Ecologia de carrapatos e suas riquétsias em duas localidades da zona da mata de Pernambuco
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35188 |
Resumo: | Os carrapatos do gênero Amblyomma são vetores de várias espécies de riquétsias e a compreensão da sua sazonalidade é importante para prever o risco de transmissão desses patógenos. O objetivo do presente estudo foi de investigar a ecologia de carrapatos e riquétsias em dois tipos de ambiente na zona da mata atlântica de Pernambuco, nordeste do Brasil. Os carrapatos foram coletados mensalmente, de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, através de armadilhas com gelo seco. O primeiro local de coleta foi uma área rural no município de Amaraji, e o segundo um remanescente de Mata Atlântica no município de Paudalho. Os carrapatos foram identificados morfologicamente e posteriormente submetidos à extração de DNA e PCR para detecção de Rickettsia spp. No total, 17.196 carrapatos foram coletados. Na área rural, foram coletados 74 machos, 94 fêmeas e 468 ninfas de Amblyomma sculptum e 864 larvas de Amblyomma spp. Na área de mata, foram coletados 116 machos, 69 fêmeas e 1.063 ninfas de Amblyomma dubitatum e 14.448 larvas de Amblyomma spp. A. sculptum mostrou uma tendência bimodal, com um pico maior no segundo semestre, ao passo que A. dubitatum apresentou um padrão mais definido, unimodal, com um pico acentuado no primeiro semestre. Dos 161 A. sculptum e 173 A. dubitatum adultos testados, 49 (30,4%) e 44 (25,4%) apresentaram positividade para o gene gltA, respectivamente. Quanto às ninfas, a taxa mínima de infecção foi de 2,1% (468 ninfas testadas, 11 pools positivos) e 5,91% (1.032 ninfas testadas, 61 pools positivos) para A. sculptum e A. dubitatum, respectivamente. Todas as amostras positivas para o gene gltA foram testadas para o gene OmpA, mas nenhuma delas apresentou resultado positivo. Esse estudo confirma a presença durante todo o ano de A. sculptum na zona da mata de Pernambuco. Embora não tenham sido encontrados carrapatos positivos para o gene OmpA, novos estudos serão necessários para investigar a circulação de Rickettsia rickettsii em diferentes populações de A. sculptum em Pernambuco. |
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Melo, Marcela FerreiraTorres, Filipe DantasSantos, Fábio André Brayner dosFaustino, Maria Aparecida da GloriaTorres, Filipe Dantas2019-08-29T14:03:40Z2019-08-29T14:03:40Z2018MELO, Marcela Ferreira. Ecologia de carrapatos e suas riquétsias em duas localidades da zona da mata de Pernambuco. 2018. 58f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Biociências e Biotecnologia em Saúde) – Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35188Os carrapatos do gênero Amblyomma são vetores de várias espécies de riquétsias e a compreensão da sua sazonalidade é importante para prever o risco de transmissão desses patógenos. O objetivo do presente estudo foi de investigar a ecologia de carrapatos e riquétsias em dois tipos de ambiente na zona da mata atlântica de Pernambuco, nordeste do Brasil. Os carrapatos foram coletados mensalmente, de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, através de armadilhas com gelo seco. O primeiro local de coleta foi uma área rural no município de Amaraji, e o segundo um remanescente de Mata Atlântica no município de Paudalho. Os carrapatos foram identificados morfologicamente e posteriormente submetidos à extração de DNA e PCR para detecção de Rickettsia spp. No total, 17.196 carrapatos foram coletados. Na área rural, foram coletados 74 machos, 94 fêmeas e 468 ninfas de Amblyomma sculptum e 864 larvas de Amblyomma spp. Na área de mata, foram coletados 116 machos, 69 fêmeas e 1.063 ninfas de Amblyomma dubitatum e 14.448 larvas de Amblyomma spp. A. sculptum mostrou uma tendência bimodal, com um pico maior no segundo semestre, ao passo que A. dubitatum apresentou um padrão mais definido, unimodal, com um pico acentuado no primeiro semestre. Dos 161 A. sculptum e 173 A. dubitatum adultos testados, 49 (30,4%) e 44 (25,4%) apresentaram positividade para o gene gltA, respectivamente. Quanto às ninfas, a taxa mínima de infecção foi de 2,1% (468 ninfas testadas, 11 pools positivos) e 5,91% (1.032 ninfas testadas, 61 pools positivos) para A. sculptum e A. dubitatum, respectivamente. Todas as amostras positivas para o gene gltA foram testadas para o gene OmpA, mas nenhuma delas apresentou resultado positivo. Esse estudo confirma a presença durante todo o ano de A. sculptum na zona da mata de Pernambuco. Embora não tenham sido encontrados carrapatos positivos para o gene OmpA, novos estudos serão necessários para investigar a circulação de Rickettsia rickettsii em diferentes populações de A. sculptum em Pernambuco.Amblyomma ticks are vectors of several species of rickettsiae and understanding their seasonality is important in predicting the risk of pathogen transmission. The objective of this study was to investigate the ecology of ticks and rickettsiae in two types of environment of in the Atlantic forest region of Pernambuco, northeastern Brazil. The ticks were collected monthly, from January 2015 to December 2016, using dry-ice traps. The first collection site was a rural area in the municipality of Amaraji, and the second a remnant of Atlantic Forest in the municipality of Paudalho. Ticks were identified morphologically and posteriorly subject to DNA extraction and PCR testing for Rickettsia spp. In total, 17,196 ticks were collected. In the rural area, 74 males, 94 females and 468 nymphs of Amblyomma sculptum and 864 larvae of Amblyomma spp. were collected. In the forest area, 116 males, 69 females and 1,063 females of Amblyomma dubitatum and 14,448 Amblyomma spp. were collected. A. sculptum showed a bimodal trend, with a higher peak in the second semester, whereas A. dubitatum presented a more defined, unimodal pattern, with a sharp peak in the first semester. Out of the 161 A. sculptum and 173 A. dubitatum adults tested, 49 (30.4%) and 44 (25.4%) were positive for the gltA gene, respectively. As far as the nymphs, a minimum infection rate of 2.1% (468 nymphs tested, 11 positive pools) and 5.9% (1,032 nymphs tested, 61 positive pools) were calculated for A. sculptum and A. dubitatum, respectively. All gltA gene positive samples were tested for the OmpA gene, but none was positive. This study confirms the year-round presence of A. sculptum in the Atlantic forest of Pernambuco. Although none of the ticks were positive for the OmpA gene, further studies are needed to investigate the presence of Rickettsia rickettsii in different populations of A. sculptum em Pernambuco.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil.porFebre maculosaRickettsia rickettsiiCarrapatosAmblyomma sculptumAmblyomma dubitatumSpotted feverRickettsia rickettsiiTicksAmblyomma sculptumAmblyomma dubitatumFebre Maculosa das Montanhas RochosasFebre BotonosaCarrapatosRickettsiaVetores de DoençasInsetos VetoresBrasilInterações Hospedeiro-ParasitaReação em Cadeia da Polimerase em Tempo RealFloresta ÚmidaEcologia de carrapatos e suas riquétsias em duas localidades da zona da mata de PernambucoEcology of ticks and their rickettsia in two localities of the Pernambuco forest areainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018-07-26Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães.Mestrado AcadêmicoRecife/PEPrograma de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83094https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35188/1/license.txtee3692f7b0b97d5638099ab94397d05fMD51ORIGINAL2018melo-mf.pdf2018melo-mf.pdfapplication/pdf1735063https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35188/2/2018melo-mf.pdf13daaeca4cb32cabc37d978208375ddbMD52TEXT2018melo-mf.pdf.txt2018melo-mf.pdf.txtExtracted texttext/plain113380https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35188/3/2018melo-mf.pdf.txt8df3554376f19417e62e544d9dc4250dMD53icict/351882019-08-30 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Os carrapatos do gênero Amblyomma são vetores de várias espécies de riquétsias e a compreensão da sua sazonalidade é importante para prever o risco de transmissão desses patógenos. O objetivo do presente estudo foi de investigar a ecologia de carrapatos e riquétsias em dois tipos de ambiente na zona da mata atlântica de Pernambuco, nordeste do Brasil. Os carrapatos foram coletados mensalmente, de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, através de armadilhas com gelo seco. O primeiro local de coleta foi uma área rural no município de Amaraji, e o segundo um remanescente de Mata Atlântica no município de Paudalho. Os carrapatos foram identificados morfologicamente e posteriormente submetidos à extração de DNA e PCR para detecção de Rickettsia spp. No total, 17.196 carrapatos foram coletados. Na área rural, foram coletados 74 machos, 94 fêmeas e 468 ninfas de Amblyomma sculptum e 864 larvas de Amblyomma spp. Na área de mata, foram coletados 116 machos, 69 fêmeas e 1.063 ninfas de Amblyomma dubitatum e 14.448 larvas de Amblyomma spp. A. sculptum mostrou uma tendência bimodal, com um pico maior no segundo semestre, ao passo que A. dubitatum apresentou um padrão mais definido, unimodal, com um pico acentuado no primeiro semestre. Dos 161 A. sculptum e 173 A. dubitatum adultos testados, 49 (30,4%) e 44 (25,4%) apresentaram positividade para o gene gltA, respectivamente. Quanto às ninfas, a taxa mínima de infecção foi de 2,1% (468 ninfas testadas, 11 pools positivos) e 5,91% (1.032 ninfas testadas, 61 pools positivos) para A. sculptum e A. dubitatum, respectivamente. Todas as amostras positivas para o gene gltA foram testadas para o gene OmpA, mas nenhuma delas apresentou resultado positivo. Esse estudo confirma a presença durante todo o ano de A. sculptum na zona da mata de Pernambuco. Embora não tenham sido encontrados carrapatos positivos para o gene OmpA, novos estudos serão necessários para investigar a circulação de Rickettsia rickettsii em diferentes populações de A. sculptum em Pernambuco. |
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