Suicídio em Mato Grosso do Sul, Brasil: fatores sociodemográficos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Jacqueline dos
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24211
Resumo: O suicídio vem se tornando um importante problema para a Saúde Publica devido ao grande número de vidas perdidas, que geram impacto tanto nas vítimas, como em seus familiares e na sociedade em geral. É uma das dez maiores causas de óbito no mundo e uma das três primeiras na faixa etária entre 15 e 35 anos. Este trabalho buscou identificar alguns fatores sócio-demográficos relacionados ao suicídio no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, no período de 1999 a 2008. Para tal, realizouse um estudo seccional, analisando a distribuição dos óbitos (mortalidade geral, causas externas e suicídio) em relação às variáveis Macrorregião de Saúde (MRS) de residência, sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, raça/cor e local de ocorrência do óbito. Após, estimou-se, com o auxílio da regressão logística, a chance de morrer por suicídio, neste estado, dado que morreu por causas externas. A taxa média de suicídio para o período foi de 8,0 por 100 mil habitantes, fazendo com que o estado possua a segunda maior taxa média de suicídio no país, menor apenas que a do Rio Grande do Sul. A MRS de Dourados foi a que apresentou a maior incidência de suicídio. Os indivíduos do sexo masculino apresentaram as maiores taxa e proporções de suicídio. Quanto a faixa etária, 43,2% dos suicídios ocorreram na faixa etária de 20 a 39 anos, entretanto, a maior incidência pertence ao seguimento dos idosos. Em relação ao estado civil, 50,5% dos suicídios ocorreram em indivíduos solteiros. Desconhecia-se a escolaridade de 51% das vítimas de suicídio, de forma que a análise desta variável foi prejudicada. Merece destaque o suicídio de indígenas, uma vez que estes, que representaram 3,3% do total de óbitos no período de estudo, foram responsáveis por 23,2% dos suicídios. A maioria (60,9%) dos óbitos por suicídio ocorreu no domicílio. Dentre os meios utilizados para o suicídio, verificou-se que a maior parte dos indivíduos (acima de 60%), de ambos os sexos, utilizaram como forma de perpetração do suicídio o enforcamento. As armas de fogo ocuparam o segundo lugar entre os homens e o terceiro entre as mulheres. Já as intoxicações foram o segundo meio mais usado no sexo feminino e o terceiro no sexo masculino. Os demais meios foram pouco utilizados. Na análise dos modelos de regressão observou-se significância estatística para raça/cor, estado civil e local de ocorrência. A chance de suicídio, quando comparada aos indivíduos que morreram por outras causas externas, esteve aumentada em indivíduos indígenas, separados, e nos óbitos ocorridos em domicílio ou em outros locais e, diminuída em indivíduos viúvos e nos óbitos ocorridos em via pública. A partir do presente estudo, descreveu-se o comportamento de algumas variáveis, disponíveis no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), em relação às mortes por causas externas e suicídio. Entretanto, faz-se necessário o estudo de outros potenciais fatores de risco para tais causas.
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spelling Santos, Jacqueline dosAssis, Simone Gonçalves deSilva, Cosme Marcelo Furtado Passos da2018-01-31T13:05:33Z2018-01-31T13:05:33Z2010SANTOS, Jacqueline dos. Suicídio em Mato Grosso do Sul, Brasil: fatores sociodemográficos. 2010. 65 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde Pública ) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2010.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24211O suicídio vem se tornando um importante problema para a Saúde Publica devido ao grande número de vidas perdidas, que geram impacto tanto nas vítimas, como em seus familiares e na sociedade em geral. É uma das dez maiores causas de óbito no mundo e uma das três primeiras na faixa etária entre 15 e 35 anos. Este trabalho buscou identificar alguns fatores sócio-demográficos relacionados ao suicídio no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, no período de 1999 a 2008. Para tal, realizouse um estudo seccional, analisando a distribuição dos óbitos (mortalidade geral, causas externas e suicídio) em relação às variáveis Macrorregião de Saúde (MRS) de residência, sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, raça/cor e local de ocorrência do óbito. Após, estimou-se, com o auxílio da regressão logística, a chance de morrer por suicídio, neste estado, dado que morreu por causas externas. A taxa média de suicídio para o período foi de 8,0 por 100 mil habitantes, fazendo com que o estado possua a segunda maior taxa média de suicídio no país, menor apenas que a do Rio Grande do Sul. A MRS de Dourados foi a que apresentou a maior incidência de suicídio. Os indivíduos do sexo masculino apresentaram as maiores taxa e proporções de suicídio. Quanto a faixa etária, 43,2% dos suicídios ocorreram na faixa etária de 20 a 39 anos, entretanto, a maior incidência pertence ao seguimento dos idosos. Em relação ao estado civil, 50,5% dos suicídios ocorreram em indivíduos solteiros. Desconhecia-se a escolaridade de 51% das vítimas de suicídio, de forma que a análise desta variável foi prejudicada. Merece destaque o suicídio de indígenas, uma vez que estes, que representaram 3,3% do total de óbitos no período de estudo, foram responsáveis por 23,2% dos suicídios. A maioria (60,9%) dos óbitos por suicídio ocorreu no domicílio. Dentre os meios utilizados para o suicídio, verificou-se que a maior parte dos indivíduos (acima de 60%), de ambos os sexos, utilizaram como forma de perpetração do suicídio o enforcamento. As armas de fogo ocuparam o segundo lugar entre os homens e o terceiro entre as mulheres. Já as intoxicações foram o segundo meio mais usado no sexo feminino e o terceiro no sexo masculino. Os demais meios foram pouco utilizados. Na análise dos modelos de regressão observou-se significância estatística para raça/cor, estado civil e local de ocorrência. A chance de suicídio, quando comparada aos indivíduos que morreram por outras causas externas, esteve aumentada em indivíduos indígenas, separados, e nos óbitos ocorridos em domicílio ou em outros locais e, diminuída em indivíduos viúvos e nos óbitos ocorridos em via pública. A partir do presente estudo, descreveu-se o comportamento de algumas variáveis, disponíveis no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), em relação às mortes por causas externas e suicídio. Entretanto, faz-se necessário o estudo de outros potenciais fatores de risco para tais causas.Suicide is becoming an important issue for public health due to the large number of lives lost, so that impact on the victims as their relatives and society in general. It is one of the top ten causes of death worldwide and one of the first three aged between 15 and 35. This study attempts to identify some socio-demographic factors related to suicide in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil, from 1999 to 2008. To this end, we carried out a cross-sectional study, analyzing the distribution of deaths (overall mortality, external causes and suicide) in relation to variables Macroregion Health (MRS) of residence, sex, age, marital status, education, race and place of occurrence of death. After it was estimated with the help of logistic regression, the odds of dying by suicide in this state since died from external causes. The average rate of suicide for the period was 8.0 per 100 000 inhabitants, making the state has the second highest average rate of suicide in the country, second only to the Rio Grande do Sul. MRS Dourados was the one with the highest incidence of suicide. The males had the highest suicide rate and proportions. Regarding age, 43.2% of suicides occurred in patients aged 20 to 39 years, however, belongs to a higher incidence following the elderly. Regarding marital status, 50.5% of suicides occurred in single individuals. It was not known to school 51% of suicide victims, so that the analysis of this variable was poor. Also noteworthy is the suicide of indigenous people, as these, which represented 3.3% of total deaths during the study period, accounted for 23.2% of suicides. The majority (60.9%) of deaths by suicide occurred at home. Among the means used for suicide, it was found that most individuals (above 60%) of both sexes were used as a means of committing suicide hanging. Firearms occupied second place among men and third among women. Since the poisonings were the second most used means for females and males in the third. The other means were not used. In the analysis of regression models was observed statistical significance for race / ethnicity, marital status and place of occurrence. The risk of suicide compared to individuals who died of other external causes, was increased in indigenous individuals, separated, and deaths occurring at home or elsewhere, and decreased in individuals widowed and deaths on public roads. From the present study described the behavior of some variables are available in Information System (SIM), in relation to deaths from external causes and suicide. However, it is necessary to study other potential risk factors for such causes.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSuicídioFatores de RiscoModelos LogísticosSuicideRisk FactorsLogistic ModelsSuicídioFatores de RiscoModelos LogísticosDemografiaSuicídio em Mato Grosso do Sul, Brasil: fatores sociodemográficosSuicide in Mato Grosso do Sul, Brazil: sociodemographicinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Jacqueline_dos_Santos_ENSP_201application/pdf1552533https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24211/1/ve_Jacqueline_dos_Santos_ENSP_2013d7a7138ac1f421be9c19ab5b8cbf120MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24211/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT1158.pdf.txt1158.pdf.txtExtracted texttext/plain119285https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24211/3/1158.pdf.txt8c8c0807c6ba37eb4fb2f3e5246ced6aMD53icict/242112023-01-19 14:33:52.924oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24211Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:33:52Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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