Avaliação das ações de controle da esquistossomose nas Equipes de Saúde da Família em municípios endêmicos de Pernambuco
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Data de Publicação: | 2018 |
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Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38099 |
Resumo: | O SUS prevê que o controle municipal da esquistossomose seja descentralizado e integrado às Equipes de Saúde da Família (EqSF), condição necessária para abordar de maneira efetiva doenças multicausais. No Brasil, Pernambuco possui o maior grau de endemicidade para a esquistossomose. Nesse contexto, faz-se necessário avaliar que fatores influenciam a adesão dos municípios a essa diretriz. Analisar o grau de implantação do Programa de Controle da Esquistossomose nas EqSF em Pernambuco, verificando a influência de fatores contextuais (políticos e estruturais) na adesão das equipes aos preceitos do processo de descentralização do SUS. Elaborou-se o modelo teórico-lógico do programa que explicitou a relação (contexto versus grau de implantação) abordada. Montaram-se matrizes de indicadores a partir das quais se elaboraram questionários estruturados que foram validados e aplicados aos profissionais das equipes de saúde da família de 23 municípios endêmicos, selecionados aleatoriamente. Atribuíram-se pontos de acordo com a importância de cada item das matrizes, de modo que se pôde classificar o GI do PCE em implantado (75 a 100), parcialmente implantado (50 a 74,9), incipiente (25 a 49,9) e não implantado (menos que 24,9). O Grau de Implantação do Programa de Controle de Esquistossomose atingiu 32,7 pontos (não implantado). A estrutura foi mais precariamente implantada, atingindo 21,42% (7,5 pontos), contra 38,86% (25,2 pontos) do processo. Na esfera política, influenciaram este resultado deficiências no conhecimento sobre a clínica e a epidemiologia, no planejamento integrado das ações e baixo nível de comprometimento com o controle da doença na sua área. No âmbito estrutural, fatores como a não formalização dos objetivos, incipiência da cultura gestora, centralização de decisões, clima organizacional ruim e falta de estrutura contribuíram para a não implantação das ações. Tanto o contexto político quanto o estrutural não favoreceram a implantação das ações de controle da esquistossomose nas EqSF em Pernambuco, esclarecendo a dificuldade dos atores em aplicar os princípios da descentralização. Emerge destas conclusões a necessidade de se repensar o controle da esquistossomose, levando em conta características históricas basilares que influenciam o comportamento dos atores implementadores. |
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Santana, Kathrein DavidQuinino, Louisiana Regadas MacedoMelo, Mariana Izabel Sena Barreto deBezerra, Thays de MeloSouza, Isis Catharine de MeloSantos Filho, Enildo José dosMachado, Rafaella Miranda2019-12-17T11:49:56Z2019-12-17T11:49:56Z2018SANTANA, Kathrein David et al. Avaliação das ações de controle da esquistossomose nas Equipes de Saúde da Família em municípios endêmicos de Pernambuco. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.978-85-85740-10-8https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38099O SUS prevê que o controle municipal da esquistossomose seja descentralizado e integrado às Equipes de Saúde da Família (EqSF), condição necessária para abordar de maneira efetiva doenças multicausais. No Brasil, Pernambuco possui o maior grau de endemicidade para a esquistossomose. Nesse contexto, faz-se necessário avaliar que fatores influenciam a adesão dos municípios a essa diretriz. Analisar o grau de implantação do Programa de Controle da Esquistossomose nas EqSF em Pernambuco, verificando a influência de fatores contextuais (políticos e estruturais) na adesão das equipes aos preceitos do processo de descentralização do SUS. Elaborou-se o modelo teórico-lógico do programa que explicitou a relação (contexto versus grau de implantação) abordada. Montaram-se matrizes de indicadores a partir das quais se elaboraram questionários estruturados que foram validados e aplicados aos profissionais das equipes de saúde da família de 23 municípios endêmicos, selecionados aleatoriamente. Atribuíram-se pontos de acordo com a importância de cada item das matrizes, de modo que se pôde classificar o GI do PCE em implantado (75 a 100), parcialmente implantado (50 a 74,9), incipiente (25 a 49,9) e não implantado (menos que 24,9). O Grau de Implantação do Programa de Controle de Esquistossomose atingiu 32,7 pontos (não implantado). A estrutura foi mais precariamente implantada, atingindo 21,42% (7,5 pontos), contra 38,86% (25,2 pontos) do processo. Na esfera política, influenciaram este resultado deficiências no conhecimento sobre a clínica e a epidemiologia, no planejamento integrado das ações e baixo nível de comprometimento com o controle da doença na sua área. No âmbito estrutural, fatores como a não formalização dos objetivos, incipiência da cultura gestora, centralização de decisões, clima organizacional ruim e falta de estrutura contribuíram para a não implantação das ações. Tanto o contexto político quanto o estrutural não favoreceram a implantação das ações de controle da esquistossomose nas EqSF em Pernambuco, esclarecendo a dificuldade dos atores em aplicar os princípios da descentralização. Emerge destas conclusões a necessidade de se repensar o controle da esquistossomose, levando em conta características históricas basilares que influenciam o comportamento dos atores implementadores.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. 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