A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schramm, Fermin Roland
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Barboza, Heloisa Helena, Guimarães, Anibal
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2778
Resumo: À luz da bioética, analisamos neste artigo algumas questões morais e jurídicas relacionadas ao chamado “fenômeno da transexualidade”, em especial, a proposta terapêutica do chamado Processo Transexualizador (PrTr) - conjunto de procedimentos médicos para a redesignação sexual da pessoa transexual. Sobretudo, investigamos se o PrTr – política pública de saúde que visa a reduzir o sofrimento psíquico e físico da pessoa transexual - pode verdadeiramente contribuir para a reversão de sua discriminação e exclusão social. Não obstante os bons resultados sob o ponto de vista médico que aquela transformação física representa, concluímos por sua inadequação bioética, uma vez que a autonomia da pessoa transexual em fazer, ou não, a cirurgia de transgenitalização nem sempre é juridicamente respeitada, e a sua condição transexual implica em cerceamento de seus direitos, como é o caso da não automática troca de nome e de sexo (requalificação civil), indispensável para seu bem estar psíquico e social.
id CRUZ_a9bbc49b93261e5a49535a71f37d63cc
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/2778
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Schramm, Fermin RolandBarboza, Heloisa HelenaGuimarães, Anibal2011-07-27T12:44:05Z2011-07-27T12:44:05Z2011SCHRAMM, Fermin Roland; BARBOZA, Heloisa Helena; GUIMARÃES, Anibal. A moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos. Revista Redbioética/UNESCO, año 2, v. 1, n. 3, p. 66-77, enero/jun. 2011.2077-9445https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2778À luz da bioética, analisamos neste artigo algumas questões morais e jurídicas relacionadas ao chamado “fenômeno da transexualidade”, em especial, a proposta terapêutica do chamado Processo Transexualizador (PrTr) - conjunto de procedimentos médicos para a redesignação sexual da pessoa transexual. Sobretudo, investigamos se o PrTr – política pública de saúde que visa a reduzir o sofrimento psíquico e físico da pessoa transexual - pode verdadeiramente contribuir para a reversão de sua discriminação e exclusão social. Não obstante os bons resultados sob o ponto de vista médico que aquela transformação física representa, concluímos por sua inadequação bioética, uma vez que a autonomia da pessoa transexual em fazer, ou não, a cirurgia de transgenitalização nem sempre é juridicamente respeitada, e a sua condição transexual implica em cerceamento de seus direitos, como é o caso da não automática troca de nome e de sexo (requalificação civil), indispensável para seu bem estar psíquico e social.In the light of Bioethics, we analyze in this article some moral and judicial matters related to the so-called “phenomenon of transsexuality”. Our focus is the “Processo Transexualizador” (PrTr) – trans-sexualizing process -, a set of medical procedures designed by Brazilian Ministry of Health as a therapeutic measure fit to transsexual persons wishing to undergo a sex change. Though the PrTr may well produce good results through a medical perspective – regarding the transformation of a male body into a female one – the social effects of this very same transformation might be quite perverse to the transsexual persons. We hereby sustain that the PrTr is bioethically inadequate for the transsexual person when his/her autonomy to undergo (or not) the transgenitalization surgery is not being respected; when the fruition of their rights is being restricted for the very fact that they are transsexuals, and when no sex and/or name change in their birth certificates are granted.A la luz de la Bioética, analizamos en este artículo algunas cuestiones morales y judiciales relacionadas al llamado “fenómeno de la transexualidad”. Nuestro foco es el “Proceso Transexualizador” (PrTr), un conjunto de procedimientos médicos que, como propuesta terapéutica, conducen a la cirugía de cambio de sexo de la persona transexual. Investigamos si este procedimiento – una política pública en salud que intenta disminuir el sufrimiento psíquico y físico de la persona transexual – puede contribuir para la reversión de su discriminación y exclusión social. Aunque el PrTr pueda producir buenos resultados desde la perspectiva médica – con respecto a la transformación de un cuerpo masculino en uno femenino – concluimos que el PrTr es bioéticamente inadecuado pues no se asegura el respeto a su autonomía en decidir hacer, o no, la cirugía, y su condición transexual resulta en la limitación de sus derechos cuando ningún cambio de sexo y/o nombre en sus certificados de nacimiento le es otorgado.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, BrasilUniversidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Programa de Pós-graduação lato-sensu em Bioética e Ética Aplicada. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporATLAN, H. 2006. O Útero Artificial. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro.BARBOZA, H.H. 2010. Procedimentos para redesignação sexual: um processo bioeticamente inadequado”. Tese de Doutorado. Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).BENJAMIN, H. 1966. The Transsexual Phenomenon. Julian Press, New York.BENTO, B. 2006. A reinvenção do corpo. Sexualidade e gênero na experiência transexual. Garamond, Rio de Janeiro.BRASIL. 2009. Superior Tribunal de Justiça. Terceira Turma. Recurso Especial n. 1008398-SP, Relatora Min. Nancy Andrighi, Brasília, DF, 15 de outubro de 2009. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/ SCON/jurisprudencia/doc.jsp?livre=trans exual&&b=ACOR&p=true&t=&l=10&i=2>. (acesso em 19/01/2010).BRASIL. 2008 (a). Ministério da Saúde. Portaria nº. 1707, de 18 de agosto de 2008. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Processo Transexualizador. Diário Oficial da União 19 ago 2008; Seção 1.BRASIL. 2008 (b). Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº. 457, de 19 de agosto de 2008. Regulamenta o Processo Transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União 20 ago 2008; Seção 1.BRASIL. 1990. Presidência da República. Lei nº. 8080, de 19 de setembro de 1990 (SUS). Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.BRASIL. 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em http:// www.amperj.org.br/store/legislacao/ constituicao/crfb.pdf (acesso em 03/07/2009).BRASIL. 1973. Presidência da República. Lei nº. 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/Leis/L6015.htm>. (acesso em 10/11/2009)CASTEL, P-H. 2006. Transsexualisme. Disponível em http://pierrehenri.castel.free.fr./Articles/transsexualisme.htm. 2006. (acesso em 21/12/2006).CASTEL, P-H. 2005. Transsexualisme. Disponível em .http://pierrehenri.castel.free.fr/Articles/ transexualisme.htm. 2005. (acesso em 16/6/2005).CASTEL, P-H. 2003. La métamorphose impensable. Essai sur lê transsexualisme et l’ identité personnelle. Galimard, Paris.CASTEL, P-H. 2001. “Algumas reflexões para estabelecer a cronologia do ‘fenômeno transexual’ (1910-1995)”, in Revista Brasileira de História 21/41. Disponível em http://www.scielo.br (acesso em 13/6/2005).CORRÊA, S. 2009. O percurso global dos direitos sexuais: Entre ‘margens’ e ‘centros’. No prelo.DELEUZE, G. 1962. Nietzsche et la philosophie. Minuit, Paris.FRANÇA, R. Limongi (Coord.) 1977. Enciclopédia Saraiva do Direito, v. 14. Saraiva, São Paulo.GUIMARÃES, A. 2010. “Existem ‘dilemas morais’ no trabalho da enfermagem com populações transexuais e travestis”? Apresentação oral no 13º CBCENF (Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem), Natal (RN).GUIMARÃES, A. 2009. A Bioética da Proteção e a População Transexual Feminina. Dissertação de Mestrado. Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).de necessidades e especificidades dessas populações: reflexões à luz da Bioética. Comunicação Oral apresentada no Congresso Fazendo Gênero 9, Florianópolis.GUIMARÃES, A., SCHRAMM, F.R. 2009. A Bioética de proteção stricto sensu e o direito à requalificação civil da população transexual feminina. Comunicação Oral apresentada no VIII Congresso Brasileiro de Bioética, Búzios.HOTTOIS, G. 2001. “Transsexualisme”, in Nouvelle encyclopédie de bioéthique (org. HOTTOIS G. & MISSA J-N). De Boeck, Bruxelles.KOTTOW, M. 2007. Ética de protección: una propuesta de protección bioética. Universidad Nacional de Colombia, Bogotá.KOTTOW, M. 2005. Introducción a la bioética. Mediterráneo, Santiago.KULICK, D. 2008. Travesti. Prostituição, sexo, gênero e cultura no Brasil. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro.PAIVA LAS. 2009. A transexualidade no passado e o caso Roberta Close. In Vieira, Tereza Rodrigues et al. Identidade Sexual e Transexualidade. Roca, São Paulo.RODOTÀ, S. 2005. “Nuovi diritti. L’ età dei diritti”. Disponível em http://www.cgil.it/org. diritti/bioetica/bobbio.htm. (acessado em 16/6/2005).SCHRAMM, F.R. 2005. “Bioética da proteção: !"#$%$&'#$(')*)%$+',$-'-*"./)$+)0'#12")3+"'$4") de Filosofia, Saúde e Cultura, 1. Papel Virtual Editora, Rio de Janeiro, pp. 121-130.SCHRAMM, F.R., BARBOZA, H.H., GUIMARÃES, A. 2010. O processo transexualizador no SUS como paradoxo entre o reconhecimento da existência da pessoa transexual e a sua invisibilidade Institucional. Curitiba, Comunicação Oral apresentada no VIII Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero.SCHRAMM, F.R., BARBOZA, H.H., GUIMARÃES, A. 2010. O processo transexualizador no SUS como paradoxo entre o reconhecimento da existência da pessoa transexual e a sua invisibilidade Institucional. Curitiba, Comunicação Oral apresentada no VIII Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero.BioéticaSUSTransexualidadeProcesso TransexualizadorGêneroBioethicsSUSTranssexualitySex ChangeGenderBioéticaSUSTransexualidadCambio de SexoGéneroTransexualismoBioéticaSistema Único de SaúdeA Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicosThe morality of transsexuality: bioethical and juridical aspectsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALrevista3.pdfrevista3.pdfapplication/pdf105513https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/1/revista3.pdf3f5db0dbb24e1452a603b11e0c545ad1MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81648https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/2/license.txte095249ac7cacefbfe39684dfe45e706MD52TEXTrevista3.pdf.txtrevista3.pdf.txtExtracted texttext/plain46463https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/5/revista3.pdf.txtb94d0683efb014267ffd2378a73ff2d4MD55THUMBNAILrevista3.pdf.jpgrevista3.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1723https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/4/revista3.pdf.jpg2df2029ff4e2f917ddc6bf87e923ab4aMD54icict/27782023-01-13 10:23:52.272oai:www.arca.fiocruz.br:icict/2778Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKQnkgc2lnbmluZyBhbmQgc3VibWl0dGluZyB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIHlvdSAodGhlIGF1dGhvcihzKSBvciBjb3B5cmlnaHQKb3duZXIpIGdyYW50cyB0byBEU3BhY2UgVW5pdmVyc2l0eSAoRFNVKSB0aGUgbm9uLWV4Y2x1c2l2ZSByaWdodCB0byByZXByb2R1Y2UsCnRyYW5zbGF0ZSAoYXMgZGVmaW5lZCBiZWxvdyksIGFuZC9vciBkaXN0cmlidXRlIHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiAoaW5jbHVkaW5nCnRoZSBhYnN0cmFjdCkgd29ybGR3aWRlIGluIHByaW50IGFuZCBlbGVjdHJvbmljIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bSwKaW5jbHVkaW5nIGJ1dCBub3QgbGltaXRlZCB0byBhdWRpbyBvciB2aWRlby4KCllvdSBhZ3JlZSB0aGF0IERTVSBtYXksIHdpdGhvdXQgY2hhbmdpbmcgdGhlIGNvbnRlbnQsIHRyYW5zbGF0ZSB0aGUKc3VibWlzc2lvbiB0byBhbnkgbWVkaXVtIG9yIGZvcm1hdCBmb3IgdGhlIHB1cnBvc2Ugb2YgcHJlc2VydmF0aW9uLgoKWW91IGFsc28gYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5IGtlZXAgbW9yZSB0aGFuIG9uZSBjb3B5IG9mIHRoaXMgc3VibWlzc2lvbiBmb3IKcHVycG9zZXMgb2Ygc2VjdXJpdHksIGJhY2stdXAgYW5kIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB0aGUgc3VibWlzc2lvbiBpcyB5b3VyIG9yaWdpbmFsIHdvcmssIGFuZCB0aGF0IHlvdSBoYXZlCnRoZSByaWdodCB0byBncmFudCB0aGUgcmlnaHRzIGNvbnRhaW5lZCBpbiB0aGlzIGxpY2Vuc2UuIFlvdSBhbHNvIHJlcHJlc2VudAp0aGF0IHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiBkb2VzIG5vdCwgdG8gdGhlIGJlc3Qgb2YgeW91ciBrbm93bGVkZ2UsIGluZnJpbmdlIHVwb24KYW55b25lJ3MgY29weXJpZ2h0LgoKSWYgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgZm9yIHdoaWNoIHlvdSBkbyBub3QgaG9sZCBjb3B5cmlnaHQsCnlvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZSBvYnRhaW5lZCB0aGUgdW5yZXN0cmljdGVkIHBlcm1pc3Npb24gb2YgdGhlCmNvcHlyaWdodCBvd25lciB0byBncmFudCBEU1UgdGhlIHJpZ2h0cyByZXF1aXJlZCBieSB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIGFuZCB0aGF0CnN1Y2ggdGhpcmQtcGFydHkgb3duZWQgbWF0ZXJpYWwgaXMgY2xlYXJseSBpZGVudGlmaWVkIGFuZCBhY2tub3dsZWRnZWQKd2l0aGluIHRoZSB0ZXh0IG9yIGNvbnRlbnQgb2YgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24uCgpJRiBUSEUgU1VCTUlTU0lPTiBJUyBCQVNFRCBVUE9OIFdPUksgVEhBVCBIQVMgQkVFTiBTUE9OU09SRUQgT1IgU1VQUE9SVEVECkJZIEFOIEFHRU5DWSBPUiBPUkdBTklaQVRJT04gT1RIRVIgVEhBTiBEU1UsIFlPVSBSRVBSRVNFTlQgVEhBVCBZT1UgSEFWRQpGVUxGSUxMRUQgQU5ZIFJJR0hUIE9GIFJFVklFVyBPUiBPVEhFUiBPQkxJR0FUSU9OUyBSRVFVSVJFRCBCWSBTVUNICkNPTlRSQUNUIE9SIEFHUkVFTUVOVC4KCkRTVSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgeW91ciBuYW1lKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3Iocykgb3Igb3duZXIocykgb2YgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24sIGFuZCB3aWxsIG5vdCBtYWtlIGFueSBhbHRlcmF0aW9uLCBvdGhlciB0aGFuIGFzIGFsbG93ZWQgYnkgdGhpcwpsaWNlbnNlLCB0byB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-13T13:23:52Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
The morality of transsexuality: bioethical and juridical aspects
title A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
spellingShingle A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
Schramm, Fermin Roland
Bioética
SUS
Transexualidade
Processo Transexualizador
Gênero
Bioethics
SUS
Transsexuality
Sex Change
Gender
Bioética
SUS
Transexualidad
Cambio de Sexo
Género
Transexualismo
Bioética
Sistema Único de Saúde
title_short A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
title_full A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
title_fullStr A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
title_full_unstemmed A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
title_sort A Moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos
author Schramm, Fermin Roland
author_facet Schramm, Fermin Roland
Barboza, Heloisa Helena
Guimarães, Anibal
author_role author
author2 Barboza, Heloisa Helena
Guimarães, Anibal
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Schramm, Fermin Roland
Barboza, Heloisa Helena
Guimarães, Anibal
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bioética
SUS
Transexualidade
Processo Transexualizador
Gênero
topic Bioética
SUS
Transexualidade
Processo Transexualizador
Gênero
Bioethics
SUS
Transsexuality
Sex Change
Gender
Bioética
SUS
Transexualidad
Cambio de Sexo
Género
Transexualismo
Bioética
Sistema Único de Saúde
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Bioethics
SUS
Transsexuality
Sex Change
Gender
dc.subject.es.pt_BR.fl_str_mv Bioética
SUS
Transexualidad
Cambio de Sexo
Género
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Transexualismo
Bioética
Sistema Único de Saúde
description À luz da bioética, analisamos neste artigo algumas questões morais e jurídicas relacionadas ao chamado “fenômeno da transexualidade”, em especial, a proposta terapêutica do chamado Processo Transexualizador (PrTr) - conjunto de procedimentos médicos para a redesignação sexual da pessoa transexual. Sobretudo, investigamos se o PrTr – política pública de saúde que visa a reduzir o sofrimento psíquico e físico da pessoa transexual - pode verdadeiramente contribuir para a reversão de sua discriminação e exclusão social. Não obstante os bons resultados sob o ponto de vista médico que aquela transformação física representa, concluímos por sua inadequação bioética, uma vez que a autonomia da pessoa transexual em fazer, ou não, a cirurgia de transgenitalização nem sempre é juridicamente respeitada, e a sua condição transexual implica em cerceamento de seus direitos, como é o caso da não automática troca de nome e de sexo (requalificação civil), indispensável para seu bem estar psíquico e social.
publishDate 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2011-07-27T12:44:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2011-07-27T12:44:05Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SCHRAMM, Fermin Roland; BARBOZA, Heloisa Helena; GUIMARÃES, Anibal. A moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos. Revista Redbioética/UNESCO, año 2, v. 1, n. 3, p. 66-77, enero/jun. 2011.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2778
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 2077-9445
identifier_str_mv SCHRAMM, Fermin Roland; BARBOZA, Heloisa Helena; GUIMARÃES, Anibal. A moralidade da transexualidade: aspectos bioéticos e jurídicos. Revista Redbioética/UNESCO, año 2, v. 1, n. 3, p. 66-77, enero/jun. 2011.
2077-9445
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2778
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.isbasedon.none.fl_str_mv ATLAN, H. 2006. O Útero Artificial. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro.
BARBOZA, H.H. 2010. Procedimentos para redesignação sexual: um processo bioeticamente inadequado”. Tese de Doutorado. Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).
BENJAMIN, H. 1966. The Transsexual Phenomenon. Julian Press, New York.
BENTO, B. 2006. A reinvenção do corpo. Sexualidade e gênero na experiência transexual. Garamond, Rio de Janeiro.
BRASIL. 2009. Superior Tribunal de Justiça. Terceira Turma. Recurso Especial n. 1008398-SP, Relatora Min. Nancy Andrighi, Brasília, DF, 15 de outubro de 2009. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/ SCON/jurisprudencia/doc.jsp?livre=trans exual&&b=ACOR&p=true&t=&l=10&i=2>. (acesso em 19/01/2010).
BRASIL. 2008 (a). Ministério da Saúde. Portaria nº. 1707, de 18 de agosto de 2008. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Processo Transexualizador. Diário Oficial da União 19 ago 2008; Seção 1.
BRASIL. 2008 (b). Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº. 457, de 19 de agosto de 2008. Regulamenta o Processo Transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União 20 ago 2008; Seção 1.
BRASIL. 1990. Presidência da República. Lei nº. 8080, de 19 de setembro de 1990 (SUS). Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
BRASIL. 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em http:// www.amperj.org.br/store/legislacao/ constituicao/crfb.pdf (acesso em 03/07/2009).
BRASIL. 1973. Presidência da República. Lei nº. 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/Leis/L6015.htm>. (acesso em 10/11/2009)
CASTEL, P-H. 2006. Transsexualisme. Disponível em http://pierrehenri.castel.free.fr./Articles/transsexualisme.htm. 2006. (acesso em 21/12/2006).
CASTEL, P-H. 2005. Transsexualisme. Disponível em .http://pierrehenri.castel.free.fr/Articles/ transexualisme.htm. 2005. (acesso em 16/6/2005).
CASTEL, P-H. 2003. La métamorphose impensable. Essai sur lê transsexualisme et l’ identité personnelle. Galimard, Paris.
CASTEL, P-H. 2001. “Algumas reflexões para estabelecer a cronologia do ‘fenômeno transexual’ (1910-1995)”, in Revista Brasileira de História 21/41. Disponível em http://www.scielo.br (acesso em 13/6/2005).
CORRÊA, S. 2009. O percurso global dos direitos sexuais: Entre ‘margens’ e ‘centros’. No prelo.
DELEUZE, G. 1962. Nietzsche et la philosophie. Minuit, Paris.
FRANÇA, R. Limongi (Coord.) 1977. Enciclopédia Saraiva do Direito, v. 14. Saraiva, São Paulo.
GUIMARÃES, A. 2010. “Existem ‘dilemas morais’ no trabalho da enfermagem com populações transexuais e travestis”? Apresentação oral no 13º CBCENF (Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem), Natal (RN).
GUIMARÃES, A. 2009. A Bioética da Proteção e a População Transexual Feminina. Dissertação de Mestrado. Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz).
de necessidades e especificidades dessas populações: reflexões à luz da Bioética. Comunicação Oral apresentada no Congresso Fazendo Gênero 9, Florianópolis.
GUIMARÃES, A., SCHRAMM, F.R. 2009. A Bioética de proteção stricto sensu e o direito à requalificação civil da população transexual feminina. Comunicação Oral apresentada no VIII Congresso Brasileiro de Bioética, Búzios.
HOTTOIS, G. 2001. “Transsexualisme”, in Nouvelle encyclopédie de bioéthique (org. HOTTOIS G. & MISSA J-N). De Boeck, Bruxelles.
KOTTOW, M. 2007. Ética de protección: una propuesta de protección bioética. Universidad Nacional de Colombia, Bogotá.
KOTTOW, M. 2005. Introducción a la bioética. Mediterráneo, Santiago.
KULICK, D. 2008. Travesti. Prostituição, sexo, gênero e cultura no Brasil. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro.
PAIVA LAS. 2009. A transexualidade no passado e o caso Roberta Close. In Vieira, Tereza Rodrigues et al. Identidade Sexual e Transexualidade. Roca, São Paulo.
RODOTÀ, S. 2005. “Nuovi diritti. L’ età dei diritti”. Disponível em http://www.cgil.it/org. diritti/bioetica/bobbio.htm. (acessado em 16/6/2005).
SCHRAMM, F.R. 2005. “Bioética da proteção: !"#$%$&'#$(')*)%$+',$-'-*"./)$+)0'#12")3+"'$4") de Filosofia, Saúde e Cultura, 1. Papel Virtual Editora, Rio de Janeiro, pp. 121-130.
SCHRAMM, F.R., BARBOZA, H.H., GUIMARÃES, A. 2010. O processo transexualizador no SUS como paradoxo entre o reconhecimento da existência da pessoa transexual e a sua invisibilidade Institucional. Curitiba, Comunicação Oral apresentada no VIII Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero.
SCHRAMM, F.R., BARBOZA, H.H., GUIMARÃES, A. 2010. O processo transexualizador no SUS como paradoxo entre o reconhecimento da existência da pessoa transexual e a sua invisibilidade Institucional. Curitiba, Comunicação Oral apresentada no VIII Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/1/revista3.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/2/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/5/revista3.pdf.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2778/4/revista3.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 3f5db0dbb24e1452a603b11e0c545ad1
e095249ac7cacefbfe39684dfe45e706
b94d0683efb014267ffd2378a73ff2d4
2df2029ff4e2f917ddc6bf87e923ab4a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324777586262016