Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27874 |
Resumo: | A malária, doença febril aguda não contagiosa e de evolução potencialmente grave quando não tratada precocemente, tem ampla distribuição geográfica. Este estudo teve o objetivo de descrever a ocorrência, os dados sócio-demográficos, os deslocamentos geográficos e o perfil clínico-laboratorial, dos casos de malária atendidos no Serviço de Doenças Febris Agudas/IPEC/FIOCRUZ no período de 2005 a 2009. Além disso, foi determinada a concordância entre a cura parasitológica e a cura molecular da malária, através da PCR. Foram incluídos 69 pacientes, dos quais 61% com infecção por P.vivax, 26% com infecção por P.falciparum, 10% com infecção mista e 3% com infecção por P.malariae. Observou-se uma freqüência três vezes maior de malária em homens do que em mulheres, sendo a grande parte de viajantes com nível superior de escolaridade que se deslocavam a trabalho. A maioria das infecções foi adquirida no Brasil, em região endêmica e as demais adquiridas em países do continente africano, outros países do continente americano e o continente asiático. Cerca de 45% dos indivíduos procedentes do Brasil eram de quatro cidades: Manaus-AM, Itaituba-PA, Oriximiná-PA e Cruzeiro do Sul-AC. Segundo os dados nacionais, dois (Manaus-AM e Cruzeiro do Sul-AC) desses quatro municípios correspondem a dois dos três que concentram 20% da totalidade dos casos registrados na Amazônia Brasileira O tempo médio estimado de incubação foi de 32 dias, e cinco indivíduos apresentaram um período de incubação \2265 90 dias. A queixa principal motivante da procura de atendimento médico foi febre alta (70%). A tríade clássica da malária esteve presente em 80% dos casos. Os sintomas mais freqüentes foram febre (99%), cefaléia (94%), prostração (94%) e mialgia (91%). Vinte e dois indivíduos foram internados no IPEC no período. Do total de pacientes, 13 apresentaram mais de um critério de definição de malária complicada segundo a OMS, desses, 10 tinham infecção por P.falciparum, dois por P.vivax e uma infecção mista. Além desses 13, outros cinco pacientes com malária por P.vivax apresentaram os seguintes sinais clínicos: hipotensão, desidratação, oligúria, lipotímia associada a hipotensão postural, icterícia detectável clinicamente, considerados como preditivos de gravidade, embora não considerados pela classificação da OMS, totalizando 18 casos graves O tempo médio decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico de malária foi: dez dias, com máximo de 88 dias. A trombocitopenia grave foi observada em treze pacientes (22%), que não apresentaram sangramento ativo. A anemia ocorreu em 51% dos pacientes, sem correlação com o número de parasitos por mm3. A concordância entre o resultado do exame parasitológico direto e do teste molecular para o gênero Plasmodium foi 89.7%, a sensibilidade 97% e a especificidade 84%. Conclui-se que a Unidade se presta ao papel de sentinela de malária; que mais estudos clínicoepidemiológicos com número maior de pacientes na região extra-Amazônica devem ser realizados a fim de confirmar a emergência de gravidade por P.vivax no Brasil, validar os sinais preditivos de gravidade para infecções por P.vivax, avaliar a associação entre trombocitopenia e sangramentos ativos, e observar períodos prolongados de infecção em regiões não endêmicas onde a possibilidade de re-infecção por Plasmodium é inexpressiva. |
id |
CRUZ_c53f790b9f6c5e1157cd235bddb801cf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27874 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Costa, Anielle de PinaBrasil, PatríciaCruz, Maria de Fatima Ferreira da2018-08-06T13:14:54Z2018-08-06T13:14:54Z2009COSTA, Anielle de Pina. Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela. 2009. 106 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27874A malária, doença febril aguda não contagiosa e de evolução potencialmente grave quando não tratada precocemente, tem ampla distribuição geográfica. Este estudo teve o objetivo de descrever a ocorrência, os dados sócio-demográficos, os deslocamentos geográficos e o perfil clínico-laboratorial, dos casos de malária atendidos no Serviço de Doenças Febris Agudas/IPEC/FIOCRUZ no período de 2005 a 2009. Além disso, foi determinada a concordância entre a cura parasitológica e a cura molecular da malária, através da PCR. Foram incluídos 69 pacientes, dos quais 61% com infecção por P.vivax, 26% com infecção por P.falciparum, 10% com infecção mista e 3% com infecção por P.malariae. Observou-se uma freqüência três vezes maior de malária em homens do que em mulheres, sendo a grande parte de viajantes com nível superior de escolaridade que se deslocavam a trabalho. A maioria das infecções foi adquirida no Brasil, em região endêmica e as demais adquiridas em países do continente africano, outros países do continente americano e o continente asiático. Cerca de 45% dos indivíduos procedentes do Brasil eram de quatro cidades: Manaus-AM, Itaituba-PA, Oriximiná-PA e Cruzeiro do Sul-AC. Segundo os dados nacionais, dois (Manaus-AM e Cruzeiro do Sul-AC) desses quatro municípios correspondem a dois dos três que concentram 20% da totalidade dos casos registrados na Amazônia Brasileira O tempo médio estimado de incubação foi de 32 dias, e cinco indivíduos apresentaram um período de incubação \2265 90 dias. A queixa principal motivante da procura de atendimento médico foi febre alta (70%). A tríade clássica da malária esteve presente em 80% dos casos. Os sintomas mais freqüentes foram febre (99%), cefaléia (94%), prostração (94%) e mialgia (91%). Vinte e dois indivíduos foram internados no IPEC no período. Do total de pacientes, 13 apresentaram mais de um critério de definição de malária complicada segundo a OMS, desses, 10 tinham infecção por P.falciparum, dois por P.vivax e uma infecção mista. Além desses 13, outros cinco pacientes com malária por P.vivax apresentaram os seguintes sinais clínicos: hipotensão, desidratação, oligúria, lipotímia associada a hipotensão postural, icterícia detectável clinicamente, considerados como preditivos de gravidade, embora não considerados pela classificação da OMS, totalizando 18 casos graves O tempo médio decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico de malária foi: dez dias, com máximo de 88 dias. A trombocitopenia grave foi observada em treze pacientes (22%), que não apresentaram sangramento ativo. A anemia ocorreu em 51% dos pacientes, sem correlação com o número de parasitos por mm3. A concordância entre o resultado do exame parasitológico direto e do teste molecular para o gênero Plasmodium foi 89.7%, a sensibilidade 97% e a especificidade 84%. Conclui-se que a Unidade se presta ao papel de sentinela de malária; que mais estudos clínicoepidemiológicos com número maior de pacientes na região extra-Amazônica devem ser realizados a fim de confirmar a emergência de gravidade por P.vivax no Brasil, validar os sinais preditivos de gravidade para infecções por P.vivax, avaliar a associação entre trombocitopenia e sangramentos ativos, e observar períodos prolongados de infecção em regiões não endêmicas onde a possibilidade de re-infecção por Plasmodium é inexpressiva.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMaláriaVigilância de Evento SentinelaPlasmodium VivaxPlasmodium FalciparumVigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinelainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2009Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27874/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALanielle_costa_ipec_mest_2009.pdfapplication/pdf3775226https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27874/2/anielle_costa_ipec_mest_2009.pdff580c295751702bdefdb21e7f22715abMD52TEXTanielle_costa_ipec_mest_2009.pdf.txtanielle_costa_ipec_mest_2009.pdf.txtExtracted texttext/plain168987https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27874/3/anielle_costa_ipec_mest_2009.pdf.txt8cdef5e3831985661ca5ffac4940bb1aMD53icict/278742018-08-15 03:26:40.855oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27874Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:26:40Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
title |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
spellingShingle |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela Costa, Anielle de Pina Malária Vigilância de Evento Sentinela Plasmodium Vivax Plasmodium Falciparum |
title_short |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
title_full |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
title_fullStr |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
title_full_unstemmed |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
title_sort |
Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela |
author |
Costa, Anielle de Pina |
author_facet |
Costa, Anielle de Pina |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Anielle de Pina |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Brasil, Patrícia Cruz, Maria de Fatima Ferreira da |
contributor_str_mv |
Brasil, Patrícia Cruz, Maria de Fatima Ferreira da |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Malária Vigilância de Evento Sentinela Plasmodium Vivax Plasmodium Falciparum |
topic |
Malária Vigilância de Evento Sentinela Plasmodium Vivax Plasmodium Falciparum |
description |
A malária, doença febril aguda não contagiosa e de evolução potencialmente grave quando não tratada precocemente, tem ampla distribuição geográfica. Este estudo teve o objetivo de descrever a ocorrência, os dados sócio-demográficos, os deslocamentos geográficos e o perfil clínico-laboratorial, dos casos de malária atendidos no Serviço de Doenças Febris Agudas/IPEC/FIOCRUZ no período de 2005 a 2009. Além disso, foi determinada a concordância entre a cura parasitológica e a cura molecular da malária, através da PCR. Foram incluídos 69 pacientes, dos quais 61% com infecção por P.vivax, 26% com infecção por P.falciparum, 10% com infecção mista e 3% com infecção por P.malariae. Observou-se uma freqüência três vezes maior de malária em homens do que em mulheres, sendo a grande parte de viajantes com nível superior de escolaridade que se deslocavam a trabalho. A maioria das infecções foi adquirida no Brasil, em região endêmica e as demais adquiridas em países do continente africano, outros países do continente americano e o continente asiático. Cerca de 45% dos indivíduos procedentes do Brasil eram de quatro cidades: Manaus-AM, Itaituba-PA, Oriximiná-PA e Cruzeiro do Sul-AC. Segundo os dados nacionais, dois (Manaus-AM e Cruzeiro do Sul-AC) desses quatro municípios correspondem a dois dos três que concentram 20% da totalidade dos casos registrados na Amazônia Brasileira O tempo médio estimado de incubação foi de 32 dias, e cinco indivíduos apresentaram um período de incubação \2265 90 dias. A queixa principal motivante da procura de atendimento médico foi febre alta (70%). A tríade clássica da malária esteve presente em 80% dos casos. Os sintomas mais freqüentes foram febre (99%), cefaléia (94%), prostração (94%) e mialgia (91%). Vinte e dois indivíduos foram internados no IPEC no período. Do total de pacientes, 13 apresentaram mais de um critério de definição de malária complicada segundo a OMS, desses, 10 tinham infecção por P.falciparum, dois por P.vivax e uma infecção mista. Além desses 13, outros cinco pacientes com malária por P.vivax apresentaram os seguintes sinais clínicos: hipotensão, desidratação, oligúria, lipotímia associada a hipotensão postural, icterícia detectável clinicamente, considerados como preditivos de gravidade, embora não considerados pela classificação da OMS, totalizando 18 casos graves O tempo médio decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico de malária foi: dez dias, com máximo de 88 dias. A trombocitopenia grave foi observada em treze pacientes (22%), que não apresentaram sangramento ativo. A anemia ocorreu em 51% dos pacientes, sem correlação com o número de parasitos por mm3. A concordância entre o resultado do exame parasitológico direto e do teste molecular para o gênero Plasmodium foi 89.7%, a sensibilidade 97% e a especificidade 84%. Conclui-se que a Unidade se presta ao papel de sentinela de malária; que mais estudos clínicoepidemiológicos com número maior de pacientes na região extra-Amazônica devem ser realizados a fim de confirmar a emergência de gravidade por P.vivax no Brasil, validar os sinais preditivos de gravidade para infecções por P.vivax, avaliar a associação entre trombocitopenia e sangramentos ativos, e observar períodos prolongados de infecção em regiões não endêmicas onde a possibilidade de re-infecção por Plasmodium é inexpressiva. |
publishDate |
2009 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2009 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-08-06T13:14:54Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-08-06T13:14:54Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
COSTA, Anielle de Pina. Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela. 2009. 106 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27874 |
identifier_str_mv |
COSTA, Anielle de Pina. Vigilância da malária na região extra-amazônica: descrição epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos atendidos em uma unidade sentinela. 2009. 106 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27874 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27874/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27874/2/anielle_costa_ipec_mest_2009.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27874/3/anielle_costa_ipec_mest_2009.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 f580c295751702bdefdb21e7f22715ab 8cdef5e3831985661ca5ffac4940bb1a |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1813009092621369344 |