Mudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na ocorrência da febre amarela na região sudeste brasileira
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49218 |
Resumo: | A febre amarela é uma doença infecciosa e não contagiosa causada por vírus da família flaviviridae, e sua ocorrência está ligada a áreas tropicais. No Brasil a doença apresenta dois ciclos, um ciclo urbano - que não é detectado desde 1942 - e um ciclo silvestre - que se mantém até os dias de hoje. A partir do final da década de 1990, a FA passa a se expandir pelo território brasileiro, deixando de ser endêmico na região Norte do país, em direção as novas áreas, entre elas a região Sudeste do país. Essa expansão se deve a ação do homem no espaço que o transforma, refuncionaliza e modifica as suas dinâmicas, ou seja, fragmenta as áreas verdes forçando a dispersão de PNH, que são reservatórios da FA, para novas áreas, principalmente para perto das áreas urbanas; modifica o clima, fazendo com que decorram mudanças nas dinâmicas dos fatores climáticos, como temperatura e precipitação, que estão ligadas aos processos reprodutivos dos vetores e do vírus causador da doença. Partindo deste pressuposto, esse trabalho teve como objetivo investigar a relação da doença com o clima e o ambiente, que estão em constante alteração, no processo epidêmico-epizoótico de 2016-2018 ocorrido na região Sudeste brasileira. Trata-se de um estudo ecológico, os dados da epidemiologia e epizootias que são oriundos do Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS -; os dados climáticos utilizados são de origem do ERA5- Land das variáveis bioclimáticas de valores mensais de temperatura e precipitação; e os dados ambientais, uso e cobertura do solo, obtidos a partir do processamento de imagens do programa MapBioma. A análise dos dados é realizada por meio de quatro diferentes abordagens entre elas a análise espacial da situação epidemiológica \2013 casos humanos e epizootias -; clusters de casos humanos e espacialização das epizootias nos mesmos; identificação de fatores ambientais e climáticos e a correlação entre estes e o risco relativo dos clusters. Os dados permitem observar que durante o processo epidemico-epizootico, os dados ligados ao clima são maiores que o período de 20 anos, o espaço se encontra em transformação e a existência de correlação nos dados, incluindo o risco relativo das áreas com os fatores ambientais e climáticos. |
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Silva, Rafael Ramalho Cunha eOliveira, Beatriz Fátima Alves deAlmeida, Andrea Sobral de2021-09-30T20:15:34Z2021-09-30T20:15:34Z2021SILVA, Rafael Ramalho Cunha e. Mudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na ocorrência da febre amarela na região sudeste brasileira. 2021. 153 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49218A febre amarela é uma doença infecciosa e não contagiosa causada por vírus da família flaviviridae, e sua ocorrência está ligada a áreas tropicais. No Brasil a doença apresenta dois ciclos, um ciclo urbano - que não é detectado desde 1942 - e um ciclo silvestre - que se mantém até os dias de hoje. A partir do final da década de 1990, a FA passa a se expandir pelo território brasileiro, deixando de ser endêmico na região Norte do país, em direção as novas áreas, entre elas a região Sudeste do país. Essa expansão se deve a ação do homem no espaço que o transforma, refuncionaliza e modifica as suas dinâmicas, ou seja, fragmenta as áreas verdes forçando a dispersão de PNH, que são reservatórios da FA, para novas áreas, principalmente para perto das áreas urbanas; modifica o clima, fazendo com que decorram mudanças nas dinâmicas dos fatores climáticos, como temperatura e precipitação, que estão ligadas aos processos reprodutivos dos vetores e do vírus causador da doença. Partindo deste pressuposto, esse trabalho teve como objetivo investigar a relação da doença com o clima e o ambiente, que estão em constante alteração, no processo epidêmico-epizoótico de 2016-2018 ocorrido na região Sudeste brasileira. 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Os dados permitem observar que durante o processo epidemico-epizootico, os dados ligados ao clima são maiores que o período de 20 anos, o espaço se encontra em transformação e a existência de correlação nos dados, incluindo o risco relativo das áreas com os fatores ambientais e climáticos.Yellow fever is an infectious and non-contagious disease caused by viruses of the Flaviviridae family, and its occurrence is linked to tropical areas. In Brazil, the disease has two cycles, an urban cycle - which has not been detected since 1942 - and a wild cycle - which continues to this day. From the end of the 1990s onwards, YF began to expand throughout the Brazilian territory, no longer being endemic in the North of the country, towards new areas, including the Southeast region of the country. This expansion is due to the action of man in the space that transforms, refunctionalize and modifies its dynamics, that is, it fragments the green areas, forcing the dispersion of NHP, which are reservoirs of YF, to new areas, especially close to urban areas; it modifies the climate, causing changes to occur in the dynamics of climatic factors, such as temperature and precipitation, which are linked to the reproductive processes of the vectors and the virus that causes the disease. Based on this assumption, this study aimed to investigate the relationship between the disease and the climate and environment, which are constantly changing, in the 2016-2018 epidemic-epizootic process that occurred in the Southeast region of Brazil. This is an ecological study, the data on epidemiology and epizootics that come from the Health Surveillance Secretariat - SVS -; the climatic data used are from the ERA5-Land of the bioclimatic variables of monthly values of temperature and precipitation; and environmental data, land use and land cover, obtained from the image processing of the MapBioma program. Data analysis is performed using four different approaches, including spatial analysis of the epidemiological situation \2013 human cases and epizootics -; clusters of human cases and the spatialization of epizootics in them; identification of environmental and climatic factors and the correlation between these and the relative risk of the clusters. The data allow us to observe that during the epidemic-epizootic process, the data related to the climate are greater than the period of 20 years, the space is in transformation and the existence of correlation in the data, including the relative risk of the areas with environmental factors and climatic.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFebre AmarelaMudança ClimáticaFatores AmbientaisAgrupamentoAnálise EspacialYellow FeverClimate ChangeEnvironmental FactorsClusterSpatial AnalysisFebre AmarelaMudança ClimáticaAnálise EspacialVacina contra Febre AmarelaMeio AmbienteEstudos EcológicosEstudos EpidemiológicosAnálise por ConglomeradosMudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na ocorrência da febre amarela na região sudeste brasileiraClimate and environmental changes and their effects on the occurrence of yellow fever in southeastern Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-04-30Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Mestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49218/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALrafael_ramalho_cunha_silva_ensp_mest_2021.pdfapplication/pdf5453522https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49218/2/rafael_ramalho_cunha_silva_ensp_mest_2021.pdf1ad2bff94ad25ac5b24c924a2066ab12MD52icict/492182021-09-30 17:17:57.585oai:www.arca.fiocruz.br:icict/49218Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-09-30T20:17:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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