Fatores que interferem na evolução urológica de pacientes com disfunção neurogênica do trato urinário inferior causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56205 |
Resumo: | Introdução: A disfunção neurogênica do trato urinário inferior (DNTUI) é uma sequela urológica da Síndrome Congênita do Zika vírus6 (SCZV). Apesar de os pacientes com SCZV e DNTUI receberem o mesmo tratamento, tem-se observado evolução diferente. Objetivo: Avaliar a existência de fatores de interferência para a resposta ao tratamento urológico nas crianças portadoras de SCZV, especificamente: (1) Identificar seu perfil sociodemográfico, clínico, neurológico e urológico; (2) Avaliar o efeito do tratamento nas variáveis de risco urológico e (3) Avaliar o efeito dos fatores sociodemográficos, clínicos e neurológicos na resposta ao tratamento urológico destes pacientes. Metodologia: Estudo transversal incluindo crianças assistidas na coorte institucional do IFF com SCZV e DNTUI, tratadas nos ambulatórios de Urodinâmica e Neurologia entre 2015 e 2021 e com duas avaliações urodinâmicas realizadas. Variáveis sociodemográficas, clínicas, neurológicas e urológicas foram coletadas através de ficha própria. O primeiro e o segundo exame de urodinâmica foram comparados para avaliar a evolução, após a intervenção terapêutica. Com a finalidade de avaliar fatores de interferência para a resposta ao tratamento urológico, as crianças foram separadas em dois grupos - as que apresentaram alguma melhora urodinâmica e as que não, correlacionando as variáveis com a resposta ao tratamento. Analisou-se as variáveis categóricas pela frequência de ocorrência e as numéricas pela média e desvio padrão, comparando os grupos pelo chi-square test. Resultados: Foram incluídas 50 crianças, 50% do sexo feminino e 54% acima de 12 meses de idade; 70% tiveram exposição vertical ao vírus no primeiro trimestre da gestação, 62% com microcefalia grave e a maioria com dilatação ventricular, síndrome cortical e epiléptica, todas com DNTUI, 74% com perfil urológico. Resultados: Foram incluídas 50 crianças, 50% do sexo feminino e 54% acima de 12 meses de idade; 70% tiveram exposição vertical ao vírus no primeiro trimestre da gestação, 62% com microcefalia grave e a maioria com dilatação ventricular, síndrome cortical e epiléptica, todas com DNTUI, 74% com perfil urológico de risco para trato urinário superior. No parto, 86% das mães tinham entre 18 e 36 anos de idade e menos de oito anos de estudo. Entre as 50 crianças, 41 apresentaram alguma melhora urodinâmica pós-tratamento, com redução significativa da pressão vesical máxima (p= 0.001) e aumento significativo da capacidade vesical máxima (p=0.001) e da complacência vesical (p=0.000). Não se observou significância estatística que confirmasse a interferência dos fatores analisados no tratamento urológico. Conclusão: O estudo confirmou a significativa melhora dos padrões urodinâmicos observada nos exames de controle, reafirmando a importância de investigar a sequela urológica nestas crianças. |
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Cruz, Glaura Nísya de OliveiraMonteiro, Lucia Maria da CostaSalles, Tania Regina Dias Saad2022-12-26T11:20:12Z2022-12-26T11:20:12Z2022CRUZ, Glaura Nísya de Oliveira. Fatores que interferem na evolução urológica de pacientes com disfunção neurogênica do trato urinário inferior causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus. 2022. 127f. Tese, (doutorado)-Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56205Introdução: A disfunção neurogênica do trato urinário inferior (DNTUI) é uma sequela urológica da Síndrome Congênita do Zika vírus6 (SCZV). Apesar de os pacientes com SCZV e DNTUI receberem o mesmo tratamento, tem-se observado evolução diferente. Objetivo: Avaliar a existência de fatores de interferência para a resposta ao tratamento urológico nas crianças portadoras de SCZV, especificamente: (1) Identificar seu perfil sociodemográfico, clínico, neurológico e urológico; (2) Avaliar o efeito do tratamento nas variáveis de risco urológico e (3) Avaliar o efeito dos fatores sociodemográficos, clínicos e neurológicos na resposta ao tratamento urológico destes pacientes. Metodologia: Estudo transversal incluindo crianças assistidas na coorte institucional do IFF com SCZV e DNTUI, tratadas nos ambulatórios de Urodinâmica e Neurologia entre 2015 e 2021 e com duas avaliações urodinâmicas realizadas. Variáveis sociodemográficas, clínicas, neurológicas e urológicas foram coletadas através de ficha própria. O primeiro e o segundo exame de urodinâmica foram comparados para avaliar a evolução, após a intervenção terapêutica. Com a finalidade de avaliar fatores de interferência para a resposta ao tratamento urológico, as crianças foram separadas em dois grupos - as que apresentaram alguma melhora urodinâmica e as que não, correlacionando as variáveis com a resposta ao tratamento. Analisou-se as variáveis categóricas pela frequência de ocorrência e as numéricas pela média e desvio padrão, comparando os grupos pelo chi-square test. Resultados: Foram incluídas 50 crianças, 50% do sexo feminino e 54% acima de 12 meses de idade; 70% tiveram exposição vertical ao vírus no primeiro trimestre da gestação, 62% com microcefalia grave e a maioria com dilatação ventricular, síndrome cortical e epiléptica, todas com DNTUI, 74% com perfil urológico. Resultados: Foram incluídas 50 crianças, 50% do sexo feminino e 54% acima de 12 meses de idade; 70% tiveram exposição vertical ao vírus no primeiro trimestre da gestação, 62% com microcefalia grave e a maioria com dilatação ventricular, síndrome cortical e epiléptica, todas com DNTUI, 74% com perfil urológico de risco para trato urinário superior. No parto, 86% das mães tinham entre 18 e 36 anos de idade e menos de oito anos de estudo. Entre as 50 crianças, 41 apresentaram alguma melhora urodinâmica pós-tratamento, com redução significativa da pressão vesical máxima (p= 0.001) e aumento significativo da capacidade vesical máxima (p=0.001) e da complacência vesical (p=0.000). Não se observou significância estatística que confirmasse a interferência dos fatores analisados no tratamento urológico. Conclusão: O estudo confirmou a significativa melhora dos padrões urodinâmicos observada nos exames de controle, reafirmando a importância de investigar a sequela urológica nestas crianças.Introduction: Neurogenic Lower Urinary Tract Dysfunction (NLUTD) is a urological sequel of Congenital Zika Syndrome6 (CZS). Although these patients received the same treatment, they did not respond in the same way. Objective: To evaluate the presence of interference factors in the response to the urological treatment in children with CZS, specifically: (1) To identify their sociodemographic, clinical, neurological and urological profile; (2) To evaluate the effect of treatment on the urological risk variables and (3) To evaluate the effect of sociodemographic, clinical and neurological factors on the response to their urological treatment. Methodology: Cross-sectional study including children assisted in the institutional cohort of IFF with CZS and NLUTD, treated in the Urodynamic and in the Neurology outpatient clinics between 2015 and 2021, who have performed two urodynamic evaluations. Sociodemographic, clinical, neurological, and urological variables were collected through a specific research form. The first and second urodynamics exams were compared to evaluate urological response after the therapeutic intervention. To evaluate the presence of interference factors on urological treatment, the children were separated into two groups - those that presented any urodynamic improvement and those that did not, correlating the variables with the response to treatment. Categorical variables were analyzed by frequency of occurrence and numerical variables by mean and standard deviation, comparing the groups by chi-square test. Results: Fifty children were included, 50% female and 54% older than 12 months of age; 70% were vertically exposed to the virus during in the first trimester of pregnancy, 62% developed severe microcephaly and the majority also presented ventricular dilation, and cortical and epileptic syndrome. All presented DNTUI, 74% with an urological risk profile to the upper urinary tract. At birth, 86% of the mothers were between 18 and 36 years of age and had completed less than eight years of schooling. Among the 50 children, 41 presented some post-treatment urodynamic improvements, including a significant reduction in the maximum bladder pressure (p= 0.001) and a significant increase in the maximum bladder capacity (p=0.001) and bladder compliance (p=0.000). There was no statistical significance that confirmed the interference of the factors in the urological treatment. Conclusion: The study confirmed the significant improvement in urodynamic patterns, when compared the first with the control exams, reaffirming the importance of investigating urological sequelae in these children.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSíndrome Congênita do Zika VírusDisfunção Neurogênica do Trato Urinário InferiorInfecção do Trato UrinárioSistema Nervoso CentralInfecção por Zika virus: complicaçõesBexiga Urinaria NeurogênicaSintomas do Trato Urinário InferiorMicrocefaliaFatores que interferem na evolução urológica de pacientes com disfunção neurogênica do trato urinário inferior causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2022Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56205/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALglaura_cruz_iff_dout_2022.pdfapplication/pdf2658018https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56205/2/glaura_cruz_iff_dout_2022.pdffb60619ae4ce42bf93cf749392a123f4MD52icict/562052022-12-26 08:20:13.7oai:www.arca.fiocruz.br:icict/56205Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-12-26T11:20:13Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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