O sistema imune inato na patogênese da malária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17774 |
Resumo: | Por muitas décadas de estudo sobre a patogênese da malária, tem-se estabelecido que as manifestações clínicas são frequentemente uma consequência da inflamação sistêmica provocada pelo parasito. Os imunocomplexos (ICs) são encontrados na circulação de pacientes com inflamação, seja ela estéril ou causada por infecções. O presente trabalho demonstra que pacientes com malária apresentam elevados níveis de anticorpos circulantes anti-DNA, bem como ICs contendo DNA do parasito. A ativação de monócitos por ICs resultou na formação de specks de inflamassomas contendo NLRP3, NLRP12 ou AIM2, ativação de caspase 1 e liberação de IL-1β ativa. As células monocucleares do sangue periférico estimuladas com ICs produzem grandes quantidades de IL-1β e TNFα e, no entanto, baixos níveis de IL-10. A principal fonte de citocinas pró-inflamatórias em pacientes de fase aguda da malária é a subpopulação de monócitos CD14+, que expressa o receptor FcRIIIA (CD16). Os monócitos de pacientes em fase de convalescência apresentam um fenótipo anti-inflamatório e, quando estimulados com ICs, produzem elevados níveis de IL -10 e baixos níveis de TNF α e IL-1β. Portanto, dependendo do Status de ativação do monócito,os ICs podem estimular ou modular a produção de citocinas pró-inflamatórias, atuando como um importante imunoregulador durante a malária. Os monócitos (MOs), macrófagos e células dendríticas (DCs) são populações de células heterogêneas que têm papel crucial na reparação de tecidos, detecção de presença de microrganismos invasivos, iniciando respostas imunitárias protetoras. Estudos recentes definiram novos marcadores que permitem a distinção entre monócitos inflamatórios de células dendríticas derivadas de monócitos (MO-DCs), no entanto, a contribuição destas células para neuroinflamação durante a MCE não foi avaliada. Neste trabalho, observamos que a infecção por Plasmodium berghei ANKA (PbA) promove a diferenciação de monócitos inflamatórios esplênicos e DCs convencionais por células dendríticas derivadas de monócitos (MO-DCs), que são CD11c + CD11b + F4/80 + DC-SIGN + Ly6C +. Estas células respondem a IFNy sendo a principal fonte de CXCL9 e CXCL10. Além disso, células MO-DCs expressando CXCL9/10 emergem no cérebro via CCR5 dependente, coincidindo com o influxo de células T CD8+ e o desenvolvimento da síndrome neuropatológica letal. Assim, nossos dados fornecem evidências de que as MO-DCs induzidas pela infecção com PbA desempenham um papel central nas respostas imunes, mediando o desenvolvimento de MCE. De acordo com nossos resultados, após a diferenciação, MO-DCs, que expressam CXCL9 e CXCL10, tem um papel importante na ativação de células T CD4+ e T CD8+ no baço e também migram para o SNC dependente de CCR5, onde atraem e ativam células T CD8+, levando ao desenvolvimento de MCE. |
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Hirako, Isabella CristinaGazzinelli, Ricardo TostesCarvalho, Andrea Teixeira deCampos, Marco Antônio SilvaBortoluci, Karina RamalhoFujiwara, Ricardo ToshioMachado, Alexandre de Magalhães VieiraHirako, Isabella Cristina2017-02-09T16:28:56Z2017-02-09T16:28:56Z2016HIRAKO, Isabella Cristina. O sistema imune inato na patogênese da malária. 2016. 127 f. Tese (Doutorado em Ciências - concentração Biologia Celular e Molecular)-Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17774Por muitas décadas de estudo sobre a patogênese da malária, tem-se estabelecido que as manifestações clínicas são frequentemente uma consequência da inflamação sistêmica provocada pelo parasito. Os imunocomplexos (ICs) são encontrados na circulação de pacientes com inflamação, seja ela estéril ou causada por infecções. O presente trabalho demonstra que pacientes com malária apresentam elevados níveis de anticorpos circulantes anti-DNA, bem como ICs contendo DNA do parasito. A ativação de monócitos por ICs resultou na formação de specks de inflamassomas contendo NLRP3, NLRP12 ou AIM2, ativação de caspase 1 e liberação de IL-1β ativa. As células monocucleares do sangue periférico estimuladas com ICs produzem grandes quantidades de IL-1β e TNFα e, no entanto, baixos níveis de IL-10. A principal fonte de citocinas pró-inflamatórias em pacientes de fase aguda da malária é a subpopulação de monócitos CD14+, que expressa o receptor FcRIIIA (CD16). Os monócitos de pacientes em fase de convalescência apresentam um fenótipo anti-inflamatório e, quando estimulados com ICs, produzem elevados níveis de IL -10 e baixos níveis de TNF α e IL-1β. Portanto, dependendo do Status de ativação do monócito,os ICs podem estimular ou modular a produção de citocinas pró-inflamatórias, atuando como um importante imunoregulador durante a malária. Os monócitos (MOs), macrófagos e células dendríticas (DCs) são populações de células heterogêneas que têm papel crucial na reparação de tecidos, detecção de presença de microrganismos invasivos, iniciando respostas imunitárias protetoras. Estudos recentes definiram novos marcadores que permitem a distinção entre monócitos inflamatórios de células dendríticas derivadas de monócitos (MO-DCs), no entanto, a contribuição destas células para neuroinflamação durante a MCE não foi avaliada. Neste trabalho, observamos que a infecção por Plasmodium berghei ANKA (PbA) promove a diferenciação de monócitos inflamatórios esplênicos e DCs convencionais por células dendríticas derivadas de monócitos (MO-DCs), que são CD11c + CD11b + F4/80 + DC-SIGN + Ly6C +. Estas células respondem a IFNy sendo a principal fonte de CXCL9 e CXCL10. Além disso, células MO-DCs expressando CXCL9/10 emergem no cérebro via CCR5 dependente, coincidindo com o influxo de células T CD8+ e o desenvolvimento da síndrome neuropatológica letal. Assim, nossos dados fornecem evidências de que as MO-DCs induzidas pela infecção com PbA desempenham um papel central nas respostas imunes, mediando o desenvolvimento de MCE. De acordo com nossos resultados, após a diferenciação, MO-DCs, que expressam CXCL9 e CXCL10, tem um papel importante na ativação de células T CD4+ e T CD8+ no baço e também migram para o SNC dependente de CCR5, onde atraem e ativam células T CD8+, levando ao desenvolvimento de MCE.Decades of research on malaria pathogenesis have established that the clinical manifestations are often a consequence of the systemic inflammation elicited by the parasite. Immunocomplexes (ICs) are found in the circulation of patients undergoing either infectious or sterile systemic inflammation. Here, we report that malaria patients display high levels of circulating anti-DNA antibodies, as well as ICs containing parasite DNA. Monocyte activation with malaria-induced ICs resulted in formation of NLRP3-, NLRP12- or AIM2-inflammasome specks, caspase-1 activation, and release of IL-1β. Upon stimulation with ICs malaria-primed peripheral blood mononuclear cells secrete bulk amounts of IL-1β and TNFα, but low IL-10 levels. The main source of pro-inflammatory cytokines in acutely infected malaria patients is a subset of CD14+ monocytes that express the FcγRIIIA receptor (CD16). Intriguingly, in convalescent malaria patients, monocytes shifted back to an anti-inflammatory phenotype, and upon IC stimulation produced high levels of IL-10, but low levels of TNFα and IL-1β. Hence, depending on the status of monocyte activation, ICs may promote or dampen the production of pro-inflammatory cytokines, and thus act as important immune-regulators during malaria. Monocytes (MOs), macrophages and dendritic cells (DCs) are heterogeneous cell populations that have critical role in tissue repair, sensing presence of invasive microorganisms and initiating protective immune responses. Recent studies have defined new markers that allows the distinction of inflammatory monocytes from monocyte derived dendritic cells (MO-DCs), however the contribution of these cells to neuroinflammation during ECM have not been explored. Here we show that infection with Plasmodium berghei ANKA (PbA) promotes replacement of splenic inflammatory.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porMaláriaPlasmodiumImunidade InataImunologiaGenéticaO sistema imune inato na patogênese da maláriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2016Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17774/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51TEXTTese versão final Isabella Hirako.pdf.txtTese versão final Isabella Hirako.pdf.txtExtracted texttext/plain248565https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/17774/3/Tese%20vers%c3%a3o%20final%20Isabella%20Hirako.pdf.txt12357515cee34e11dec45777f2fc0fadMD53ve_Isabella_Hirako_IRR_2016.pdf.txtve_Isabella_Hirako_IRR_2016.pdf.txtExtracted 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