Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eto, Fabiola Naomi
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40044
Resumo: A carga alostática é um escore de risco composto por medidas biológicas que capta a desregulação de múltiplos sistemas fisiológicos em decorrência da exposição crônica ao estresse. Tem sido proposto como um indicador precoce de desregulação fisiológica preditivo de morbidades e mortalidade, mostrando ser um indicador útil para avaliação da saúde subsequente. Entretanto, ainda não há consenso sobre o melhor conjunto de biomarcadores a ser utilizado para sua mensuração. Os principais objetivos desta tese são avaliar a estrutura dimensional da carga alostática e a sua associação com a autoavaliação de saúde (AAS) na população do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, o ELSA-Brasil, um estudo de coorte multicêntrico de servidores públicos de seis cidades brasileiras. Os resultados desta tese são apresentados em duas partes. A primeira parte avaliou a estrutura dimensional da carga alostática na população da linha de base do ELSA-Brasil (n = 15.105) por meio da análise fatorial confirmatória. Testou-se um modelo estrutural em que a carga alostática é um construto de segunda ordem composto porseissubdimensões que representam grupos biológicos distintos (sistema nervoso parassimpático, antropométrico, lipídico, glicêmico, cardiovascular e inflamatório) que por sua vez expressam a latência de dezenove medidas biológicas. A estrutura dimensional da carga alostática inicialmente hipotetizada não se mostrou adequada aos dados da população estudada. Discutiu-se alguns dos aspectos fundamentais que tornam o estudo de sua estrutura dimensional um desafio. Sugeriu-se como possível alternativa ao modelo de fatores latentes, o método originalmente proposto para mensurar a carga alostática, o da medida sumária dos escores de risco dos biomarcadores. A segunda parte avaliou a predição da carga alostática para a autoavaliação de saúde, bem como a contribuição relativa de cada grupo biológico avaliado e de seus respectivos biomarcadores para a predição da autoavaliação de saúde na população do ELSA-Brasil (n = 13.992) entre a linha de base e a segunda onda do estudo usando modelos longitudinais. A medida global da carga alostática se mostrou um preditor mais consistente da pior AAS ao longo de 4 anos do que seus grupos biológicos e biomarcadores avaliados independentemente. Contudo, os grupos biológicos antropométrico e glicêmico foram preditores da pior AAS tão fortes quanto a medida global da carga alostática, possivelmente devido a influência das medidas biológicas que compõem estes grupos para a autoavaliação do estado de saúde. A medida global da carga alostática se mostrou um indicador de risco precoce útil para predição do estado de saúde subsequente.
id CRUZ_91fc847ec44cd1057223b54df193fa0a
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/40044
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Eto, Fabiola NaomiGriep, Rosane HärterMelo, Enirtes Caetano Prates2020-02-18T13:57:25Z2020-02-18T13:57:25Z2019ETO, Fabiola Naomi. Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde. 2019. 154 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40044A carga alostática é um escore de risco composto por medidas biológicas que capta a desregulação de múltiplos sistemas fisiológicos em decorrência da exposição crônica ao estresse. Tem sido proposto como um indicador precoce de desregulação fisiológica preditivo de morbidades e mortalidade, mostrando ser um indicador útil para avaliação da saúde subsequente. Entretanto, ainda não há consenso sobre o melhor conjunto de biomarcadores a ser utilizado para sua mensuração. Os principais objetivos desta tese são avaliar a estrutura dimensional da carga alostática e a sua associação com a autoavaliação de saúde (AAS) na população do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, o ELSA-Brasil, um estudo de coorte multicêntrico de servidores públicos de seis cidades brasileiras. Os resultados desta tese são apresentados em duas partes. A primeira parte avaliou a estrutura dimensional da carga alostática na população da linha de base do ELSA-Brasil (n = 15.105) por meio da análise fatorial confirmatória. Testou-se um modelo estrutural em que a carga alostática é um construto de segunda ordem composto porseissubdimensões que representam grupos biológicos distintos (sistema nervoso parassimpático, antropométrico, lipídico, glicêmico, cardiovascular e inflamatório) que por sua vez expressam a latência de dezenove medidas biológicas. A estrutura dimensional da carga alostática inicialmente hipotetizada não se mostrou adequada aos dados da população estudada. Discutiu-se alguns dos aspectos fundamentais que tornam o estudo de sua estrutura dimensional um desafio. Sugeriu-se como possível alternativa ao modelo de fatores latentes, o método originalmente proposto para mensurar a carga alostática, o da medida sumária dos escores de risco dos biomarcadores. A segunda parte avaliou a predição da carga alostática para a autoavaliação de saúde, bem como a contribuição relativa de cada grupo biológico avaliado e de seus respectivos biomarcadores para a predição da autoavaliação de saúde na população do ELSA-Brasil (n = 13.992) entre a linha de base e a segunda onda do estudo usando modelos longitudinais. A medida global da carga alostática se mostrou um preditor mais consistente da pior AAS ao longo de 4 anos do que seus grupos biológicos e biomarcadores avaliados independentemente. Contudo, os grupos biológicos antropométrico e glicêmico foram preditores da pior AAS tão fortes quanto a medida global da carga alostática, possivelmente devido a influência das medidas biológicas que compõem estes grupos para a autoavaliação do estado de saúde. A medida global da carga alostática se mostrou um indicador de risco precoce útil para predição do estado de saúde subsequente.The allostatic load is a risk score derived from various biological measures that captures dysregulation across multiple physiological systems resulting from chronic stress exposure. It has been proposed as an early indicator of the physiological dysregulation that is predictive of morbidity and mortality and a useful indicator to subsequent health assessment. However, there is currently no consensus on which biomarkers would be best for measuring the allostatic load. Therefore, the main objective of this thesis is to evaluate the dimensional structure of the allostatic load and its association with self-reported health among the population of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), a multi-centre cohort study of public servants from six Brazilian cities. The results of this thesis are presented in two parts. The first part evaluated the dimensional structure of the allostatic load in the ELSA-Brasil baseline (n = 15,105) using confirmatory factor analysis. This evaluation is based upon a test of a structural model in which the allostatic load is a higher-order construct comprised of six sub-dimensions represented by distinct biological groups (parasympathetic nervous system, anthropometric, lipidic, glycemic, cardiovascular and inflammatory) which, in turn, express the latency of nineteen biological measurements. The results showed that the dimensional structure initially hypothesised does not fit the population’s data. It was discussed some of the fundamental features of the allostatic load measure that make the study of its dimensional structure a challenge. It was suggested that the higher scores on a summary numerical measure of the allostatic load—which was the method originally proposed—be used as an alternative to the latent factors model. The second part of this thesis evaluated the allostatic load as a predictor of self-reported health; as well as the relative contribution of each biological group and their respective biomarkers to the prediction of self-reported health in the ELSA-Brasil population (n = 13,992), using longitudinal models, across baseline and first follow-up. The global measure of the allostatic load was a stronger predictor of the worst self-reported health over four years than the independent assessment of its biological groups and biomarkers. However, relative to the overall allostatic load measure, the anthropometric and glycemic biological groups were equally strong predictors of the worst self-reported health. This may be due to the influence of the biological measures that comprise these groups on the selfassessment of health status. Overall, the global measurement of the allostatic load has proven to be a useful early risk indicator for predicting subsequent health status.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAlostaseAutoavaliaçãoDoença CrônicaEpidemiologiaAllostasisSelf-AssessmentChronic DiseaseEpidemiologyAlostaseAutoavaliaçãoDoença CrônicaEpidemiologiaHomeostaseSaúde do AdultoEstudos LongitudinaisBiomarcadoresEstresse PsicológicoBrasilCarga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúdeAllostatic burden in the ELSA-Brazil population: methodological challenges of measurement and its association with self-rated healthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40044/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Fabiola_Naomi_ENSP_2019application/pdf3637649https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40044/2/ve_Fabiola_Naomi_ENSP_20195779955659c7e7dde1a07360e6ee2dc3MD52TEXTve_Fabiola_Naomi_ENSP_2019.txtve_Fabiola_Naomi_ENSP_2019.txtExtracted texttext/plain307216https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40044/3/ve_Fabiola_Naomi_ENSP_2019.txt7d8dbe6c077f0d0e40f554cea3fae767MD53icict/400442021-02-09 16:05:43.077oai:www.arca.fiocruz.br:icict/40044Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-09T19:05:43Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Allostatic burden in the ELSA-Brazil population: methodological challenges of measurement and its association with self-rated health
title Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
spellingShingle Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
Eto, Fabiola Naomi
Alostase
Autoavaliação
Doença Crônica
Epidemiologia
Allostasis
Self-Assessment
Chronic Disease
Epidemiology
Alostase
Autoavaliação
Doença Crônica
Epidemiologia
Homeostase
Saúde do Adulto
Estudos Longitudinais
Biomarcadores
Estresse Psicológico
Brasil
title_short Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
title_full Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
title_fullStr Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
title_full_unstemmed Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
title_sort Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde
author Eto, Fabiola Naomi
author_facet Eto, Fabiola Naomi
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Griep, Rosane Härter
dc.contributor.author.fl_str_mv Eto, Fabiola Naomi
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Melo, Enirtes Caetano Prates
contributor_str_mv Melo, Enirtes Caetano Prates
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Alostase
Autoavaliação
Doença Crônica
Epidemiologia
topic Alostase
Autoavaliação
Doença Crônica
Epidemiologia
Allostasis
Self-Assessment
Chronic Disease
Epidemiology
Alostase
Autoavaliação
Doença Crônica
Epidemiologia
Homeostase
Saúde do Adulto
Estudos Longitudinais
Biomarcadores
Estresse Psicológico
Brasil
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Allostasis
Self-Assessment
Chronic Disease
Epidemiology
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Alostase
Autoavaliação
Doença Crônica
Epidemiologia
Homeostase
Saúde do Adulto
Estudos Longitudinais
Biomarcadores
Estresse Psicológico
Brasil
description A carga alostática é um escore de risco composto por medidas biológicas que capta a desregulação de múltiplos sistemas fisiológicos em decorrência da exposição crônica ao estresse. Tem sido proposto como um indicador precoce de desregulação fisiológica preditivo de morbidades e mortalidade, mostrando ser um indicador útil para avaliação da saúde subsequente. Entretanto, ainda não há consenso sobre o melhor conjunto de biomarcadores a ser utilizado para sua mensuração. Os principais objetivos desta tese são avaliar a estrutura dimensional da carga alostática e a sua associação com a autoavaliação de saúde (AAS) na população do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, o ELSA-Brasil, um estudo de coorte multicêntrico de servidores públicos de seis cidades brasileiras. Os resultados desta tese são apresentados em duas partes. A primeira parte avaliou a estrutura dimensional da carga alostática na população da linha de base do ELSA-Brasil (n = 15.105) por meio da análise fatorial confirmatória. Testou-se um modelo estrutural em que a carga alostática é um construto de segunda ordem composto porseissubdimensões que representam grupos biológicos distintos (sistema nervoso parassimpático, antropométrico, lipídico, glicêmico, cardiovascular e inflamatório) que por sua vez expressam a latência de dezenove medidas biológicas. A estrutura dimensional da carga alostática inicialmente hipotetizada não se mostrou adequada aos dados da população estudada. Discutiu-se alguns dos aspectos fundamentais que tornam o estudo de sua estrutura dimensional um desafio. Sugeriu-se como possível alternativa ao modelo de fatores latentes, o método originalmente proposto para mensurar a carga alostática, o da medida sumária dos escores de risco dos biomarcadores. A segunda parte avaliou a predição da carga alostática para a autoavaliação de saúde, bem como a contribuição relativa de cada grupo biológico avaliado e de seus respectivos biomarcadores para a predição da autoavaliação de saúde na população do ELSA-Brasil (n = 13.992) entre a linha de base e a segunda onda do estudo usando modelos longitudinais. A medida global da carga alostática se mostrou um preditor mais consistente da pior AAS ao longo de 4 anos do que seus grupos biológicos e biomarcadores avaliados independentemente. Contudo, os grupos biológicos antropométrico e glicêmico foram preditores da pior AAS tão fortes quanto a medida global da carga alostática, possivelmente devido a influência das medidas biológicas que compõem estes grupos para a autoavaliação do estado de saúde. A medida global da carga alostática se mostrou um indicador de risco precoce útil para predição do estado de saúde subsequente.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-02-18T13:57:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-02-18T13:57:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ETO, Fabiola Naomi. Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde. 2019. 154 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40044
identifier_str_mv ETO, Fabiola Naomi. Carga alostática na população ELSA-Brasil: desafios metodológicos de mensuração e sua associação com a autoavaliação de saúde. 2019. 154 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40044
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40044/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40044/2/ve_Fabiola_Naomi_ENSP_2019
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40044/3/ve_Fabiola_Naomi_ENSP_2019.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
5779955659c7e7dde1a07360e6ee2dc3
7d8dbe6c077f0d0e40f554cea3fae767
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324632321785856