Efeito da sinvastatina em um modelo experimental de sepse
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8056 |
Resumo: | A sepse é uma condição médica severa, caracterizada por uma resposta inflamatória sistêmica (designada por Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica), que ocorre em vigência de um quadro infeccioso, podendo evoluir para disfunção múltipla dos órgãos e morte. Atualmente é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva em todo o mundo. Nos últimos anos, diversos medicamentos foram testados na prevenção e tratamento da sepse, com resultados pouco animadores. Estudos recentes mostraram que as estatinas (drogas hipolipemiantes amplamente utilizadas no tratamento de dislipidemias) foram capazes de reduzir a mortalidade em pacientes sépticos, bem como o risco do desenvolvimento de sepse severa. As estatinas atuam inibindo a 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, enzima que catalisa a conversão da HMG-CoA em mevalonato, etapa limitante na biosíntese do colesterol. Além de agirem na diminuição do colesterol sérico, as estatinas estão emergindo como potentes inibidores de processos inflamatórios, ações conhecidas como efeitos pleiotrópicos. Neste estudo tivemos como principal objetivo a avaliação dos efeitos da sinvastatina em um modelo de ligadura e punção cecal (CLP), especificamente sobre a taxa de sobrevida e parâmetros inflamatórios, como migração celular, ativação celular, eliminação bacteriana e produção de óxido nítrico Observamos que a sinvastatina foi capaz de causar uma tendência de melhora nas funções renais e hepáticas de animais submetidos ao CLP. Observamos também que 24 horas após a cirurgia houve aumento da migração celular para o peritôneo, ocorrendo uma tendência de reversão deste efeito após o tratamento com sinvastatina (2 mg/kg). Nossos resultados também mostraram que a sinvastatina foi capaz de reduzir os níveis de TNF-\F061, MIF, IL-6 e IL1\F062. Nossos resultados mostraram um aumento significativo na produção de óxido nítrico no peritôneo de animais que receberam o tratamento com sinvastatina, o que pode estar relacionado com o resultado obtido na contagem de Unidades Formadoras de Colônias, da qual houve uma tendência de diminuição. O tratamento com sinvastatina ainda mostrou poder ser capaz de diminuir a produção de óxido nítrico na corrente sanguínea. Observamos, também, alteração na formação de corpúsculos lipídicos de células provenientes do lavado peritoneal de camundongos tratados com a droga, sendo este número menor nesses animais. E ainda, foi observado um efeito in vitro da droga sobre macrófagos peritoneais, havendo diminuição do CFU em todas as concentrações utilizadas. Nossos estudos, portanto, indicam que os efeitos da sinvastatina estão relacionados a determinantes da fisiopatologia da sepse, o que torna de grande importância a contínua avaliação de seus mecanismos de ação, para que possivelmente esta droga seja implementada como terapia adjuvante no tratamento da sepse |
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Oliveira, Flora Magno de JesusGomes, Rachel NovaesBurth, PatríciaMonteiro, Carmen PenidoReis, PatríciaMonteiro, Clarissa MayaSilva, Adriana RibeiroFaria Neto, Hugo Caire de CastroAlbuquerque, Cassiano Felippe Gonçalves de2014-07-22T16:57:39Z2014-07-22T16:57:39Z2011OLIVEIRA, Flora Magno de Jesus. Efeito da sinvastatina em um modelo experimental de sepse. 2011. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8056A sepse é uma condição médica severa, caracterizada por uma resposta inflamatória sistêmica (designada por Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica), que ocorre em vigência de um quadro infeccioso, podendo evoluir para disfunção múltipla dos órgãos e morte. Atualmente é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva em todo o mundo. Nos últimos anos, diversos medicamentos foram testados na prevenção e tratamento da sepse, com resultados pouco animadores. Estudos recentes mostraram que as estatinas (drogas hipolipemiantes amplamente utilizadas no tratamento de dislipidemias) foram capazes de reduzir a mortalidade em pacientes sépticos, bem como o risco do desenvolvimento de sepse severa. As estatinas atuam inibindo a 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, enzima que catalisa a conversão da HMG-CoA em mevalonato, etapa limitante na biosíntese do colesterol. Além de agirem na diminuição do colesterol sérico, as estatinas estão emergindo como potentes inibidores de processos inflamatórios, ações conhecidas como efeitos pleiotrópicos. Neste estudo tivemos como principal objetivo a avaliação dos efeitos da sinvastatina em um modelo de ligadura e punção cecal (CLP), especificamente sobre a taxa de sobrevida e parâmetros inflamatórios, como migração celular, ativação celular, eliminação bacteriana e produção de óxido nítrico Observamos que a sinvastatina foi capaz de causar uma tendência de melhora nas funções renais e hepáticas de animais submetidos ao CLP. Observamos também que 24 horas após a cirurgia houve aumento da migração celular para o peritôneo, ocorrendo uma tendência de reversão deste efeito após o tratamento com sinvastatina (2 mg/kg). Nossos resultados também mostraram que a sinvastatina foi capaz de reduzir os níveis de TNF-\F061, MIF, IL-6 e IL1\F062. 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Nossos estudos, portanto, indicam que os efeitos da sinvastatina estão relacionados a determinantes da fisiopatologia da sepse, o que torna de grande importância a contínua avaliação de seus mecanismos de ação, para que possivelmente esta droga seja implementada como terapia adjuvante no tratamento da sepseSepsis is a severe medical condition characterized by a systemic inflammatory response (called systemic inflammatory response syndrome), which occurs in the presence of an infection, may progress to multiple organ dysfunction and death. It is currently the leading cause of death in intensive care units worldwide. In recent years, several drugs were tested in the prevention and treatment of sepsis, without good results. Recent studies have shown that statins (lipid-lowering drugs widely used to treat dyslipidemia) were able to reduce mortality in septic patients, as well as the risk of developing severe sepsis. Statins act by inhibiting 3-hydroxy-3-methylglutaryl-coenzyme A (HMG-CoA) reductase, an enzyme that catalyzes the conversion of HMG-CoA to mevalonate, the limiting step in cholesterol biosynthesis. In addition to acting in the reduction of serum cholesterol, statins are emerging as potent inhibitors of inflammatory processes, actions known as pleiotropic effects. This study had as main objective the evaluation of the effects of simvastatin in a model of cecal ligation and puncture (CLP), specifically on the rate of survival and inflammatory parameters, such as cell migration, cell activation, bacterial elimination and production of nitric oxide. We found that simvastatin was able to cause a trend toward improvement in kidney function and liver of animals subjected to CLP. We also note that 24 hours after surgery there was an increase of cell migration to the peritoneum, causing a trend reversal of this effect after treatment with simvastatin (2mg/kg). And also our results showed that simvastatin was able to reduce the levels of TNF-, MIF, IL-6 and IL1. Our results showed a significant increase in the production of nitric oxide in the peritoneum of animals that received treatment with simvastatin, which may be related to the result obtained in the counting of colony forming units, of which was diminished. Treatment with simvastatin also showed to be able to decrease the production of nitric oxide in the bloodstream. We also observe changes in the formation of lipid bodies from the peritoneal cavity of mice treated with the drug, this number is lower in these animals. And yet, there was a drug effect in vitro on peritoneal macrophages, with the CFU decrease at all concentrations used. Our studies thus indicate that the effects of simvastatin are related to determinants of the pathophysiology of sepsis, which makes it of great importance to continuing evaluation of its mechanisms of action, possibly to be implemented as adjunctive therapy in the treatment of sepsis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de janeiro, RJ, BrasilporPunção CecalSepseSinvastatinaInibidores de Hidroximetilglutaril-CoA RedutasesColesterol/ biossínteseLigaduraEfeito da sinvastatina em um modelo experimental de sepseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2011Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8056/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51TEXTflora_oliveira_ioc_mest_2011.pdf.txtflora_oliveira_ioc_mest_2011.pdf.txtExtracted texttext/plain143920https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8056/5/flora_oliveira_ioc_mest_2011.pdf.txt73ec881e3efea53e33da7fa360d4d738MD55ORIGINALflora_oliveira_ioc_mest_2011.pdfflora_oliveira_ioc_mest_2011.pdfapplication/pdf1324531https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8056/4/flora_oliveira_ioc_mest_2011.pdf1e497344aa46c88cdf2881941ee38024MD54icict/80562022-06-24 13:08:54.319oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8056Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:08:54Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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