Epidemiologia da meningite criptocócica no estado do Rio de Janeiro no período de 1994 a 2004
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4595 |
Resumo: | O principal agente de meningite fúngica no mundo é uma levedura capsulada que apresenta duas espécies distintas: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, que fazem parte do complexo C. neoformans. Com o aparecimento da AIDS, houve expressivo aumento na incidência da criptococose. Posteriormente, o uso de antifúngicos profiláticos e a introdução da HAART levaram à redução desta incidência. Objetivamos determinar o perfil epidemiológico da meningite criptocócica no Estado do Rio de Janeiro no período de 1994 a 2004, com base nos dados da Assessoria de Meningite, setor do Centro de Vigilância Epidemiológica da SSE-RJ e, também, avaliar em que medida o perfil epidemiológico disponível no sistema nacional (SINAN) refletiria as ocorrências da meningite criptocócica no ERJ, no período de 2000 a 2004. Um total de 696 casos novos de meningite criptocócica foram registrados no período de 1994 a 2004, representando uma taxa de incidência média anual de 0,45 casos por 100.000 habitantes. Houve predominância do sexo masculino no período, a média de idade foi de 35,9 anos, a AIDS foi a única enfermidade preexistente registrada, estando presente em 61,2% do total de pacientes, e a letalidade foi de 51,8%. No período, não se observou diminuição na incidência após a introdução da HAART. Entretanto, considerando que a incidência de AIDS registrou aumento no período no ERJ e que não foi identificado aumento na incidência da meningite criptocócica, isto sugere que poderia ter havido redução da meningite criptocócica entre os pacientes infectados pelo HIV. A meningite criptocócica, como as demais meningites, deve ser notificada através da Ficha de Investigação Individual de Meningites do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O banco de dados do SINAN foi comparado com um novo banco, denominado “banco ampliado”, composto pelos casos de meningite criptocócica do SINAN, da Assessoria de Meningite e dos registros do laboratório do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião. O SINAN captou 65,7% dos casos presentes no “banco ampliado”, entre 2000 e 2004. A incidência de meningite criptocócica está subestimada no SINAN, mas o perfil dos casos notificados neste sistema reflete o perfil do total de casos, considerando o “banco ampliado” como próximo ao universo dos pacientes com meningite criptocócica no Estado. Não foram observadas diferenças na faixa etária, na proporção homens: mulheres, na letalidade ou no percentual de recidivas. |
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Leimann, Beatriz Consuelo QuinetKoifman, Rosalina Jorge2012-09-06T01:10:55Z2012-09-06T01:10:55Z2007LEIMANN, Beatriz Consuelo Quinet. Epidemiologia da meningite criptocócica no estado do Rio de Janeiro no período de 1994 a 2004. 2007. 79 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4595O principal agente de meningite fúngica no mundo é uma levedura capsulada que apresenta duas espécies distintas: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, que fazem parte do complexo C. neoformans. Com o aparecimento da AIDS, houve expressivo aumento na incidência da criptococose. Posteriormente, o uso de antifúngicos profiláticos e a introdução da HAART levaram à redução desta incidência. Objetivamos determinar o perfil epidemiológico da meningite criptocócica no Estado do Rio de Janeiro no período de 1994 a 2004, com base nos dados da Assessoria de Meningite, setor do Centro de Vigilância Epidemiológica da SSE-RJ e, também, avaliar em que medida o perfil epidemiológico disponível no sistema nacional (SINAN) refletiria as ocorrências da meningite criptocócica no ERJ, no período de 2000 a 2004. Um total de 696 casos novos de meningite criptocócica foram registrados no período de 1994 a 2004, representando uma taxa de incidência média anual de 0,45 casos por 100.000 habitantes. Houve predominância do sexo masculino no período, a média de idade foi de 35,9 anos, a AIDS foi a única enfermidade preexistente registrada, estando presente em 61,2% do total de pacientes, e a letalidade foi de 51,8%. No período, não se observou diminuição na incidência após a introdução da HAART. Entretanto, considerando que a incidência de AIDS registrou aumento no período no ERJ e que não foi identificado aumento na incidência da meningite criptocócica, isto sugere que poderia ter havido redução da meningite criptocócica entre os pacientes infectados pelo HIV. A meningite criptocócica, como as demais meningites, deve ser notificada através da Ficha de Investigação Individual de Meningites do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O banco de dados do SINAN foi comparado com um novo banco, denominado “banco ampliado”, composto pelos casos de meningite criptocócica do SINAN, da Assessoria de Meningite e dos registros do laboratório do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião. O SINAN captou 65,7% dos casos presentes no “banco ampliado”, entre 2000 e 2004. A incidência de meningite criptocócica está subestimada no SINAN, mas o perfil dos casos notificados neste sistema reflete o perfil do total de casos, considerando o “banco ampliado” como próximo ao universo dos pacientes com meningite criptocócica no Estado. Não foram observadas diferenças na faixa etária, na proporção homens: mulheres, na letalidade ou no percentual de recidivas.The most common agent of fungal meningitis worldwide is a capsulated yeast classified into two species: Cryptococcus neoformans and Cryptococcus gattii, part of the C. neoformans species complex. As the AIDS epidemic developed there was a marked increase of incidence with a subsequent fall as a result of the use of prophylactic antifungal drugs and the introduction of HAART. We aimed to evaluate the epidemiology of cryptococcal meningitis in Rio de Janeiro, between 1994 and 2004, based on data from the Assessoria de Meningite, from the Centro de Vigilância Epidemiológica da SSE-RJ, and also to assess in what extent the cases of cryptococccal meningitis reported to the SINAN (National Information System of Notifiable Diseases) represented the occurrence of cryptococcal meningitis in the State of Rio de Janeiro, from 2000 to 2004. Six hundred and ninety-six cases of cryptococcal meningitis were reported from 1994 to 2004, with a mean incidence of 0.45 per 100000 persons. Male sex predominated; mean age was 35.9 years; AIDS was the only underlying disease, reported in 61.2% of the cases; the mortality was 51.8%. No decline in incidence was observed after the introduction of HAART. However, as there had been a rising incidence of AIDS during the period and no rise was observed in the incidence of cryptococcosis, this may suggest a decline amongst patients with HIV infection. Cryptococcal meningitis must be reported to the National Information System of Notifiable Diseases (SINAN). The database from SINAN was compared to a new database, called “expanded database”, formed by cases from three sources: SINAN, Assessoria de Meningite and the laboratory of the Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião. From 2000 to 2004, in the SINAN database there were 65.7% of the cases of the “expanded database”. Cryptococcal meningitis is underestimated at SINAN database, but the patients’ characteristics are similar to those of the total number of cases. No differences were found related to age, sex, mortality or relapse rate.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCryptococcusMeningiteEpidemiologiaSINANVigilância EpidemiológicaSistemas de InformaçãoCryptococcusMeningitisEpidemiologySINANEpidemiologic SurveillanceInformation SystemsMeningite CriptocócicaMonitoramento EpidemiológicoSistemas de InformaçãoEpidemiologia da meningite criptocócica no estado do Rio de Janeiro no período de 1994 a 2004Epidemiology of the Meningitis cryptococcal in the state of the Rio de Janeiro in the period of 1994 to 2004info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4595/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALbeatriz_consuelo_quinet_leimann_ensp_mest_2007.pdfapplication/pdf925760https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4595/2/beatriz_consuelo_quinet_leimann_ensp_mest_2007.pdf852a23c2d4ed79decf4d064e18aa3ea4MD52TEXT902.pdf.txt902.pdf.txtExtracted texttext/plain150278https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4595/5/902.pdf.txtd68ba82c8d3e5ce264ea6942649511f9MD55THUMBNAIL902.pdf.jpg902.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1312https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4595/4/902.pdf.jpg950c50a9c4f5bc92bad38cfcf5b2e25fMD54icict/45952023-01-17 11:42:41.233oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4595Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T14:42:41Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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