Intervenção fonoaudiológica precoce nos distúrbios vocais em pacientes com tuberculose laríngea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucena, Marcia Mendonça
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14280
Resumo: Embora possa ser tratada clinicamente com sucesso, a tuberculose laríngea (TBL) pode causar mudanças irreversíveis na qualidade da voz. Raros estudos relatam intervenções fonoaudiológicas para tratar a disfonia na TBL. OBJETIVO: Avaliar a qualidade vocal dos pacientes com TBL em atividade e os efeitos da intervenção fonoaudiológica precoce na reabilitação das funções vocais alteradas nesses indivíduos. MÉTODO: Esta dissertação é composta por dois artigos desenvolvidos com dados de pacientes com TBL atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, no período de 2010 a 2013. No primeiro foram relatadas as alterações anatômicas e vocais de três pacientes com TBL ativa antes de iniciar o tratamento. No segundo artigo foi realizado um estudo longitudinal para avaliar o impacto da terapia fonoaudiológica na recuperação das alterações vocais diagnosticadas ao início do tratamento da TBL em 11 pacientes. As avaliações fonoaudiológicas iniciais e finais foram comparadas através dos testes de McNemar, T de Student, sinal de Wilcoxon, Friedman e do Chi quadrado, considerando-se significativos os valores de p<0,05 RESULTADOS: No primeiro artigo, entre os indivíduos avaliados, observou-se que os principais sítios afetados foram as pregas vocais, pregas ariepiglóticas, aritenóides e epiglote e os principais sintomas foram disfonia, disfagia e odinofagia. No segundo artigo, foram avaliados 11 pacientes com uma média de idade 56,55 anos (±18,31), 2 eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino, 4 pacientes eram tabagistas e 7 etilistas. A TBL e tuberculose pulmonar estavam associadas em 9 indivíduos. Nestes, encontrou-se inicialmente 100% de disfonia, 54,5% de disfagia e 45,5% de odinofagia. Os sítios mais acometidos na laringe foram: pregas vocais em 81,8%, pregas vestibulares em 63,6%, epiglote em 36,4%, aritenóides em 27,3%, pregas ariepiglóticas em 36,4 %, e espaço interaritenóideo em 9,1%. À análise perceptiva vocal inicial observou-se 96,2% dos pacientes com alteração no grau rouquidão de moderada à grave. Na avaliação acústica inicial 53,8% apresentava alteração em Jitter, 73,1% em Shimmer e 50% em Glottal to Noise Excitation (GNE). Ao final do tratamento três pacientes estavam curados de todos os sintomas e 8 apresentavam alteração vocal, porém com melhora nos padroes da avaliacao perceptiva e acustica vocal. CONCLUSÃO: Os distúrbios da voz, durante a fase ativa da TBL, apresentaram uma intensidade semelhante a relatada após a cura clínica em outros estudos, o que sugere que os mecanismos de ajuste da voz ou sequelas anatômicas podem perpetuar a disfonia. A intervenção fonoaudiológica precoce mostrou-se capaz de melhorar significativamente os parâmetros vocais avaliados e em alguns casos atingir a cura.
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MÉTODO: Esta dissertação é composta por dois artigos desenvolvidos com dados de pacientes com TBL atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, no período de 2010 a 2013. No primeiro foram relatadas as alterações anatômicas e vocais de três pacientes com TBL ativa antes de iniciar o tratamento. No segundo artigo foi realizado um estudo longitudinal para avaliar o impacto da terapia fonoaudiológica na recuperação das alterações vocais diagnosticadas ao início do tratamento da TBL em 11 pacientes. As avaliações fonoaudiológicas iniciais e finais foram comparadas através dos testes de McNemar, T de Student, sinal de Wilcoxon, Friedman e do Chi quadrado, considerando-se significativos os valores de p<0,05 RESULTADOS: No primeiro artigo, entre os indivíduos avaliados, observou-se que os principais sítios afetados foram as pregas vocais, pregas ariepiglóticas, aritenóides e epiglote e os principais sintomas foram disfonia, disfagia e odinofagia. No segundo artigo, foram avaliados 11 pacientes com uma média de idade 56,55 anos (±18,31), 2 eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino, 4 pacientes eram tabagistas e 7 etilistas. A TBL e tuberculose pulmonar estavam associadas em 9 indivíduos. Nestes, encontrou-se inicialmente 100% de disfonia, 54,5% de disfagia e 45,5% de odinofagia. Os sítios mais acometidos na laringe foram: pregas vocais em 81,8%, pregas vestibulares em 63,6%, epiglote em 36,4%, aritenóides em 27,3%, pregas ariepiglóticas em 36,4 %, e espaço interaritenóideo em 9,1%. À análise perceptiva vocal inicial observou-se 96,2% dos pacientes com alteração no grau rouquidão de moderada à grave. Na avaliação acústica inicial 53,8% apresentava alteração em Jitter, 73,1% em Shimmer e 50% em Glottal to Noise Excitation (GNE). Ao final do tratamento três pacientes estavam curados de todos os sintomas e 8 apresentavam alteração vocal, porém com melhora nos padroes da avaliacao perceptiva e acustica vocal. CONCLUSÃO: Os distúrbios da voz, durante a fase ativa da TBL, apresentaram uma intensidade semelhante a relatada após a cura clínica em outros estudos, o que sugere que os mecanismos de ajuste da voz ou sequelas anatômicas podem perpetuar a disfonia. A intervenção fonoaudiológica precoce mostrou-se capaz de melhorar significativamente os parâmetros vocais avaliados e em alguns casos atingir a cura.INTRODUCTION: Although it can be treated medically with succe ss, laryngeal tuberculosis (LT) can cause irreversible changes in voice quality. Few studies report speech therapy interventions to treat dysphonia in LT. OBJECTIVE: To evaluate the vocal quality of patients with L Tin activity and the effects of early language intervention in the rehabilitation of vocal functions altered in these individuals. METHOD: This dissertation consists of two papers developed with data from patients with TBL that were treated at Clinical Research Institute Evandro Chagas, Oswaldo Cruz Foundation, in the period 2010-2013. In the first anatomical changes and vocals from three patients with active LT were reported before starting treatment. In the second article, a longitudinal study was conducted to evaluate the impact of speech ther apy in the recovery of vocal disorders diagnosed at initiation of treatment of LT in 11 patients. The initial and final speech evaluations were compared using the McNemar test , Student t, Wilcoxon sign , Friedman and Chi square and p values < 5 % were considered significant. RESULTS: In the first article the main sites affected were the vocal folds, aryepiglottic folds, arytenoids and epiglottis and the main symptoms were dysphonia, dysphagia and odynophagia. In the second article we evaluated 11 patients with a mean age of 56.55 years (± 18.31), 2 females and 9 males, 4 patients were smokers and drinkers 7. The LT were associated with pulmonary tuberculosis and 9. These patients initially find 100 % of dysphonia, dysphagia 54.5 % and 45.5 % of odynophagia. The most affected sites were the larynx: vocal folds in 81.8 %, 63.6 % in vestibular folds, epiglottis in 36.4 %, 27.3 % arytenoids, aryepiglottic folds in 36.4 %, and interarytenoid space 9.1%. The initial vocal perceptual analysis found 96.2 % of patients with altered level of moderate to severe hoarseness. In the initial vocal acoustic analysis showed 53.8 % change in Jitter, Shimmer in 73.1 % and 50 % in glottal to Noise Excitation (GNE). At the end of treatment, three patients were cured of all symptoms and 8 had voice changes, but with improvement in standards of perceptual evaluation and acoustic vocal. CONCLUSION: Voice disorders, during the active phase of LT, had a similar intensity reported after clinical cure in other studies, suggesting that the adjustment mechanisms of the voice or anatomical sequelae may perpetuate dysphonia. Early language intervention was able to significantly improve vocal parameters assessed and in some cases achieve a cure.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porIntervenção fonoaudiológica precoce nos distúrbios vocais em pacientes com tuberculose laríngeainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014-Fev-17Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças InfecciosasFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro ChagasRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças InfecciosasQualidade da VozTuberculoseLaringeDistúrbios da VozDisfoniaFonoaudiologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALmarcia_lucena_ipec_mest_2014.pdfapplication/pdf1481410https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14280/1/marcia_lucena_ipec_mest_2014.pdf84dc18439b3c6c8c73fe0f9c025984deMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14280/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTmarcia_lucena_ipec_mest_2014.pdf.txtmarcia_lucena_ipec_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain89767https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14280/3/marcia_lucena_ipec_mest_2014.pdf.txt980fb969b9d6667168287993826521b1MD53icict/142802018-07-05 13:39:55.149oai:www.arca.fiocruz.br:icict/14280Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-07-05T16:39:55Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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