Interação das toxinas Cry do Bacillus thuringiensis svar. israelensis com o mesêntero de larvas do vetor Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Beltrão, Henrique de Barros Moreira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3931
Resumo: O Bacillus thuringiensis svar. israelensis (Bti) é um importante entomopatógeno utilizado na produção de larvicidas para o controle do Aedes aegypti, vetor da dengue. A toxicidade do Bti está baseada no cristal, produzido durante a esporulação, que contém quatro protoxinas Cry11Aa (70 kDa), Cry4Aa (125 kDa), Cry4Ba (130 kDa) e Cyt1A (28 kDa). Sua ação ocorre através da ingestão dos cristais que são solubilizados no mesêntero, onde as protoxinas são liberadas e clivadas por serina-proteases em toxinas ativas que agem em sinergia no epitélio intestinal e provocam a morte das larvas. Apesar da alta seletividade do Bti, ainda não foi completamente elucidado como as toxinas Cry interagem com os receptores específicos presentes no epitélio das larvas. O objetivo principal do trabalho foi caracterizar, através de ensaios in vitro de natureza quantitativa, a capacidade de ligação de cada toxina Cry (4Aa, 4Ba e 11Aa) às preparações de microvilli intestinal (BBMF) de larvas de Ae. aegypti. Para tal, cada componente Cry foi produzido a partir de cepas recombinantes, Bt cepa 4Q2-81, para produção de biomassas. A atividade inseticida das biomassas para larvas do 3o/4o estádios foi determinada através de bioensaios e, outra parte da biomassa foi utilizada para a obtenção dos cristais. Os cristais contendo cada protoxina foram processados in vitro e uma amostra de cada uma delas foi marcada com iodo (I125). Para realizar os estudos de ligação foram feitas preparações BBMF, a partir de larvas do 3o/4o estádios. Os estudos da capacidade de ligação da toxina foram realizados através de ensaios de competição, de saturação e de cinética, através de incubações entre a toxina- I125 e preparações de BBMF, na ausência ou na presença de um competidor. (...) Os resultados obtidos mostraram que as toxinas Cry competem pelos mesmos sítios e partilham receptores presentes na BBMF. Em todos os casos estudados, a afinidade do complexo toxinareceptor não foi elevada, e não foi detectada sinergia entre as toxinas Cry para a ligação à BBMF. A ligação entre as toxinas-I125 e a BBMF é irreversível, e observou-se uma forte tendência à oligomerização nos três casos. Os resultados obtidos nesse trabalho sugerem que a toxicidade das toxinas Cry para larvas de Aedes está relacionada à etapa irreversível de ligação com os receptores, e não é caracterizada por um padrão elevado de afinidade do complexo toxina-receptor ...
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Beltrão, Henrique de Barros Moreira
Receptores
Bioinseticidas
Toxinas Cry
Modo de ação
Controle de vetores
Cry toxins
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Receptors
Bioinsecticides
Bacillus thuringiensis/metabolismo
Bacillus thuringiensis/patogenicidade
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