Ruptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo: fatores associados à displasia broncopulmonar
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Data de Publicação: | 2010 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/1704 |
Resumo: | OBJETIVO: identificar os fatores obstétricos e neonatais associados ao desfecho de displasia broncopulmonar em pacientes com amniorrexe prematura no pré-termo. MÉTODOS: foram analisados 213 prontuários do Instituto Fernandes Figueira, entre 1998 e 2002, cujas pacientes evoluíram com quadro de amniorrexe prematura ≤34 semanas de gestação. Foram excluídas gestações múltiplas. As variáveis de natureza clínico-obstétricas e neonatais foram cotejadas com o desfecho de displasia broncopulmonar. Os dados foram submetidos à análise bivariada, sendo os valores que exibiam significância estatística (p≤0,05) submetidos à regressão logística. RESULTADOS: a prevalência de displasia broncopulmonar foi de 6.10%. A análise univariada dos fatores associados ao desfecho de displasia broncopulmonar exibiu os seguintes resultados: tempo de ventilação mecânica neonatal >10 dias (OR: 54,00 [11,55-278,25] p=0,000); idade gestacional <30 semanas (OR: 6,33 [1,26-43,06] p=0,017) peso ≤1.000 g (OR: 4,82 [1,34-17,53] p=0,010); peso ≤1.500 g (OR: 14,09 [1,82-300,50] p=0,003; persistência do canal arterial (OR: 12,33 [3,07-50,10], p=0,000); doença da membrana hialina (OR: 8,46 [2,21-35,00] p=0,000); pneumonia congênita (OR: 7,48 [2,03-27,93] p=0,000); uso de surfactante neonatal (OR: 19,66 [4,54-97,76] p=0,000) e infecção neonatal (OR: 7,67 [0,99-163,79] p=0,049). No modelo multivariado final, somente as variáveis “ventilação mecânica”>10 dias (p=0,001) e “uso de surfactante” (p=0,040) permaneceram independentemente associadas ao desfecho. CONCLUSÕES: observou-se que os fatores associados à displasia broncopulmonar são de natureza neonatal, sendo que a ventilação mecânica duradoura e o uso de surfactante neonatal influenciaram no desenvolvimento dessa doença. |
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Gonçalves, Danieli DiasSilva, Luiz Guilherme Pessoa daPaula, Glaucio de MoraesBonfim, OlgaMoreira, Maria Elisabeth LopesAssumpção, Augusta Maria Batista deFigueira, Valéria Seild2011-03-21T19:15:49Z2011-03-21T19:15:49Z2010GONÇALVES, Danieli Dias et al. Ruptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo: fatores associados à displasia broncopulmonar. Rev. bras. ginecol. obstet., Rio de Janeiro, v. 32, n. 10, p. 497-503, out. 2010.0100-7203https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/1704OBJETIVO: identificar os fatores obstétricos e neonatais associados ao desfecho de displasia broncopulmonar em pacientes com amniorrexe prematura no pré-termo. MÉTODOS: foram analisados 213 prontuários do Instituto Fernandes Figueira, entre 1998 e 2002, cujas pacientes evoluíram com quadro de amniorrexe prematura ≤34 semanas de gestação. Foram excluídas gestações múltiplas. As variáveis de natureza clínico-obstétricas e neonatais foram cotejadas com o desfecho de displasia broncopulmonar. Os dados foram submetidos à análise bivariada, sendo os valores que exibiam significância estatística (p≤0,05) submetidos à regressão logística. RESULTADOS: a prevalência de displasia broncopulmonar foi de 6.10%. A análise univariada dos fatores associados ao desfecho de displasia broncopulmonar exibiu os seguintes resultados: tempo de ventilação mecânica neonatal >10 dias (OR: 54,00 [11,55-278,25] p=0,000); idade gestacional <30 semanas (OR: 6,33 [1,26-43,06] p=0,017) peso ≤1.000 g (OR: 4,82 [1,34-17,53] p=0,010); peso ≤1.500 g (OR: 14,09 [1,82-300,50] p=0,003; persistência do canal arterial (OR: 12,33 [3,07-50,10], p=0,000); doença da membrana hialina (OR: 8,46 [2,21-35,00] p=0,000); pneumonia congênita (OR: 7,48 [2,03-27,93] p=0,000); uso de surfactante neonatal (OR: 19,66 [4,54-97,76] p=0,000) e infecção neonatal (OR: 7,67 [0,99-163,79] p=0,049). No modelo multivariado final, somente as variáveis “ventilação mecânica”>10 dias (p=0,001) e “uso de surfactante” (p=0,040) permaneceram independentemente associadas ao desfecho. CONCLUSÕES: observou-se que os fatores associados à displasia broncopulmonar são de natureza neonatal, sendo que a ventilação mecânica duradoura e o uso de surfactante neonatal influenciaram no desenvolvimento dessa doença.PURPOSE: to analyze obstetric and neonatal factors associated with bronchopulmonary dysplasia outcome in patients with preterm premature amniorrhexis. METHODS: we analyzed 213 medical records of patients of Fernandes Figueira Institute who suffered premature amniorrhexis (≤34 weeks of gestation) in the period from 1998 to 2002. Multiple gestations were excluded. Clinical-obstetric and neonatal variables were considered in relation to the bronchopulmonary dysplasia outcome. Data were subjected to bivariate analysis, and the values showing statistical significance (p≤0.05) were subjected to logistic regression analysis. RESULTS: the prevalence of bronchopulmonary dysplasia was 6.10%. Univariate analysis of the factors associated with the pulmonary dysplasia outcome were: neonatal mechanical ventilation for more than ten days(OR: 54.00 [11.55-278.25] p=0.000); birth gestational age of less than 30 weeks (OR: 6.33 [1.26- 43.06] p=0.017); birth weight ≤1,000 g (OR: 4.82 [1.34-17.53] p=0.010); birth weight £1.500 g (OR: 14.09 [1.82-300.50] p=0.003; patent ductus arteriosus (OR: 12.33 [3.07-50.10], p=0.000); hyaline membrane disease (OR: 8.46 [2.21-35.00] p=0.000); congenital pneumonia (OR: 7.48 [2.03-27.93] p=0.000); use of neonatal surfactant (OR: 19.66 [4.54-97.76] p=0.000), and neonatal infection (OR: 7.67 [0.99-163.79] p=0.049). In the final multivariate model, only the variables “neonatal mechanical ventilation”>10 days (p=0.001) and “use of a surfactant” (p=0.040) remained independently associated with bronchopulmonary dysplasia.CONCLUSIONS: the factors associated with bronchopulmonary dysplasia are related to neonatal features, asprolonged mechanical ventilation and the use of a surfactant influencethe development of thedisease.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetricia1. Northway WH Jr, Rosan RC, Poter DY. Pulmonary disease following respiratory therapy of hyaline-membrane disease: bronchopulmonary dysplasia. N Engl Med. 1967;276(7):357-68. 2. Bancalari E. Neonatal chronic lung disease. In: Fanaroff AA, Martin RJ, editors. Neonatal-perinatal medicine: diseases of the fetus and infant. 7th ed. St Louis: Mosby; 2002. v. 2, p. 1057-80. 3. Shennan AT, Dunn MS, Ohlsson A, Lennox K, Hoskins EM. Abnormal pulmonary outcomes in premature infants: prediction from oxygen requirement in the neonatal period. Pediatrics. 1988;82(4):527-32. 4. Jobe AH, Bancalari E. Bronchopulmonary dysplasia. Am J Respir Crit Care Med. 2001;163(7):1723-9. 5. Bancalari E, Gonzales A. Clinical course and lung function abnormalities during development of neonatal chronic disease. In: Bland RD, Coalson JJ, editors. Chronic lung disease in early infancy. New York: Marcel Dekker; 2000. p.41-64. 6. Dammann O, Leviton A, Gappa M, Dammann CE. Lung and brain damage in preterm newborns, and their association with gestational age, prematurity subgroup, infection/inflammation and long term outcome. BJOG. 2005;112 Suppl 1:4-9. 7. Grier DG, Halliday HL. Corticosteroids in the prevention and management of bronchopulmonary dysplasia. Semin Neonatol. 2003;8(1):83-91. 8. Watterberg KL, Demers LM, Scott SM, Murphy S. Chorioamnionitis and early lung inflammation in infants in whom ronchopulmonary dysplasia develops. Pediatrics. 1996;97(2):210-5. 9. Gomez R, Romero R, Chezzi F, Yoon BH, Mazor M, Berry SM. The fetal inflammatory response syndrome. Am J Obstet Gynecol. 1998;179(1):194-202. 10. Santos LC, Amorim MMR. Amniorrexe prematura: diagnóstico e conduta. Femina. 2002;30(1):21-30. 11. Gibbs R, Castillo MS, Rodgers PJ. Management of acute chorioamnionitis. Am J Obstet Gynecol. 1980;136(6):709-13. 12. 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Chorioamnionitis, postnatal factors and proinflammatory response in the pathogenetic sequence of bronchopulmonary dysplasia. Neonatology. 2009;95(4):353-61.Ruptura prematura de membranas fetaisFatores de riscoDoenças do prematuroDisplasia broncopulmonarFetal membranes, premature ruptureRisk factorsInfantBronchopulmonary dysplasiaPrematureDiseasesRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo: fatores associados à displasia broncopulmonarPreterm premature rupture of the fetal membranes: factors associated with bronchopulmonary dysplasiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo.pdfRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo.pdfapplication/pdf130628https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/1704/1/Ruptura%20prematura%20das%20membranas%20amni%c3%b3ticas%20no%20pr%c3%a9-termo.pdf28184c5d867486547a065a3328333256MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/1704/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo.pdf.txtRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo.pdf.txtExtracted texttext/plain35489https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/1704/5/Ruptura%20prematura%20das%20membranas%20amni%c3%b3ticas%20no%20pr%c3%a9-termo.pdf.txt8ee623fc8a8c539464ad19a4c3ca99f4MD55THUMBNAILRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo.pdf.jpgRuptura prematura das membranas amnióticas no pré-termo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1756https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/1704/4/Ruptura%20prematura%20das%20membranas%20amni%c3%b3ticas%20no%20pr%c3%a9-termo.pdf.jpg189018f5988634af34d583361a12a31dMD54icict/17042018-09-13 21:15:43.609oai:www.arca.fiocruz.br:icict/1704Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-09-14T00:15:43Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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OBJETIVO: identificar os fatores obstétricos e neonatais associados ao desfecho de displasia broncopulmonar em pacientes com amniorrexe prematura no pré-termo. MÉTODOS: foram analisados 213 prontuários do Instituto Fernandes Figueira, entre 1998 e 2002, cujas pacientes evoluíram com quadro de amniorrexe prematura ≤34 semanas de gestação. Foram excluídas gestações múltiplas. As variáveis de natureza clínico-obstétricas e neonatais foram cotejadas com o desfecho de displasia broncopulmonar. Os dados foram submetidos à análise bivariada, sendo os valores que exibiam significância estatística (p≤0,05) submetidos à regressão logística. RESULTADOS: a prevalência de displasia broncopulmonar foi de 6.10%. A análise univariada dos fatores associados ao desfecho de displasia broncopulmonar exibiu os seguintes resultados: tempo de ventilação mecânica neonatal >10 dias (OR: 54,00 [11,55-278,25] p=0,000); idade gestacional <30 semanas (OR: 6,33 [1,26-43,06] p=0,017) peso ≤1.000 g (OR: 4,82 [1,34-17,53] p=0,010); peso ≤1.500 g (OR: 14,09 [1,82-300,50] p=0,003; persistência do canal arterial (OR: 12,33 [3,07-50,10], p=0,000); doença da membrana hialina (OR: 8,46 [2,21-35,00] p=0,000); pneumonia congênita (OR: 7,48 [2,03-27,93] p=0,000); uso de surfactante neonatal (OR: 19,66 [4,54-97,76] p=0,000) e infecção neonatal (OR: 7,67 [0,99-163,79] p=0,049). No modelo multivariado final, somente as variáveis “ventilação mecânica”>10 dias (p=0,001) e “uso de surfactante” (p=0,040) permaneceram independentemente associadas ao desfecho. CONCLUSÕES: observou-se que os fatores associados à displasia broncopulmonar são de natureza neonatal, sendo que a ventilação mecânica duradoura e o uso de surfactante neonatal influenciaram no desenvolvimento dessa doença. |
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