Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Lorena Padilha
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54444
Resumo: A Lei Maria da Penha prevê o atendimento aos homens autores de violência (HAV) em “centros de reabilitação” traduzidos, na prática, em atividades grupais. A partir dessa lei nota-se uma proliferação da atividade em todo o país. Por este contexto, esta pesquisa se debruçou no estudo de como o trabalho grupal com os HAV incide na violência de gênero. Foi realizado um diagnóstico das ações grupais em todo o país, com a identificação final de 309 experiências, procedimento que subsidiou a aplicação de um questionário, por meio eletrônico, que contou com a participação de 271 serviços. Foram 35 perguntas que buscaram compreender o funcionamento, a metodologia e avaliação do projeto grupal. Em um segundo momento, realizou-se a análise documental dos relatórios do grupo reflexivo de gênero: “Espaço Fala Homem” (EFH), uma experiência do sudeste brasileiro. Com a lupa de análise dos estudos de gênero e masculinidades, tivemos acesso aos registros da equipe facilitadora e falas dos participantes, organizadas nas categorias: o homem e o ato violento; a vivência da rede de responsabilização; processo de subjetivação de homens e mulheres; lealdade entre os homens e considerações sobre a atividade. O encontro com as iniciativas confirmou hiatos como a ausência de política pública nacional que acolha e impulsione as organizações locais; a falta de formação continuada da equipe de facilitação; necessidade de ampliação dos espaços de interlocução entre o acadêmico e a prática; pouco ou nenhum aporte financeiro destinado ao trabalho e, principalmente; a fragilidade na avaliação e monitoramento das atividades. Por mais que os grupos se coloquem como estratégia de mobilização das estruturas societárias para a construção de relações de gênero mais justas e equitativas, ainda nos deparamos com intervenções restritas à extinção do comportamento violento daquele participante, uma perspectiva individualista que nos parece ser fruto das dificuldades e obstáculos encontrados pelos projetos brasileiros para sua consolidação. Ainda assim, os grupos se configuram como mecanismos indispensáveis para prevenção e enfrentamento do cenário de violência contra a mulher, a partir da oferta de um espaço de reflexão junto aos HAV.
id CRUZ_d809590353c4866c25efce9d95672ff6
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/54444
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Pereira, Lorena PadilhaLoyola, Valeska Maria Zanello deGuizardi, Francine LubeLoyola, Valeska Maria Zanello deNovais, Tatiana OliveiraCortez, Mirian BéccheriSevero, Fernanda Maria DuarteGuizardi, Francini Lube2022-08-04T17:20:38Z2022-08-04T17:20:38Z2022PEREIRA, Lorena Padilha. Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro. 2022. 169 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas em Saúde)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2022.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54444A Lei Maria da Penha prevê o atendimento aos homens autores de violência (HAV) em “centros de reabilitação” traduzidos, na prática, em atividades grupais. A partir dessa lei nota-se uma proliferação da atividade em todo o país. Por este contexto, esta pesquisa se debruçou no estudo de como o trabalho grupal com os HAV incide na violência de gênero. Foi realizado um diagnóstico das ações grupais em todo o país, com a identificação final de 309 experiências, procedimento que subsidiou a aplicação de um questionário, por meio eletrônico, que contou com a participação de 271 serviços. Foram 35 perguntas que buscaram compreender o funcionamento, a metodologia e avaliação do projeto grupal. Em um segundo momento, realizou-se a análise documental dos relatórios do grupo reflexivo de gênero: “Espaço Fala Homem” (EFH), uma experiência do sudeste brasileiro. Com a lupa de análise dos estudos de gênero e masculinidades, tivemos acesso aos registros da equipe facilitadora e falas dos participantes, organizadas nas categorias: o homem e o ato violento; a vivência da rede de responsabilização; processo de subjetivação de homens e mulheres; lealdade entre os homens e considerações sobre a atividade. O encontro com as iniciativas confirmou hiatos como a ausência de política pública nacional que acolha e impulsione as organizações locais; a falta de formação continuada da equipe de facilitação; necessidade de ampliação dos espaços de interlocução entre o acadêmico e a prática; pouco ou nenhum aporte financeiro destinado ao trabalho e, principalmente; a fragilidade na avaliação e monitoramento das atividades. Por mais que os grupos se coloquem como estratégia de mobilização das estruturas societárias para a construção de relações de gênero mais justas e equitativas, ainda nos deparamos com intervenções restritas à extinção do comportamento violento daquele participante, uma perspectiva individualista que nos parece ser fruto das dificuldades e obstáculos encontrados pelos projetos brasileiros para sua consolidação. Ainda assim, os grupos se configuram como mecanismos indispensáveis para prevenção e enfrentamento do cenário de violência contra a mulher, a partir da oferta de um espaço de reflexão junto aos HAV.The Maria da Penha Law provides for attendance to male violence perpetrators (MVP) in “rehabilitations centers” into group activities. The adherence of this practice across the country is noted from this law onwards. In this context, this research focused on the study of how group work with MVP focus gender violence. A mapping of group actions across the country had carried out and resulted a final identification of 309 experiences. From these identifications, the procedure had the participation of 271. The 35 questions were applied to the group for understand the operation, methodology and evaluation. Second, a documentary analysis of the reports of the reflective “Espaço Fala Homem” gender group (EFH) was carried out. This experience is from southeast of Brazil. Based on gender and masculinity studies, the access to the records of the facilitating work team and speeches of the participants had obtained. Categories like man and the violence act, the experience of the accountability network, process of subjectivation of men and women, loyalty among men and considerations about the activity were organized. Consequently, gaps such as the absence of national public policy that accept and encourages local organizations. The lack of ongoing training of the facilitation work team, expansion of spaces for dialogue between academics and practice, little or no financial support for work and the weakness in the evaluation and monitoring of activities had confirmed in these initiatives. As much as the groups place themselves as a strategy for mobilizing societal structures to build more equitable and fair enough gender relations, we are still faced with interventions restricted to the extinction of that participant’s violent behavior. That seems to us to be, the result of the difficulties and obstacles encountered by the Brazilian projects for their consolidation. Even so, the groups has characterized as indispensable mechanisms of preventing and coping with violence against women scenario, from the proffer of a space for reflection with the MVP.Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz. Brasília, DF, Brasil.porMasculinidadesGêneroViolência contra a mulherGrupo com autor de violênciaMasculinitiesGenderViolence against womenViolence perpetrators groupViolência contra a MulherViolência de GêneroAndrocentrismoGênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022-03-31Fundação Oswaldo Cruz. Gerência Regional de BrasíliaMestrado ProfissionalBrasília/DFPrograma de Pós-Graduação em Políticas Públicas de Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83074https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54444/1/license.txtd3e717dbb24bfc607ede047f44d29a0eMD51ORIGINALlorena_pereira_fiodf_mest_2022.pdf.pdflorena_pereira_fiodf_mest_2022.pdf.pdfapplication/pdf2146511https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54444/2/lorena_pereira_fiodf_mest_2022.pdf.pdff38008b3760baa61832a87a7380aa140MD52icict/544442022-08-04 14:21:06.949oai:www.arca.fiocruz.br:icict/54444Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUw0KDQpKYXF1ZWxpbmUgRmVycmVpcmEgZGUgU291emEsIENQRjogMDE4Ljk4OC43MTEtNzUsIHZpbmN1bGFkbyBhIEZpb2NydXogQnJhc8OtbGlhCgpBbyBhY2VpdGFyIG9zIFRFUk1PUyBlIENPTkRJw4fDlUVTIGRlc3RhIENFU1PDg08sIG8gQVVUT1IgZS9vdSBUSVRVTEFSIGRlIGRpcmVpdG9zCmF1dG9yYWlzIHNvYnJlIGEgT0JSQSBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG86CgooMSkgQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtCmNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgTsODTwpDT01FUkNJQUlTIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBPQlJBIGFydMOtc3RpY2EgZS9vdSBjaWVudMOtZmljYSBpbmRpY2FkYSBhY2ltYSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zCmRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIGR1cmFudGUgdG9kbyBvIHByYXpvIGRlIGR1cmHDp8OjbyBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGVtCnF1YWxxdWVyIGlkaW9tYSBlIGVtIHRvZG9zIG9zIHBhw61zZXM7CgooMikgQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzCnBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIGRlIHF1ZSB0cmF0YSBlc3RlIGRvY3VtZW50byBpbmNsdWksIGV4ZW1wbGlmaWNhdGl2YW1lbnRlLApvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXNwb25pYmlsaXphw6fDo28gZSBjb211bmljYcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGRhIE9CUkEsIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgdmXDrWN1bG8sCmluY2x1c2l2ZSBlbSBSZXBvc2l0w7NyaW9zIERpZ2l0YWlzLCBiZW0gY29tbyBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSByZXByb2R1w6fDo28sIGV4aWJpw6fDo28sIGV4ZWN1w6fDo28sCmRlY2xhbWHDp8OjbywgcmVjaXRhw6fDo28sIGV4cG9zacOnw6NvLCBhcnF1aXZhbWVudG8sIGluY2x1c8OjbyBlbSBiYW5jbyBkZSBkYWRvcywgcHJlc2VydmHDp8OjbywgZGlmdXPDo28sCmRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBkaXZ1bGdhw6fDo28sIGVtcHLDqXN0aW1vLCB0cmFkdcOnw6NvLCBkdWJsYWdlbSwgbGVnZW5kYWdlbSwgaW5jbHVzw6NvIGVtIG5vdmFzIG9icmFzIG91CmNvbGV0w6JuZWFzLCByZXV0aWxpemHDp8OjbywgZWRpw6fDo28sIHByb2R1w6fDo28gZGUgbWF0ZXJpYWwgZGlkw6F0aWNvIGUgY3Vyc29zIG91IHF1YWxxdWVyIGZvcm1hIGRlCnV0aWxpemHDp8OjbyBuw6NvIGNvbWVyY2lhbDsKCigzKSBSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8KQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSBvdSBqdXLDrWRpY2EsIHDDumJsaWNhIG91IHByaXZhZGEsIG5hY2lvbmFsIG91CmVzdHJhbmdlaXJhIOKAkyBhIGFjZXNzYXIgZSB1dGlsaXphciBhbXBsYW1lbnRlIGEgT0JSQSwgc2VtIGV4Y2x1c2l2aWRhZGUsIHBhcmEgcXVhaXNxdWVyCmZpbmFsaWRhZGVzIG7Do28gY29tZXJjaWFpczsKCig0KSBERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsCnJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgcGVsbyBjb250ZcO6ZG8gZSBvdXRyb3MgZWxlbWVudG9zIHF1ZSBmYXplbSBwYXJ0ZSBkYSBPQlJBLAppbmNsdXNpdmUgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgb2JyaWdhbmRvLXNlIGEgaW5kZW5pemFyIHRlcmNlaXJvcyBwb3IKZGFub3MsIGJlbSBjb21vIGluZGVuaXphciBlIHJlc3NhcmNpciBhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBkZQpldmVudHVhaXMgZGVzcGVzYXMgcXVlIHZpZXJlbSBhIHN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UKZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gZSB2aW9sYcOnw7VlcyBkZSBkaXJlaXRvczsKCig1KSBBRklSTUEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPCk9TV0FMRE8gQ1JVWiBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIGluc3RpdHVjaW9uYWwgQVJDQS4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogcmVzZXJ2YQpleGNsdXNpdmFtZW50ZSBhbyBBVVRPUiBvcyBkaXJlaXRvcyBtb3JhaXMgZSBvcyB1c29zIGNvbWVyY2lhaXMgc29icmUgYXMgb2JyYXMgZGUgc3VhIGF1dG9yaWEKZS9vdSB0aXR1bGFyaWRhZGUsIHNlbmRvIG9zIHRlcmNlaXJvcyB1c3XDoXJpb3MgcmVzcG9uc8OhdmVpcyBwZWxhIGF0cmlidWnDp8OjbyBkZSBhdXRvcmlhIGUgbWFudXRlbsOnw6NvCmRhIGludGVncmlkYWRlIGRhIE9CUkEgZW0gcXVhbHF1ZXIgdXRpbGl6YcOnw6NvLgoKQSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWgpyZXNwZWl0YSBvcyBjb250cmF0b3MgZSBhY29yZG9zIHByZWV4aXN0ZW50ZXMgZG9zIEF1dG9yZXMgY29tIHRlcmNlaXJvcywgY2FiZW5kbyBhb3MgQXV0b3JlcwppbmZvcm1hciDDoCBJbnN0aXR1acOnw6NvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGUgb3V0cmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwb3IgZXN0ZXMgaW5zdHJ1bWVudG9zLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-08-04T17:21:06Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
title Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
spellingShingle Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
Pereira, Lorena Padilha
Masculinidades
Gênero
Violência contra a mulher
Grupo com autor de violência
Masculinities
Gender
Violence against women
Violence perpetrators group
Violência contra a Mulher
Violência de Gênero
Androcentrismo
title_short Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
title_full Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
title_fullStr Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
title_full_unstemmed Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
title_sort Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro
author Pereira, Lorena Padilha
author_facet Pereira, Lorena Padilha
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Loyola, Valeska Maria Zanello de
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Guizardi, Francine Lube
Loyola, Valeska Maria Zanello de
Novais, Tatiana Oliveira
Cortez, Mirian Béccheri
Severo, Fernanda Maria Duarte
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Lorena Padilha
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Guizardi, Francini Lube
contributor_str_mv Guizardi, Francini Lube
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Masculinidades
Gênero
Violência contra a mulher
Grupo com autor de violência
topic Masculinidades
Gênero
Violência contra a mulher
Grupo com autor de violência
Masculinities
Gender
Violence against women
Violence perpetrators group
Violência contra a Mulher
Violência de Gênero
Androcentrismo
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Masculinities
Gender
Violence against women
Violence perpetrators group
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Violência contra a Mulher
Violência de Gênero
Androcentrismo
description A Lei Maria da Penha prevê o atendimento aos homens autores de violência (HAV) em “centros de reabilitação” traduzidos, na prática, em atividades grupais. A partir dessa lei nota-se uma proliferação da atividade em todo o país. Por este contexto, esta pesquisa se debruçou no estudo de como o trabalho grupal com os HAV incide na violência de gênero. Foi realizado um diagnóstico das ações grupais em todo o país, com a identificação final de 309 experiências, procedimento que subsidiou a aplicação de um questionário, por meio eletrônico, que contou com a participação de 271 serviços. Foram 35 perguntas que buscaram compreender o funcionamento, a metodologia e avaliação do projeto grupal. Em um segundo momento, realizou-se a análise documental dos relatórios do grupo reflexivo de gênero: “Espaço Fala Homem” (EFH), uma experiência do sudeste brasileiro. Com a lupa de análise dos estudos de gênero e masculinidades, tivemos acesso aos registros da equipe facilitadora e falas dos participantes, organizadas nas categorias: o homem e o ato violento; a vivência da rede de responsabilização; processo de subjetivação de homens e mulheres; lealdade entre os homens e considerações sobre a atividade. O encontro com as iniciativas confirmou hiatos como a ausência de política pública nacional que acolha e impulsione as organizações locais; a falta de formação continuada da equipe de facilitação; necessidade de ampliação dos espaços de interlocução entre o acadêmico e a prática; pouco ou nenhum aporte financeiro destinado ao trabalho e, principalmente; a fragilidade na avaliação e monitoramento das atividades. Por mais que os grupos se coloquem como estratégia de mobilização das estruturas societárias para a construção de relações de gênero mais justas e equitativas, ainda nos deparamos com intervenções restritas à extinção do comportamento violento daquele participante, uma perspectiva individualista que nos parece ser fruto das dificuldades e obstáculos encontrados pelos projetos brasileiros para sua consolidação. Ainda assim, os grupos se configuram como mecanismos indispensáveis para prevenção e enfrentamento do cenário de violência contra a mulher, a partir da oferta de um espaço de reflexão junto aos HAV.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-08-04T17:20:38Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-08-04T17:20:38Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv PEREIRA, Lorena Padilha. Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro. 2022. 169 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas em Saúde)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54444
identifier_str_mv PEREIRA, Lorena Padilha. Gênero, violência e a (des)construção da masculinidade: uma análise do trabalho grupal com os homens autores de violência contra a mulher no contexto brasileiro. 2022. 169 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas em Saúde)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2022.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54444
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54444/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54444/2/lorena_pereira_fiodf_mest_2022.pdf.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv d3e717dbb24bfc607ede047f44d29a0e
f38008b3760baa61832a87a7380aa140
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324977835966464