Atendimentos por lesões autoprovocadas na atenção pré-hospitalar
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38079 |
Resumo: | As lesões autoprovocadas, incluindo as tentativas de suicídio, configuram-se como urgências/emergências médicas e foram responsáveis, em 2015, por 11.178 óbitos no Brasil (5,5 por 100.000 hab). A assistência pré-hospitalar tem papel fundamental no atendimento a estes casos, além de representar uma importante fonte de informação para o planejamento dos serviços de saúde e de ações preventivas. Realizar uma análise descritiva dos atendimentos por lesões autoprovocadas realizados pela assistência pré-hospitalar no município do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015. Estudo transversal utilizando dados do Sistema de Informação Pré-hospitalar do Estado do Rio de Janeiro, que é alimentado por formulários de registros sobre vítimas atendidas pelo socorro de emergência pré-hospitalar. Foram analisados dados de todos os atendimentos de indivíduos com lesões autoprovocadas realizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, através do Grupamento de Socorro de Emergência (GSE) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no município do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015. Por se tratar de uma base de dados populacional que engloba a totalidade de atendimentos, foi realizada uma análise descritiva simples e estratificada. Foram analisados dados de 3.732 atendimentos, sendo 53% do sexo feminino, 51% com idade entre 20 a 39 anos e 30% com 40 a 59 anos. O principal método utilizado foi o envenenamento ou intoxicação (61%, sendo 71% entre mulheres e 51% entre homens), seguido de precipitação de local elevado (16%). Dentre as mulheres, 83% dos atendimentos foram realizados no domicílio e 11% em via pública. Para indivíduos do sexo masculino estas proporções foram de 72% e 18% respectivamente. Foram a óbito 426 indivíduos (11%), sendo 17% entre os homens e 7% entre as mulheres. Destes, cerca de 88% foram a óbito antes da chegada do socorro. A proporção de óbitos atingiu 26% entre os maiores de 60 anos. A análise dos dados da assistência pré-hospitalar pode subsidiar políticas públicas voltadas para a prevenção e assistência ao suicídio, pois permite traçar um panorama das tentativas que não obtiveram êxito letal, que neste estudo, excetuando os óbitos ocorridos no hospital, representaram 88,6% dos casos. Neste mesmo período e município, o Sistema de Informação Hospitalar registrou apenas 256 internações por lesões autoprovocadas. |
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Realizar uma análise descritiva dos atendimentos por lesões autoprovocadas realizados pela assistência pré-hospitalar no município do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015. Estudo transversal utilizando dados do Sistema de Informação Pré-hospitalar do Estado do Rio de Janeiro, que é alimentado por formulários de registros sobre vítimas atendidas pelo socorro de emergência pré-hospitalar. Foram analisados dados de todos os atendimentos de indivíduos com lesões autoprovocadas realizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, através do Grupamento de Socorro de Emergência (GSE) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no município do Rio de Janeiro entre 2012 e 2015. Por se tratar de uma base de dados populacional que engloba a totalidade de atendimentos, foi realizada uma análise descritiva simples e estratificada. Foram analisados dados de 3.732 atendimentos, sendo 53% do sexo feminino, 51% com idade entre 20 a 39 anos e 30% com 40 a 59 anos. O principal método utilizado foi o envenenamento ou intoxicação (61%, sendo 71% entre mulheres e 51% entre homens), seguido de precipitação de local elevado (16%). Dentre as mulheres, 83% dos atendimentos foram realizados no domicílio e 11% em via pública. Para indivíduos do sexo masculino estas proporções foram de 72% e 18% respectivamente. Foram a óbito 426 indivíduos (11%), sendo 17% entre os homens e 7% entre as mulheres. Destes, cerca de 88% foram a óbito antes da chegada do socorro. A proporção de óbitos atingiu 26% entre os maiores de 60 anos. A análise dos dados da assistência pré-hospitalar pode subsidiar políticas públicas voltadas para a prevenção e assistência ao suicídio, pois permite traçar um panorama das tentativas que não obtiveram êxito letal, que neste estudo, excetuando os óbitos ocorridos no hospital, representaram 88,6% dos casos. Neste mesmo período e município, o Sistema de Informação Hospitalar registrou apenas 256 internações por lesões autoprovocadas.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porABRASCOLesões autoprovocadasTentativas de suicídioEmergências médicasAssistência pré-hospitalarServiços de saúdeAções preventivasAtendimentos por lesões autoprovocadas na atenção pré-hospitalarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2018Rio de Janeiro/RJ12° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva: fortalecer o SUS, os direitos e a democraciaCongressoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38079/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALCelio_Ribeiro.pdfapplication/pdf1072767https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38079/2/Celio_Ribeiro.pdfee6e2dd207f23cf32d91a2f40cf2b767MD52TEXTCelio_Ribeiro.pdf.txtCelio_Ribeiro.pdf.txtExtracted texttext/plain2https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38079/3/Celio_Ribeiro.pdf.txte1c06d85ae7b8b032bef47e42e4c08f9MD53icict/380792023-01-17 10:56:22.144oai:www.arca.fiocruz.br:icict/38079Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T13:56:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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