Análise comparativa sobre o padrão de infestação de Aedes aegypti (Diptera: culicidae) e dengue, no período de 2016 a 2021, no município de Itaboraí, estado do Rio de Janeiro, Brasil

• Autor(a) principal: Castro, Carlos Tadeu Trannin de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50687
• topic: Aedes; Dengue; Epidemiologia; Entomologia; Aedes; Dengue; Epidemiologia; Entomologia

Este estudo foi realizado no município de Itaboraí-RJ, que nos últimos 15 anos vêm passando por uma significativa mudança socioeconômica e ambiental devido à construção de um grande empreendimento petroquímico (COMPERJ). Assim, este trabalho descritivo e retrospectivo apresenta uma pesquisa de dados oficiais das áreas de entomologia e epidemiologia da saúde pública, no período de 2016 a 2021, objetivando caracterizar a distribuição espacial dos casos do dengue e sua comparação com os índices de infestação predial (IIP) de Aedes aegypti e Aedes albopictus no município de Itaboraí-RJ. Os principais resultados apresentaram três bairros (Colônia, Quissamã, Nova Cidade) com os IIP do Ae. aegypti, classificados como de alto risco para transmissão do dengue em quase todos os anos de estudo. É importante destacar que esses bairros com altos índices, também foram os mesmos com os maiores números de casos notificados do dengue E estão localizados próximos do entorno da região urbana e da principal rodovia da cidade, logo impactados pelo grande empreendimento, e com grande adensamento populacional e poucas condições de saneamento básico, resultando num cenário que favorecem a proliferação de mosquitos. Observou-se também nos resultados, após os testes estatísticos aplicados, uma importante diminuição na comparação dos índices entre as duas espécies na média geral, culminando no ano 2020 com um IIP de Ae. albopictus maior (2%) em relação ao de Ae. aegypti. No período de estudo, foram analisados o total de 17 LIRAa, 4 apresentaram índices para Ae. aegypti de alto risco para transmissão do dengue e, desses, 3 índices com 5,2(jan); 4,9(fev) e 4,2(out) foram no ano de 2018. O mesmo ano que também apresentou números maiores de casos da doença em comparação aos demais.