Monitoramento da inserção do patrimônio genético de Biomphalaria tenagophila do Taim (RS), linhagem resistente ao Schistosoma mansoni, após a sua introdução em uma área endêmica para esquistossomose no Município de Bananal/SP, com transmissão mantida por B. tenagophila
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5503 |
Resumo: | O córrego Herivelton Martins foi escolhido para dar continuidade aos estudos com a introdução da linhagem Biomphalaria tenagophila do Taim/RS, resistente ao Schistosoma mansoni, em coleções hídricas do Município de Bananal/SP, iniciados em 2008. Oitocentos exemplares B. tenagophila adultos da linhagem Taim/RS foram marcados e introduzidos. Pelo método de marcação da concha foi estimada a densidade populacional da linhagem introduzida em relação à local. Após 15 dias da introdução 37,5% dos caramujos coletados estavam marcados. Após 4, 11 e 14 meses da introdução, caramujos jovens (≤ 5 mm de diâmetro) foram coletados e submetidos a técnica de PCR_RFLP para identificação do marcador molecular de 350pb, típico da linhagem do Taim e com caráter dominante. A proporção do marcador molecular nestes caramujos foi 37,1%, 35,7 e 60% respectivamente. Foram realizados três testes de infecção com a cepa SJ de S. mansoni com os descendentes F1 de caramujos coletados nos diferentes períodos após a introdução. Os sobreviventes foram submetidos à técnica de PCR_RFLP para verificar se havia alguma correlação entre a resistência e a presença do marcador de 350pb. No primeiro desafio com o S. mansoni 38,6% dos exemplares provenientes dos caramujos locais, coletados antes da introdução, estavam positivos, bem como 14,9% dos descendentes coletados após 4 meses da introdução. A análise molecular realizada com os caramujos positivos para S. mansoni, oriundos de exemplares pós-introdução, demonstraram que apenas 10% apresentaram o marcador de 350 pb, sendo que este marcador estava presente em 60,8% dos caramujos negativos. No segundo desafio, os descendentes de caramujos coletados antes, após 4 e 11 meses da introdução apresentaram taxas de infecção de 25%, 4,1%, 17%, respectivamente. Os caramujos positivos para S. mansoni não apresentaram o marcador molecular. A percentagem do marcador molecular nos caramujos negativos, coletados após 4 e 11 meses da introdução, foi de 66,6% e 56,2%, respectivamente. No terceiro desafio, as taxas de infecção dos descendentes foram de 26,5% antes da introdução, 6,8% após 11 meses e 2,1% após 14 meses. A análise molecular dos descendentes neste desafio está em andamento. Os dados apontam para uma significativa diminuição da suscetibilidade dos caramujos coletados após a intervenção. O marcador molecular de 350pb típico da linhagem do Taim foi detectado em proporções muito maiores nos caramujos negativos. Os resultados parciais obtidos permitem a inferência que o patrimônio genético da linhagem resistente B. tenagophila do Taim está sendo transmitido com êxito aos descendentes após intervenção tendo como consequência uma maior resistência à infecção por S. mansoni. |
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Marques, Daisymara Priscila de AlmeidaRosa, Florence MaraNegrão-Corrêa, Deborah AparecidaCaldeira, Roberta LimaThiengo, Silvana Aparecida Rogel CarvalhoBabá, Elio HideoCoelho, Paulo Marcos Zech2012-09-11T16:58:58Z2012-09-11T16:58:58Z2012MARQUES, Daisymara Priscila de Almeida. Monitoramento da inserção do patrimônio genético de Biomphalaria tenagophila do Taim (RS), linhagem resistente ao Schistosoma mansoni, após a sua introdução em uma área endêmica para esquistossomose no Município de Bananal/SP, com transmissão mantida por B. Tenagophila. 2012. 118 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2012https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5503O córrego Herivelton Martins foi escolhido para dar continuidade aos estudos com a introdução da linhagem Biomphalaria tenagophila do Taim/RS, resistente ao Schistosoma mansoni, em coleções hídricas do Município de Bananal/SP, iniciados em 2008. Oitocentos exemplares B. tenagophila adultos da linhagem Taim/RS foram marcados e introduzidos. Pelo método de marcação da concha foi estimada a densidade populacional da linhagem introduzida em relação à local. Após 15 dias da introdução 37,5% dos caramujos coletados estavam marcados. Após 4, 11 e 14 meses da introdução, caramujos jovens (≤ 5 mm de diâmetro) foram coletados e submetidos a técnica de PCR_RFLP para identificação do marcador molecular de 350pb, típico da linhagem do Taim e com caráter dominante. A proporção do marcador molecular nestes caramujos foi 37,1%, 35,7 e 60% respectivamente. Foram realizados três testes de infecção com a cepa SJ de S. mansoni com os descendentes F1 de caramujos coletados nos diferentes períodos após a introdução. Os sobreviventes foram submetidos à técnica de PCR_RFLP para verificar se havia alguma correlação entre a resistência e a presença do marcador de 350pb. No primeiro desafio com o S. mansoni 38,6% dos exemplares provenientes dos caramujos locais, coletados antes da introdução, estavam positivos, bem como 14,9% dos descendentes coletados após 4 meses da introdução. A análise molecular realizada com os caramujos positivos para S. mansoni, oriundos de exemplares pós-introdução, demonstraram que apenas 10% apresentaram o marcador de 350 pb, sendo que este marcador estava presente em 60,8% dos caramujos negativos. No segundo desafio, os descendentes de caramujos coletados antes, após 4 e 11 meses da introdução apresentaram taxas de infecção de 25%, 4,1%, 17%, respectivamente. Os caramujos positivos para S. mansoni não apresentaram o marcador molecular. A percentagem do marcador molecular nos caramujos negativos, coletados após 4 e 11 meses da introdução, foi de 66,6% e 56,2%, respectivamente. No terceiro desafio, as taxas de infecção dos descendentes foram de 26,5% antes da introdução, 6,8% após 11 meses e 2,1% após 14 meses. A análise molecular dos descendentes neste desafio está em andamento. Os dados apontam para uma significativa diminuição da suscetibilidade dos caramujos coletados após a intervenção. O marcador molecular de 350pb típico da linhagem do Taim foi detectado em proporções muito maiores nos caramujos negativos. Os resultados parciais obtidos permitem a inferência que o patrimônio genético da linhagem resistente B. tenagophila do Taim está sendo transmitido com êxito aos descendentes após intervenção tendo como consequência uma maior resistência à infecção por S. mansoni.The stream Herivelton Martins was chosen to continue the studies on introduction of Biomphalaria tenagophila from Taim/RS, resistant to Schistosoma mansoni, in hydric collections of Bananal/SP, initiated in 2008. Eight hundred adult specimens of B. tenagophila belonging to the lineage of Taim/RS were labeled and introduced. The populational density of the introduced lineage in relation to the local one was estimated using the labeling method of the shell. Fifteen days post-introduction, 37.5% of the collected snails were labeled. After 4, 11 and 14 months of the introduction, juvenile snails (≤ 5 mm diameter) were collected and submitted to PCR-RFLP technique for identification of the molecular marker 350 pb, typical of the Taim lineage and with dominant character. The proportions of the molecular marker in these snails were 37.1%, 35.7% and 60%, respectively. Three infection tests were carried out with the SJ strain of S. mansoni, using the descendants F1 of the snails collected on different periods after introduction. The surviving snails were submitted to the PCR-RFLP technique, in order to verify if there was any correlation between resistance and the presence of the marker 350 pb. In the first challenge with S. mansoni, 38.6% of the specimens belonging to the local population, and collected before introduction, were found to be positive, as well as 14.9% of the offsprings collected 4 months post-introduction. The molecular analysis performed with positive snails to S. mansoni, related to specimens after introduction, demonstrated that only 10% presented the molecular marker 350 pb, and this marker was present in 60.8% of the negative snails. In the second challenge, the offsprings of the snails collected before or 4 and 11 months post-introduction presented infection rates of 25%, 4.1% and 17%, respectively. The positive snails for S. mansoni did not present the molecular marker. The proportions of the molecular marker in the negative snails, collected 4 and 11 months after introduction, were 66.6% and 56.2%, respectively. In the third challenge, the infection rates of the descendants were 26.5% before introduction, 6.8% after 11 months and 2.1% after 14 months. The molecular analysis of the descendants related to this challenge is in progress. Data point out to a significant decrease in the susceptibility of the snails collected after intervention. The molecular marker 350 pb, typical of the Taim lineage, was detected in higher proportions in the negative snails. The partial results obtained allow to infer that the genetic heritage of the resistant B. tenagophila strain from Taim is being successfully transmitted to the descendants after intervention, showing as a result a higher resistance to S. mansoni infection.FIOCRUZFUNDEPCNPqCAPESFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porMonitoramento da inserção do patrimônio genético de Biomphalaria tenagophila do Taim (RS), linhagem resistente ao Schistosoma mansoni, após a sua introdução em uma área endêmica para esquistossomose no Município de Bananal/SP, com transmissão mantida por B. tenagophilainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2012Laboratório de EsquistossomoseFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeEsquistossomose mansoniSchistosoma mansoniBiomphalariainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALDissertação FINAL 08 09 12.pdfDissertação FINAL 08 09 12.pdfapplication/pdf2298162https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5503/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20FINAL%2008%2009%2012.pdf6e2f996852589f87fd2d6180f0571f3eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82008https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5503/2/license.txt06db3f0df647fd9ddff657403bbe0ee2MD52TEXTDissertação FINAL 08 09 12.pdf.txtDissertação FINAL 08 09 12.pdf.txtExtracted texttext/plain235655https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5503/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20FINAL%2008%2009%2012.pdf.txte962d3b772e2037e54a3821d84cbe74bMD55THUMBNAILDissertação FINAL 08 09 12.pdf.jpgDissertação FINAL 08 09 12.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1243https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5503/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20FINAL%2008%2009%2012.pdf.jpg27b190a587698669bd424f12eca93515MD54icict/55032019-09-09 12:22:12.802oai:www.arca.fiocruz.br:icict/5503TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvL2EgU3IuL1NyYS4gKGF1dG9yIG91IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBhdXRvcik6CgpBbyBjb25jb3JkYXIgZSBhY2VpdGFyIGVzdGEgbGljZW7Dp2Egdm9jw6ogKGF1dG9yIG91IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyk6CgphKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8uCgpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIEZ1bmRhw6fDo28gT3N3YWxkbyBDcnV6IChGSU9DUlVaKS4KCmMpIENvbmNlZGUgw6AgRklPQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhcgogCmUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gZGEgRklPQ1JVWiwgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IAoKcG9yIHF1YWxxdWVyIG91dHJvIG1laW8uCgpkKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBhdXRvcml6YSBhIEZJT0NSVVogYSBhcnF1aXZhciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGUgY29udmVydMOqLWxvLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIHNldSBjb250ZcO6ZG8sIAoKcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGFycXVpdm8sIG1laW8gb3Ugc3Vwb3J0ZSwgcGFyYSBlZmVpdG9zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIHByZXNlcnZhw6fDo28gKGJhY2t1cCkgZSBhY2Vzc28uCgplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwsIGUgcXVlIGRldMOpbSBvIGRpcmVpdG8gZGUgY29uY2VkZXIgYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgCgpjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlLgoKZikgRGVjbGFyYSBxdWUsIG5vIGNhc28gZG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyBjb250ZXIgbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCBuw6NvIGRldMOpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgb2J0ZXZlIGEgYXV0b3JpemHDp8OjbyAKCmlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MsIHBhcmEgY2VkZXIgYSBGSU9DUlVaIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSAKCnV0aWxpesOhLWxvcyBsZWdhbG1lbnRlLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyAKCm5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpnKSBTRSBPIERPQ1VNRU5UTyBFTlRSRUdVRSDDiSBCQVNFQURPIEVNIFRSQUJBTEhPIEZJTkFOQ0lBRE8gT1UgQVBPSUFETyBQT1IgT1VUUkEgSU5TVElUVUnDh8ODTyBRVUUgTsODTyBBIEZJT0NSVVosIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgCgpRVUFJU1FVRVIgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBFTE8gUkVTUEVDVElWTyBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uIEEgRklPQ1JVWiBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBkb3MgCgpkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-09T15:22:12Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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