Diagnóstico situacional entomoepidemiológico e abordagens operacionais e educacionais para a vigilância entomológica da febre amarela silvestre e malária no município de Macaé, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Claulimara Lopes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50690
Resumo: Os recentes casos de febre amarela silvestre (FAS) e malária na região Extra-Amazônica reacendem a preocupação sobre o risco de reemergência e endemicidade de ambas as doenças transmitidas por mosquitos. A despeito da crescente expansão destes agravos, vários municípios não apresentam uma vigilância entomológica (VE) consolidada para essas doenças. Neste sentido, objetivamos realizar um diagnóstico situacional entomoepidemiológico e de epizootias para FAS e malária no município de Macaé no período de 2007 a 2018, comparativamente ao estado do Rio de Janeiro (ERJ). Além disso, fizemos a caracterização da entomologia de Macaé, quanto à organização, infraestrutura e capacidade operacional para propor uma ferramenta que norteie a VE. Diferentes abordagens educacionais foram realizadas, que culminaram na elaboração e aplicação de procedimentos operacionais entomológicos de FAS e malária. O diagnóstico epidemiológico foi feito a partir da análise de dados secundários obtidos nas secretarias estadual e municipal de saúde do RJ e Macaé, respectivamente. A análise entomológica foi realizada a partir de dados secundários de Macaé e dados primários, estes últimos coletados por meio de diferentes armadilhas e/ou métodos em gradiente urbano-periurbano a rural-silvestre. Para a caracterização do serviço da entomologia do município aplicou-se um questionário para os gestores e agentes de endemias (ACEs). Quanto às abordagens educativas aplicou- se uma roda de conversa, curso introdutório, vivência de campo e seminário. Os resultados demonstraram que o ERJ vivenciou um recente surto de FAS (2016-2018) em humanos e epizootias, sendo apontado por autoridades de saúde pública como o pior surto dos últimos 80 anos no país O ERJ, no 2º ciclo de transmissão (2017-2018) teve aumento do número de casos de FAS (279 casos confirmados), quando comparado com o 1º ciclo (2016-2017- 25 casos confirmados), além de expansão da área de circulação viral em 35,9% dos municípios. No 1º ciclo, Macaé teve destaque, sendo o segundo município do ERJ em número de casos confirmados (n=5), além de registrar epizootias envolvendo 11 bugios (Alouatta guariba clamitans) e uma preguiça (Bradypus torquatus). Os casos humanos ou epizootias de FAS ocorreram em regiões de mata expressiva de remanescentes interconectados da Mata Atlântica. A malária no ERJ registrou 808 casos confirmados, dos quais 80,3% importados (n=649) e 13% autóctones (n=105), com média de 8,7 casos confirmados anualmente. O município de Macaé apresentou uma média de dois casos autóctones por ano. Não foram observadas sobreposição de FAS e malária no ERJ devido à dinâmica destas doenças. No inquérito entomológico, foram coletados 2572 culicídeos. Aedes albopictus foi a espécie coletada em todos os ecótopos, enquanto Ae. aegypti somente no ambiente urbano e Haemagogus janthinomys/capricornii e An. cruzii apenas no ambiente silvestre Durante as abordagens educativas realizadas com os ACEs, percebemos o quanto as escassas capacitações e/ou formações, direcionadas aos poucos profissionais com \201Cperfil de multiplicadores\201D, impactam negativamente na vida profissional e pessoal dos ACEs. Deve ser premente a educação permanente em saúde e a articulação dos gestores e poderes competentes para sensibilizar os municípios em relação à vigilância entomológica da febre amarela silvestre e malária.
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Neste sentido, objetivamos realizar um diagnóstico situacional entomoepidemiológico e de epizootias para FAS e malária no município de Macaé no período de 2007 a 2018, comparativamente ao estado do Rio de Janeiro (ERJ). Além disso, fizemos a caracterização da entomologia de Macaé, quanto à organização, infraestrutura e capacidade operacional para propor uma ferramenta que norteie a VE. Diferentes abordagens educacionais foram realizadas, que culminaram na elaboração e aplicação de procedimentos operacionais entomológicos de FAS e malária. O diagnóstico epidemiológico foi feito a partir da análise de dados secundários obtidos nas secretarias estadual e municipal de saúde do RJ e Macaé, respectivamente. A análise entomológica foi realizada a partir de dados secundários de Macaé e dados primários, estes últimos coletados por meio de diferentes armadilhas e/ou métodos em gradiente urbano-periurbano a rural-silvestre. 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Deve ser premente a educação permanente em saúde e a articulação dos gestores e poderes competentes para sensibilizar os municípios em relação à vigilância entomológica da febre amarela silvestre e malária.Recent cases of sylvatic yellow fever (SYF) and malaria in the Extra-Amazon region have increased concerns about the risk of re-emergence and endemicity of both mosquito- borne diseases. Despite the increasing expansion of these diseases, several municipalities do not have a consolidated entomological surveillance (ES) program for these diseases. In this sense, we conducted an entomo-epidemiological and epizootic situational diagnosis for SYF and malaria in the municipality of Macaé from 2007 to 2018, and compared it to the state of Rio de Janeiro (RJ). In addition, a characterization of Macaé\2019s entomology department, regarding its organization, infrastructure and operational capacity was performed in order to propose a tool to guide the ES. Different educational approaches were carried out, which culminated in the elaboration and application of an entomological operational procedure for SYF and malaria. The epidemiological diagnosis was made from the analysis of secondary data obtained from the state and municipal health departments of RJ and Macaé, respectively. Entomological analysis was performed using secondary data from the municipality of Macaé and primary data, the latter collected using different traps and/or mosquito collection methods in an urban-periurban to rural-sylvatic. To characterize the municipality\2019s entomology department, a questionnaire was applied to managers and agents of endemic diseases control (ACEs). As for the educational approaches, meetings, introductory courses, field experience and seminars were organized. The results showed that RJ experienced a recent outbreak of SYF cases (2016-2018) and epizootics, being pointed out by public health authorities as the worst outbreak of the last 80 years in the country RJ state, in the 2nd cycle of transmission (2017-2018), had an increase not only in the number of SYF cases (279 confirmed cases) when compared to the 1st cycle (2016-2017- 25 confirmed cases), but also experienced an expansion of the area of viral circulation in 35.9% of municipalities. In the 1st cycle, the municipality of Macaé stood out from the other RJ municipalities as being the second in number of confirmed cases (n=5), in addition to registering epizootics involving 11 howler monkeys (Alouatta guariba clamitans) and one sloth (Bradypus torquatus). SYF human cases or epizootics occurred in regions of expressive forest of interconnected remnants of the Atlantic Forest. RJ registered 808 confirmed malaria cases, of which 80.3% were imported (n=649) and 13% were native (n=105), with an average of 8.7 confirmed cases annually. The municipality of Macaé presented an average of two autochthonous cases per year. Overlap between SYF and malaria in the RJ was not observed, due to the dynamics of these diseases. In the entomological survey, a total of 2,572 culicids were collected. Aedes albopictus was collected in all ecotones, Ae. aegypti was only present in the urban environment and Haemagogus janthinomys/capricornii and An. cruzii were found exclusively in the sylvatic environment. During the educational approaches carried out with field professionals, it became evident that the scarce training events, directed only to some ACEs (those identified with a "multiplier profile"), negatively impact the professional and personal life of the ACEs. Therefore, there is an urgent need for continued training and coordination between managers and competent authorities to raise awareness among the municipalities regarding the need of entomological surveillance of sylvatic yellow fever and malaria.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porControle de InsetosEntomologiamétodosEpidemiologiaFebre Amarela: prevenção e controleMalária: prevenção e controleControle de InsetosEntomologiamétodosEpidemiologiaFebre Amarela: prevenção e controleMalária: prevenção e controleDiagnóstico situacional entomoepidemiológico e abordagens operacionais e educacionais para a vigilância entomológica da febre amarela silvestre e malária no município de Macaé, Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Vigilância e Controle de Vetoresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/50690/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000248601.pdfapplication/pdf6549623https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/50690/2/000248601.pdf21b5c60eb69a8f7d12464a8cdbb83b10MD52icict/506902023-09-04 11:39:34.779oai:www.arca.fiocruz.br:icict/50690Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:39:34Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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