Arranjos e estratégias de Cogestão em maternidades públicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25233 |
Resumo: | O presente trabalho buscou discutir os desafios do processo de Cogestão em saúde e, nesse cenário, pensar como a Cogestão vem sendo exercida em maternidades públicas. Para isso, objetivou analisar os processos de cogestão em maternidades públicas na percepção dos gestores, buscando identificar seus arranjos e estratégias, entender o papel dos gestores e investigar o colegiado como dispositivo de compartilhamento e construção coletiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada de junho a setembro de 2016, em 02 maternidades públicas do Rio de Janeiro, com diferentes arranjos de gestão. Os participantes foram gestores de diferentes níveis no exercício da função há, pelo menos, seis meses. Na coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada e a observação participante do cotidiano desses gestores. Utilizamos a análise de conteúdo, de modalidade temática, para a interpretação dos dados, que foram organizados a partir das questões do roteiro de entrevista, em eixos temáticos. Foram encontrados quatro eixos temáticos - formação e trajetória profissional dos gestores; papel do gestor; Cogestão; e, arranjos e estratégias de Cogestão. Os gestores destacaram ausência de ofertas de formação em gestão e que assumiam essa função a partir de um destaque como técnicos e com pouco acesso a instrumentos que fortalecessem sua prática. Foi identificado que possuem um papel de fomento e operacionalização dos colegiados, atuando como mediadores. A Cogestão foi compreendida como uma forma de pensar a gestão em bases mais democráticas, porém ainda reduzida à divisão de tarefas gerenciais e à ampliação da comunicação. O colegiado foi destacado como principal dispositivo de compartilhamento, capaz de ativar as relações e grupalidades, mas produzindo ainda poucos efeitos na ampliação da tomada de decisão. A partir da potência encontrada no campo estudado, torna-se fundamental garantir algumas estratégias para sustentação deste modelo, tais como: o apoio institucional, a oferta de oportunidades de formação para os gestores e a qualificação das oportunidades de fortalecimento dos colegiados. Uma mudança como essa no modo de fazer gestão exige uma sustentação a longo prazo do modelo, visto que a produção teórica sobre o modelo participativo é recente e apesar de sua potência, o pouco tempo de experimentação parece ainda não interferir nas práticas de forma sustentável e contínua. |
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada de junho a setembro de 2016, em 02 maternidades públicas do Rio de Janeiro, com diferentes arranjos de gestão. Os participantes foram gestores de diferentes níveis no exercício da função há, pelo menos, seis meses. Na coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada e a observação participante do cotidiano desses gestores. Utilizamos a análise de conteúdo, de modalidade temática, para a interpretação dos dados, que foram organizados a partir das questões do roteiro de entrevista, em eixos temáticos. Foram encontrados quatro eixos temáticos - formação e trajetória profissional dos gestores; papel do gestor; Cogestão; e, arranjos e estratégias de Cogestão. Os gestores destacaram ausência de ofertas de formação em gestão e que assumiam essa função a partir de um destaque como técnicos e com pouco acesso a instrumentos que fortalecessem sua prática. 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Uma mudança como essa no modo de fazer gestão exige uma sustentação a longo prazo do modelo, visto que a produção teórica sobre o modelo participativo é recente e apesar de sua potência, o pouco tempo de experimentação parece ainda não interferir nas práticas de forma sustentável e contínua.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. 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