Análise descritiva dos casos de Leptospirose no Brasil, 2017 a 2019

• Autor(a) principal: Sá, Marcos Eielson Piheiro de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53804
• topic: Leptospirose; Epidemiologia; Vigilância em saúde pública; Vigilância em Saúde Pública; Leptospirose; Pessoal de Saúde; Sistemas de Informação em Saúde

A leptospirose é uma doença infecciosa febril, causada por bactérias do gênero Leptospira, de ocorrência mundial, com predileção por áreas tropicais úmidas e subtropicais. A principal fonte de infecção para o homem são os roedores, que atuam como reservatórios, podendo a infecção ocorrer de forma de forma direta ou indireta, sendo sua ocorrência frequentemente associada às inundações, condições precárias de moradia e saneamento básico, bem como a ocupações relacionados à limpeza, saneamento urbano e atividades agropecuárias. O objetivo desse trabalho foi descrever o perfil epidemiológico dos casos confirmados de leptospirose no Brasil, no período de 2017 a 2019. Foi realizado um estudo descritivo dos casos confirmados de leptospirose no Brasil, com base nos dados dos registros das fichas de notificação de leptospirose, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram analisados 9.644 casos confirmados, com média anual de 3.214 casos, incidência de 1,52/100 mil habitantes e taxa de letalidade de 8,8%. O critério laboratorial foi responsável pela confirmação de 84,10% dos casos, com taxa média de hospitalização de 3,50/100 mil habitantes, sendo a cura o desfecho de 85,40% dos casos. 38,8% dos casos foram notificados no primeiro trimestre dos anos estudados, na área urbana (79,62%), em indivíduos do sexo masculino (82,67%) e na faixa etária de 1 a 60 anos (34,51%), sendo a região sul, responsável pela maior parte (35,84%) dos casos. Os resultados demonstram que a leptospirose continua sendo uma zoonose importante e emergente no País e revelam a importância da vigilância epidemiológica da doença e das ações de educação sanitária, prevenção, controle de roedores e proteção de trabalhadores para a mitigação do risco de infecção.