Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes Idosos em Hemodiálise em Belo Horizonte - MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, Sonia Faria Mendes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34515
Resumo: A mudança na estrutura demográfica brasileira, caracterizando um processo de envelhecimento populacional, alterou também o perfil epidemiológico da população, pois em menos de 40 anos, o Brasil passou de um perfil de morbi-mortalidade típico de uma população jovem, caracterizado por doenças infecto-contagiosas, para um perfil caracterizado por doenças crônicas, próprias das faixas etárias mais avançadas. Dentre essas doenças está à doença renal crônica terminal (DRCT), que causa grande deteriorização do estado de saúde e da qualidade de vida (QV) dos pacientes em decorrência da gravidade da doença e da complexidade das Terapias Renais Substitutivas (TRS). O objetivo do trabalho foi de descrever a QV dos pacientes idosos portadores de DRCT, que iniciaram a hemodiálise no município de Belo Horizonte, entre janeiro de 2006 e abril de 2008, segundo características sócio-demográficas/econômicas, condições de saúde e uso de serviços de saúde. O presente estudo constitui-se em uma análise transversal dos dados dos pacientes idosos (>60 anos) em hemodiálise coletados na pesquisa Equidade no acesso e utilização de procedimentos de alta complexidade/custo no SUS-Brasil: Avaliação dos transplantes renais O instrumento utilizado para a coleta de dados da pesquisa foi dividido em três partes: a primeira parte foi constituída de um questionário para caracterização da população estudada, na segunda foi utilizado um instrumento para medida de utilidade o Euroqol (EQ-5D) e na terceira foi utilizado o Kidney Disease and Quality of Life - Short Form (KDQOL-SFTM) para avaliação da QV dos pacientes. Dos 260 pacientes idosos 55,8% eram homens, 59,1% não brancos e 46,5% com 1 a 4 anos de estudos. Os menores escores médios de QV foram sobrecarga da doença renal, papel profissional, funcionamento físico e função física. Os fatores que apresentaram associações significativas com os escores medianos de QV foram gênero, escolaridade, residir sozinho, trabalho atual, renda pessoal, plano de saúde, número de internações, número de medicamentos e número de doenças crônicas. Entre as comorbidades selecionadas, foram observadas associações significativas para diabete, doenças cardíacas, artrite e depressão. Portanto, foi possível observar que a hemodiálise exerce influência em vários aspectos da QV dos idosos, sobretudo naqueles relacionados às dimensões físicas. Chama atenção a importância de algumas comorbidades na determinação de uma pior QV, destacando-se a forte associação com depressão. Esses resultados mostram que é possível identificar grupos vulneráveis, como idosos em hemodiálise, com pior QV, o que pode favorecer o planejamento de ações do serviço de saúde voltadas para essa população.
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O objetivo do trabalho foi de descrever a QV dos pacientes idosos portadores de DRCT, que iniciaram a hemodiálise no município de Belo Horizonte, entre janeiro de 2006 e abril de 2008, segundo características sócio-demográficas/econômicas, condições de saúde e uso de serviços de saúde. O presente estudo constitui-se em uma análise transversal dos dados dos pacientes idosos (>60 anos) em hemodiálise coletados na pesquisa Equidade no acesso e utilização de procedimentos de alta complexidade/custo no SUS-Brasil: Avaliação dos transplantes renais O instrumento utilizado para a coleta de dados da pesquisa foi dividido em três partes: a primeira parte foi constituída de um questionário para caracterização da população estudada, na segunda foi utilizado um instrumento para medida de utilidade o Euroqol (EQ-5D) e na terceira foi utilizado o Kidney Disease and Quality of Life - Short Form (KDQOL-SFTM) para avaliação da QV dos pacientes. Dos 260 pacientes idosos 55,8% eram homens, 59,1% não brancos e 46,5% com 1 a 4 anos de estudos. Os menores escores médios de QV foram sobrecarga da doença renal, papel profissional, funcionamento físico e função física. Os fatores que apresentaram associações significativas com os escores medianos de QV foram gênero, escolaridade, residir sozinho, trabalho atual, renda pessoal, plano de saúde, número de internações, número de medicamentos e número de doenças crônicas. Entre as comorbidades selecionadas, foram observadas associações significativas para diabete, doenças cardíacas, artrite e depressão. Portanto, foi possível observar que a hemodiálise exerce influência em vários aspectos da QV dos idosos, sobretudo naqueles relacionados às dimensões físicas. Chama atenção a importância de algumas comorbidades na determinação de uma pior QV, destacando-se a forte associação com depressão. Esses resultados mostram que é possível identificar grupos vulneráveis, como idosos em hemodiálise, com pior QV, o que pode favorecer o planejamento de ações do serviço de saúde voltadas para essa população.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porAvaliação da Qualidade de Vida de Pacientes Idosos em Hemodiálise em Belo Horizonte - MGAssessment of Quality of Life in Elderly Hemodialysis Patients in Belo Horizonte - MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2009Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeFalência Renal CrônicaServiços de Saúde para IdososDiálise RenalQualidade de Vidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34515/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALsonia_faria_mendes.pdfapplication/pdf6276566https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34515/2/sonia_faria_mendes.pdfc7b8d582c6584c35ab270c0a978e4160MD52TEXTsonia_faria_mendes.pdf.txtsonia_faria_mendes.pdf.txtExtracted texttext/plain241745https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34515/3/sonia_faria_mendes.pdf.txtad65bb5764988e90fa071d27b968b715MD53icict/345152019-09-09 12:17:46.216oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34515Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-09T15:17:46Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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