Condições de moradia e mobilidade de usuários de crack no nordeste no período 2011-2013
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49455 |
Resumo: | O uso de crack no Brasil iniciou-se a partir da década de 90. Entre 2001 e 2005, a prevalência do consumo de crack teria aumentado substancialmente no país, se disseminando, rapidamente, por todas as regiões do Brasil. A problemática que envolve o crack traz à tona a vulnerabilidade, evidentemente ampliada, de quem mora na rua. A mobilidade dos usuários de drogas é outro aspecto importante a ser analisado. O Objetivo geral desse estudo é analisar o perfil associado à condição de moradia e os padrões de mobilidade de usuários de crack do Nordeste, no período 2011-2013. Este projeto utiliza dados da Pesquisa Nacional Sobre o Uso de Crack, inquérito realizado em 2012, em cenas abertas para consumo do Nordeste do Brasil. As análises levaram em consideração o plano amostral, incorporando à análise as ponderações pertinentes. O primeiro artigo comparou as características sociodemográficas, o uso de drogas, comportamentos sexuais, utilização de serviços de saúde e o envolvimento com o crime de usuários de crack domiciliados e em situação de rua. Realizou-se análise discriminante para analisar as características dos usuários de crack e outras drogas segundo sua condição de moradia e análise de correspondência para verificar a relação conjunta entre as características pesquisadas e os grupos de usuários com e sem moradia. O modelo final da regressão logística evidenciou as variáveis que se mostraram significativamente associadas a morar na rua: "idade", "sexo", "trabalho", [frequência a] "serviços que oferecem alimentação gratuita", frequência a "Caps-ad", "detenção no último ano", "uso de tabaco e oxi nos últimos 30 dias". Na análise de correspondência foi observada a relação de proximidade no espaço analítico das variáveis "troca de sexo por drogas", "trabalho informal" e "desemprego", "idade" >31 anos, "não acesso a Caps-ad nos últimos 30 dias", "problemas com a justiça criminal" e "sexo feminino" com o fato de um subconjunto de usuários de crack estarem desabrigados. O segundo artigo analisou aspectos da dinâmica socioespacial da população de usuários de crack na cidade de Teresina. Para isso, realizou-se análise espacial utilizando técnicas de geoprocessamento. Foram elaborados mapas temáticos através do Sistema de Informação Geográfica (SIG) QGIS, versão 3.6 e foram geocodificados os locais de entrevistas, empregando para essa finalidade o Sistema de Vigilância e Controle (ViconSaga). A distribuição espacial observada da população de usuários de crack em cenas abertas na cidade de Teresina se mostra mais densa e dinâmica no bairro do "Centro", se caracterizava, à época, como polo de atração de usuários originários de outras regiões. Diferentemente do Sul/Sudeste, pouco se sabe sobre usuários de crack em contexto na Região Nordeste do Brasil. |
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Santos, Raquel Rodrigues dosHacker, Mariana de Andrea Villas BoasMota, Jurema Corrêa daBastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro2021-10-18T22:55:59Z2021-10-18T22:55:59Z2021SANTOS, Raquel Rodrigues dos. Condições de moradia e mobilidade de usuários de crack no nordeste no período 2011-2013. 2021. 99 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49455O uso de crack no Brasil iniciou-se a partir da década de 90. Entre 2001 e 2005, a prevalência do consumo de crack teria aumentado substancialmente no país, se disseminando, rapidamente, por todas as regiões do Brasil. A problemática que envolve o crack traz à tona a vulnerabilidade, evidentemente ampliada, de quem mora na rua. A mobilidade dos usuários de drogas é outro aspecto importante a ser analisado. O Objetivo geral desse estudo é analisar o perfil associado à condição de moradia e os padrões de mobilidade de usuários de crack do Nordeste, no período 2011-2013. Este projeto utiliza dados da Pesquisa Nacional Sobre o Uso de Crack, inquérito realizado em 2012, em cenas abertas para consumo do Nordeste do Brasil. As análises levaram em consideração o plano amostral, incorporando à análise as ponderações pertinentes. O primeiro artigo comparou as características sociodemográficas, o uso de drogas, comportamentos sexuais, utilização de serviços de saúde e o envolvimento com o crime de usuários de crack domiciliados e em situação de rua. Realizou-se análise discriminante para analisar as características dos usuários de crack e outras drogas segundo sua condição de moradia e análise de correspondência para verificar a relação conjunta entre as características pesquisadas e os grupos de usuários com e sem moradia. O modelo final da regressão logística evidenciou as variáveis que se mostraram significativamente associadas a morar na rua: "idade", "sexo", "trabalho", [frequência a] "serviços que oferecem alimentação gratuita", frequência a "Caps-ad", "detenção no último ano", "uso de tabaco e oxi nos últimos 30 dias". Na análise de correspondência foi observada a relação de proximidade no espaço analítico das variáveis "troca de sexo por drogas", "trabalho informal" e "desemprego", "idade" >31 anos, "não acesso a Caps-ad nos últimos 30 dias", "problemas com a justiça criminal" e "sexo feminino" com o fato de um subconjunto de usuários de crack estarem desabrigados. O segundo artigo analisou aspectos da dinâmica socioespacial da população de usuários de crack na cidade de Teresina. Para isso, realizou-se análise espacial utilizando técnicas de geoprocessamento. Foram elaborados mapas temáticos através do Sistema de Informação Geográfica (SIG) QGIS, versão 3.6 e foram geocodificados os locais de entrevistas, empregando para essa finalidade o Sistema de Vigilância e Controle (ViconSaga). A distribuição espacial observada da população de usuários de crack em cenas abertas na cidade de Teresina se mostra mais densa e dinâmica no bairro do "Centro", se caracterizava, à época, como polo de atração de usuários originários de outras regiões. Diferentemente do Sul/Sudeste, pouco se sabe sobre usuários de crack em contexto na Região Nordeste do Brasil.The use of crack in Brazil started in the 90's. Between 2001 and 2005, the prevalence of crack consumption might be substantially increased all over in the country. The problems and harms associated with the use of crack brings to light the vulnerability, obviously, increased by those who are homeless and live in the streets. The mobility of drug users is another important aspect to be analyzed. The general aim of this study is to analyze the characteristics associated with the housing condition/"absence of it" and the mobility patterns of crack users in the Northeast, during the period 2011-2013. This project uses data from the National Survey on the Use of Crack, a survey carried out in 2012, in open scenes were crack cocaine is sold and used in Northeast Brazil. The analyses took into consideration the complex sampling design, incorporating the relevant weightings into the analysis. The first article compared the sociodemographic characteristics, the drug using patterns, sexual behaviors, the use of health services and the involvement with crime/law enforcement of crack users who had or had not a stable place to live. A discriminant analysis was carried out to analyze the characteristics of crack and other drug users according to their housing condition. Correspondence analysis was also carried out to verify the joint relationship between the observed characteristics and the subsets of users, with and without a stable place to live. The final model of logistic regression showed the variables that were significantly associated with living in the streets: "age", "sex", "work", [attendance at] "services offering food for free", [attendance at] "Caps-ad" (i.e. a dedicated health unit), "Detention in the last year", "use of tobacco and \2018oxy\2019 [emic variety of crack/coca paste] in the last 30 days". In the correspondence analysis, the relationship of proximity in the analytical space of the variables "exchange of sex for drugs", "informal work" and "unemployment", "age"> 31 years, "no attendance at a Caps-ad in the last 30 years", "problems with criminal justice" and "to be a woman" with belonging to the subset of crack users who are homeless. The second article analyzed aspects of the socio-spatial dynamics of the population of crack users in the city of Teresina. Geoprocessing methods and techniques have been used for this purpose. Thematic maps were elaborated via Geographic Information System (GIS) QGIS version 3.6. Places were users where interviewed were geocoded, using the Surveillance and Control System (ViconSaga). The spatial distribution of the population of crack users across open drug scenes in the city of Teresina is shown to be more dense and dynamic in the "Centro" neighborhood, which function as a "magnet" for users from other locations. Unlike what has been made available in the South/Southeast, little is known about crack users in context in the Northeast Region of Brazil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVulnerabilidade SocialCocaínaCrackPessoas em Situação de RuaSocial VulnerabilityCrack CocaineHomeless PersonsVulnerabilidade SocialCocaínaCocaína CrackPessoas em Situação de RuaCondições SociaisUsuários de DrogasAnálise Espaço-TemporalModelos LogísticosEstudo ComparativoFatores EpidemiológicosAnálise de MediaçãoCondições de moradia e mobilidade de usuários de crack no nordeste no período 2011-2013Housing conditions and mobility of crack users in the northeast in the period 2011-2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2021-07-08Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49455/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALraquel_rodrigues_santos_ensp_dout_2021.pdfapplication/pdf4774155https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49455/2/raquel_rodrigues_santos_ensp_dout_2021.pdfc60b4986aca837385badb7c20d5d2a0fMD52icict/494552023-08-01 16:55:16.915oai:www.arca.fiocruz.br:icict/49455Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-01T19:55:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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