Avaliação dos padrões imunológicos de cães imunizados contra leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Monique Paiva de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37723
Resumo: No Brasil, a Leishmaniose visceral (LV) é causada por Leishmania infantum e tem como seu principal vetor Lutzomyia longipalpis, e o cão como reservatório no ambiente doméstico e peridoméstico. Na tentativa de interromper o ciclo de transmissão e diminuir a prevalência da LV, são recomendados o recolhimento e a eutanásia dos cães infectados por L. infantum. No entanto, essa prática parece não estar sendo efetiva para a diminuição do número de casos e para a preservação de áreas não endêmicas, o que causa grande incomodo social. Autores sugerem que uma das medidas eficazes para o controle da leishmaniose visceral canina (LVC) seria o desenvolvimento de uma vacina efetiva. No Brasil, existem duas vacinas anti- LVC (Leishmune® e a Leish-Tec®). Porém, o Ministério da Saúde não recomenda o seu uso como forma de controle da LV, uma vez que os estudos de eficácia ainda são preliminares. O objetivo deste trabalho foi avaliar os padrões imunológicos de 28 cães imunizados com as vacinas Leish-Tec® ou Leishmune®, acompanhados durante um ano após o protocolo vacinal e comparar com a resposta de 18 cães naturalmente infectados. A avalição de resposta humoral foi realizada por meio do estudo da soroconversão dos cães imunizados utilizando-se os testes DPP® LVC e ELISA LVC fornecidos pelo Ministério da Saúde, além da avaliação da indução de IgG total, IgG1 e IgG2 específicas para as proteínas indutoras de cada vacina FML (Leishmune®) e A2 (Leish Tec®) e ao extrato total de promastigota de L. infantum nos cães imunizados e naturalmente infectados Por meio da técnica de citometria de fluxo foram avaliados os fenótipos de linfócitos T e linfócitos B ex vivo, no sangue periférico dos cães em diferentes tempos após a vacinação em comparação com cães naturalmente infectados. Foi avaliada também a produção de citocinas pelas células mononucleares do sangue periférico após estimulo com extrato total de promastigota de L. infantum pela técnica de Luminex®. Observamos que os cães vacinados, seja com Leishmune® ou Leish-Tec®, não soroconverteram com os testes do Ministério da Saúde, sugerindo que a metodologia com DPP- LVC e ELISA é sensível e específica, sendo capaz de discriminar os cães verdadeiramente positivos para LVC daqueles imunizados. O nível de reatividade no soro dos animais vacinados com Leishmune® ou Leish-Tec® frente ao FML e a proteína A2, respectivamente foram altos. Com relação a avaliação dos fenótipos celulares observamos que, os animais naturalmente infectados com sinais clínicos, apesar de possuírem um percentual mais elevado de linfócitos T CD8+ no sangue periférico, apresentam uma diminuição no fenótipo de células CD8+ ativadas (CD8+CD25+) quando comparados aos grupos imunizados. Quanto à produção de citocinas, foi observado que os cães imunizados ou naturalmente infectados produziram citocinas pró e anti-inflamatórias, mas que não se mantiveram por 12 meses. O padrão de resposta imunológica celular ou humoral foi semelhante nos cães vacinados com a Leishmune® ou Leish-Tec®, entretanto não há indícios suficientes, até o momento, para o uso das vacinas como controle da LV. Estudos com cães de áreas não endêmicas, com as vacinas estudadas e novas proteínas vacinais são fortemente recomendadas.
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spelling Campos, Monique Paiva deFigueiredo, Fabiano BorgesDe Luca, Paula Mello2019-12-09T19:26:14Z2019-12-09T19:26:14Z2018CAMPOS, Monique Paiva de. Avaliação dos padrões imunológicos de cães imunizados contra leishmaniose visceral. 2018. 88 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37723No Brasil, a Leishmaniose visceral (LV) é causada por Leishmania infantum e tem como seu principal vetor Lutzomyia longipalpis, e o cão como reservatório no ambiente doméstico e peridoméstico. Na tentativa de interromper o ciclo de transmissão e diminuir a prevalência da LV, são recomendados o recolhimento e a eutanásia dos cães infectados por L. infantum. No entanto, essa prática parece não estar sendo efetiva para a diminuição do número de casos e para a preservação de áreas não endêmicas, o que causa grande incomodo social. Autores sugerem que uma das medidas eficazes para o controle da leishmaniose visceral canina (LVC) seria o desenvolvimento de uma vacina efetiva. No Brasil, existem duas vacinas anti- LVC (Leishmune® e a Leish-Tec®). Porém, o Ministério da Saúde não recomenda o seu uso como forma de controle da LV, uma vez que os estudos de eficácia ainda são preliminares. O objetivo deste trabalho foi avaliar os padrões imunológicos de 28 cães imunizados com as vacinas Leish-Tec® ou Leishmune®, acompanhados durante um ano após o protocolo vacinal e comparar com a resposta de 18 cães naturalmente infectados. A avalição de resposta humoral foi realizada por meio do estudo da soroconversão dos cães imunizados utilizando-se os testes DPP® LVC e ELISA LVC fornecidos pelo Ministério da Saúde, além da avaliação da indução de IgG total, IgG1 e IgG2 específicas para as proteínas indutoras de cada vacina FML (Leishmune®) e A2 (Leish Tec®) e ao extrato total de promastigota de L. infantum nos cães imunizados e naturalmente infectados Por meio da técnica de citometria de fluxo foram avaliados os fenótipos de linfócitos T e linfócitos B ex vivo, no sangue periférico dos cães em diferentes tempos após a vacinação em comparação com cães naturalmente infectados. Foi avaliada também a produção de citocinas pelas células mononucleares do sangue periférico após estimulo com extrato total de promastigota de L. infantum pela técnica de Luminex®. Observamos que os cães vacinados, seja com Leishmune® ou Leish-Tec®, não soroconverteram com os testes do Ministério da Saúde, sugerindo que a metodologia com DPP- LVC e ELISA é sensível e específica, sendo capaz de discriminar os cães verdadeiramente positivos para LVC daqueles imunizados. O nível de reatividade no soro dos animais vacinados com Leishmune® ou Leish-Tec® frente ao FML e a proteína A2, respectivamente foram altos. Com relação a avaliação dos fenótipos celulares observamos que, os animais naturalmente infectados com sinais clínicos, apesar de possuírem um percentual mais elevado de linfócitos T CD8+ no sangue periférico, apresentam uma diminuição no fenótipo de células CD8+ ativadas (CD8+CD25+) quando comparados aos grupos imunizados. Quanto à produção de citocinas, foi observado que os cães imunizados ou naturalmente infectados produziram citocinas pró e anti-inflamatórias, mas que não se mantiveram por 12 meses. O padrão de resposta imunológica celular ou humoral foi semelhante nos cães vacinados com a Leishmune® ou Leish-Tec®, entretanto não há indícios suficientes, até o momento, para o uso das vacinas como controle da LV. Estudos com cães de áreas não endêmicas, com as vacinas estudadas e novas proteínas vacinais são fortemente recomendadas.In Brazil, Visceral Leishmaniasis (VL) is caused by Leishmania infantum and has Lutzomyia longipalpis its main vector, and the dog (Canis familiaris) as reservoir in the domestic and peridomestic environment. In the attempt of interrupting the cycle of transmission and reducing the predominance of VLit is recommended the retirement and the euthanasia of Leishmania infantum infected dogs. However, this practice seems not to be effective for the reduction in the numbers of cases and in the preservation of areas not endemic, leading to great social nuisance. Some authors suggest that one of the efficient measures for the control of the canine visceral leishmaniose (CVL) would be the development of an effective vaccine. In Brazil, there are at present two vaccines anti - CVL. The Leishmune® and the Leish-Tec® vaccines. In spite of any promising data, the Ministry of Health does not recommend its use as an control measumentagainst visceral leishmaniose, since the studies are still preliminary. The objective of the present work is to evalued the immunological pattern of 28 dogs immunized with the vaccines Leish-Tec® or Leishmune®, during a one year followup, after the first application, in comparison with 18 naturally infected dogs. The evaluation of humoral response was performed through the seroconversion study of the immunized dogs using the DPP- LVC and ELISA tests provided by the Ministry of Health, in addition to the evaluation of IgG, IgG1 and IgG2 specific for FML and A2 proteins, as well to L. infantum promastigotes total extract , in immunized and naturally infected dogs. Through the flow cytometry technique, we evaluated the T lymphocyte and B lymphocyte phenotypes ex vivo in the peripheral blood of vaccinated dogs at different times after vaccination, compared to naturally infected dogs It was alsoevaluated the production of cytokines by peripheral blood mononuclear cells after stimulation with L. infantum promastigotes total extract by luminex. We observed that vaccinated dogs, either with Leishmune® or with Leish-Tec®, did not seroconvert to the Ministry of Health tests, indicating that the methodology with DPV LVC and ELISA, is sensitive and specific, being able to screen dogs truly positive for LVC from those immunized. The level of reactivity in the serum of animals vaccinated with Leishmune® or Leish-Tec®specific forFML and protein A2, respectively were high. Regarding the evaluation of the cellular phenotypes, we observed that naturally infected symptomatic animals, despite having a higher percentage of CD8 + T lymphocytes in the peripheral blood, presented a decrease in the activated CD8 + cell phenotype (CD8+ CD25+) when compared to the immunized groups. Regarding cytokines production , it was observed the production of pró and anti-inflammatory cytokines in immunized and naturally infected groups, , but cytokines were not maintained for 12 months after immunization. The pattern of cellular or humoral immune response was similar in dogs vaccinated with Leishmune® or Leish-Tec®, however there is insufficient evidence, to date, of the use of vaccines as a control of visceral leishmaniasis. New studies are required with dogs from non-endemic areas, with vaccines from this study and new vaccine proteins.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSaúde públicaLeishmaniose visceral caninaVacinaImunidadeDiagnósticoSaúde públicaLeishmaniose visceralCãesVacinasImunidadeDiagnósticoAvaliação dos padrões imunológicos de cães imunizados contra leishmaniose visceralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37723/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmonique_campos_ini_dout_2018.pdfapplication/pdf1854473https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37723/2/monique_campos_ini_dout_2018.pdf36998087b9946d3dc70c0c40ad4a6ccaMD52TEXTmonique_campos_ini_dout_2018.pdf.txtmonique_campos_ini_dout_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain185735https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37723/3/monique_campos_ini_dout_2018.pdf.txtc77831145562f620f68a1cb0ab0447a6MD53icict/377232019-12-10 22:27:22.413oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37723Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-12-11T01:27:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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