O fenômeno do crack a partir do espaço de pontos de vista dos agentes sociais do território de Manguinhos
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25758 |
Resumo: | O uso abusivo de drogas constitui um problema complexo e relevante nas sociedades contemporâneas, impactando de distintas maneiras as condições de vida e de saúde da coletividade. Em se tratando do crack, ocorreu nos últimos anos uma hiperexposição do tema através dos meios de comunicação e um clamor social de resolubilidade. A presente dissertação tem como objetivo construir o conhecimento sobre o fenômeno do crack em Manguinhos a partir da construção compartilhada do conhecimento e, portanto, da inclusão do saber popular e das experiências de vida das pessoas que vivenciam de alguma maneira a problemática no território. Buscou-se apreender a complexidade do fenômeno através daquilo que Bourdieu (1997) denomina espaço de pontos de vista dos agentes sociais envolvidos, tendo-se em vista os processos de vulnerabilização e as múltiplas determinações que o perpassam. Trata-se de uma pesquisa participante, um método qualitativo que permite levantar e circular conhecimentos e experiências da problemática em questão, assim como debatê-los. O referencial de análise construído possui três eixos principais. O primeiro eixo aborda a gênese e emergência do crack em Manguinhos, ou seja, quando ocorre e quais os principais fatores relacionados. O segundo eixo debruça-se sobre os seus desdobramentos. Por fim, o terceiro eixo discorre sobre as ações construídas diante do problema e aponta ações necessárias. Observou-se que a constituição e transitoriedade das cenas de uso de crack em Manguinhos foram determinadas por uma diversidade de agentes, poderes e ações, como a organização do tráfico de drogas, a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora, a relativa “proteção” do usuário e o acesso facilitado à droga. Verificou-se distintas e, por vezes, conflituosas ações do Estado nas cracolândias. Como as ações de recolhimento compulsório realizadas pela segurança pública e assistência social, em contraponto as ações de saúde realizadas pelas equipes de Consultório na Rua. Assim como a presença do apoio social, principalmente vinculado às instituições religiosas e ao trabalho voluntário de moradores locais. Foram apontadas relações estabelecidas entre trabalho e uso de crack; e a visão da comunidade diante do referido fenômeno. |
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A presente dissertação tem como objetivo construir o conhecimento sobre o fenômeno do crack em Manguinhos a partir da construção compartilhada do conhecimento e, portanto, da inclusão do saber popular e das experiências de vida das pessoas que vivenciam de alguma maneira a problemática no território. Buscou-se apreender a complexidade do fenômeno através daquilo que Bourdieu (1997) denomina espaço de pontos de vista dos agentes sociais envolvidos, tendo-se em vista os processos de vulnerabilização e as múltiplas determinações que o perpassam. Trata-se de uma pesquisa participante, um método qualitativo que permite levantar e circular conhecimentos e experiências da problemática em questão, assim como debatê-los. O referencial de análise construído possui três eixos principais. O primeiro eixo aborda a gênese e emergência do crack em Manguinhos, ou seja, quando ocorre e quais os principais fatores relacionados. O segundo eixo debruça-se sobre os seus desdobramentos. Por fim, o terceiro eixo discorre sobre as ações construídas diante do problema e aponta ações necessárias. Observou-se que a constituição e transitoriedade das cenas de uso de crack em Manguinhos foram determinadas por uma diversidade de agentes, poderes e ações, como a organização do tráfico de drogas, a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora, a relativa “proteção” do usuário e o acesso facilitado à droga. Verificou-se distintas e, por vezes, conflituosas ações do Estado nas cracolândias. Como as ações de recolhimento compulsório realizadas pela segurança pública e assistência social, em contraponto as ações de saúde realizadas pelas equipes de Consultório na Rua. Assim como a presença do apoio social, principalmente vinculado às instituições religiosas e ao trabalho voluntário de moradores locais. Foram apontadas relações estabelecidas entre trabalho e uso de crack; e a visão da comunidade diante do referido fenômeno.The abusive use of drugs consists of a complex and relevant problem in contemporary societies, impacting in different forms the conditions of life and health of the collectivity. Concerning the use of crack, an hyper exposition of the theme has happened in the past few years through means of communication and a social clamour for resolubility. The present study brings as its objective the construction of a knowledge about the phonomena of crack in Manguinhos from the shared knowledge construction and, therefore, the inclusion of popular knowledge and through the life experience of people's life who somehow lived it in the territory. A research occurred with the objective of trying to learn the crack phenomenon complexity through what Bourdieu (1997) denominates as spots of points of view of the agents involved, taking into account the vulnerabilization and the multiple determinations that pervades them. It is a participating research, a qualitative method that allows to bring up and circulate knowledge of the problematic and experiences in question, as well as debate them. The referencial of analisys built has three main points. The first approaches the genesis and the rise of crack in Manguinhos, meaning, when it happens and related factors. The second lays on its deployments. And finally the last, goes about the built actions aiming at face the problem, and shows necessary actions to fight it. It was observed that the constitution and transitority of crack use scenes in Manguinhos were determined by a diversity of agents, power and actions, such as drug traffic organization, the implementation of a Pacified Police Unit, a relative “protection” for the crack user and facilitated access to the drug. It was observed distinct and, at times, conflicting actions of the State in the so called crackolands. Such actions of compulsory arrestmentand performed by social safety agencies and social assistant agents, in contrast with health actions carried out by teams of Street Cabinet. As the the presence of social support, mainly related to religious institutions and the volunteer work of local population. It was shown relations established between work and the use of crack; and the view of the community against the phenomenon referred.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTerritórioCrackVulnerabilidadeCrackTerritoryVulnerabilityCocaína CrackCondições SociaisReforma dos Serviços de SaúdeVulnerabilidade a desastresSaúde MentalPolíticas PúblicasÁreas de PobrezaTerritórioO fenômeno do crack a partir do espaço de pontos de vista dos agentes sociais do território de ManguinhosThe phenomenon of crack from the space of views of the social agents of the territory of Manguinhosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25758/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Viviani_Cristina_ENSP_2018.pdfapplication/pdf1395442https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25758/2/ve_Viviani_Cristina_ENSP_2018.pdf58ff740e4daa5df02babc3f6388f4504MD52TEXTviviani_cristina.pdf.txtviviani_cristina.pdf.txtExtracted texttext/plain289771https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25758/3/viviani_cristina.pdf.txt32801b8651125a3c4be91f3b1d239ff4MD53ve_viviani_cristina_ENSP_2018.pdf.txtve_viviani_cristina_ENSP_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain289771https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25758/4/ve_viviani_cristina_ENSP_2018.pdf.txt32801b8651125a3c4be91f3b1d239ff4MD54ve_Viviani_Cristina_ENSP_2018.pdf.txtve_Viviani_Cristina_ENSP_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain289771https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25758/5/ve_Viviani_Cristina_ENSP_2018.pdf.txt32801b8651125a3c4be91f3b1d239ff4MD55icict/257582023-01-17 11:48:21.786oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25758Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T14:48:21Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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