Parasitismo intestinal em pré-escolares no município de Teresina, Piauí: estudo transversal em creches públicas no período de novembro de 2017 a junho de 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Jurecir da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34580
Resumo: A ocorrência de enteroparasitoses constitui um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo, principalmente em países em desenvolvimento onde a implantação de infraestruturas não acompanha o crescimento urbano, respondendo por um alto índice de morbidade e mortalidade, principalmente em crianças. Sendo assim, objetivou-se com esta pesquisa estimar a prevalência de parasitoses intestinais em pré-escolares de três Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) do município de Teresina/PI, estabelecer possíveis correlações entre parasitoses e as condições socioambientais de modo a sensibilizar a comunidade escolar para a prevenção dessas enfermidades e incentivar mudança de hábitos de higiene através de ações em educação e saúde. No período de novembro de 2017 a junho de 2018 foram analisadas 211 amostras fecais de escolares das referidas unidades de ensino, com idades entre três e seis anos, utilizando-se o método de Hoffman, Pons, Janer ou Lutz, método de Ritchie e método de Sheather, para cada teste foram confeccionadas duas lâminas e observadas nas objetivas de 10x e 40x. A taxa geral de prevalência de parasitoses foi de 110/211 (52,1%). Sendo 105/110 (95,46%) casos de protozooses, 4/110 (3,64%) de helmintíases e 1/110 (0,90%) de associação de protozoários com helminto. A taxa de monoparasitismo foi de (51,8%) 57/110 e de poliparasitismo de 53/110 (48,2%). As crianças cujos pais ou responsáveis não concluíram o Ensino Fundamental e vivem com renda até um salário mínimo tiveram os maiores índices de enteroparasitoses 78/110 (82,1%) e 106/110 (96,36%). Na correlação de Pearson possuir fossa sépticas (r= 0,948), animais domésticos (r=0,966) na residência e não lavar as mãos após ir ao banheiro (r=0,963) está diretamente relacionado com a prevalência de parasitismo Ficou evidenciada uma relação direta entre as precárias condições educacionais e socioeconômicas das populações analisadas e a frequência das enteroparasitoses infantis. As atividades educativas contaram com a participação de 587 pessoas, dentre as quais 285 crianças. Foi ministrado medicamentos antiparasitários para as crianças com positividade para algum tipo de parasitose intestinal segundo a prescrição médica. Além do tratamento, foram desenvolvidas atividades lúdicas com as crianças e adultos visando a prevenção de reinfecções. O trabalho conclui que: i) a prevalência das parasitoses em pré-escolares nas creches estudadas na cidade de Teresina é elevada, ii) entre as parasitoses intestinais, há nítido predomínio das infecções causadas por protozoários, iii) a prevalência das geo-helmintíases na população estudada foi baixa, fato que pode estar associado ao uso regular de medicação anti-helmíntica, iv) a giardíase teve a maior taxa de infecção nos pré-escolares estudados, podendo ser considerada a principal parasitose intestinal em crianças nas áreas urbanas e rurais da cidade, v) são frequentes em populações estudadas as infecções por protozoários considerados comensais, deixando nítida a necessidade de implementação de programas governamentais que revertam as condições higiênico-sanitárias, culturais inadequadas e socioeconômicas, além de intensificação nas ações de educação em saúde, visando melhorar os hábitos de higiene de crianças e familiares.
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Sendo assim, objetivou-se com esta pesquisa estimar a prevalência de parasitoses intestinais em pré-escolares de três Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) do município de Teresina/PI, estabelecer possíveis correlações entre parasitoses e as condições socioambientais de modo a sensibilizar a comunidade escolar para a prevenção dessas enfermidades e incentivar mudança de hábitos de higiene através de ações em educação e saúde. No período de novembro de 2017 a junho de 2018 foram analisadas 211 amostras fecais de escolares das referidas unidades de ensino, com idades entre três e seis anos, utilizando-se o método de Hoffman, Pons, Janer ou Lutz, método de Ritchie e método de Sheather, para cada teste foram confeccionadas duas lâminas e observadas nas objetivas de 10x e 40x. A taxa geral de prevalência de parasitoses foi de 110/211 (52,1%). Sendo 105/110 (95,46%) casos de protozooses, 4/110 (3,64%) de helmintíases e 1/110 (0,90%) de associação de protozoários com helminto. 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Além do tratamento, foram desenvolvidas atividades lúdicas com as crianças e adultos visando a prevenção de reinfecções. O trabalho conclui que: i) a prevalência das parasitoses em pré-escolares nas creches estudadas na cidade de Teresina é elevada, ii) entre as parasitoses intestinais, há nítido predomínio das infecções causadas por protozoários, iii) a prevalência das geo-helmintíases na população estudada foi baixa, fato que pode estar associado ao uso regular de medicação anti-helmíntica, iv) a giardíase teve a maior taxa de infecção nos pré-escolares estudados, podendo ser considerada a principal parasitose intestinal em crianças nas áreas urbanas e rurais da cidade, v) são frequentes em populações estudadas as infecções por protozoários considerados comensais, deixando nítida a necessidade de implementação de programas governamentais que revertam as condições higiênico-sanitárias, culturais inadequadas e socioeconômicas, além de intensificação nas ações de educação em saúde, visando melhorar os hábitos de higiene de crianças e familiares.The occurrence of intestinal parasitosis constitutes a serious public health problem in several regions of the world, especially in developing countries where infrastructure implementation does not accompany urban development, creating a high level of morbidity and mortality, mainly in children. Thus, it was aimed with this research to estimate the prevalence of intestinal parasitosis in pre-school children of three Municipal Centers of Infancy Education (MCIE) in the municipality of Teresina/PI, determine possible correlations between parasitosis and the socioenvironmental conditions to sensitize the school's community to the prevention of these infirmities and incentivize changes in hygiene habits through educative and health actions. In the period of November 2017 to June 2018 we evaluated 211 fecal samples from school children, aging 3-6 years-old, using the methods of Hoffman, Pons, Janer, or Lutz, method of Ritchie, and method of Sheather. For each test two plates were prepared and observed in 10x and 40x objectives. The general index of prevalence of parasitosis was 110/211 (52.1%), being 105/110 (95.46%) cases of protozoa, 4/110 (3.64%) of helminths, and 1/110 (0.90%) of an association of protozoa and helminths. The index of mono-parasitism was 51.8% and of poliparasitism was 48.2%. Children whose parents or legal guardians did not concluded elementary school, and live with less than one minimum Brazilian wage had the highest indexes of intestinal parasitosis (82.1% and 96.36%, respectively). Through pearson correlation test we found that owning septic tanks (r=0.948), domesticated animals inside home (r=0.966) and not cleaning hands after using the toilet (r=0.963) were directly correlated with the prevalence of parasitism It was evident a direct correlation between precarious educational and socioeconomic conditions of studied populations and the frequency of intestinal parasitosis in childhood. Educational activities had an attendance of 587 people, from which 285 where children. Antiparasitic medications were ministered in children with positivity to some kind of intestinal parasitosis, following medical prescription. Ludic activities were also developed involving both children and adults looking towards the prevention of reinfections. The work concludes that: i) the prevalence of parasitosis in pre-school children in the studied schools in the city of Teresina/PI is high, ii) among the intestinal parasitosis there is a clear dominance of protozoa infection, iii) the prevalence of geo-helminthiasis in the studied population was low, what can be associated to the regular use of anti-helminthic medication, iv) giardiasis represented the higher index of infection in the pre-school children in this study, and can be considered the main intestinal parasitosis in children in the rural, and urban areas of the city, v) commensal protozoa infections are frequent in the studied population, being clear the need for the implementation of governmental programs that can revert precarious hygienic-sanitary conditions, as well as to fight inadequate cultural health habits and dim low socioeconomic condition, by strengthening health education actions involving children and their families.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEnteropatias ParasitáriasInfecçãoCriançaSaúde PúblicaEducação em SaúdeParasitismo intestinal em pré-escolares no município de Teresina, Piauí: estudo transversal em creches públicas no período de novembro de 2017 a junho de 2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. 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