Morbidade hospitalar no primeiro ano de vida em uma coorte de nascimentos indígenas Guarani em aldeias de São Paulo - SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, Yasmin Nascimento
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Tavares, Felipe Guimarães, Barreto, Carla Tatiana Garcia, Duarte, Márcia Cristina da Luz, Pantoja, Lídia de Nazaré, Leite, Iuri da Costa, Siqueira, Marilda Agudo Mendonça Teixeira de, Cardoso, Andrey Moreira
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38478
Resumo: Análises sobre hospitalizações são relevantes para compreender a situação de saúde de uma população, subsidiando o planejamento da assistência, com vistas a prevenir doenças que resultam em óbito infantil. Embora raras nos indígenas do Brasil, em parte pela carência de fontes de dados, tais análises evidenciam predomínio de internações infantis por condições sensíveis à atenção primária. Descrever a morbidade hospitalar no primeiro ano de vida em uma coorte de nascimentos indígenas Guarani em aldeias de São Paulo – SP. Este estudo restringe-se a um recorte populacional da coorte de nascimentos da etnia Guarani conduzida no Sul e Sudeste do Brasil entre 2014 e 2017. Todas as crianças nascidas vivas (NV) em três aldeias de São Paulo (Krukutu, Tenondé Porã e Jaraguá) no período de 01/06/2014 a 31/05/2016 foram recrutadas e seguidas regularmente durante o primeiro ano de vida a fim de captar todas as hospitalizações. Esta etapa foi realizada por meio de notificação mensal das equipes de saúde indígena, busca ativa hospitalar e revisão dos prontuários e registros ambulatoriais. Foram estimadas taxas de hospitalização geral e específicas por causas. As análises estatísticas foram realizadas no programa R. Verificou-se ao menos uma hospitalização durante o primeiro ano de vida em 59 (50,4%) dos 112 NV recrutados. O número de internações variou de 1 a 8 por criança. Ocorreram 116 hospitalizações, 53,4% delas no sexo masculino. A mediana de idade na internação foi de 183 dias (~6 meses). A taxa global de hospitalização foi de 1,09/criança-ano (c-a). As infecções respiratórias agudas (IRA) responderam por 79,3% (92/116) das internações, sendo a taxa de hospitalização específica por IRA de 0,86/c-a, 21 vezes maior que a taxa por diarreia (0,04/c-a); as demais causas foram perinatais. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 8,5 dias. Durante o estudo foram registrados 4 óbitos e 5 migrações. A hospitalização infantil Guarani em São Paulo permanece elevada em comparação a estudos anteriores na etnia. As IRA, consideradas condições sensíveis à atenção primária, se perpetuam como a principal causa de hospitalização. Tais resultados suscitam o planejamento de intervenções na atenção básica, a fim de propiciar a detecção precoce e o manejo satisfatório das IRA em nível ambulatorial, bem como ações de promoção da saúde infantil indígena.
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Embora raras nos indígenas do Brasil, em parte pela carência de fontes de dados, tais análises evidenciam predomínio de internações infantis por condições sensíveis à atenção primária. Descrever a morbidade hospitalar no primeiro ano de vida em uma coorte de nascimentos indígenas Guarani em aldeias de São Paulo – SP. Este estudo restringe-se a um recorte populacional da coorte de nascimentos da etnia Guarani conduzida no Sul e Sudeste do Brasil entre 2014 e 2017. Todas as crianças nascidas vivas (NV) em três aldeias de São Paulo (Krukutu, Tenondé Porã e Jaraguá) no período de 01/06/2014 a 31/05/2016 foram recrutadas e seguidas regularmente durante o primeiro ano de vida a fim de captar todas as hospitalizações. Esta etapa foi realizada por meio de notificação mensal das equipes de saúde indígena, busca ativa hospitalar e revisão dos prontuários e registros ambulatoriais. Foram estimadas taxas de hospitalização geral e específicas por causas. As análises estatísticas foram realizadas no programa R. Verificou-se ao menos uma hospitalização durante o primeiro ano de vida em 59 (50,4%) dos 112 NV recrutados. O número de internações variou de 1 a 8 por criança. Ocorreram 116 hospitalizações, 53,4% delas no sexo masculino. A mediana de idade na internação foi de 183 dias (~6 meses). A taxa global de hospitalização foi de 1,09/criança-ano (c-a). As infecções respiratórias agudas (IRA) responderam por 79,3% (92/116) das internações, sendo a taxa de hospitalização específica por IRA de 0,86/c-a, 21 vezes maior que a taxa por diarreia (0,04/c-a); as demais causas foram perinatais. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 8,5 dias. Durante o estudo foram registrados 4 óbitos e 5 migrações. A hospitalização infantil Guarani em São Paulo permanece elevada em comparação a estudos anteriores na etnia. As IRA, consideradas condições sensíveis à atenção primária, se perpetuam como a principal causa de hospitalização. Tais resultados suscitam o planejamento de intervenções na atenção básica, a fim de propiciar a detecção precoce e o manejo satisfatório das IRA em nível ambulatorial, bem como ações de promoção da saúde infantil indígena.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Ciências da Saúde. Instituto de Biologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. 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