Avaliação dinâmica e evolutiva da disfunção miocárdica em crianças sépticas com choque refratário a líquidos: aplicação do índice de desempenho miocárdico e doppler esofágico
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3450 |
Resumo: | Objetivos: Este estudo descreve a evolução da função cardíaca de 34 crianças sépticas admitidas na UTI Pediátrica de um hospital público do Rio de Janeiro, com base em critérios ecocardiográficos e de Doppler esofágico (DE). É a primeira proposta de aplicação do índice de desempenho miocárdico (IDM) para avaliação de disfunção miocárdica associada a sepse em crianças, mostrando sua correlação com dados do Doppler esofágico. Visava-se calcular a confiabilidade intraobservador das medidas do IDM, correlacionar a FE e Fenc com o IDM-VE, todas as medidas com os índices prognósticos: PIM e PRISM e mostrar as mudanças evolutivas na função miocárdica através do IDM biventricular. Métodos: De 2005 a 2007, foram selecionadas crianças da UTI Pediátrica do Instituto Fernandes Figueira com critérios de choque séptico refratário a líquidos, que foram submetidas a ecocardiograma seriado nas fases aguda e evolutiva da doença, com medidas dos diâmetros cavitários, fração de ejeção (FE), fração de encurtamento (Fenc) e IDM biventricular. Parte dos pacientes foi monitorizada com DE. Resultados: Foram examinadas 34 crianças, 17 destas foram monitorizadas com DE. Nove crianças (26,5%) tinham FE < 65% na fase aguda. A sensibilidade da FE na fase aguda foi maior do que o IDM para o diagnóstico de disfunção ventricular esquerda. Nove crianças (26,5%) apresentavam IDM-VD alterado na fase aguda. Corroborouse uma alta confiabilidade das medidas do IDM biventricular com coeficiente de correlação de concordância entre 0,95 e 0,99. Houve correlação negativa entre as medidas de FE e IDM-VE (r= -0,42, p=0,01), bem como houve diferença significativa do IDM-VE entre as fases: diferença média = 0,07 com IC 95% (0,02; 0,12). Não se confirmou o valor prognóstico do IDM. Os dados do DE, apesar de sua utilidade na prática clínica, não se correlacionaram com os dados ecocardiográficos. Conclusões: O estudo conclui que o IDM não é um parâmetro mais precoce para o diagnóstico de disfunção ventricular esquerda do que a FE, entretanto pode ser um parâmetro evolutivo importante. A avaliação da função ventricular direita pelo IDM mostrou incidência de disfunção do VD precoce significativa. O estudo sugere que o IDM pode ter aplicação no diagnóstico evolutivo da disfunção miocárdica associada a sepse em associação às medidas já tradicionalmente utilizadas. |
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Boaventura, Andréa MadeiraAzevedo, Zina Maria Almeida deDutra, Maria Virgínia Peixoto2011-11-09T14:45:30Z2011-11-09T14:45:30Z2008BOAVENTURA, Andréa Madeira. Avaliação dinâmica e evolutiva da disfunção miocárdica em crianças sépticas com choque refratário a líquidos: aplicação do índice de desempenho miocárdico e doppler esofágico. 2008. 76 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher)-Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3450Objetivos: Este estudo descreve a evolução da função cardíaca de 34 crianças sépticas admitidas na UTI Pediátrica de um hospital público do Rio de Janeiro, com base em critérios ecocardiográficos e de Doppler esofágico (DE). É a primeira proposta de aplicação do índice de desempenho miocárdico (IDM) para avaliação de disfunção miocárdica associada a sepse em crianças, mostrando sua correlação com dados do Doppler esofágico. Visava-se calcular a confiabilidade intraobservador das medidas do IDM, correlacionar a FE e Fenc com o IDM-VE, todas as medidas com os índices prognósticos: PIM e PRISM e mostrar as mudanças evolutivas na função miocárdica através do IDM biventricular. Métodos: De 2005 a 2007, foram selecionadas crianças da UTI Pediátrica do Instituto Fernandes Figueira com critérios de choque séptico refratário a líquidos, que foram submetidas a ecocardiograma seriado nas fases aguda e evolutiva da doença, com medidas dos diâmetros cavitários, fração de ejeção (FE), fração de encurtamento (Fenc) e IDM biventricular. Parte dos pacientes foi monitorizada com DE. Resultados: Foram examinadas 34 crianças, 17 destas foram monitorizadas com DE. Nove crianças (26,5%) tinham FE < 65% na fase aguda. A sensibilidade da FE na fase aguda foi maior do que o IDM para o diagnóstico de disfunção ventricular esquerda. Nove crianças (26,5%) apresentavam IDM-VD alterado na fase aguda. 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O estudo sugere que o IDM pode ter aplicação no diagnóstico evolutivo da disfunção miocárdica associada a sepse em associação às medidas já tradicionalmente utilizadas.Objectives:The present study describes the outcome of 34 septic children admited in a public hospital PICU in Rio de Janeiro based on echocardiografic and Esophageal Doppler (ED) parameters. It’s the first to use the Tei index, or myocardial perfomance index (MPI), to diagnose myocardial disfunction in septic children, correlating it to ED parameters. The objective of the study was to calculate the intraobserver variability, to correlate EF and SF to LV-MPI, to correlate EF, SF and LV-MPI to prognostic index: PIM / PRISM, to show evolutive changes in cardiac function through biventricular MPI. Methods: From 2005 to 2007, children admited to the Fernandes Figueira Institute PICU with refractory to fluids shock criteria were submited to echocardiography in the acute and evolutive phases of the disease. The following measures were done: ejection fraction (EF), shortening fraction (SF), RV-MPI and LV-MPI. Part of these children were also monitorized with esophageal Doppler. Results: 34 children were examined, 17 (50%) were monitorized with ED. Nine children (26,5%) had EF < 65% in the acute phase. EF showed better sensitivity than LV-MPI to diagnose myocardial disfunction in the acute phase. Nine children (26,5%) had altered RV-MPI in the first exam. The findings could corroborate the IDM high liability with concordance correlation coefficient between 0,95 and 0,99. There was a negative correlation between EF and LVMPI ( r= -0,42, p=0,01) and a significant difference between phases to LV-MPI (mean difference=0,07; 95%CI 0,02:0,12). The study was not able to confirm the MPI prognostic value. ED parameters were not significatively correlated to echocardiographic data, although useful in clinical practice. Conclusions: MPI was not better than EF to diagnose sooner LV disfunction, although it can be important in follow-up. RV disfunction evaluated through MPI was relatively frequent in the acute phase. This study suggested that the MPI may have an application in evolutive diagnosis of myocardial disfunction associated to sepsis when included in the standard echocardiographic protocol.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporInstituto Fernandes FigueiraChoque SépticoCriançasFunção VentricularDébito CardíacoEcocardiografiaSeptic ShockChildrenVentricular FunctionCardiac StrokeEchocardiographyChoque SépticoCriançaFunção VentricularDébito CardíacoEcocardiografiaAvaliação dinâmica e evolutiva da disfunção miocárdica em crianças sépticas com choque refratário a líquidos: aplicação do índice de desempenho miocárdico e doppler esofágicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2008-04Departamento de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes FigueiraMestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1648https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/3450/1/license.txte095249ac7cacefbfe39684dfe45e706MD51ORIGINAL000236.pdfapplication/pdf1059968https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/3450/2/000236.pdf179a3e551b0c192667dabc04c5f18fbeMD52TEXT000236.pdf.txt000236.pdf.txtExtracted texttext/plain96754https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/3450/5/000236.pdf.txt125563a79090919878339bc4bfee146fMD55THUMBNAIL000236.pdf.jpg000236.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1258https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/3450/4/000236.pdf.jpg873c123789af537d401b1992a615bc8eMD54icict/34502022-06-29 00:01:13.523oai:www.arca.fiocruz.br:icict/3450Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKQnkgc2lnbmluZyBhbmQgc3VibWl0dGluZyB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIHlvdSAodGhlIGF1dGhvcihzKSBvciBjb3B5cmlnaHQKb3duZXIpIGdyYW50cyB0byBEU3BhY2UgVW5pdmVyc2l0eSAoRFNVKSB0aGUgbm9uLWV4Y2x1c2l2ZSByaWdodCB0byByZXByb2R1Y2UsCnRyYW5zbGF0ZSAoYXMgZGVmaW5lZCBiZWxvdyksIGFuZC9vciBkaXN0cmlidXRlIHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiAoaW5jbHVkaW5nCnRoZSBhYnN0cmFjdCkgd29ybGR3aWRlIGluIHByaW50IGFuZCBlbGVjdHJvbmljIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bSwKaW5jbHVkaW5nIGJ1dCBub3QgbGltaXRlZCB0byBhdWRpbyBvciB2aWRlby4KCllvdSBhZ3JlZSB0aGF0IERTVSBtYXksIHdpdGhvdXQgY2hhbmdpbmcgdGhlIGNvbnRlbnQsIHRyYW5zbGF0ZSB0aGUKc3VibWlzc2lvbiB0byBhbnkgbWVkaXVtIG9yIGZvcm1hdCBmb3IgdGhlIHB1cnBvc2Ugb2YgcHJlc2VydmF0aW9uLgoKWW91IGFsc28gYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5IGtlZXAgbW9yZSB0aGFuIG9uZSBjb3B5IG9mIHRoaXMgc3VibWlzc2lvbiBmb3IKcHVycG9zZXMgb2Ygc2VjdXJpdHksIGJhY2stdXAgYW5kIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB0aGUgc3VibWlzc2lvbiBpcyB5b3VyIG9yaWdpbmFsIHdvcmssIGFuZCB0aGF0IHlvdSBoYXZlCnRoZSByaWdodCB0byBncmFudCB0aGUgcmlnaHRzIGNvbnRhaW5lZCBpbiB0aGlzIGxpY2Vuc2UuIFlvdSBhbHNvIHJlcHJlc2VudAp0aGF0IHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiBkb2VzIG5vdCwgdG8gdGhlIGJlc3Qgb2YgeW91ciBrbm93bGVkZ2UsIGluZnJpbmdlIHVwb24KYW55b25lJ3MgY29weXJpZ2h0LgoKSWYgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgZm9yIHdoaWNoIHlvdSBkbyBub3QgaG9sZCBjb3B5cmlnaHQsCnlvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZSBvYnRhaW5lZCB0aGUgdW5yZXN0cmljdGVkIHBlcm1pc3Npb24gb2YgdGhlCmNvcHlyaWdodCBvd25lciB0byBncmFudCBEU1UgdGhlIHJpZ2h0cyByZXF1aXJlZCBieSB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIGFuZCB0aGF0CnN1Y2ggdGhpcmQtcGFydHkgb3duZWQgbWF0ZXJpYWwgaXMgY2xlYXJseSBpZGVudGlmaWVkIGFuZCBhY2tub3dsZWRnZWQKd2l0aGluIHRoZSB0ZXh0IG9yIGNvbnRlbnQgb2YgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24uCgpJRiBUSEUgU1VCTUlTU0lPTiBJUyBCQVNFRCBVUE9OIFdPUksgVEhBVCBIQVMgQkVFTiBTUE9OU09SRUQgT1IgU1VQUE9SVEVECkJZIEFOIEFHRU5DWSBPUiBPUkdBTklaQVRJT04gT1RIRVIgVEhBTiBEU1UsIFlPVSBSRVBSRVNFTlQgVEhBVCBZT1UgSEFWRQpGVUxGSUxMRUQgQU5ZIFJJR0hUIE9GIFJFVklFVyBPUiBPVEhFUiBPQkxJR0FUSU9OUyBSRVFVSVJFRCBCWSBTVUNICkNPTlRSQUNUIE9SIEFHUkVFTUVOVC4KCkRTVSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgeW91ciBuYW1lKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3Iocykgb3Igb3duZXIocykgb2YgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24sIGFuZCB3aWxsIG5vdCBtYWtlIGFueSBhbHRlcmF0aW9uLCBvdGhlciB0aGFuIGFzIGFsbG93ZWQgYnkgdGhpcwpsaWNlbnNlLCB0byB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-29T03:01:13Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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