A Escola de Enfermeiras Luiza de Marillac e a Formação de Enfermeiras Católicas no Brasil (1930-1960).

• Autor(a) principal: Brotto, Renata Batista
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53327
• topic: Escola de Enfermagem Carlos Chagas; Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo; Escola de Enfermeiras Luiza de Marillac; Enfermeiras; Educação; Carlos Chagas Nursing School; São Paulo Hospital Nursing School; Luiza de Marillac Nursing School; Nursing; Education; Educação em Enfermagem; Estudantes de Enfermagem; Catolicismo

O artigo apresenta e problematiza as vertentes assistencial e profissional que orientaram a organização da Escola de Enfermeiras Luiza de Marillac (EELM), escola fundada em fins da década de 1930, no Rio de Janeiro, pela Associação São Vicente de Paulo. Por meio da análise das fontes históricas a autora apresentará a fundação do curso de enfermagem da EELM atentando para o espaço dos valores católicos, para as particularidades do ensino articulada ao seu projeto pedagógico e sua contribuição para a promoção da enfermagem no Brasil. Seguirá com o auxílio da historiografia, analisando as diferentes mobilizações empreendidas na reorganização da assistência católica as quais culminaram na criação da Escola de Enfermagem Carlos Chagas (EECC) e da Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo (EEHSP). Ressaltará as especificidades dessas instituições de ensino e de que forma interferiram na orientação profissional das futuras enfermeiras. Ao expor e interpretar os processos de organização, curricular e ideológica, das escolas católicas de enfermagem, em especial da EELM, a autora tem como principal objetivo reforçar a tese de que essas instituições católicas de ensino participaram e imprimiram suas marcas na conformação da enfermagem moderna brasileira. Especialmente olhando para o processo de criação da EELM, enfatiza a urgência de restituir a legitimidade da assistência católica, para garantir a validade legal de seu diploma e a presença de suas diplomadas em áreas estratégicas como a docência, a assistência materno-infantil e em cargos de destaque nas associações profissionais como na Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Com ensino reconhecido, em 1942, corpo docente especializado e representantes em comissões da ABEn, a assistência católica, por meio de suas escolas representantes, demonstrou sua completa interação com o programa higiênico-educativo da enfermagem moderna instituído a partir de 1930.