Distúrbio de voz relacionado ao trabalho e estratégias de enfrentamento em professoras da rede pública estadual de Alagoas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferracciu, Cristiane Cunha Soderini
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13797
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar o distúrbio de voz relacionado ao trabalho e estratégias de enfrentamento em professoras da rede pública estadual de Alagoas. Trata-se de uma investigação epidemiológica de corte seccional-analítico com 110 professoras do ensino fundamental da rede estadual de ensino de Alagoas, que foram submetidas à análise perceptivo-auditiva da voz e preenchimento dos seguintes protocolos: Condição de Produção Vocal do Professor – CPV-P; Perfil de Participação e Atividades Vocais – PPAV; Protocolo de Estratégias de Enfrentamento das Disfonias – PEED; Índice de Capacidade para o Trabalho – ICT; e a Escala de Desequilíbrio Esforço-Recompensa- DER. Foi utilizado o Índice de Concordância de Kappa a fim de medir o grau de concordância entre os momentos para cada um dos avaliadores e o Coeficiente Alfa de Cronbach para verificar a consistência interna das escalas ICT, PPAV, DER e PEED. Foram utilizados teste de qui-quadrado de Pearson e t-Student (ou Exato de Fisher e Mann-Whitney quando necessário), modelos de regressão de Poisson multivariado e o teste de Wald para verificar se o modelo era estatisticamente significativo (p < 0,001). Os softwares estatísticos usados para análise dos dados foram SPSS na versão 17 e o STAT na versão 11. Os principais resultados encontrados foram: média de idade de 45,81 anos ± 7,41 anos, 95,5% com ensino superior completo, 50,9% lecionavam de 11 a 20 anos e 49,1% apresentaram carga horária semanal de 21 a 30 horas. 67,3% referiram que sempre há poeira no local, 54,5% que a escola é sempre ruidosa (54,5%), 50,9% que o ruído é sempre desagradável e sempre forte (45,5%). 57,3% referem ritmo de trabalho estressante, 54,5% relatam que fatores do trabalho interferem na sua saúde, 56,4% referem indisciplina em sala de aula e 47,3% referem brigas. Os sintomas vocais mais frequentes foram: garganta seca (54,5%), pigarro (42,7%) e ardor na garganta (42,7%). “Falar muito” foi o hábito no trabalho mais frequente com 80,0%. 44,6% das professoras do grupo CDV lecionavam de 11 a 20 anos (p = 0,028); 49,1% lecionavam em duas a três escolas (p= 0,004); 48,6% trabalhavam em escolas que sempre tinham depredações (p= 0,037); 50,0% afirmaram que sempre havia violência contra os funcionários (p= 0,008); 66,7% faltavam sempre ao trabalho por alterações vocais (p= 0,025); e 57,1% apresentaram como sintoma a secreção/catarro na garganta (p=0,019). 44,0% da faixa etária mais jovem (até 39 anos) apresentaram Alto DER e 60,0% com Baixo ICT trabalhavam em outro local diferente da escola (p=0,011). Nas análises das regressões multivariadas, as associações que se mantêm com o distúrbio de voz são: tempo que leciona, intervenção da polícia na escola, tiros, fumaça no local de trabalho, temperatura agradável e tamanho da sala adequado ao número de alunos. Portanto, os grupos CDV e SDV apresentaram diferenças significantes entre as variáveis tempo que leciona, n° de escolas que leciona, depredações, violência contra os funcionários, já faltou ao trabalho por alterações vocais e secreção/catarro na garganta e autopercepção vocal. Não houve associação significante entre a presença do distúrbio de voz e a perda da capacidade para o trabalho, o impacto vocal nas atividades diárias, o estresse no trabalho e os tipos de estratégias de enfrentamento, porém se verificou que as professoras CDV apresentam uma tendência ao uso de estratégias-foco no problema. A faixa etária acima de 11 anos de docência, a ocorrência sempre de intervenção da polícia na escola, de tiros, de fumaça no local e nunca ser adequado o tamanho da sala ao número de alunos foram os fatores independentes associados à presença de distúrbio de voz.
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Trata-se de uma investigação epidemiológica de corte seccional-analítico com 110 professoras do ensino fundamental da rede estadual de ensino de Alagoas, que foram submetidas à análise perceptivo-auditiva da voz e preenchimento dos seguintes protocolos: Condição de Produção Vocal do Professor – CPV-P; Perfil de Participação e Atividades Vocais – PPAV; Protocolo de Estratégias de Enfrentamento das Disfonias – PEED; Índice de Capacidade para o Trabalho – ICT; e a Escala de Desequilíbrio Esforço-Recompensa- DER. Foi utilizado o Índice de Concordância de Kappa a fim de medir o grau de concordância entre os momentos para cada um dos avaliadores e o Coeficiente Alfa de Cronbach para verificar a consistência interna das escalas ICT, PPAV, DER e PEED. Foram utilizados teste de qui-quadrado de Pearson e t-Student (ou Exato de Fisher e Mann-Whitney quando necessário), modelos de regressão de Poisson multivariado e o teste de Wald para verificar se o modelo era estatisticamente significativo (p < 0,001). Os softwares estatísticos usados para análise dos dados foram SPSS na versão 17 e o STAT na versão 11. Os principais resultados encontrados foram: média de idade de 45,81 anos ± 7,41 anos, 95,5% com ensino superior completo, 50,9% lecionavam de 11 a 20 anos e 49,1% apresentaram carga horária semanal de 21 a 30 horas. 67,3% referiram que sempre há poeira no local, 54,5% que a escola é sempre ruidosa (54,5%), 50,9% que o ruído é sempre desagradável e sempre forte (45,5%). 57,3% referem ritmo de trabalho estressante, 54,5% relatam que fatores do trabalho interferem na sua saúde, 56,4% referem indisciplina em sala de aula e 47,3% referem brigas. Os sintomas vocais mais frequentes foram: garganta seca (54,5%), pigarro (42,7%) e ardor na garganta (42,7%). “Falar muito” foi o hábito no trabalho mais frequente com 80,0%. 44,6% das professoras do grupo CDV lecionavam de 11 a 20 anos (p = 0,028); 49,1% lecionavam em duas a três escolas (p= 0,004); 48,6% trabalhavam em escolas que sempre tinham depredações (p= 0,037); 50,0% afirmaram que sempre havia violência contra os funcionários (p= 0,008); 66,7% faltavam sempre ao trabalho por alterações vocais (p= 0,025); e 57,1% apresentaram como sintoma a secreção/catarro na garganta (p=0,019). 44,0% da faixa etária mais jovem (até 39 anos) apresentaram Alto DER e 60,0% com Baixo ICT trabalhavam em outro local diferente da escola (p=0,011). 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A faixa etária acima de 11 anos de docência, a ocorrência sempre de intervenção da polícia na escola, de tiros, de fumaça no local e nunca ser adequado o tamanho da sala ao número de alunos foram os fatores independentes associados à presença de distúrbio de voz.This study aimed to analyze the voice disorder related to work and the coping strategies of female teachers from public schools in the state of Alagoas.The research conducted is an epidemiological cross-sectional survey with 110 primary female teachers from Alagoas state schools who were asked to take the auditory-perceptual analysis on phonatory deviation and to answer the following questionnaires: Teacher’s Voice Production Condition – CPV-P, Voice Activity and Participation Profile – VAPP, Disphony Coping Strategies - PEED, Work Ability Index (WAI) and the Effort-Reward Imbalance – ERI. In order to measure the degree of agreement among raters, the Cohen’s kappa coefficient and the Cronbach’s alpha were used to guarantee internal consistency of scales WAI, VAPP, DER and PEED. The Pearson’s chi-squared test and the student’s t-distribution (Fisher’s exact test and the Mann-Whitney U were also used when necessary), Multivariate Poisson regression model and the Wald test verified if the model was statistically significant (p < 0,001). The statistical softwares utilized were the SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) 17.0 and the STAT 11.0. The main results were: average age of 45,81 years old ± 7,41 years old, 63,6% were married, 95,5% were graduated, 50,9% had been teaching for 11 to 20 years, 49,1% had from 21 to 30 weekly working hours and 96,4% did not smoke. There is always dust in the school environment (67,3%), the school is always noisy and the noise is always strong (54,5%). 57,3% relate the work rhythm is stressful, 54,5% reckon that job issues affect their health, 56,4% report indiscipline in the classroom and 47,3% report fights. The most common vocal complaints were: dry throat (54,5%), throat clearing (42,7%) and burning throat (42,7%). “Talking too much” was the most frequent work habit (80,0%). 44,6% of the group CDV had taught from 11 to 20 years (p = 0,028), 49,1% taught in two to three schools (p= 0,004), 48,6% used to work in schools where there were frequent vandalism (p= 0,037), 50,0% in which there were violence against the employees (p= 0,008), 66,7% missed work because of vocal complaints (p= 0,025) and 57,1% presented throat mucus/Catarrh as symptoms (p=0,019). 44,0% of the youngest age group (until 39 years old) presented high DER and the 60,0% with low WAI worked in another places than the school (p=0,011). In the multivariate regression analysis, the associations that remains with the voice disorders are: time of teaching, police intervention in schools, gunshots, smoke in the workplace, pleasant temperature and adequate room size for the number of students. Therefore, the groups CDV and SDV presented considerable differences between the variables time of teaching, number of schools that one teaches, vandalism, violence against workers, missing work due to vocal complains and throat mucus/Catarrh. There was no significant association between the presence of the voice disorder and the loss of ability to work, the selfperception of vocal problems and its impacts on daily activities, the stress at work and the coping strategies, however it was verified that the teachers of the CDV group demonstrated to utilize problem-focused coping strategies. The age group above 11, the frequent police intervention in schools, gunshots, the smoke in the workplace and the fact that room is never adequate for the number of students were idenpendent factors associated with the presence of voice disorders.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSaúde do trabalhadorDistúrbios da vozDocentesOccupational healthVoice disordersTeachersDistúrbios da Voz/epidemiologiaDocentesEpidemiologiaSaúde do TrabalhadorEstresse Psicológico/epidemiologiaDistúrbio de voz relacionado ao trabalho e estratégias de enfrentamento em professoras da rede pública estadual de AlagoasVoice disorders related to work and coping strategies of teachers in public schools in Alagoasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Cristiane_Cunha_ENSP_2014application/pdf3211310https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13797/1/ve_Cristiane_Cunha_ENSP_2014cb20acaf7678cc95deef3c5609c39acbMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13797/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT496.pdf.txt496.pdf.txtExtracted texttext/plain302307https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13797/3/496.pdf.txt0a97655e3d8486dc3dfc4097e9088866MD53ve_Cristiane_Cunha_ENSP_2014.txtve_Cristiane_Cunha_ENSP_2014.txtExtracted texttext/plain302516https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13797/4/ve_Cristiane_Cunha_ENSP_2014.txt9f28a03f9f399ea3ac6f6cc0f8d60995MD54icict/137972023-01-19 14:33:51.451oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13797Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:33:51Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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