Mortalidade infantil no Brasil: Belíndia ou Bulgária?
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Data de Publicação: | 1997 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/661 |
Resumo: | Neste trabalho, descreve-se a evolução da mortalidade infantil no Brasil na década de 80. Diante da elevada proporção de óbitos não registrados no País, a caracterização do risco de morrer entre as crianças menores de um ano de idade é realizada por um conjunto de indicadores de saúde elaborados com base na distribuição por causa de morte e por componente etário. Por meio de uma análise estatística por componentes principais, desenvolve-se um índice sintetizador que permite expressar quantitativamente as diferentes situações de saúde nas Unidades Federadas. Através desta escala de valores, dividindo-se o território nacional em três grandes grupos, demonstra-se que a parte mais pobre persiste com padrão similar ao da Índia. Adicionalmente, a análise da mortalidade neonatal nos estados mais desenvolvidos mostra redução pouco expressiva nos coeficientes na primeira semana de vida, demonstrando-se que o padrão observado, mesmo nos estados em situação privilegiada em relação aos demais, sequer se aproxima do que ocorre no mundo desenvolvido. De maneira geral, o confronto com a experiência internacional leva a constatar que o declínio da mortalidade infantil na década de 80 foi pobre, ficando evidente que o rumo a ser seguido envolve intervenções específicas sobre ambos os componentes, o neonatal e o tardio. |
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Szwarcwald, Celia LandmannLeal, Maria do CarmoCastilho, Euclides Ayres deAndrade, Carla Lourenço Tavares de2010-08-23T16:58:36Z2010-11-04T14:19:48Z2010-08-23T16:58:36Z2010-11-04T14:19:48Z1997SZWARCWALD, Célia Landmann et al. Mortalidade infantil no Brasil: Belíndia ou Bulgária? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3 p. 503-516, jul./set. 1997.0102-311Xhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/661Neste trabalho, descreve-se a evolução da mortalidade infantil no Brasil na década de 80. Diante da elevada proporção de óbitos não registrados no País, a caracterização do risco de morrer entre as crianças menores de um ano de idade é realizada por um conjunto de indicadores de saúde elaborados com base na distribuição por causa de morte e por componente etário. Por meio de uma análise estatística por componentes principais, desenvolve-se um índice sintetizador que permite expressar quantitativamente as diferentes situações de saúde nas Unidades Federadas. Através desta escala de valores, dividindo-se o território nacional em três grandes grupos, demonstra-se que a parte mais pobre persiste com padrão similar ao da Índia. Adicionalmente, a análise da mortalidade neonatal nos estados mais desenvolvidos mostra redução pouco expressiva nos coeficientes na primeira semana de vida, demonstrando-se que o padrão observado, mesmo nos estados em situação privilegiada em relação aos demais, sequer se aproxima do que ocorre no mundo desenvolvido. De maneira geral, o confronto com a experiência internacional leva a constatar que o declínio da mortalidade infantil na década de 80 foi pobre, ficando evidente que o rumo a ser seguido envolve intervenções específicas sobre ambos os componentes, o neonatal e o tardio.In this paper, we analyze the infant mortality in Brazil in the 1980 decade. Since the completeness of death registration is very low in some regions of the country, the analysis is based on five health indicators constructed from the proportional distribution by causes of death and by age-group. Using a principal component analysis, we develop an index that expresses quantitatively the diversified conditions of mortality. Through this index, classifying the Brazilian states in three groups, it is shown that the poorest one continues to exhibit a pattern similar to India and other low income populations. Additionally, analyzing the neonatal mortality in the wealthiest group, it is found a small reduction in the first week mortality, indicating that even the favored group still remains very far from the developed world. In general, when compared to other countries, Brazil has shown a poor performance. It becomes evident the need of reestablishing strategies to improvement on both components, the neonatal and the post-neonatal mortality.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações para a Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Epidemiologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações para a Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações para a Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEscola Nacional de Saúde Pública/ Fundação Oswaldo CruzInfant MortalityNeonatal MortalityCauses of DeathHealth IndicatorsEpidemiologyMortalidade InfantilMortalidade NeonatalCausas de MorteIndicadores de SaúdeEpidemiologiaMortalidade infantil no Brasil: Belíndia ou Bulgária?Infant mortality rate in Brazil: Belgium-India or Bulgaria?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZTEXTLANDMANN_Mortalidade Infantil no BR_1997.pdf.txtLANDMANN_Mortalidade Infantil no BR_1997.pdf.txtExtracted texttext/plain51215https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/661/6/LANDMANN_Mortalidade%20Infantil%20no%20BR_1997.pdf.txtd5bee4959ab049eec76be661d77a68b6MD56ORIGINALLANDMANN_Mortalidade Infantil no BR_1997.pdfapplication/pdf155388https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/661/2/LANDMANN_Mortalidade%20Infantil%20no%20BR_1997.pdfdb6fc6df9508214ea4bafcfcecd6ea0aMD52LICENSElicense.txttext/plain1848https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/661/3/license.txt2b20807a940e243a75057601e659bd59MD53THUMBNAILLANDMANN_Mortalidade Infantil no BR_1997.pdf.jpgLANDMANN_Mortalidade Infantil no BR_1997.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1752https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/661/5/LANDMANN_Mortalidade%20Infantil%20no%20BR_1997.pdf.jpg4976c8791a528b12b4da119ab2dd3291MD55icict/6612023-08-03 09:58:11.657oai:www.arca.fiocruz.br:icict/661TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IE5hc2NpbWVudG8gTHVjaWFuZSAobG5hc2NpbWVudG9AY2ljdC5maW9jcnV6LmJyKSBvbiAyMDA4LTA1LTA1VDAxOjI4OjI0WiAoR01UKToKCk5PVEU6IFBMQUNFIFlPVVIgT1dOIExJQ0VOU0UgSEVSRQpUaGlzIHNhbXBsZSBsaWNlbnNlIGlzIHByb3ZpZGVkIGZvciBpbmZvcm1hdGlvbmFsIHB1cnBvc2VzIG9ubHkuCgpOT04tRVhDTFVTSVZFIERJU1RSSUJVVElPTiBMSUNFTlNFCgpCeSBzaWduaW5nIGFuZCBzdWJtaXR0aW5nIHRoaXMgbGljZW5zZSwgeW91ICh0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIGNvcHlyaWdodApvd25lcikgZ3JhbnRzIHRvIERTcGFjZSBVbml2ZXJzaXR5IChEU1UpIHRoZSBub24tZXhjbHVzaXZlIHJpZ2h0IHRvIHJlcHJvZHVjZSwKdHJhbnNsYXRlIChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgYW5kL29yIGRpc3RyaWJ1dGUgeW91ciBzdWJtaXNzaW9uIChpbmNsdWRpbmcKdGhlIGFic3RyYWN0KSB3b3JsZHdpZGUgaW4gcHJpbnQgYW5kIGVsZWN0cm9uaWMgZm9ybWF0IGFuZCBpbiBhbnkgbWVkaXVtLAppbmNsdWRpbmcgYnV0IG5vdCBsaW1pdGVkIHRvIGF1ZGlvIG9yIHZpZGVvLgoKWW91IGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSwgd2l0aG91dCBjaGFuZ2luZyB0aGUgY29udGVudCwgdHJhbnNsYXRlIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uIHRvIGFueSBtZWRpdW0gb3IgZm9ybWF0IGZvciB0aGUgcHVycG9zZSBvZiBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgYWxzbyBhZ3JlZSB0aGF0IERTVSBtYXkga2VlcCBtb3JlIHRoYW4gb25lIGNvcHkgb2YgdGhpcyBzdWJtaXNzaW9uIGZvcgpwdXJwb3NlcyBvZiBzZWN1cml0eSwgYmFjay11cCBhbmQgcHJlc2VydmF0aW9uLgoKWW91IHJlcHJlc2VudCB0aGF0IHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGlzIHlvdXIgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQgeW91IGhhdmUKdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gWW91IGFsc28gcmVwcmVzZW50CnRoYXQgeW91ciBzdWJtaXNzaW9uIGRvZXMgbm90LCB0byB0aGUgYmVzdCBvZiB5b3VyIGtub3dsZWRnZSwgaW5mcmluZ2UgdXBvbgphbnlvbmUncyBjb3B5cmlnaHQuCgpJZiB0aGUgc3VibWlzc2lvbiBjb250YWlucyBtYXRlcmlhbCBmb3Igd2hpY2ggeW91IGRvIG5vdCBob2xkIGNvcHlyaWdodCwKeW91IHJlcHJlc2VudCB0aGF0IHlvdSBoYXZlIG9idGFpbmVkIHRoZSB1bnJlc3RyaWN0ZWQgcGVybWlzc2lvbiBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IG93bmVyIHRvIGdyYW50IERTVSB0aGUgcmlnaHRzIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoaXMgbGljZW5zZSwgYW5kIHRoYXQKc3VjaCB0aGlyZC1wYXJ0eSBvd25lZCBtYXRlcmlhbCBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIGFja25vd2xlZGdlZAp3aXRoaW4gdGhlIHRleHQgb3IgY29udGVudCBvZiB0aGUgc3VibWlzc2lvbi4KCklGIFRIRSBTVUJNSVNTSU9OIElTIEJBU0VEIFVQT04gV09SSyBUSEFUIEhBUyBCRUVOIFNQT05TT1JFRCBPUiBTVVBQT1JURUQKQlkgQU4gQUdFTkNZIE9SIE9SR0FOSVpBVElPTiBPVEhFUiBUSEFOIERTVSwgWU9VIFJFUFJFU0VOVCBUSEFUIFlPVSBIQVZFCkZVTEZJTExFRCBBTlkgUklHSFQgT0YgUkVWSUVXIE9SIE9USEVSIE9CTElHQVRJT05TIFJFUVVJUkVEIEJZIFNVQ0gKQ09OVFJBQ1QgT1IgQUdSRUVNRU5ULgoKRFNVIHdpbGwgY2xlYXJseSBpZGVudGlmeSB5b3VyIG5hbWUocykgYXMgdGhlIGF1dGhvcihzKSBvciBvd25lcihzKSBvZiB0aGUKc3VibWlzc2lvbiwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGFsdGVyYXRpb24sIG90aGVyIHRoYW4gYXMgYWxsb3dlZCBieSB0aGlzCmxpY2Vuc2UsIHRvIHlvdXIgc3VibWlzc2lvbi4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-03T12:58:11Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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Neste trabalho, descreve-se a evolução da mortalidade infantil no Brasil na década de 80. Diante da elevada proporção de óbitos não registrados no País, a caracterização do risco de morrer entre as crianças menores de um ano de idade é realizada por um conjunto de indicadores de saúde elaborados com base na distribuição por causa de morte e por componente etário. Por meio de uma análise estatística por componentes principais, desenvolve-se um índice sintetizador que permite expressar quantitativamente as diferentes situações de saúde nas Unidades Federadas. Através desta escala de valores, dividindo-se o território nacional em três grandes grupos, demonstra-se que a parte mais pobre persiste com padrão similar ao da Índia. Adicionalmente, a análise da mortalidade neonatal nos estados mais desenvolvidos mostra redução pouco expressiva nos coeficientes na primeira semana de vida, demonstrando-se que o padrão observado, mesmo nos estados em situação privilegiada em relação aos demais, sequer se aproxima do que ocorre no mundo desenvolvido. De maneira geral, o confronto com a experiência internacional leva a constatar que o declínio da mortalidade infantil na década de 80 foi pobre, ficando evidente que o rumo a ser seguido envolve intervenções específicas sobre ambos os componentes, o neonatal e o tardio. |
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