Antígenos envolvidos na invasão dos reticulócitos pelo Plasmodium vivax: variabilidade genética do hospedeiro vertebrado e modulação da resposta imune humoral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torres, Letícia de Menezes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19639
Resumo: O Plasmodium vivax infecta os reticulócitos por meio de uma via de invasão principal que envolve a interação entre a Duffy binding protein (região II, DBP II ) e seu receptor nos reticulócitos, o antígeno de grupo sanguíneo Duffy receptor de q uimiocinas (DARC). Contudo, uma via de invasão alternativa pode envolver uma proteína do parasito recém - descrita, denominada EBP2 (Erythrocyte Binding Protein 2). Apesar da exposição natural ao P. vivax induza uma resposta de anticorpos capaz de bloquear a interação DBP II - DARC, a maioria dos indivíduos expostos à malária não desenvolvem anticorpos inibitórios ( binding inhibitory antibodies, BIAbs). Embora estudos prévios demonstraram que polimorfismos na DBP II contribuem para a baixa imunogenicidade da prot eína, a influência da variabilidade genética do hospedeiro vertebrado nesta resposta tem sido pouco estudada. Neste contexto, o presente estudo investigou a contribuição dos polimorfismos genéticos do receptor DARC e do sistema HLA classe II na resposta de anticorpos contra a DBP II . Adicionalmente, caracterizamos a nova proteína EBP2 do P. vivax , incluindo avaliação das suas propriedades de ligação ao eritrócito/reticulócito e estudos de imunogenicidade. Para isso, um estudo prospectivo, do tipo coorte aber ta, foi conduzido com 620 indivíduos naturalmente expostos ao P. vivax na região da Amazônia brasileira (comunidade de Rio Pardo/AM). Este estudo incluiu cinco cortes transversais, sendo três conduzidas no primeiro ano de acompanhamento (linha - de - base, 6 e 12 meses) e dois cortes transversais, 6 e 7 anos depois. Nesta comunidade os alelos mais comuns do receptor DARC ( FY*A, FY*B and FY*B ES ) foram genotipados por PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo - real, e as variantes do HLA II ( loci DRB1, DQB1 an d DQA1) genotipadas por PCR - SSO (PCR com oligonucleotídeos de sequência específica pela tecnologia Luminex). As respostas de anticorpos específicos foram avaliadas nos cortes tranversais por meio da sorologia convencional (anticorpos IgG detectados pelo en saio de ELISA), bem como por ensaios funcionais de inibição (ensaios in vitro para detecção de BIAbs). Em conjunto, os resultados permitiram demonstrar que: (i) a variabilidade genética do receptor DARC influencia na resposta BIAbs anti - DBP II , sendo esses anticorpos inibitórios mais frequentes em indivíduos heterozigotos carreadores de um alelo chamado “não - funcional” ou silencioso de DARC ( FY*B ES ); a habilidade dos polimorfismos de DARC em influenciar nas propriedades funcionais dos anticorpos pode ser det ectada durante todo o período de acompanhamento (neste caso, 12 - meses); (ii) a variabilidade genética do HLA II influenciou na aquisição e manutenção da resposta de anticorpos anti - DBP II , sendo que diferentes alelos e haplótipos influenciaram tanto na resp osta detectada pela sorologia convencional (ELISA) quanto na de anticorpos funcionais (BIAbs). Estudos de modelagem molecular das variantes HLA - DRB1 permitiram identificar diferenças estruturais, particularmente na fenda de ligação entre peptídeo - HLADRB1, que poderiam explicar os diferentes perfis de respondedores identificados. Com relação a EBP2, (iii) foi possível demonstrar que essa proteína se liga preferencialmente a reticulócitos imaturos (CD71 high ) e DARC positivos; ( iv) na população estudada, antic orpos anti - EBP2 foram mais frequentes que anticorpos anti - DBP II . De importância, 6 e 7 anos após o início do estudo, o perfil de resposta de anticorpos anti - EBP2 se manteve estável, mesmo com a redução dos níveis de transmissão de malária na região; no mes mo período, anticorpos anti - DBP II diminuíram significativamente. Em conclusão, os resultados aqui encontrados fornecem evidências de que a variabilidade genética do hospedeiro vertebrado deverá ser levada em consideração no desenvolvimento de vacinas basea das na DBP II . Além disso, reforça os achados iniciais que sugerem que a EBP2 pode ser um candidato promissor para compor uma vacina contra as formas sanguíneas do P. vivax ; além de ser altamente imunogênica na população estudada, a proteína apresenta carac terísticas funcionais compatíveis com uma possível função na invasão de reticulócitos jovens (DARC positivos) pelo P. vivax
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Contudo, uma via de invasão alternativa pode envolver uma proteína do parasito recém - descrita, denominada EBP2 (Erythrocyte Binding Protein 2). Apesar da exposição natural ao P. vivax induza uma resposta de anticorpos capaz de bloquear a interação DBP II - DARC, a maioria dos indivíduos expostos à malária não desenvolvem anticorpos inibitórios ( binding inhibitory antibodies, BIAbs). Embora estudos prévios demonstraram que polimorfismos na DBP II contribuem para a baixa imunogenicidade da prot eína, a influência da variabilidade genética do hospedeiro vertebrado nesta resposta tem sido pouco estudada. Neste contexto, o presente estudo investigou a contribuição dos polimorfismos genéticos do receptor DARC e do sistema HLA classe II na resposta de anticorpos contra a DBP II . Adicionalmente, caracterizamos a nova proteína EBP2 do P. vivax , incluindo avaliação das suas propriedades de ligação ao eritrócito/reticulócito e estudos de imunogenicidade. Para isso, um estudo prospectivo, do tipo coorte aber ta, foi conduzido com 620 indivíduos naturalmente expostos ao P. vivax na região da Amazônia brasileira (comunidade de Rio Pardo/AM). Este estudo incluiu cinco cortes transversais, sendo três conduzidas no primeiro ano de acompanhamento (linha - de - base, 6 e 12 meses) e dois cortes transversais, 6 e 7 anos depois. Nesta comunidade os alelos mais comuns do receptor DARC ( FY*A, FY*B and FY*B ES ) foram genotipados por PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo - real, e as variantes do HLA II ( loci DRB1, DQB1 an d DQA1) genotipadas por PCR - SSO (PCR com oligonucleotídeos de sequência específica pela tecnologia Luminex). As respostas de anticorpos específicos foram avaliadas nos cortes tranversais por meio da sorologia convencional (anticorpos IgG detectados pelo en saio de ELISA), bem como por ensaios funcionais de inibição (ensaios in vitro para detecção de BIAbs). Em conjunto, os resultados permitiram demonstrar que: (i) a variabilidade genética do receptor DARC influencia na resposta BIAbs anti - DBP II , sendo esses anticorpos inibitórios mais frequentes em indivíduos heterozigotos carreadores de um alelo chamado “não - funcional” ou silencioso de DARC ( FY*B ES ); a habilidade dos polimorfismos de DARC em influenciar nas propriedades funcionais dos anticorpos pode ser det ectada durante todo o período de acompanhamento (neste caso, 12 - meses); (ii) a variabilidade genética do HLA II influenciou na aquisição e manutenção da resposta de anticorpos anti - DBP II , sendo que diferentes alelos e haplótipos influenciaram tanto na resp osta detectada pela sorologia convencional (ELISA) quanto na de anticorpos funcionais (BIAbs). Estudos de modelagem molecular das variantes HLA - DRB1 permitiram identificar diferenças estruturais, particularmente na fenda de ligação entre peptídeo - HLADRB1, que poderiam explicar os diferentes perfis de respondedores identificados. Com relação a EBP2, (iii) foi possível demonstrar que essa proteína se liga preferencialmente a reticulócitos imaturos (CD71 high ) e DARC positivos; ( iv) na população estudada, antic orpos anti - EBP2 foram mais frequentes que anticorpos anti - DBP II . De importância, 6 e 7 anos após o início do estudo, o perfil de resposta de anticorpos anti - EBP2 se manteve estável, mesmo com a redução dos níveis de transmissão de malária na região; no mes mo período, anticorpos anti - DBP II diminuíram significativamente. Em conclusão, os resultados aqui encontrados fornecem evidências de que a variabilidade genética do hospedeiro vertebrado deverá ser levada em consideração no desenvolvimento de vacinas basea das na DBP II . Além disso, reforça os achados iniciais que sugerem que a EBP2 pode ser um candidato promissor para compor uma vacina contra as formas sanguíneas do P. vivax ; além de ser altamente imunogênica na população estudada, a proteína apresenta carac terísticas funcionais compatíveis com uma possível função na invasão de reticulócitos jovens (DARC positivos) pelo P. vivaxThe malaria parasite Plasmodium vivax infects the red blood cells through a primarily pathway that requires the interaction between the Duffy Binding protein (region II, DBP II ) and its cognate receptor , Duffy antigen receptor for chemokines (DARC). An alternativ e invasion pathway may involve a recent described protein, named EBP2 (Erythrocyte binding protein 2) . Although natural exposure to P. vivax induces an antibody response able to block DBP II - DARC interaction, a high proportion of individuals fails to develop DBP II binding inhibitory antibodies (BIAbs). While previous studies demonstrated that DBP II polymorphisms contribute to its low immunogenicity, the influence of host genetic variation has been underestimated. Here, we investigated the contribution of genetic polymorphisms in the DARC receptor and in the HLA class II complex on the antibody responses against DBP II . Additionally, we have characterized the new P. vivax protein EBP2, including its b inding properties and immunogenicity. For that, an open cohort study was carried out among 620 volunteers from a native Amazonian community (Rio Pardo, AM). The study design included five cross - sectional surveys, three carriedout during the first follow - up year (baseline, 6 and 12 months), and two at 6 and 7 years later. Common DARC alleles ( FY*A, FY*B and FY*B ES ) were genotyped by real - time PCR (polymerase chain reaction) and HLA class II allelic variants (DRB1, DQB1 and DQA1 loci) were genotyped by PCR - SS O (s equence - s pecific o ligonucleotide primed PCR, with Luminex technology). Antibody responses were evaluated in all cross - sectional surveys by conventional serology (IgG ELISA - detected antibodies) or binding inhibitory assays (BIAbs in vitro assays). Taken together, the results showed that : (i) DARC variability influenced on the DBPII BIAbs response, with inhibitory antibodies found more frequent in heterozygous individuals carrying a DARC - silent allele ( FY*B ES ); the ability of DARC polymorphisms to affect functional properties of DBP II antibodies was detected during the follow - up period (12 - months); (ii) the variability of HLA class II genes influenced in the development and persistence of DBPII immune responses, with different alleles and haplotypes influ enced in both, conventional (IgG - ELISA detected) and functional (BIAbs) antibody responses. Modelling the structural effects of the HLA - DRB1 variants showed a number of differences in the peptide - binding groove, which may explain the differences in subject responses. Related to EBP2, (iii) we revealed that this protein binds preferentially to early DARC positive reticulocytes (CD71 high ), and its antigenicity is distinct from DBP II ; (iv) in the study population, EBP2 ELISA - detected IG antibodies were more fr equent that anti - DBPII antibodies. Of interest, six to seven years later, when malaria transmission had declined in the study area, the profile of EBP2 antibody response remained stable while DBP II antibodies dropped significantly. In conclusion, we provid ed evidences that host variability may be critical on the development of DBP II - based vaccines. In addition, EBP2 seems to be a promise vaccine candidate; besides being highly immunogenic in naturally exposed population, EBP2 may play a role in the invasion of immature Duffy - positive reticulocytes by P.vivax.CAPESFundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porMalária VivaxPlasmodium vivaxImunidade HumoralSistema do Grupo S anguíneo DuffyMalária Vivax/transmissionPlasmodium vivax /parasitologyHumoral Immunity/geneticsDuffy blood groupMalária VivaxPlasmodium vivaxImunidade HumoralSistema do Grupo Sanguíneo DuffyAntígenos envolvidos na invasão dos reticulócitos pelo Plasmodium vivax: variabilidade genética do hospedeiro vertebrado e modulação da resposta imune humoralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Fundação Oswaldo Cruz. 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Imunidade Humoral
Sistema do Grupo Sanguíneo Duffy
description O Plasmodium vivax infecta os reticulócitos por meio de uma via de invasão principal que envolve a interação entre a Duffy binding protein (região II, DBP II ) e seu receptor nos reticulócitos, o antígeno de grupo sanguíneo Duffy receptor de q uimiocinas (DARC). Contudo, uma via de invasão alternativa pode envolver uma proteína do parasito recém - descrita, denominada EBP2 (Erythrocyte Binding Protein 2). Apesar da exposição natural ao P. vivax induza uma resposta de anticorpos capaz de bloquear a interação DBP II - DARC, a maioria dos indivíduos expostos à malária não desenvolvem anticorpos inibitórios ( binding inhibitory antibodies, BIAbs). Embora estudos prévios demonstraram que polimorfismos na DBP II contribuem para a baixa imunogenicidade da prot eína, a influência da variabilidade genética do hospedeiro vertebrado nesta resposta tem sido pouco estudada. Neste contexto, o presente estudo investigou a contribuição dos polimorfismos genéticos do receptor DARC e do sistema HLA classe II na resposta de anticorpos contra a DBP II . Adicionalmente, caracterizamos a nova proteína EBP2 do P. vivax , incluindo avaliação das suas propriedades de ligação ao eritrócito/reticulócito e estudos de imunogenicidade. Para isso, um estudo prospectivo, do tipo coorte aber ta, foi conduzido com 620 indivíduos naturalmente expostos ao P. vivax na região da Amazônia brasileira (comunidade de Rio Pardo/AM). Este estudo incluiu cinco cortes transversais, sendo três conduzidas no primeiro ano de acompanhamento (linha - de - base, 6 e 12 meses) e dois cortes transversais, 6 e 7 anos depois. Nesta comunidade os alelos mais comuns do receptor DARC ( FY*A, FY*B and FY*B ES ) foram genotipados por PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo - real, e as variantes do HLA II ( loci DRB1, DQB1 an d DQA1) genotipadas por PCR - SSO (PCR com oligonucleotídeos de sequência específica pela tecnologia Luminex). As respostas de anticorpos específicos foram avaliadas nos cortes tranversais por meio da sorologia convencional (anticorpos IgG detectados pelo en saio de ELISA), bem como por ensaios funcionais de inibição (ensaios in vitro para detecção de BIAbs). Em conjunto, os resultados permitiram demonstrar que: (i) a variabilidade genética do receptor DARC influencia na resposta BIAbs anti - DBP II , sendo esses anticorpos inibitórios mais frequentes em indivíduos heterozigotos carreadores de um alelo chamado “não - funcional” ou silencioso de DARC ( FY*B ES ); a habilidade dos polimorfismos de DARC em influenciar nas propriedades funcionais dos anticorpos pode ser det ectada durante todo o período de acompanhamento (neste caso, 12 - meses); (ii) a variabilidade genética do HLA II influenciou na aquisição e manutenção da resposta de anticorpos anti - DBP II , sendo que diferentes alelos e haplótipos influenciaram tanto na resp osta detectada pela sorologia convencional (ELISA) quanto na de anticorpos funcionais (BIAbs). Estudos de modelagem molecular das variantes HLA - DRB1 permitiram identificar diferenças estruturais, particularmente na fenda de ligação entre peptídeo - HLADRB1, que poderiam explicar os diferentes perfis de respondedores identificados. Com relação a EBP2, (iii) foi possível demonstrar que essa proteína se liga preferencialmente a reticulócitos imaturos (CD71 high ) e DARC positivos; ( iv) na população estudada, antic orpos anti - EBP2 foram mais frequentes que anticorpos anti - DBP II . De importância, 6 e 7 anos após o início do estudo, o perfil de resposta de anticorpos anti - EBP2 se manteve estável, mesmo com a redução dos níveis de transmissão de malária na região; no mes mo período, anticorpos anti - DBP II diminuíram significativamente. Em conclusão, os resultados aqui encontrados fornecem evidências de que a variabilidade genética do hospedeiro vertebrado deverá ser levada em consideração no desenvolvimento de vacinas basea das na DBP II . Além disso, reforça os achados iniciais que sugerem que a EBP2 pode ser um candidato promissor para compor uma vacina contra as formas sanguíneas do P. vivax ; além de ser altamente imunogênica na população estudada, a proteína apresenta carac terísticas funcionais compatíveis com uma possível função na invasão de reticulócitos jovens (DARC positivos) pelo P. vivax
publishDate 2017
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