Práticas assistenciais obstétricas em uma maternidade pública com modelo colaborativo: análise de uma experiência no Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49003 |
Resumo: | O modelo de atenção ao parto e ao nascimento predominante no Brasil é caracterizado pelo excesso de intervenções, de cesarianas e por ser centrado na figura do médico. O modelo colaborativo de assistência obstétrica tem como fundamento a atuação multidisciplinar entre médicos e enfermeiras obstetras ou obstetrizes no acompanhamento do trabalho de parto e parto, com a atenção centrada na mulher. Objetivo: Comparar as práticas assistenciais entre uma instituição que adota o modelo colaborativo de assistência obstétrica com uma amostra representativa do Sudeste do país, em que predomina o modelo tradicional. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva realizada através da coleta de dados de prontuários de mulheres que tiveram o seu parto em uma maternidade pública da cidade do Rio de Janeiro que adota o modelo colaborativo de assistência. Para título de comparação foi utilizada a amostra do Sudeste do país pertencente ao estudo Nascer no Brasil. O artigo 1 compara as práticas assistenciais entre as duas amostras com ênfase no uso das boas práticas e de intervenções. O artigo 2 compara as taxas de nascimentos de pré-termo e termos precoces, considerando o precursor do nascimento. Resultados: Observou-se maior frequência de acompanhante durante trabalho de parto, de assistência prestada por enfermagem obstétrica, de uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, da ingesta de líquidos e alimentos durante trabalho de parto e menor uso de ocitocina, de analgesia e de amniotomia na maternidade em estudo. Houve maior proporção de início de trabalho de parto espontâneo, além de menor taxa de cesariana, com destaque para as cesarianas eletivas. Conclusão: O modelo colaborativo de assistência obstétrica está relacionado a menor realização de intervenções na gestação, no trabalho de parto e parto, ao maior uso de boas práticas, a menores taxas de cesarianas independente do risco obstétrico. Os resultados encontrados reforçam as qualidades do modelo colaborativo e demonstram que sua implantação é factível em maternidades do país. |
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Pinto, Laura Zaiden e FerreiraPereira, Marcos NakamuraGomes, Maria Auxiliadora de Souza Mendes2021-09-06T14:44:04Z2021-09-06T14:44:04Z2020PINTO, Laura Zaiden e Ferreira. Práticas assistenciais obstétricas em uma maternidade pública com modelo colaborativo: análise de uma experiência no Rio de Janeiro. 2020. 150 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva)-Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49003O modelo de atenção ao parto e ao nascimento predominante no Brasil é caracterizado pelo excesso de intervenções, de cesarianas e por ser centrado na figura do médico. O modelo colaborativo de assistência obstétrica tem como fundamento a atuação multidisciplinar entre médicos e enfermeiras obstetras ou obstetrizes no acompanhamento do trabalho de parto e parto, com a atenção centrada na mulher. Objetivo: Comparar as práticas assistenciais entre uma instituição que adota o modelo colaborativo de assistência obstétrica com uma amostra representativa do Sudeste do país, em que predomina o modelo tradicional. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva realizada através da coleta de dados de prontuários de mulheres que tiveram o seu parto em uma maternidade pública da cidade do Rio de Janeiro que adota o modelo colaborativo de assistência. Para título de comparação foi utilizada a amostra do Sudeste do país pertencente ao estudo Nascer no Brasil. O artigo 1 compara as práticas assistenciais entre as duas amostras com ênfase no uso das boas práticas e de intervenções. O artigo 2 compara as taxas de nascimentos de pré-termo e termos precoces, considerando o precursor do nascimento. Resultados: Observou-se maior frequência de acompanhante durante trabalho de parto, de assistência prestada por enfermagem obstétrica, de uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, da ingesta de líquidos e alimentos durante trabalho de parto e menor uso de ocitocina, de analgesia e de amniotomia na maternidade em estudo. Houve maior proporção de início de trabalho de parto espontâneo, além de menor taxa de cesariana, com destaque para as cesarianas eletivas. Conclusão: O modelo colaborativo de assistência obstétrica está relacionado a menor realização de intervenções na gestação, no trabalho de parto e parto, ao maior uso de boas práticas, a menores taxas de cesarianas independente do risco obstétrico. Os resultados encontrados reforçam as qualidades do modelo colaborativo e demonstram que sua implantação é factível em maternidades do país.The model of attention to childbirth and birth prevalent in Brazil is characterized by an excess of interventions, cesarean sections and being centered on the figure of the doctor. The collaborative model of obstetric care is based on the multidisciplinary work between doctors and obstetric nurses or midwives in the monitoring of labor and delivery, with attention centered on women. Objective: To compare care practices between an institution that adopts the collaborative model of obstetric care with a representative sample of the Southeast of Brazil, in which the traditional model predominates. Methods: Retrospective cohort study carried out by collecting data from medical records of women who had their birth in a public maternity hospital in the city of Rio de Janeiro, which adopts the collaborative model of assistance. For comparison purposes, the sample from the Southeast of the country belonging to the study Nascer no Brasil was used. Article 1 compares the care practices between the two samples with an emphasis on the use of good practices and interventions. Article 2 compares the rates of preterm and early terms births provider-associates. Results: There was a higher frequency of companions during labor, assistance provided by obstetric nursing, use of non-pharmacological methods for pain relief, fluid and food intake during labor and less use of oxytocin, analgesia and amniotomy in the maternity under study. There was a higher proportion of spontaneous labor onset, in addition to a lower rate of cesarean section, with emphasis on elective cesarean sections. Conclusion: The collaborative model of obstetric care is related to less interventions in pregnancy, labor and delivery, greater use of good practices, lower rates of cesarean sections regardless of obstetric risk. The results found reinforce the qualities of the collaborative model and demonstrate that its implementation is feasible in maternity hospitals in the country.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porModelos de Assistência à SaúdeSaúde Materno-InfantilEquipe de Assistência ao PacienteEnfermagem ObstétricaAssistência PerinatalModelos de Assistência à SaúdeRio de Janeiro (Estado)Saúde Materno-InfantilEquipe de Assistência ao PacienteEnfermagem ObstétricaAssistência PerinatalTocologiaPráticas assistenciais obstétricas em uma maternidade pública com modelo colaborativo: análise de uma experiência no Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2020Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49003/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000247611.pdfapplication/pdf3604052https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49003/2/000247611.pdf6ecaf1a46590abab7962cbb1ed743846MD52TEXT000247611.pdf.txt000247611.pdf.txtExtracted texttext/plain283006https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49003/3/000247611.pdf.txte5f56fc280802b0ff32577c57a7b5679MD53icict/490032023-08-23 13:25:25.268oai:www.arca.fiocruz.br:icict/49003Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-23T16:25:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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