Doença de Chagas no Piauídistribuição geográfica dos óbitos de 2003 a 2013 e identificação de vetores em comunidades rurais de São João do Piauí

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, José Felipe Pinheiro do Nascimento
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25153
Resumo: A Doença de Chagas (DC) é uma antropozoonose distribuída por toda a América Latina, onde é considerada uma enfermidade endêmica, devido ao forte desequilíbrio ecológico provocado pelo crescimento urbano em áreas rurais, principalmente pelo processo de expansão agrícola. No Piauí a DC tem relatos desde o início do século XX, entretanto os primeiros registros científicos só ocorrem na década de 70, e desde então alguns estudos foram realizados no estado a fim de apontar a dinâmica de transmissão, as características clínicas e as principais espécies de vetores da enfermidade. Os objetivos deste estudo foi verificar a presença de vetores da Doença de Chagas no peri e intradomicilio em unidades domiciliares de 11 comunidades rurais no município de São João do Piauí e avaliar os indicadores de mortalidade de DC entre os anos de 2003 a 2013 no estado do Piauí através do SIM do DATASUS. Entre as moradias estudadas, 15 (50%) estavam infestadas com Triatoma brasiliensis macromelasoma, incluindo ninfas e adultos, sendo coletados 279 exemplares. Entre os insetos constituintes de colônias intradomiciliares, 76 (67,6%) eram estágios de ninfas, sendo 6 (N1), 15 (N2), 30 (N3), 7 (N4) e 18 (N5) e 37 adultos, sendo 23 fêmeas e 14 machos, já no peridomicílio foram encontradas 88 estágios de ninfas, sendo 4 (N1), 15 (N2), 29 (N3), 10 (N4) e 30 (N5) e 18 adultos 12 fêmeas e 6 machos. No período compreendido da análise de mortalidade, registou-se 816 óbitos distribuídos em 61% (137) dos municípios do estado, nas quatro macrorregiões do estado (Litoral, Meio Norte, Cerrado e Semiárido) A região de saúde que apresentou o maior quantitativo de óbitos foi a Chapada das Mangabeiras com 192 óbitos e o menor quantitativo foi encontrado na planície litorânea com 2 óbitos. O sexo feminino apresentou 311 óbitos e o masculino com 505, com maior numero de registros ocorrendo acima dos 40 anos. A taxa de mortalidade média anual no estado é de aproximadamente 3,93/100.000 hab., representando um valor médio acima de 80 mortes por ano, com aproximadamente 7 a cada mês. O município identificado com maior número de óbitos por DC foi São João do Piauí com 72 registros, e o município de Campinas do Piauí apresentou a maior taxa de mortalidade 43,86. A interação contínua de triatomíneos e do homem permite a transmissão da Doença de Chagas nas comunidades estudadas, tornando a população em risco continuo. A reativação de atividades de controle é urgente em todo o estado e principalmente na Serra da Capivara com destaque para São João do Piauí e os municípios limítrofes
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No Piauí a DC tem relatos desde o início do século XX, entretanto os primeiros registros científicos só ocorrem na década de 70, e desde então alguns estudos foram realizados no estado a fim de apontar a dinâmica de transmissão, as características clínicas e as principais espécies de vetores da enfermidade. Os objetivos deste estudo foi verificar a presença de vetores da Doença de Chagas no peri e intradomicilio em unidades domiciliares de 11 comunidades rurais no município de São João do Piauí e avaliar os indicadores de mortalidade de DC entre os anos de 2003 a 2013 no estado do Piauí através do SIM do DATASUS. Entre as moradias estudadas, 15 (50%) estavam infestadas com Triatoma brasiliensis macromelasoma, incluindo ninfas e adultos, sendo coletados 279 exemplares. Entre os insetos constituintes de colônias intradomiciliares, 76 (67,6%) eram estágios de ninfas, sendo 6 (N1), 15 (N2), 30 (N3), 7 (N4) e 18 (N5) e 37 adultos, sendo 23 fêmeas e 14 machos, já no peridomicílio foram encontradas 88 estágios de ninfas, sendo 4 (N1), 15 (N2), 29 (N3), 10 (N4) e 30 (N5) e 18 adultos 12 fêmeas e 6 machos. No período compreendido da análise de mortalidade, registou-se 816 óbitos distribuídos em 61% (137) dos municípios do estado, nas quatro macrorregiões do estado (Litoral, Meio Norte, Cerrado e Semiárido) A região de saúde que apresentou o maior quantitativo de óbitos foi a Chapada das Mangabeiras com 192 óbitos e o menor quantitativo foi encontrado na planície litorânea com 2 óbitos. O sexo feminino apresentou 311 óbitos e o masculino com 505, com maior numero de registros ocorrendo acima dos 40 anos. A taxa de mortalidade média anual no estado é de aproximadamente 3,93/100.000 hab., representando um valor médio acima de 80 mortes por ano, com aproximadamente 7 a cada mês. O município identificado com maior número de óbitos por DC foi São João do Piauí com 72 registros, e o município de Campinas do Piauí apresentou a maior taxa de mortalidade 43,86. A interação contínua de triatomíneos e do homem permite a transmissão da Doença de Chagas nas comunidades estudadas, tornando a população em risco continuo. A reativação de atividades de controle é urgente em todo o estado e principalmente na Serra da Capivara com destaque para São João do Piauí e os municípios limítrofesChagas disease (CD) is an anthropozoonosis malady widespread around all Latin America, where is considered an endemic disease due to sudden ecological changes as a result of a rapid urban development in rural places, mainly by the agricultural expansion process. In Piaui, registered cases of CD date from the twentieth, although the first reports only occur in the 70's, since then several studies have been carried out in the state to point out the dynamics of transmission, clinical characteristics and the main species of vectors of the disease. This survey aimed to assess the presence of Chagas disease vectors in domiciliary units in rural communities in São João do Piaui, northeastern Brazil through active search of triatomines in the peri and intradomiciles in 11 communities and to evaluate the mortality indicators of CD between the years 2003 to 2013 in the state of Piaui. Among dwellings studied, 15 (50%) were infested with Triatoma brasiliensis macromelasoma, including nymphs and adult insects, 279 specimens being collected. Among insects constituting intradomiciliary colonies, 73 (67.6%) were nymphal instars, being six 1st intar 6 (N1), 15 (N2), 30 (N3), 7 (N4), and 18 (N5) and 37 adults 23 females e 14 males, were found in the peridomicile 4 (N1), 15 (N2), 29 (N3), 10 (N4) and 30 (N5) and 18 adults 12 females and 6 male. In the time of the study, 816 deaths were registered, dispersed in 61% (137) of the municipalities of the state and present in all five macroregions (Coastal, Middle North, Cerrado and Semi-Arid) Sawed mangabeiras was the regions that showed the highest number of death (192), while coastal plain registered less mortality with 2 deaths. The female gender had 311 deaths, while male gender exhibited 505, with highest rates among people with more than 40 years old. The average of mortality rate per year in the Piaui state is about 3,93 per 100.000 in habitant, representing an average of 80 deaths per year, equivalent to 7 per month. São Joao do Piaui was the municipality with higher number of cases (72), while Campinas do Piaui had the highest mortality rate (43,86). Continuous interaction of triatomines and men allows Chagas disease transmission in the studied communities, exposing the population to severe risk. The reactivation of control activities is urgent throughout Piaui and especially Sawed Capivara, with emphasis on Sao Joao do PiauiFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDoença de ChagasTriatomaEpidemiologiaDoença de Chagas no Piauídistribuição geográfica dos óbitos de 2003 a 2013 e identificação de vetores em comunidades rurais de São João do Piauíinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzTeresinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25153/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALjose_vieira_ioc_mest_2017.pdfapplication/pdf2543686https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25153/2/jose_vieira_ioc_mest_2017.pdfe9ab75e1ec7edb63612704594482454aMD52TEXTjose_vieira_ioc_mest_2017.pdf.txtjose_vieira_ioc_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain126868https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25153/3/jose_vieira_ioc_mest_2017.pdf.txt72b59da990b7beb8904208b39546026eMD53icict/251532023-09-04 11:49:20.424oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25153Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:20Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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