Aplicabilidade do teste de ativação de monócitos em soros hiperimunes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Gustavo Morais da Cruz
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Silva, Ronald S., Nundes, Renata N. C.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60493
Resumo: Pirogênios são substâncias provenientes do metabolismo de microrganismos – endotoxinas em bactérias gram-negativas ou pirogênios não-endotoxina (NEPs) em bactérias gram-positivas, fungos e vírus, como o ácido lipoteicóico e lipoproteínas. A contaminação pirogênica de produtos injetáveis é um problema de saúde pública, pois causam sintomas que vão desde febre, alterações vasculares, podendo causar choque pirogênico e até o óbito. Portanto, a avaliação da contaminação pirogênica em produtos injetáveis é indispensável para garantir sua segurança para uso em humanos. Atualmente, três testes estão disponíveis para esse controle: i) Teste de Pirogênio em Coelhos (RPT); ii) Teste de Endotoxina Bacteriana (BET) ou Lisado de Amebócito do Limulus (LAL) e iii) Teste de Ativação de Monócitos (MAT). O modelo preconizado na Farmacopeia Brasileira, além do RPT, é o LAL, porém se faz necessária uma nova abordagem metodológica visto que esse ensaio identifica apenas a presença de endotoxinas, onde se evidencia uma das vantagens do MAT, sendo possível também detectar a presença de NEPs. Além disso, a Resolução Normativa CONCEA n° 45, de 22 de outubro de 2019 reconhece o MAT como método alternativo para avaliação da contaminação pirogênica em produtos injetáveis. A resolução do CONCEA estabeleceu um prazo de até 5 anos para substituição obrigatória do método in vivo (RPT), pelo método alternativo (MAT). Os soros hiperimunes são produtos injetáveis e, por isso, necessitam de uma avaliação da qualidade contra pirogênios e, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) sendo o laboratório de referência nacional para o controle da qualidade de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária, recebe e avalia esses produtos. A metodologia a ser utilizada se baseia na propriedade do MAT em detectar e quantificar contaminantes presentes em produtos injetáveis que ao entrar em contato com receptores das células monocíticas induzem a liberação de citocinas que são então mensuradas, gerando uma medição indireta, com dados expressos em Unidades Equivalentes de Endotoxina (UEE/mL). O objetivo do estudo é realizar o MAT nos soros antiaracnídico, antidiftérico, antibotulínico e antilonômico realizados no INCQS entre os anos de 2021 e 2023. Em seguida será realizada a comparação com os resultados obtidos no RPT para dar mais robustez de dados para credenciar o MAT como método oficial para avaliação de pirogênio em soros hiperimunes no INCQS.
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Portanto, a avaliação da contaminação pirogênica em produtos injetáveis é indispensável para garantir sua segurança para uso em humanos. Atualmente, três testes estão disponíveis para esse controle: i) Teste de Pirogênio em Coelhos (RPT); ii) Teste de Endotoxina Bacteriana (BET) ou Lisado de Amebócito do Limulus (LAL) e iii) Teste de Ativação de Monócitos (MAT). O modelo preconizado na Farmacopeia Brasileira, além do RPT, é o LAL, porém se faz necessária uma nova abordagem metodológica visto que esse ensaio identifica apenas a presença de endotoxinas, onde se evidencia uma das vantagens do MAT, sendo possível também detectar a presença de NEPs. Além disso, a Resolução Normativa CONCEA n° 45, de 22 de outubro de 2019 reconhece o MAT como método alternativo para avaliação da contaminação pirogênica em produtos injetáveis. A resolução do CONCEA estabeleceu um prazo de até 5 anos para substituição obrigatória do método in vivo (RPT), pelo método alternativo (MAT). Os soros hiperimunes são produtos injetáveis e, por isso, necessitam de uma avaliação da qualidade contra pirogênios e, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) sendo o laboratório de referência nacional para o controle da qualidade de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária, recebe e avalia esses produtos. A metodologia a ser utilizada se baseia na propriedade do MAT em detectar e quantificar contaminantes presentes em produtos injetáveis que ao entrar em contato com receptores das células monocíticas induzem a liberação de citocinas que são então mensuradas, gerando uma medição indireta, com dados expressos em Unidades Equivalentes de Endotoxina (UEE/mL). O objetivo do estudo é realizar o MAT nos soros antiaracnídico, antidiftérico, antibotulínico e antilonômico realizados no INCQS entre os anos de 2021 e 2023. Em seguida será realizada a comparação com os resultados obtidos no RPT para dar mais robustez de dados para credenciar o MAT como método oficial para avaliação de pirogênio em soros hiperimunes no INCQS.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. 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