Quantas mulheres fizeram aborto provocado nas capitais brasileiras? Resultados de um inquérito nacional com a aplicação de modelos hierárquicos utilizando informações indiretas baseadas na rede de contatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paiva, Natália Santana
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30879
Resumo: Introdução: O estudo do aborto provocado é de grande interesse em Saúde Pública, pois sabese que o aborto provocado, muitas vezes, inseguro, representa riscos indevidos para a saúde e a vida das mulheres, assim como gera consequências adversas, sociais e financeiras, para o sistema de saúde público e famílias. Dessa forma, é fundamental conhecer sua magnitude com o maior grau de precisão possível. Objetivo: Estimar o número de mulheres que fizeram abortos (provocados), nos últimos 12 meses anteriores à avaliação, nas 27 capitais brasileiras, com base em modelos hierárquicos, considerando o desenho amostral e a estrutura demográfica da população, além de informações indiretas baseadas na rede social de cada participante aleatoriamente selecionado da população em geral. Materiais e métodos: O presente projeto tem como fonte de dados a base de dados secundários de acesso restrito oriundos de Inquérito domiciliar nas 27 capitais em 2012, como parte de uma ampla Pesquisa Nacional sobre o uso de crack, já concluída. Os indivíduos amostrados aleatoriamente, via amostragem complexa, na população geral das 27 capitais brasileiras no inquérito domiciliar, que contemplou o emprego da metodologia “Network scale-up”, foram questionados sobre uma gama de perguntas. Dentre elas, a pergunta de interesse do presente projeto, foi: “Quantas mulheres você conhece que residem neste município e tiveram aborto provocado nos últimos 12 meses?”. Resultados: Das 13.611.082 mulheres de 15 a 49 anos residentes nas capitais do Brasil, 65.682 mulheres fizeram aborto provocado no período de 2011-2012, resultando numa incidência acumulada de 4,83 para cada 1.000 mulheres de 15 a 49 anos. Em média, as estimativas da incidência acumulada de mulheres que fizeram aborto foram superiores nas capitais das regiões Norte e Nordeste do Brasil, como pode ser visto em Boa Vista (RR) (9,81 IC95%[6,08; 14,60]), Aracaju (SE) (9,26 IC95%[5,66; 14,00]), São Luís (MA) (8,77 IC95%[5,47; 12,95]). No entanto, ao nível de 95% de credibilidade, não houve diferença significativa entre as estimativas nas capitais brasileiras. Conclusão: O abortamento provocado é uma prática recorrente entre as mulheres nas capitais brasileiras. A utilização de metodologias de estimação indireta é preferível em contextos de estigma e eventual criminalização, como mulheres que fizeram aborto nas capitais do Brasil, e o método Network Scale-up apresenta-se como um método promissor para estimar o tamanho de populações de difícil acesso, em diversas áreas do conhecimento, como a Saúde Pública.
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spelling Paiva, Natália SantanaBastos, Francisco Inácio Pinkusfeld MonteiroBastos, Leonardo SoaresVillela, Daniel Antunes Maciel2019-01-03T17:45:29Z2019-01-03T17:45:29Z2018PAIVA, Natália Santana. Quantas mulheres fizeram aborto provocado nas capitais brasileiras? Resultados de um inquérito nacional com a aplicação de modelos hierárquicos utilizando informações indiretas baseadas na rede de contatos. 2018. 109 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30879Introdução: O estudo do aborto provocado é de grande interesse em Saúde Pública, pois sabese que o aborto provocado, muitas vezes, inseguro, representa riscos indevidos para a saúde e a vida das mulheres, assim como gera consequências adversas, sociais e financeiras, para o sistema de saúde público e famílias. Dessa forma, é fundamental conhecer sua magnitude com o maior grau de precisão possível. Objetivo: Estimar o número de mulheres que fizeram abortos (provocados), nos últimos 12 meses anteriores à avaliação, nas 27 capitais brasileiras, com base em modelos hierárquicos, considerando o desenho amostral e a estrutura demográfica da população, além de informações indiretas baseadas na rede social de cada participante aleatoriamente selecionado da população em geral. Materiais e métodos: O presente projeto tem como fonte de dados a base de dados secundários de acesso restrito oriundos de Inquérito domiciliar nas 27 capitais em 2012, como parte de uma ampla Pesquisa Nacional sobre o uso de crack, já concluída. Os indivíduos amostrados aleatoriamente, via amostragem complexa, na população geral das 27 capitais brasileiras no inquérito domiciliar, que contemplou o emprego da metodologia “Network scale-up”, foram questionados sobre uma gama de perguntas. Dentre elas, a pergunta de interesse do presente projeto, foi: “Quantas mulheres você conhece que residem neste município e tiveram aborto provocado nos últimos 12 meses?”. Resultados: Das 13.611.082 mulheres de 15 a 49 anos residentes nas capitais do Brasil, 65.682 mulheres fizeram aborto provocado no período de 2011-2012, resultando numa incidência acumulada de 4,83 para cada 1.000 mulheres de 15 a 49 anos. Em média, as estimativas da incidência acumulada de mulheres que fizeram aborto foram superiores nas capitais das regiões Norte e Nordeste do Brasil, como pode ser visto em Boa Vista (RR) (9,81 IC95%[6,08; 14,60]), Aracaju (SE) (9,26 IC95%[5,66; 14,00]), São Luís (MA) (8,77 IC95%[5,47; 12,95]). No entanto, ao nível de 95% de credibilidade, não houve diferença significativa entre as estimativas nas capitais brasileiras. Conclusão: O abortamento provocado é uma prática recorrente entre as mulheres nas capitais brasileiras. A utilização de metodologias de estimação indireta é preferível em contextos de estigma e eventual criminalização, como mulheres que fizeram aborto nas capitais do Brasil, e o método Network Scale-up apresenta-se como um método promissor para estimar o tamanho de populações de difícil acesso, em diversas áreas do conhecimento, como a Saúde Pública.Introduction: The study about provoked abortion is a major Public Health interest. The provoked abortion, many times unsafe, represents a great risk in health and life for women, as well as generating adverse social and financial consequences for families and public health system. In this way, it is essential to know this magnitude with high accuracy as possible. Objective: The number of women that performed the provoked abortion in the last 12 months prior to the evaluation considering 27 State capitals in Brazil based on hierarchical models, considering the sample design and demographic structure of the population is estimate. In addition, indirect information based on the social network of each participant randomly choose from the population is considered. Materials and methods: The data source used is the secondary database of restricted access from household surveys in the 27 capitals in 2012. This database belongs to the National Survey about smoke crack, already accomplished. The individuals sampled randomly, through complex sampling, in the general population of the 27 Brazilian capitals in the household survey, which included the use of the "Network scale-up" methodology, were asked about a range of questions. The main question of interest in this thesis: "How many women do you know who live in this city and have had abortion in the last 12 months?" Results: From the total of 13,611,082 women aged 15-49 years living in the capitals of Brazil, 65,682 women induced provoked abortion in the period 2011-2012, resulting in a cumulative incidence of 4.83 per 1000 women aged 15-49 years. Cumulative incidence estimates of women that performed provoked abortion are considered high in the regions North and Northeast of Brazil, however, at the 95% level of credibility, there was no significant difference between estimates in Brazilian capitals. Conclusions: The practice of provoked abortion is recurrent among women in Brazilian. The use of indirect estimation methodologies is preferable in contexts of stigma and eventual criminalization, such women that induce an abortion in Brazilian capitals, and the Network Scale-up method is a promising method to estimate the size of populations that are difficult to access, in several areas of knowledge, such as Public Health.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMétodos de EstimaçãoModelos HierárquicosNetwork Scale-Up Method (NSUM)Aborto induzidoAborto provocadoNetwork scale-up method (NSUM)Induced AbortionProvoked abortionEstimation methodsHierarchical modellingNetwork scale-up (NSUM)Aborto InduzidoTécnicas de EstimativaQuantas mulheres fizeram aborto provocado nas capitais brasileiras? Resultados de um inquérito nacional com a aplicação de modelos hierárquicos utilizando informações indiretas baseadas na rede de contatosHow many women had abortion provoked in Brazilian capitals? Results of a national survey with the application of hierarchical models using indirect information based on the network of contactsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30879/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALnatalia_santana.pdfapplication/pdf2573427https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30879/2/natalia_santana.pdf7c7d384c457fd3849220d5e5fb3191d7MD52TEXTnatalia_santana.pdf.txtnatalia_santana.pdf.txtExtracted texttext/plain208808https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30879/3/natalia_santana.pdf.txte98a6302fbd85f7765771ec4bfc3136fMD53icict/308792023-08-23 15:22:37.258oai:www.arca.fiocruz.br:icict/30879Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-23T18:22:37Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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