Comunicação, história e vidaum mergulho na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morosini, Liseane
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12430
Resumo: Este trabalho busca descrever e analisar os produtos comunicativos da rBLH-BR e seus contextos de produção. A questão central visa a elucidar quais os principais atores do circuito comunicacional da rBLH-BR e quais são as concepções e valores que subjazem a essas práticas comunicacionais. A rede é um importante vetor no conjunto de ações da política pública de promoção, proteção e difusão do aleitamento materno, fenômeno que é cercado de mitos, medos e realidades. Mais do que um ato natural e biológico, a amamentação é influenciada pelas condições simbólicas e materiais de existência de mães que, no século XXI, se defrontam entre o entendimento do amamentar como um fardo ou desejo. Crenças do século XVIII deram sentido ou se contrapuseram às vivências do amamentar dos dias de hoje. Assim, a rBLH-BR é ressaltada no campo do aleitamento ao beneficiar bebês internados em UTIs neonatais por meio da doação de leite materno pasteurizado. Os totais de 2013 perfazem 162 mil doadoras, 182 mil bebês receptores, 179 mil litros de leite captados e 132 mil litros distribuídos. Com 328 unidades no Brasil, a rede já transferiu sua tecnologia para 23 países das Américas, África e Iberoamérica por meio de acordos de cooperação internacional. A pesquisa reconstrói os marcos históricos da rBLH-BR buscando contextualizar seu surgimento e a consolidação de suas práticas de comunicação, sendo amparada pelo referencial de autores como Araújo e Cardoso, Bakhtin, Fiorin e Zizek. Informação, comunicação e saúde se mesclam na experiência da Rblh-BR que, imersa em suas contradições e no defrontar-se com o desmame precoce e a cultura do consumo do leite, vê a concorrência discursiva da aliança da Nestlé com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A pesquisa mapeia os pontos focais da comunicação que podem dar mais visibilidade à rede: informativo, website, Canal de vídeos, sistema BLH-WEB e Fale Conosco São também apresentadas as perspectivas da identidade visual, assessoria de comunicação e campanhas de publicidade. Foi possível perceber que, mesmo respeitando a trajetória e o esforço dos profissionais envolvidos, a estrutural frágil, com foco informacional, em plataformas superadas e com desenhos e hierarquias rígidas, com discursos de cunho imperativo, há, na rede, um modelo de comunicacão amparado por dispositivos de comunicação utilizados para dar respostas pontuais às demandas imediatas. Ao mesmo tempo em que mantém este modelo informacional e, ao não investir na relação sinérgica entre as novas tecnologias de comunicação e ações diversas de comunicação e mobilização social, com o desenvolvimento de materiais centrados em contextos específicos, com ações de relacionamento, e procurando desenvolver um olhar mais focado no público receptor, a rBLH-BR deixa de ocupar um importante espaço no cenário social que, em suma, lhe é de direito, abrindo espaço para a concorrência discursiva de outros atores que fazem contraponto à luta pela doação de leite materno. O estudo conclui que as práticas de comunicação da rBLH devem ser radicalmente alteradas de modo a contemplar um novo fazer em sua comunicação que permita dar visibilidade à rede e a seu trabalho e solidificar sua atuação junto a potenciais doadoras e às redes sociais nas quais estão inseridas.
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A rede é um importante vetor no conjunto de ações da política pública de promoção, proteção e difusão do aleitamento materno, fenômeno que é cercado de mitos, medos e realidades. Mais do que um ato natural e biológico, a amamentação é influenciada pelas condições simbólicas e materiais de existência de mães que, no século XXI, se defrontam entre o entendimento do amamentar como um fardo ou desejo. Crenças do século XVIII deram sentido ou se contrapuseram às vivências do amamentar dos dias de hoje. Assim, a rBLH-BR é ressaltada no campo do aleitamento ao beneficiar bebês internados em UTIs neonatais por meio da doação de leite materno pasteurizado. Os totais de 2013 perfazem 162 mil doadoras, 182 mil bebês receptores, 179 mil litros de leite captados e 132 mil litros distribuídos. Com 328 unidades no Brasil, a rede já transferiu sua tecnologia para 23 países das Américas, África e Iberoamérica por meio de acordos de cooperação internacional. A pesquisa reconstrói os marcos históricos da rBLH-BR buscando contextualizar seu surgimento e a consolidação de suas práticas de comunicação, sendo amparada pelo referencial de autores como Araújo e Cardoso, Bakhtin, Fiorin e Zizek. Informação, comunicação e saúde se mesclam na experiência da Rblh-BR que, imersa em suas contradições e no defrontar-se com o desmame precoce e a cultura do consumo do leite, vê a concorrência discursiva da aliança da Nestlé com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A pesquisa mapeia os pontos focais da comunicação que podem dar mais visibilidade à rede: informativo, website, Canal de vídeos, sistema BLH-WEB e Fale Conosco São também apresentadas as perspectivas da identidade visual, assessoria de comunicação e campanhas de publicidade. Foi possível perceber que, mesmo respeitando a trajetória e o esforço dos profissionais envolvidos, a estrutural frágil, com foco informacional, em plataformas superadas e com desenhos e hierarquias rígidas, com discursos de cunho imperativo, há, na rede, um modelo de comunicacão amparado por dispositivos de comunicação utilizados para dar respostas pontuais às demandas imediatas. Ao mesmo tempo em que mantém este modelo informacional e, ao não investir na relação sinérgica entre as novas tecnologias de comunicação e ações diversas de comunicação e mobilização social, com o desenvolvimento de materiais centrados em contextos específicos, com ações de relacionamento, e procurando desenvolver um olhar mais focado no público receptor, a rBLH-BR deixa de ocupar um importante espaço no cenário social que, em suma, lhe é de direito, abrindo espaço para a concorrência discursiva de outros atores que fazem contraponto à luta pela doação de leite materno. O estudo conclui que as práticas de comunicação da rBLH devem ser radicalmente alteradas de modo a contemplar um novo fazer em sua comunicação que permita dar visibilidade à rede e a seu trabalho e solidificar sua atuação junto a potenciais doadoras e às redes sociais nas quais estão inseridas.This work seeks to understand the concepts that underlie the communication strategies of the Brazilian Network of Human Milk (rBLH - BR, in the Portuguese cronym) and map its information systems. The core question aims at clarifying who are the main actors in the rBLH - BR’s communication circuit, and which are the conceptions and values that underlie these communication practices. The network is an important vector in the set of actions of public policies oriented to the promotion, protection and dissemination of breastfeeding, a phenomenon surrounded by myths, fears and realities. More than a natural and biological act, breastfeeding is influenced by symbolic and material life conditions of of mothers who, in the 21st century, understand breastfeeding as a burden, a desire or an impossibility. Beliefs from the eighteenth century gave meaning or opposed breastfeeding as it is experienced today. Thus, rBLH-BR is praised in the field of lactation as it benefits babies admitted to neonatal ICUs through the donation of pasteurized breast milk. In 2013, the network reached a total of 162 thousand do nors, 182 thousand recipient babies, 179 thousand liters of milk collected, and 132 thousand liters distributed. With 328 units in Brazil, the network has already transferred its technology to 24 other countries in America, Africa and Ibero-America by means of international cooperation agreements. This study reconstructs the historical landmarks of rBLH-BR, seeking to contextualize its emergence and the consolidation of its communication practices, and is based on works by Araújo and Cardoso, Bakhtin, Fiorin and Zizek. Information, communication and health merge in the experience of Rblh-BR, which, immerse in its contradictions and in the confrontation with early weaning and the culture of milk consumption, sees the discursive competition of Nestlé’s alliance with the Brazilian Society of Pediatrics (SBP). The research maps the focal points of communication that can offer more visibility to the net, including information, video channel in You Tube and talk to us. Perspectives of visual identity, communication advice and advertising campaigns are also presented. It was possible to notice that, even respecting the background and efforts of the professionals involved, the fragile structure with an international focus in obsolete platforms and with inflexible design and hierarchy, with speeches in an imperative tone, which in essence blame women and make them responsible, the net’s model of communication is supported by communication devices used to give specific answers to immediate demands. While it maintains this informational model and at the same time does not invest in the synergetic relationship between the new communication technologies and different communication and social mobilization actions, through the development of materials centered in specific contexts and relationship actions, and trying to cast a more focused look on the recipient public, rBLH-BR fails to occupy an important space in the social scene, which, in short, it is entitled to, opening space to the discursive competition of other actors who offer a counterpoint to the effort towards breast milk donation. The study concludes that these practices must be radically changed so as to come up with a new form of communication that allows giving visibility to the net and its work, and consolidating its actions with potential donors and the networks in which they are inserted.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porComunicação e SaúdeAmamentaçãoBanco de Leite HumanoComunicação em SaúdeAleitamento MaternoBancos de LeiteLeite HumanoPesquisaComunicação, história e vidaum mergulho na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2014Pós-Graduação em Informação e Comunicação em SaúdeFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALliseane_morosini_icict_2014.pdfapplication/pdf4484082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12430/1/liseane_morosini_icict_2014.pdfcc3b595acdc6af42d14026a911cab8beMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12430/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTliseane_morosini_icict_2014.pdf.txtliseane_morosini_icict_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain492078https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12430/3/liseane_morosini_icict_2014.pdf.txtca53a21809269977732c6eef854f973dMD53icict/124302022-05-03 16:33:20.721oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12430Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-05-03T19:33:20Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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