Comportamento sedentário e diabetes mellitus no Elsa-Brasil
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56116 |
Resumo: | Introdução: O comportamento sedentário (CS) é o tempo gasto sentado, deitado ou reclinado. Estudos sobre esse assunto são relativamente recentes e tem aumentado nas últimas décadas uma vez que esse tipo de comportamento eleva os riscos de adoecimento. Objetivo: Estimar a prevalência do comportamento sedentário, seus fatores associados e a sua relação com o diabetes mellitus no ELSA- Brasil. Método: Estudo transversal com todos os participantes da segunda etapa (2012-2014) do ELSA-Brasil. Foram calculadas proporções para as variáveis categóricas e medidas de tendência central e dispersão para as contínuas. Utilizou-se a regressão de Poisson robusta com modelo hierárquico; foram empregados modelo de regressão logística tendo a diabetes mellitus (DM) como variável dependente e foram testados potenciais modificadores de efeito (ME) e confundimento. Resultado: Foram incluídos no estudo 13.518 indivíduos. Mais da metade dos participantes tinha ensino superior completo, referiu raça/cor branco e tinha situação ocupacional ativa. A frequência de tempo de uso de tela maior que 4 horas no lazer foi de 21,8% para os homens e 17,7% para as mulheres. A maior prevalência de tempo de tela no lazer foi observada entre os participantes homens e mulheres com até ensino fundamental e ensino médio completo, fumantes, que consomem álcool excessivamente, que tinham diabetes, obesidade e obesidade abdominal. Houve associação positiva em ambos os sexos nas variáveis fumante, obesidade e obesidade abdominal; e somente para as mulheres a idade. A maior prevalência de DM foi observada na faixa etária de 60 anos ou mais, entre aposentados/as, participantes de raça/cor preta, insuficientemente ativos/as, com maior tempo de tela no lazer, com hipertensão e sobrepeso/obesidade. Após ajuste, houve associação a DM com as variáveis tempo de tela no lazer dia de semana; tempo de tela no lazer final de semana; e tempo total de tela no trabalho/lazer dia de semana para os homens. E para as mulheres tempo sentado no final de semana e o tempo de tela no lazer final de semana que teve como modificadora de efeito o sobrepeso/obesidade. Conclusão: Reduzir o tempo de tela no lazer atuando nos fatores comportamentais e naqueles relacionados a saúde levando em consideração as características sociodemográficas, pode resultar em benefícios importantes para a saúde da população estudada. O tempo de tela no lazer dia de semana, o tempo de tela no final de semana, o tempo total de tela no trabalho/lazer dia de semana e o tempo sentado final de semana apresentou associação estatisticamente significante com a DM. Incentiva-se a inclusão de diretrizes que aprimorem as políticas públicas direcionadas ao controle de DM através de estratégias para diminuir o tempo sedentário em frente a tela e/ou sentado acumulado em atividades laborais e no lazer, além de promover hábitos saudáveis e a prática de atividade física no tempo livre. Essas recomendações poderão impactar na saúde da população e proteger contra os principais fatores de risco para DM |
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Utilizou-se a regressão de Poisson robusta com modelo hierárquico; foram empregados modelo de regressão logística tendo a diabetes mellitus (DM) como variável dependente e foram testados potenciais modificadores de efeito (ME) e confundimento. Resultado: Foram incluídos no estudo 13.518 indivíduos. Mais da metade dos participantes tinha ensino superior completo, referiu raça/cor branco e tinha situação ocupacional ativa. A frequência de tempo de uso de tela maior que 4 horas no lazer foi de 21,8% para os homens e 17,7% para as mulheres. A maior prevalência de tempo de tela no lazer foi observada entre os participantes homens e mulheres com até ensino fundamental e ensino médio completo, fumantes, que consomem álcool excessivamente, que tinham diabetes, obesidade e obesidade abdominal. Houve associação positiva em ambos os sexos nas variáveis fumante, obesidade e obesidade abdominal; e somente para as mulheres a idade. A maior prevalência de DM foi observada na faixa etária de 60 anos ou mais, entre aposentados/as, participantes de raça/cor preta, insuficientemente ativos/as, com maior tempo de tela no lazer, com hipertensão e sobrepeso/obesidade. Após ajuste, houve associação a DM com as variáveis tempo de tela no lazer dia de semana; tempo de tela no lazer final de semana; e tempo total de tela no trabalho/lazer dia de semana para os homens. E para as mulheres tempo sentado no final de semana e o tempo de tela no lazer final de semana que teve como modificadora de efeito o sobrepeso/obesidade. Conclusão: Reduzir o tempo de tela no lazer atuando nos fatores comportamentais e naqueles relacionados a saúde levando em consideração as características sociodemográficas, pode resultar em benefícios importantes para a saúde da população estudada. O tempo de tela no lazer dia de semana, o tempo de tela no final de semana, o tempo total de tela no trabalho/lazer dia de semana e o tempo sentado final de semana apresentou associação estatisticamente significante com a DM. Incentiva-se a inclusão de diretrizes que aprimorem as políticas públicas direcionadas ao controle de DM através de estratégias para diminuir o tempo sedentário em frente a tela e/ou sentado acumulado em atividades laborais e no lazer, além de promover hábitos saudáveis e a prática de atividade física no tempo livre. Essas recomendações poderão impactar na saúde da população e proteger contra os principais fatores de risco para DMIntroduction: Sedentary behavior (SB) is the time spent sitting, lying down or reclining. Studies on this subject are relatively recent and have increased in recent decades, since this type of behavior increases the risk of illness. Objective: To estimate the prevalence of sedentary behavior, its associated factors and its relationship with diabetes mellitus in ELSA-Brasil. Method: Cross-sectional study with all participants of the second stage (2012-2014) of ELSA Brasil. Proportions were calculated for the categorical variables and measures of central tendency and dispersion for the continuous ones. Robust Poisson regression with a hierarchical model was used; a logistic regression model was used, having diabetes mellitus (DM) as the dependent variable, and potential effect modifiers (EM) and confounders were tested. Result: A total of 13,518 subjects were included in the study. More than half of the participants had completed higher education, reported white race/color and had an active occupational situation. The frequency of screen use time greater than 4 hours during leisure time was 21.8% for men and 17.7% for women. The highest prevalence of leisure time screen time was observed among male and female participants with up to elementary and high school education, smokers, who consume alcohol excessively, who had diabetes, obesity and abdominal obesity. There was a positive association in both sexes in the variables smoking, obesity and abdominal obesity; and only for women the age. The highest prevalence of DM was observed in the age group of 60 years or older, among retirees, participants of black race/color, insufficiently active, with more screen time during leisure, with hypertension and overweight/obesity. After adjustment, there was an association between DM and the variables screen time during leisure time on weekdays; screen time on weekend leisure; and total screen time at work/leisure weekdays for men. And for women, sitting time on the weekend and screen time during leisure time on the weekend, which had overweight/obesity as an effect modifier. Conclusion: Reducing screen time during leisure time, acting on behavioral factors and those related to health, taking into account sociodemographic characteristics, can result in important benefits for the health of the population studied. Screen time during leisure time on weekdays, screen time on weekends, total screen time at work/leisure on weekdays and sitting time on weekends showed a statistically significant association with DM. The inclusion of guidelines that improve public policies aimed at DM control is encouraged through strategies to reduce sedentary time in front of the screen and/or sitting accumulated in work and leisure activities, in addition to promoting healthy habits and the practice of physical activity in free time. These recommendations could impact the health of the population and protect against the main risk factors for DMCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES). Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porComportamento sedentárioTempo de telaDiabetes mellitusAtividade físicaAdultoSedentary behaviorScreen timeDiabetes mellitusMotor activityAdultCOMPORTAMENTO SEDENTÁRIODiabetes MellitusATIVIDADE FÍSICA DE LAZERAdultoComportamento sedentário e diabetes mellitus no Elsa-Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2022Instituto Gonçalo MonizSalvadorPrograma de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56116/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALkeila_diniz_fioba_dout_2022.pdfapplication/pdf1709950https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56116/2/keila_diniz_fioba_dout_2022.pdfbb44c0c2b368b6bb3f67ee76530a9cd2MD52icict/561162022-12-21 12:55:06.348oai:www.arca.fiocruz.br:icict/56116Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-12-21T15:55:06Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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