenhum dos pacientes apresentou tais reações. O Teste de Montenegro pode ser considerado confortável e seguro para indivíduos sadios e pacientes com LTA e suspeitos, não tendo sido verificadas reações adversas sistêmicas e tendo sido as reações locais discretas e presentes em 21,5% e 11,2% dos pacientes, respectivamente. Verificou-se que o método de leitura da IDRM por meio do decalque em papel deve ser usado como alternativa à leitura direta, desde que realizado por profissional obedecendo protocolo padronizado. Entre os métodos de diagnóstico da LTA avaliados no Estudo II, A PCR foi o mais sensível (92,3%), superando a cultura (78%), a histopatologia (40%) e o imprint (24%). A co-positividade IDRM - PCR foi de 71,4% e a acurácia de 81,3%. O conjunto dos resultados encontrados reforça a constatação de que a IDRM é o melhor instrumento para inquéritos de LTA, e, como método diagnóstico, apresenta sensibilidade de 89%, especificidade de 71,4%, valor preditivo positivo de 68,7% e valor preditivo negativo de 90,3%.The research consisted of the evaluation of Montenegro skin test- MST- as an instrument for epidemiological surveys and diagnosis of American Tegumentary Leishmaniasis- ATL in two populations, respectively, 400 healthy adults (Study I) and 302 ATL suspicious patients (Study II). The Study I was performed in an ATL non endemic area, in Santa Maria, Rio Grande do Sul, and it evaluates MST positivity and the preservatives timerosal and phenol, analyzing, among other, parameters as innocuousness, specificity and clinical standardization of the preservative, the reactions after 48 hours and around 2 weeks after the application and the PCR reaction in positive cases to the antigen. The Study II, developed at the Institute of Clinical Research Evandro Chagas - IPEC / FIOCRUZ involved, among other aspects, the comparison between the MST response and the leishmaniasis diagnostic tests, as well as the establishment of protocol of clinical standardization of the MST. The results showed that the use of the timerosal as vehicle of MST in healthy volunteers was responsible for 12% - of false positive results to the test. However, about 29,5% of the 203 healthy volunteers tested were MST - positive and 1 of the 151 tested volunteers were PCR- positive, evidencing subclinical infection for Leishmania in the area of Study I. Late reactions were evidenced in 4,5% of the healthy individuals, but none of the patients presented such reactions. MST can be considered comfortable and safe for healthy volunteers and ATL patients, not having been verified systemic adverse reactions and having been the local reactions presents in 21,5% and 11,2% of the two groups, respectively. It was verified that the method of MST reading of through the paper should be used as alternative to the direct reading, since accomplished by professional obeying standardized protocol. Among the methods of ATL diagnosis in the Study II, PCR was the most sensitive (92,3%), overcoming culture (78%), histopathology (40%) and imprint (24%). The co-positivity MST-PCR was of 71,4% and the agreement of 81,3%. These results reinforces that MST is the best instrument for surveys in ATL endemic areas and, as method of diagnosis, it presents sensitivity of 89%, specificity of 71,4%, preditive positive value of 68,7% and preditive positive value of 90,3 %.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmaniose TegumentarTeste de MontenegroReação Intradérmica de MontenegroLeishmaniose CutâneaInfecções por ProtozoáriosTestes IntradérmicosEpidemiologiaReação em Cadeia da PolimeraseVigilância SanitáriaA Reação Intradérmica de Montenegro na clínica e na epidemiologia da Leishmaniose tegumentarThe Montenegro skin test in clinical and epidemiological studies of Tegumentary leishmaniasisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2007-11-12Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós Graduação em Vigilância Sanitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8253/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL117.pdfapplication/pdf2530040https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8253/2/117.pdf349e9b913a8742a2b359934a532ec37dMD52TEXT117.pdf.txt117.pdf.txtExtracted texttext/plain369282https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8253/3/117.pdf.txtb48ba1481f102c421e6ed3d83f6166faMD53icict/82532022-03-08 21:30:44.47oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8253Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-09T00:30:44Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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